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sábado, 9 de julho de 2011

DETOX E SEUS BENEFÍCIOS


Detoxificação ou desintoxicação? Bem na verdade, todos os termos possuem o mesmo significado: eliminação de substâncias tóxicas, que muitas das vezes, ingerimos e nosso organismo por esse excesso de consumo, pode começar a acumular. Todas essas substâncias, principalmente vindo de fármacos, alimentos industrializados e vegetais ricos em agrotóxicos precisam passar por alguns processos bioquímicos no nosso organismo para que tal substância tenha capacidade de eliminação. Esse é um tema longo e abrangente, mas aqui falarei para que possam entender um pouco sobre o assunto.
Esse é um processo fisiológico, nosso organismo sempre vai ser realizá-lo. A detox (como normalmente chamamos) é realizado por todas as células de todos os tecidos, mas principalmente pelo intestino (20%, aproximadamente) e no fígado entre 60 a 65%. Então problemas de constipação intestinal, diarréias recorrentes ou problemas hepáticos (como a esteatose hepática, conhecida como “gordura no fígado”), normalmente podem não estar desempenhando bem essa função.
Porém, existem duas principais limitações: problemas genéticos (que possam impedir ou dificultar a eliminação) ou quando o consumo é maior que a capacidade que nosso organismo tem de eliminação. Verifico na minha prática clínica o segundo problema ocorrendo com muitos pacientes e com frequência, e o motivo: a falta de tempo para um consumo de alimentos com qualidade. A preocupação sempre é a falta de tempo e ainda se o produto consumido é diet ou light.
Caímos em uma outra questão: na sua grande totalidade, esses tipos de alimentos processados tem baixa qualidade nutricional e alta quantidade de adoçantes artificiais, corantes, acidulantes, conservantes (a lista é grande) entre outros, e quando consumidos em grandes quantidades é como nosso organismo ficasse saturado de tal substância e não reconhecesse o excesso do mesmo.
Há ainda outros fatores que aumentam o caráter tóxico do nosso organismo: jejum, dieta de baixa caloria e qualidade nutricional, dieta pobre em proteínas, deficiência de vitaminas e minerais, dietas ricas em carboidratos e gorduras saturadas, cigarro, álcool, alimentos ricos em adoçantes (principamente artificiais) e intoxicação por metais tóxicos (é mais comum do que imaginamos!).
Mas, como saber se estamos afetados por toxinas? Preste atenção se você tem múltiplas hipersensibilidades, ansiedade, tonturas, déficit de memória, concentração ruim, fadiga excessiva, queda de cabelos, unhas fracas, celulite, colesterol alterado, dores de cabeça/enxaqueca, desordens tireoidianas, dificuldade para emagrecimento entre outros sintomas/doenças. Importante: consulte sempre um profissional capacitado para ter certeza e avaliar a origem do seu problema.
De fato, para a detox ser eficiente, não é tão simples assim.  A verdadeira detoxificação abrange 3 períodos onde vários grupos alimentares são eliminados e outros priorizados: glúten, leites e derivados, açúcar, café, qualquer alimentos processado, carnes vermelhas e em determinado período até oleaginosas, peixes e ovos. Esse processo deve ser de no mínimo 21 e no máximo de 30 dias.
No nosso organismo, o processo de detoxificação compreende em duas etapas (todas dependentes de nutrientes essenciais): fase I (biotransformação ou bioativação) e fase II (conjugação). Os nutrientes utilizados vão de vitaminas, minerais e antioxidantes, a probióticos,  aminoácidos (glicina, cisteína, glutamina...) e alguns fitoterápicos (como a silimarina, dente-de-leão e alcachofra) para que as duas fases descritas anteriormente recebam todo o aporte nutricional suficiente para ser realizadas pelo seu organismo com sucesso.
 Acredito que nesse momento você deve estar se perguntando: o que comer? Não se preocupe, pois durante o processo de limpeza (“roto-ruter”) e eliminação de toxinas, precisamos priorizar o consumo de vegetais (principalmente orgânicos), recorrer aos leites de arroz, de quinua ou castanha, cereais integrais, azeite, frutas e suco de frutas, chás, ervas entre outros. A criatividade é um fator fundamental nesse momento, pois há criação de muitas possibilidades com esses alimento. Já passei por uma detox esse ano, posso falar com propriedade: foi ótimo!  E como valeu a pena!
Aliado a todo esse processo, para aumentar a capacidade de desintoxicação do nosso organismo e promover saúde e emagrecimento saudáveis e efetivos, é necessário também  praticar atividades físicas (sempre com supervisão de profissionais capacitados e autorização médica), drenagem linfática, diminuir a ingestão de medicamentos sem prescrição médica e consumir alimentos (de preferência orgânicos) que aumentem a capacidade de detoxificação do nosso organismo:  couve, vegetais verdes escuros, limão, romã, alecrim, própolis, cúrcuma, frutas, chá verde. Não podemos esquecer da água, ok? Sem ela, todo esforço será em vão.
Adicione esses alimentos diariamente e siga as dicas acima diminuindo a ingestão de susbstâncias químicas e verifique como seu organismo funcionará melhor. Sempre que possível, priorize os alimentos orgânicos e consuma suco de limão com hortelã, arroz integral com cúrcuma, salada de grãos com couve regado ao azeite extra virgem, chá de ervas...
Seu sistema de detoxificação (e seu organismo) sempre funcionarão a todo vapor! Sem contar que as doenças passarão bem longe de você...
Muita saúde a todos!

sábado, 7 de maio de 2011

Intestinos: "Nosso Segundo Cérebro"




Vários estudos têm demonstrado a importância do intestino grosso na produção de diversas substâncias de grande importância não só para o bom funcionamento intestinal, mas também para o equilíbrio de diversas funções de nosso corpo. 

Pesquisas recentes demonstram que o intestino grosso é o responsável pela formação do bolo fecal, reabsorção de água e nutrientes, produção de imunoglobulinas, produção de vitaminas do complexo B e vitaminas D, através da flora bacteriana intestinal. 

As pessoas deveriam evacuar de duas a três vezes ao dia após às refeições, devido ao reflexo gastro-cólico, como ocorre com os recém-nascidos. Como isso não ocorre, devido a diversos fatores (hábitos de vida, ritmo de trabalho, alimentação não-balanceada, sem fibras; estresse físico e emocional; falta de atividade física etc), várias pessoas desenvolvem a chamada “prisão de ventre” ou “intestino preso”. 

Material fecal vai sendo acumulado, durante meses e até anos, nas paredes do cólon intestinal, onde serão continuamente produzidas toxinas e formas fúngicas, que chegarão à corrente sanguínea e então aos diversos órgãos de nosso corpo, provocando alterações em nossa saúde, que normalmente não são detectados por exames rotineiros. 

Portanto, a identificação e o controle da função intestinal são de suma importância para que sejam evitadas várias doenças sistêmicas, como alergias inespecíficas, alergias alimentares, fadiga crônica/desânimo, depressão, dores de cabeça e até enxaquecas, problemas de pele e unhas, baixa do sistema imunológico (predispõe a infecções de repetição), dores em articulações e fibromialgia, insônia, distenção abdominal com alta formação de gases intestinais e outros. A identificação desses distúrbios é feita por meio da entrevista com o paciente, exame físico e a realização de exames específicos, que em conjunto podem detectar e corrigir o problema. 

Feito a detecção, o médico deve intervir nos hábitos de vida da pessoa, como reeducação alimentar e exercícios físicos, além da reposição de lactobacilos (probióticos) e prébióticos. Sabemos que a pessoa que não evacua fica mal-humorada, daí o nome de “enfezada”. E sabemos também que 80% da serotonina processada no nível cerebral é produzida no intestino. Então, fica fácil entender que esse mau humor e, em alguns casos, até a depressão podem ocorrer em pessoas com constipação intestinal. Isso só vem a reforçar a idéia de que nosso intestino é realmente nosso segundo cérebro;já dizia meu professor Hélion Póvoa.


Dr. Telmo Diniz

Médico graduado pela Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO)
Pós-graduação lato-senso em Medicina Ortomolecular pela Universidade Veiga de Almeida do Rio de Janeiro
Membro da Associação Médica Brasileira de Oxidologia (AMBO)
Atende como clínico geral com prática ortomolecular e anti-aging na Longevità - clínica e Spa Ortomolecular