quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A BASE da empresa/instituição produtiva, realmente de SUCESSO


Baseado na experiência de milhares de palestras ministradas, centenas de textos escritos e a troca de informações advinda de tudo isto em mais de 15 anos de profissão, a dica mais simples e efetiva de #PRODUTIVIDADE que posso dar para alguém é que cuide melhor de si; afinal, quem pode “produzir” se sequer sente-se bem ou tem reais condições para isso? Ou seja, é produtivo quem busca e mantém condições para isto, aliando força de vontade a conhecimentos, ações bem planejadas e saúde para colocar em prática tudo isto!
Se uma #empresa ou #instituição que ser bem sucedida tem que primeiro entender que ela mesma é composta por #PESSOAS (mesmo que esteja repleta de máquinas e processos automatizados, sempre existem pessoas operando tudo isto) e que se estas não estiverem em suas melhores condições de atuar, nunca poderão prover os melhores resultados possíveis. Ou seja, empresa/instituição que quer BONS resultados necessariamente precisa fazer com que seus “atuantes” , #funcionários, #servidores, #colaboradores, #empregados (ou como queiram chamar), tenham as melhores condições de atuar.
Em essência, atua bem quem está bem: tanto melhor funciona uma pessoa quanto melhor ela se sente – e bem-estar e saúde são noções que “andam juntas”: ou seja, as pessoas mais produtivas, não só em quantidade e qualidade mas também em prazo/durabilidade (por quanto tempo podem produzir bem) são sempre as mais saudáveis. Como ser saudável, então?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define #SAÚDE “não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social”. Eu diria que esta definição é incompleta, já que a perfeição destes fatores é praticamente impossível para 99% das pessoas (ainda que tenhamos que sempre buscar o melhor para nós, certo?) E falta um importante fator: o espiritual; afinal, somos #corpo comandado por uma #mente que formata/obedece a determinações do nosso #espírito. Portanto, obtém e mantém saúde e por isso produtividade, naturalmente quem dá a devida atenção (e conquista/recebe condições para isto) a estes 3 aspectos: seu BEM-ESTAR de corpo + mente + espírito, devendo os 3 estarem realmente bons, já que o desequilíbrio de um impacta negativamente nos demais, prejudicando o todo-produtivo.
Ou seja, se sua empresa/instituição “vai bem”, possivelmente você ou seus gestores estão acertando nestes quesitos junto aos seus “atuantes”, certo? Errado. Atendo regularmente gente que trabalha em empresas e instituições com setores de filosofia/comportamento “predatório” (curiosamente, até já dei palestras em algumas delas mas os conhecimentos aparentemente não foram devidamente aplicados em nível corporativo), onde os empregados são literalmente sugados e explorados ao máximo e, quando exaustos e/ou doentes, simplesmente são trocados por novas “vítimas”… Más notícias para estas empresas/instituições: inúmeros dados/estudos recentes demonstram inequivocamente que estas estão “com os dias contados” por vários motivos mas sobretudo pelo que bem diz Augusto Cury: “o mais importante em uma empresa são seus empregados”, até porque são eles quem, através do seu trabalho, produzem e trazem resultados, sobretudo os desejados lucros, quando conseguem trabalhar bem.
Fala-se muito em boa remuneração sempre como um dos fatores mais almejados (fator este cada vez mais perdendo para, por exemplo, qualidade e conforto no trabalho, com bom clima organizacional e tratamento mais humano, segundo dados e estudos recentes) mas quando “ganhar bem” em termos financeiros significa ter que sacrificar a saúde recorrentemente para merecer este “ganho”, estamos diante de um conceito de produtividade-suicida (Seiti Arata, no programa Produtividade Ninja discute bem este conceito) em si insustentável a médio e longo prazo, tanto para a empresa/instituição quanto para o empregado, o maior prejudicado por isto e em algumas vezes até de maneiras irreversíveis para sua vida.
Por isso, reitero a simples dica inicial deste texto para que SUA EMPRESA ou INSTITUIÇÃO tenha real e sustentável PRODUTIVIDADE, que só é possível quando baseada em Bem-Estar e Saúde: TRATE BEM SEUS EMPREGADOS e cuide para que tenham todos, ao máximo possível, BONS HÁBITOS DE VIDA; dê-lhes conhecimentos e condições efetivas para isso e, junto à bagagem e treinamentos técnicos-específicos (é claro que esta é também fundamental), sua empresa tem tudo para “dar certo” e obter cada vez mais produtividade, #resultados e #SUCESSO.
GRATUITAMENTE, este material pode ajudar empresas/instituições que queiram iniciar este processo de valorização do seu maior patrimônio: o #HUMANO, a saúde e bem-estar dos seus empregados (lembre-se sempre: produz bem e melhor quem sente-se bem)
Palestras e textos:
http://www.icaro.med.br/artigos/sao-prioridades-sucesso-felicidade-vida.html/
http://www.icaro.med.br/artigos/checklist-basico-saude.html/
http://www.icaro.med.br/artigos/?s=produtividade+saudavel
Boa semana!
Dr. Ícaro Alves Alcântara
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- Empregados, neste texto = atuantes (funcionários, servidores, colaboradores, empregados), ou seja, quem trabalha na sua empresa/instituição, pública ou privada

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Fumar mata 35% das bactérias da boca



Pessoas que fumam perdem cerca de 35% da biodiversidade bacteriana bucal, a chamada flora da boca. É o que mostra uma análise feita por especialistas do A C Camargo Cancer Center e da Universidade de São Paulo. Além disso, segundo a pesquisa, pessoas que consomem bebidas alcoólicas e fumam perdem 20% de bactérias da boca.

Especialistas comentaram que esse cenário pode ser preocupante porque a presença de uma comunidade saudável de bactérias na boca ajuda a proteger essa parte do corpo. Bactérias do “bem” podem ajudar a manter sob controle micróbios daninhos ou produzir substâncias  benéficas para a boca. Com o desequilíbrio constante causado pelo consumo de álcool e tabaco, a biodiversidade alterada das bactérias poderia acelerar os problemas de saúde ligados a essas drogas, favorecendo o aparecimento de tumores bucais, por exemplo.

“Achamos que aquelas bactérias que conseguem adentrar, esse território, agora desprotegido do biofilme, a capa de micróbios que antes defendia a mucosa, podem estar ligadas a isso” explicou o biólogo  Emanuel Dias Neto, em entrevista a folha de São Paulo.

Para chegar aos resultados, foram coletados amostras da boca e da língua de 22 voluntários. A  partir das  amostras, os cientistas usaram um técnica que “pesca” pequenos trechos DNA bacteriano, que são úteis para identificar à espécie de micróbio a qual pertencem esses pedaços de DNA. Pode parecer estranho que a boca de quem bebe e fuma tenha mais tipos de bactérias do que a de quem apenas fuma, mas há uma explicação para isso. É que o álcool pode servir de nutriente para um grupo de bactérias especializadas em metaboliza-lo. Elas transformam a substância em acetaldeido, que é outro componente bastante tóxico e carcinogênico. Ou seja, quem bebe e fuma tem mais bactérias na boca o que não significa algo positivo, já que, segundo os cientistas, as bactérias aumentam a propensão ao câncer.

Fonte:

@odontologia_sistemica

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

AERÓBIO EM JEJUM



O emagrecimento é sem dúvida um dos principais objetivos das pessoas que iniciam a pratica regular de exercícios físicos. Mesmo os que não estão obesos ou com sobrepeso por vezes recorrem a alguma estratégia para eliminar gordura e ficar com o corpo “trincado", "definido", "sarado", "rasgado", etc. Uma das estratégias mais polêmicas é o chamado aeróbio em jejum (AEJ), também conhecido pelo termo "aerobiose". Basta ver a enxurrada de tags que inundou as redes sociais, com pessoas postando as mais diversas imagens realizando e incentivando essa prática.

As recomendações podem variar, mas existe um protocolo facilmente encontrado na internet que indica a realização de exercícios aeróbios contínuos, de intensidade leve a moderada, com duração de 20 a 60 minutos. Os praticantes sugerem a realização dessa atividade pela manhã, assim que acordar. A ideia seria aproveitar as baixas reservas de glicogênio após uma noite de sono. Com os estoques de glicogênio comprometidos pelo jejum noturno, nosso corpo priorizaria a oxidação de gorduras no fornecimento de energia para essa atividade.

Devo admitir que a ideia por trás do conceito do AEJ/aerobiose é de fato tentadora. Ela se baseia na dinâmica da utilização de substratos (carboidrato, gordura e proteína) para fornecimento de energia durante o exercício físico, a chamada abordagem metabólica (Gentil, 2010).

Abordagem metabólica

A oxidação das gorduras atinge seu ponto máximo por volta dos 64% do Vo2max, intensidade considerada de leve a moderada, tornando-se insignificante a 89% do Vo2max, o que corresponde a aproximadamente 92% da frequência cardíaca máxima (Achten et al., 2002; Romijn et al., 1993). Assim, podemos dizer que quanto mais intenso for um exercício, menos gordura será mobilizada durante sua execução. Diante disso, foi postulado que a prática de exercícios objetivando o emagrecimento, deveria ser realizada em baixa intensidade e longa duração. Pronto! Estava criada a chamada “Zona de Queima de Gorduras”. Bastaria se exercitar numa frequência cardíaca que correspondesse a intensidade onde ocorre a taxa máxima de oxidação de gorduras, também conhecida pelo termo em inglês FATmax, para emagrecer.

Por mais que o raciocínio lógico nos leve a crer que essa abordagem seja uma proposta válida, Gentil (2010) cita várias revisões e meta-análises concluindo que a priorização do metabolismo das gorduras durante o exercício (modelo aeróbio), não é a melhor estratégia para emagrecer (Ballor & Keesey, 1991; Ballor & Poehlman, 1994). Como exemplo, podemos utilizar a comparação clássica entre o atleta de Endurance vs Velocidade. Velocistas possuem percentuais de gordura menores do que atletas de endurance (maratonistas, triatletas, fundistas), mesmo esses últimos se exercitando e competindo, quase que exclusivamente priorizando o metabolismo das gorduras (Fleck, 1983; Pipes, 1977).

Voltando ao aeróbio em jejum

Apesar de se falar em Aeróbio em Jejum, muitas vezes são ingeridos alguns suplementos antes da realização dessa atividade no intuito de prevenir a perda de massa muscular. Para compreender onde reside a incoerência dessa prática, é preciso lembrar que a glicose é fundamental para o bom funcionamento do nosso corpo. O cérebro, por exemplo, só funciona na sua presença. Quandopassamos muito tempo sem nos alimentar, a glicose sanguínea (glicemia) pode cair bastante, instaurando um quadro conhecido por hipoglicemia (McArdlle, 2008). Dores de cabeça, tontura, enjoo, náuseas, escurecimento da vista, desmaio e, em casos extremos, coma seguido de morte, são consequências da falta de glicose no sangue.
Como os estoques de glicogênio estão comprometidos pelo jejum, nosso organismo vai tentar detodas as maneiras produzir glicose e evitar as complicações causadas pela sua baixa disponibilidade. Para nossa sorte, a glicose pode ser sintetizada a partir das gorduras (triacilglicerol) e das proteínas (aminoácidos), processo chamado gliconeogênese.

Como a perda de proteínas nem sempre é um resultado desejável, algumas pessoas sugerem a ingestão de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e/ou Glutamina cerca de 30 minutos antes de iniciar o AEJ. A ideia é prover um fornecimento exógeno de substratos para a via gliconeogênica, e evitar a utilização dos aminoácidos que compõem a massa muscular (proteólise).
No entanto, a ingestão de aminoácidos numa situação de jejum e esforço, como as vivenciadas durante o AEJ, só surtirá o efeito desejado (poupar proteínas) se os aminoácidos forem convertidos em glicose. Assim, os aminoácidos, que possuem valores de comercio muito mais elevados do que os carboidratos, serão convertidos em glicose pelo nosso organismo. Sendo que pra evitar a proteólise bastaria realizar uma refeição leve no café da manhã, de modo a fornecer quantidades satisfatórias de carboidratos, excelente poupador de proteínas (McArdlle, 2008).
Outra incoerência observada na prática do AEJ é a definição de jejum. A ingestão de aminoácidos caracteriza a “quebra” do jejum. Afinal, jejum significa inanição, ausência total de ingestão calórica por um determinado período. Os ativistas que o digam. Em protestos envolvendo greve de fome, ninguém ingere aminoácidos ou qualquer outra substância! Nesse caso o termo correto não seria “Aeróbio em Jejum”. Seria aeróbio em Low Carb.

Efeitos fisiológicos da atividade física em jejum

Mesmo quando o Jejum é real (sem ingestão de aminoácidos), os resultados das pesquisas não apoiam essa prática. Paoli et al. (2011), verificaram a diferença no metabolismo das gorduras durante um exercício aeróbio moderado (36min/65%FC) na esteira pela manhã em duas situações: 1) alimentado e 2) Jejum (Jejum de verdade, inanição total).
Doze horas após o exercício, o grupo que se alimentou continuava com o VO2máx elevado, enquanto o quociente respiratório reduziu significativamente, indicando maior utilização de gorduras na situação alimentado, mas não quando o exercícios era realizado em jejum. E 24hs após o exercício, a diferença ainda era significativa, com maior gasto energético e de gordura para quem se alimentou antes do exercício. Assim, os autores concluíram que o exercício aeróbio moderado, para perda de peso, realizado em JEJUM, não aumenta a oxidação de Gorduras e uma refeição leve é aconselhável.

O jejum também não se mostrou superior mesmo após seis semanas de Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) em mulheres obesas ou com sobrepeso. Ou seja, não é o estado de jejum que favorece a oxidação de Gorduras, como muitos acreditam, mas a intensidade do exercício (Gillen et al 2013).

Embasamento

Na maioria das vezes os textos que defendem o AEJ, se apoiam na figura de um pesquisador sueco chamado Torbjorn Akerfeldt. Geralmente eles fazem uma citação direta do pesquisador, mas nunca colocam o ano da publicação entre parênteses após o nome dele. É que aparentemente, o Torbjorn Akerfeldt nunca publicou isto em revista científica. Ele publicou na "renomada" Muscle Midia na década de 1990, que está extinta.
Torbjorn Akerfeldt, realmente é sueco e publicou alguns artigos científicos. Ao digitar seu nome na pubmed, foram listados nove artigos, sendo o primeiro deles em 2003. Suas publicações em periódicos científicos, em nenhum momento tratam da oxidação de gorduras ou aeróbio em jejum. A linha de pesquisa dele é processo inflamatório e proteína-C reativa.

A utilização de apenas um artigo científico para justificar qualquer prática que seja pode ser classificado como pobreza de evidências. Imagina quando esse artigo é de uma revista comum (tipo Boa Forma), que não existe mais e ainda por cima orienta as pessoas a realização de uma atividade que não surte os efeitos desejados.

Outras pessoas utilizam como referência pesquisas realizadas em mulçumanos durante o jejum do Ramadã. Porém vale lembrar que durante o Ramadã, mês sagrado para os mulçumanos, o ato de jejuar ocorre do nascer ao pôr do sol, caracterizando um jejum intermitente, com possível supercompensação de carboidratos. Sem contar que os próprios pesquisadores alertam para o fato da amostra já estar familiarizada com essa prática desde a infância, podendo ter desenvolvido uma adaptação específica, o que se torna uma séria limitação dos estudos com essa população (Trabelsi et al. 2012).
Por mais que as pessoas não levem em consideração o que os artigos ora apresentados concluem, podemos hipoteticamente supor que a Abordagem Metabólica é válida e contabilizar a quantidade de gorduras oxidadas durante o AEJ. Num cenário bastante otimista a perda de gorduras será ínfima. Algo em torno de 12 gramas para uma pessoa com 70kg se exercitando a 60% da FC (Calles-Escandon et al, 1991).
Portanto, podemos concluir que a prática do AEJ não tem apoio em artigos científicos e está presa ao paradigma de que para emagrecer é preciso oxidar gorduras durante o exercício (abordagem metabólica). Na realidade, estratégias para emagrecimento, devem envolver treinamento de força com exercícios resistidos associados a protocolos de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), que estimulam a elevação da Taxa Metabólica de Repouso e mantém a oxidação de gorduras elevada, mesmo horas após sua execução (Hunter et al., 2000).
 Referências
- Achten J, Gleeson M, Jeukendrup AE (2002). Determination of the exercise intensity that elicits maximal fat oxidation. Med Sci Sports Exerc. 34(1):92-7.
- Ballor DL, Keesey RE (1991). A meta-analysis of the factors affecting exercise-induced changes in body mass, fat mass and fat-free mass in males and females. Int J Obes. 15(11):717-26.
- Ballor DL, Poehlman ET (1994). Exercise-training enhances fat-free mass preservation during diet-induced weight loss: a meta-analytical finding. Int J Obes Relat Metab Disord. 18(1):35-40.
- Calles-Escandon J, Goran MI, O'Connell M, Nair KS, Danforth E JR.(1996) Exercise increases fat oxidation at rest unrelated to changes in energy balance or lipolysis. Am J Physiol Jun;270(6 Pt 1):E1009-14.
- Epstein LH, Wing RR (1980). Aerobic exercise and weight. Addict Behav. ;5(4):371-88.
- Fleck SJ (1983). Body composition of elite American athletes. Am J Sports Med. 11(6):398-403.
- Gentil, P (2010). Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Rio de Janeiro : Sprint, 2010.
- Gillen JB1, Percival ME, Ludzki A, Tarnopolsky MA, Gibala MJ (2013). Interval training in the fed or fasted state improves body composition and muscle oxidative capacity in overweight women. Obesity (Silver Spring). 21(11):2249-55
- Guo Z, Burguera B, Jensen MD (2000). Kinetics of intramuscular triglyceride fatty acids in exercising humans. J Appl Physiol. 89(5):2057-64.
- Hunter G. R., Wetzstein C. J., Fields D. A., Brown A, Bamman M. M(2000). Resistance training increases total energy expenditure and free-living physical activity in older adults. J Appl Physiol 89(3):977-84.
- McArdle, William D (2008). Fisiologia do Exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan.
- Meyer T, Gässler N, Kindermann W (2007). Determination of "Fatmax"with 1 h cycling protocols of constant load. Appl Physiol Nutr Metab. 32(2):249-56.
- Paoli A, Marcolin G, Zonin F, Neri M, Sivieri A, Pacelli QF (2011). Exercising fasting or fed to enhance fat loss? Influence of food intake on respiratory ratio and excess postexercise oxygen consumption after a bout of endurance training. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 21(1):48-54.
- Pipes TV (1977). Body composition characteristics of male and female track and field athletes. Res Q. 48(1):244-7.
- Romijn JA, Coyle EF, Sidossis LS, Gastaldelli A, Horowitz JF, Endert E, Wolfe RR (1993). Regulation of endogenous fat and carbohydrate metabolism in relation to exercise intensity and duration. Am J Physiol. 265(3 Pt 1):E380-91.
- Rosenkilde M, Reichkendler MH, Auerbach P, Bonne TC, Sjödin A, Ploug T, Stallknecht BM (2013). Changes in peak fat oxidation in response to different doses of endurance training. Scand J Med Sci Sports. 18.
- Ross R, Janssen I (2001). Physical activity, total and regional obesity: dose-response considerations. Med Sci Sports Exerc. 33(6 Suppl):S521-7; discussion S528-9.
- Rui Curi; Cláudia J. Lagranha; Jair Rodrigues G. Jr; Tania Cristina Pithon-Curi; Antonio Herbert Lancha Jr; Ídico L. Pellegrinotti; Joaquim Procopio (2003). Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de ácidos graxos durante o exercício aeróbico. Arq Bras Endocrinol Metab vol.47.
- Schwindling S, Scharhag-Rosenberger F, Kindermann W, Meyer T (2013). Limited Benefit of -Fatmax-Test to Derive Training Prescriptions. Int J Sports Med. 10
- Trabelsi K, el Abed K, Stannard SR, Jammoussi K, Zeghal KM, Hakim A (2012). Effects of fed- versus fasted-state aerobic training during Ramadan on body composition and some metabolic parameters in physically active men. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 22(1):11-8.

Autor: Eduardo Porto


domingo, 25 de janeiro de 2015

CONHEÇA MELHOR SUA PISADA E TENHA UM TÊNIS MAIS APROPRIADO PARA SEUS PÉS


Um tênis de corrida é feito para envolver o pé e protegê-lo do impacto, mas também para otimizar os resultados do atleta, que poderá correr por mais tempo e mais rápido, sem ter que se preocupar com eventuais ferimentos. Basicamente, um calçado de corrida é composto por uma parte externa, uma sola do meio e uma palmilha. A parte externa é a base do calçado, que fornece tração durante a corrida. A sola do meio garante amortecimento e estabilidade. Já a palmilha é geralmente feita de couro ou tecidos sintéticos e dá suporte ao pé.
Cada tênis de corrida é desenhado para um tipo específico de corredor. Quando for escolher um calçado, leve em conta a frequência do seu treinamento e o nível de performance. Um tênis deve ser confortável, de modo que não fique muito justo nos dedos. Se você corre muito, é interessante procurar por um tênis que ofereça o sistema de amortecimento no calcanhar e no peito do pé.
A pronação também tem grande peso em sua performance como corredor. A pronação é um movimento natural dos pés que auxilia no impacto de cada pisada.

TIPOS DE PISADA



Pronação:  A pronação acontece quando há uma rotação interna excessiva do pé e do tornozelo. Desta forma, mais tensão é posta na estrutura do pé, o que pode desalinhar o tornozelo, os joelhos e os quadris. A pronação desperdiça energia, fazendo com que seu estilo de corrida seja ineficiente e aumentando o risco de dores na canela e articulações, ou até mesmo lesões, caso o atleta utilize o tipo de calçado errado.

Neutra:  A pisada neutra é o tipo ideal de pisada, pois possui um nível equilibrado de pronação e supinação e cria uma absorção de choque eficiente na fase de apoio da pisada. O arco do pé tem altura média e o calcanhar permanece em posição vertical com relação ao solo. Um corredor “neutro” é geralmente mais biomecanicamente eficiente e o risco de lesões é menor.

Supinação:  A supinação é o oposto da pronação e descreve uma situação em que o pé rola para o lado de fora. Neste caso, as forças durante o ciclo da pisada não são distribuídas igualmente pelo pé, que possui o arco alto e não tem sua mobilidade afetada. O peso do corpo do corredor fica nos dedos de fora, o que pode gerar lesões, principalmente nos joelhos, pés, e nas costas.

 

 

 

 

 

TIPOS DE ARQUEAMENTO

 


PLANO

 

Possui uma curvatura muito pequena e deixa uma faixa quase completa entre o peito do pé e o calcanhar. Os corredores que possuem pés planos – ou chatos – devem selecionar sapatos nas categorias Pronador a Pronador Severo.



NEUTRO


Deixa uma faixa normal ligando o peito do pé e o calcanhar, um pouco mais ampla do que o pé cavo, mas que ainda tem certa curvatura. Os corredores com pés neutros devem selecionar sapatos nas categorias Neutro a Pronador.

 

 

CAVO



Deixa uma marca com uma faixa estreita ligando o peito do pé e o calcanhar. Chamado de pé supinado ou subpronado, o corredor com esse tipo de curvatura deve selecionar um calçado nas categorias Supinador a Neutro.



FONTE: http://www.asics.com.br/tipos-de-pisada/



Prof. Wladimir Luna 
Especialista em Treinamento Funcional CORE 360°
Professor Treinamento Funcional, na rede de Academias Runway DF
Twitter: @wlad_personal
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Instagram: @WladimirLuna



sábado, 24 de janeiro de 2015

Antes Feito do que Perfeito

Pessoal.

Nós temos pouquíssimas certezas sobre muito poucas coisas em saúde. A maior parte do que vocês

vêem ser divulgado por aí, em TV, internet e revistas, são os modelos teóricos mais aceitos atualmente e não, necessariamente, a realidade. É importante que os profissionais de saúde tenham consciência de que estamos em um processo de constante evolução e precisamos ter a humildade de reconhecer isso, sob pena de causar danos aos pacientes.

Muitas informações taxativas são divulgadas de tempos em tempos. Sempre surge "o método definitivo para emagrecer", "o método mais eficaz para parar de fumar" ou "o estudo que comprova que a substância A é péssima pro organismo e a B é excelente". Isso acontece toda hora e só mostra como estamos buscando, mas ainda estamos longe de encontrar, os verdadeiros detalhes determinantes da nossa saúde plena.

Digo tudo isso pra afirmar uma outra coisa: cuidado com os radicalismos. Muitos podem me questionar, quando falo em radicalismos, mas quero realmente que reflitam sobre isso. Quando radicalizo pedindo para eliminarmos totalmente o açúcar de nossas vidas, tenho motivos compartilhados por boa parte da comunidade científica mundial e, mesmo assim, não fico "passando pito" naquele paciente que fraqueja ocasionalmente. Eu mesmo passo por isso! Quase todos nós fomos "viciados" em alguns tipos de alimentos desde bem pequenos, fixando péssimos hábitos alimentares, mas acreditando, por muito tempo, que era tudo normal e bom.

Não é fácil mudar certos hábitos, principalmente quando eles envolvem substâncias viciantes como o açúcar, que ativa seu cérebro nos mesmos lugares que a cocaína, por exemplo. Os hábitos alimentares também trazem um conteúdo emocional muito denso e isso não se muda facilmente em todos os casos. Dá trabalho. Precisamos usar artifícios de acordo com cada pessoa, respeitando suas individualidades.

Por tudo isso eu quero que você entenda que talvez seu processo de mudança de hábitos nocivos para saudáveis seja um pouco menos linear do que te fizeram imaginar. Eu te recomendo, inclusive, que procure realizar as modificações de forma paulatina, passo-a-passo, ou pode falhar, se não em tudo, em boa parte.

Canso de ver isso no consultório. É aquele paciente que chega cheio de entusiasmo mas comete o engano de tentar fazer dieta, começar a malhar, parar de fumar, parar de beber, dormir cedo, beber mais água, parar de chutar o cachorro e ir à missa todo domingo, tudo de uma vez. Dificilmente há sucesso em tantas mudanças simultâneas.

Pense em realizar as coisas uma de cada vez e planeje isso direitinho com os profissionais de saúde que estejam te acompanhando. Qual o problema em levar 6 meses ou 1 ano para corrigir 25, 30 ou 50 anos de erros? Acredito que você vai sair na vantagem de qualquer jeito. Inclusive, se você conseguir 50% ao invés de 100%, antes de pensar em fracasso observe que você CONQUISTOU metade do caminho! Veja o copo meio cheio e use isso para te motivar a continuar, nunca para se satisfazer com pouco.

Vamos pensar com cautela e lembrar de curtir o caminho para dar consistência aos resultados.

Lembre que, como diz nossa Coach Mel Oliveira, "ANTES FEITO DO QUE PERFEITO".


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557