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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cabelos e o que importa para eles

Você acha que sua cabeça serve só pra usar cabelo?!

Sei que não, mas serve pra isso também.

Os cabelos fazem parte da sua imagem, da sua composição estética geral, e têm grande importância quando se quer ter uma aparência bonita e saudável.

Falo saudável por um motivo muito importante: cabelo de boa qualidade reflete um organismo com saúde equivalente e equilíbrio otimizado. Isso mesmo. O cabelo reflete sua saúde, principalmente a quantas anda sua nutrição.

E vejam que eu não estou falando sobre os tipos de cabelo. É um troço ultra-pessoal! Liso, crespo, reto, ondulado, cacheado, preto, loiro, branco ou o que for. Tô falando da qualidade mesmo. De como cada fio se apresenta diante do mundo. De como cada folículo (onde o fio nasce) está estruturando o fio. Tudo isso são funções biológicas, orgânicas, que dependem muito de como está o organismo por dentro.


Sua alimentação define a qualidade dos seus fios de cabelo e, se isso não estiver bom, nem o mais habilidoso cabeleireiro com a mais nova escova de placenta de canguru albino manco vão dar conta de resolver nada.

A estrutura do cabelo depende, mais especificamente, do aminoácido L-cisteína e de vitaminas como B5, B2, C e A e de minerais como zinco, manganês, cobre, silício, entre outras coisas. Tudo isso vem antes dos cuidados externos e você deve procurar seu médico ou nutricionista para te orientar sobre como introduzir, de forma racional e eficiente, estes nutrientes em sua alimentação ou, melhor ainda, na forma de suplementação. Esta micronutrição, bem aplicada, vai fazer maravilhas por seu cabelo e, além disso, melhorar pele e unhas também. Isto tudo feito, chegou o momento do seu cabeleireiro aplicar suas técnicas na parte externa, ou seja, diretamente nos fios, para fechar este ciclo e gerar o resultado final que te agrada.



Há também toda uma gama de questões hormonais, envolvendo tireóide, gônadas, supra-renais e outras coisinhas que só seu médico tem como avaliar e tratar.

Respeitando essas etapas, vai ficar tudo bem.

Então observe.


Se você fez alguma maluquice no cabelo ou passou pela mão de um profissional irresponsável que transformou sua cabeça em telhado de cabana de índio, segure a onda. Antes de ir a outro salão falar mal dele e pedir milagre, deixe um médico habituado a cuidar disso dar uma olhada no estrago e definir um roteiro para você cuidar do problema. Ele não vai substituir, de forma alguma, seu cabeleireiro, mas vai preparar o terreno para que ele possa cultivar direitinho seus preciosos fios.



Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

sábado, 15 de agosto de 2015

Quais são os focos da sua vida? E resultados que eles trazem?


Hoje o POST vai ser mais livre, menos técnico.

Atendi uma paciente que me veio com uma afirmação que eu ouço com muito mais frequência do que eu gostaria: "eu não tenho força de vontade."

Toda vez que eu ouço isso, eu penso: "quem foi o desgraçado que inventou essa idéia?"

Não sei quem foi o infeliz que inventou de determinar se as pessoas têm ou não essa tal de "força de vontade", mesmo porque eu não consigo definir direito esse troço. Encontro um monte de explicações por todo lado, mas fica parecendo uma entidade fantasmagórica ou mágica que as pessoas "de sucesso" têm de sobra e as "fracassadas" não têm. Isso atrapalha todo tipo de tratamento, pois todos tendem a se julgar como tendo ou não o tal "super-poder".

Agora, falando sério, eu até encontrei umas definições interessantes sobre isso, mas tudo me parece uma mistura de alguns gramas de resiliência com umas colheradas de resignação, adicionado o molho composto por condições favoráveis. É multifatorial pra caramba e vago pra cacete!

O que costumo encontrar, na prática, são pessoas muito boas e focadas em algumas coisas e nem tanto em outras. Todas têm MUITOS motivos pra ser assim, considerando a resultante de absolutamente todas as suas vivências... de toda a sua VIDA! Não acredito que ninguém seja fundamentalmente fraco ou forte, mas sim no fato de que a neuroquímica de cada um é diferente e responde, de forma individual, a toda a carga de experiências que cada pessoa traz.

A paciente que citei, por exemplo, é uma profissional, cuida de 2 filhos, o marido (que quase sempre é como mais um filho, tenho que admitir), está estudando para realizar uma prova de concurso público super-disputada e quer me dizer que não tem a tal da força de vontade porque tem dificuldade para seguir a dieta que eu propus pra ela!!!!! (?!?!?!?!?!) Será que uma pessoa que dá conta de tudo isso tem, realmente, falta de força de vontade, ou será que ela está simplesmente sem mais energia disponível pra tanta coisa?! Será que não é uma simples associação de circunstâncias desfavoráveis? Não pode ser apenas cansaço e desgaste? Garanto pra você que ela é, na verdade, uma pessoa super capaz, que se supera todos os dias, em um monte de coisas, não sobrando tanta energia, talvez, pra mais uma "obrigação".

Acredite. Você cansa! Eu canso! Todos cansamos e temos limites. Qualquer pessoa é mais capaz com as circunstâncias favoráveis e menos capaz com desfavoráveis. É óbvio que vamos ver, a todo tempo, pessoas superando limites. Isso é ótimo mas, além disso, é a resultante de um tantão de forças que a impulsionaram neste sentido.

O que quero dizer é o seguinte: aquela "super-pessoa" que você viu alçando vôos maravilhosos e rompendo as "maiores barreiras do Universo" é uma felizarda simplesmente por ter conseguido agregar as condições adequadas no momento necessário. Merece crédito, sem dúvida, mas não é um "ser iluminado e diferenciado" de você. VOCÊ também é capaz de realizar grandes feitos, desde que agregue as condições necessárias. VOCÊ também pode romper barreiras aparentemente intransponíveis, desde que se disponha a isso. Se a tal "força de vontade" for a disposição para realizar, aliada a condições adequadas, então qualquer um a tem, sacou?

Force sua cuca e force os circunstâncias no sentido que te favoreça. Dê uma lida neste post e veja mais sobre isso, relacionado com dietas.

Conquiste a tal força de vontade. Ela é de todos!
Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

sábado, 8 de agosto de 2015

Hormônios e sua segurança - Por Dr. Adolfo Duarte


Vamos falar de hormônios hoje. Sabe por quê? Porque precisamos falar muito sobre isso, esclarecer dúvidas e quebrar velhor tabus. Precisamos começar a compreender, de fato, pelo menos o pouco que realmente sabemos sobre eles para parar de pensar besteira, falar bobagem e fazer asneiras.

Antes de tudo, vamos compreender o que são hormônios.

Estas intrigantes e fantásticas substâncias, produzidas por nossas glândulas endócrinas e alguns neurônios especializados. Têm inúmeras funções no nosso organismo, servindo como um tipo de comunicação entre tecidos diferentes e distantes. Por exemplo, a hipófise produz TSH (Hormônio Tireo Estimulante) que chega na tireóide e a estimula a produzir seus hormônios, fundamentais para a regulação metabólica de todo o nosso corpo. Estes mesmos hormônios, produzidos pela tireóide, quando chegam à hipófise, através da corrente sanguínea, "informam" que a produção está ocorrendo e a liberação de TSH diminui. Interessante, né?

O que quero te mostrar é que estas substâncias chegam a outros tecidos e os incitam a "tomar atitudes", regulando suas ações e suas relações com outros tecidos, mantendo a harmonia entre os órgãos e tecidos. É isso que hormônios fazem: harmonizam o organismo... quando tudo está funcionando direitinho.

Quando não funciona a desarmonia impera. Pense em um pâncreas que, por algum motivo, não produza insulina adequadamente. A insulina é o principal hormônio de regulação dos níveis de açúcar no nosso sangue. Se o pâncreas não consegue produzi-la direito, estamos falando da instalação de um quadro de diabetes! Quer mais desarmonia do que isso?

Este balé hormonal se manifesta, de forma muito ilustrada, no crescimento humano, no período da puberdade. Quando a criança começa a se tornar um adulto, os hormônios são responsáveis por ordenar, a diversos tecidos, que "mudem de atitude" e desenvolvam as características sexuais secundárias, começando a preparar a pessoa para a vida adulta e suas funções reprodutivas. São inúmeras alterações estruturais e de regulação entre tecidos que precisam "se comunicar" para que tudo possa ocorrer (novamente) em harmonia.

Então é isso. Já temos uma idéia de que os hormônios são sinalizadores entre tecidos e órgãos, servindo como reguladores fundamentais das funções normais do organismo e de seu desenvolvimento. São importantíssimos e eu posso te garantir, com 100% de certeza, que nenhum deles tem a "função de gerar câncer". Parece lógico, não?

Vamos agora partir para um outro raciocínio. Ao longo da infância e adolescência, falando em hormônios sexuais agora, há uma elevação paulatina dos seus níveis no sangue, notadamente a partir da adolescência. Esta elevação vai atingir seu pico entre 19 e 22 anos de idade (este período varia) e, a partir dos 25, vai alcançar um platô e... começar a cair. É isso mesmo. A partir daí, os valores vão começar a diminuir e a disponibilidade destas maravilhosas substâncias reguladoras e estimulantes do desenvolvimento do organismo vai se tornando cada vez menor. As "pausas" começam aí, apesar de só ficarem óbvias muitos anos depois.

Tome como exemplo a menopausa. Entre os 46 e 56 anos de idade, mais ou menos, as mulheres costumam "entrar na menopausa". Isto é definido como a partir do momento em que a menstruação já estiver sem acontecer há 12 meses. Pode (e deve) ser checado nos exames de sangue também. É um acontecimento bem marcante e ilustrado pela ausência do sangramento e dos sintomas que costumavam vir com ele, mas tem um detalhe importante. Esta "menopausa" não acontece neste momento, exatamente. Ela já "vem acontecendo" há muito tempo, desde quando os níveis hormonais começaram a declinar, lá na juventude dos 26 anos, culminando na ausência de menstruação agora. É o resultado de muitos anos de queda hormonal até alcançar um limiar onde os ciclos ovarianos cessam.

Sabe o que tem de mais interessante nisso? Muitos anos de queda hormonal significa muitos anos de redução da presença destes fatores químicos de harmonização entre os tecidos. Significa que, ao longo do tempo, os tecidos que dependem dos hormônios em questão para se manter regulados, foram ficando cada vez menos regulados. Menos harmônicos com o todo que é o organismo. Uma tradução disso é o próprio envelhecimento, a perda de capacidades físicas e mentais, a queda da libido e muitas mudanças comportamentais.

Agora vamos avançar este raciocínio mais um pouquinho. Se estes tecidos passam 20 a 30 anos com cada vez menos hormônios regulando suas funções, você imagina quantos problemas podem surgir ao longo de todo este tempo? Pense em uma equipe de trabalho que vai, aos poucos recebendo cada vez menos orientações de seus chefes, chegando ao ponto de nem ter mais a presença franca desta chefia. Não vão ser cometidos erros que podem levar ao fracasso do trabalho?

Por tudo isso que expliquei, trago a pergunta: será que a presença de hormônios pode trazer problemas ou, na verdade, sua falta crônica é que traz verdadeiramente soenças e distúrbios ao organismo? Você já viu pessoas jovens, cheias de hormônios naturalmente, apresentarem cânceres dependentes de hormônios ou você vê isso em pessoas com mais idade e, consequentemente, que já vivem há muitos anos em falta de níveis hormonais adequados?

Eu te digo: uma reposição hormonal bem executada, respeitando as características de cada paciente, só pode trazer muitos benefícios. Se for iniciada mais cedo, com o intuito de diminuir cada vez mais a falta destas fantásticas substâncias no nosso organismo, considerando os limites fisiológicos, melhor ainda.

Procure um profissional qualificado, que tire suas dúvidas com explicações que vão além de conceitos antigos e sem fundamento e que tenha responsabilidade em suas prescrições. Ele será seu maior aliado.



Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

sábado, 25 de julho de 2015

Ortorexia ou "tenho que comer certo o tempo todo"!



Eu já não ouvia este termo há algum tempo. Não que não seja importante, mas talvez pelo fato de ainda não ser um diagnóstico formal, apesar de haver até uma descrição sintomatológica. Estou falando de ORTOREXIA.

Você já ouviu falar sobre anorexia ou hiporexia, quando uma pessoa alimenta-se muito pouco por referir insuficiente apetite, podendo levar a um emagrecimento doentio. É um distúrbio alimentar bastante divulgado, que ocupa a mídia vez por outra. Dificilmente você ouviu falar de ortorexia, termo criado pelo médico norte-americano Steven Bratman (não é o Batman!).

Trata-se de um distúrbio alimentar também mas, neste caso, a pessoa afetada apresenta uma fixação por comer em um determinado padrão, costumeiramente visto como saudável pela mesma. É uma obsessão por comer alimentos saudáveis ou corretos. O paciente busca seguir regras rígidas de alimentação, elevando os alimentos vistos como saudáveis e execrando aqueles classificados como inadequados (normalmente alimentos com corantes, conservantes, gorduras trans, excesso de sal ou açúcar, entre outros).

Daí vem a pergunta lógica: e o que tem de mal alguém querer comer certo?


Parece ilógico considerar alguém que se esforça para comer de forma saudável como uma pessoa portadora de patologia. Realmente, todos devíamos nos esforçar para comer de forma mais saudável. O problema, como em tudo na vida, é o exagero.

O paciente ortoréxico torna-se uma pessoa obcecada, fixada em uma idéia que, costumeiramente, está cheia de informações truncadas e algumas inverdades, levando-a a uma alimentação que dificilmente será verdadeiramente saudável. No esforço para alimentar-se de forma supostamente mais correta, o paciente costuma excluir importantes grupos de alimentos, como as carnes vermelhas ou as gorduras, por exemplo, caminhando na direção da desnutrição. Não é incomum a deficiência de vitaminas e minerais nestes pacientes, bem como o excesso de outros nutrientes. Um desequilíbrio nutricional.


Estes pacientes passam, também, por dificuldades sociais, se tornando isolados em seus hábitos alimentares restritos. Isso precipita quadros de depressão, se não já estiverem instalados. Esta pessoa dispõe-se a gastar somas muito maiores que o comum ou buscar seus "alimentos especiais" em locais distantes e de acesso difícil, dedicando tempo excessivo de suas vidas a este planejamento, inclusive em termos do modo de preparo. Costumam ter dificuldade em encontrar quem prepare adequadamente seus pratos, sendo obrigados a aprender a prepará-los e gastando ainda mais tempo com o assunto. É uma dedicação extrema de tempo ao assunto "alimentação correta", gerando falta de tempo para outros temas igualmente importantes e limitando a vida do paciente.

Ok. Beleza. Já deu pra entender do que se trata e você já deve estar enquadrando meia-dúzia de figuras conhecidas no quadro, pelo menos parcialmente... talvez até você mesmo(a)! Vamos com calma.

Em sendo um distúrbio alimentar de óbvia origem psicológica, precisaremos da atenção dos profissionais psicólogos para esta avaliação ser correta e para implementar uma psicoterapia adequada. O nutricionista entra neste time, também, para tentar reeditar a educação nutricional do paciente. Tarefa difícil. O médico também faz parte do grupo terapêutico, avaliando possíveis patologias decorrentes da desnutrição e introduzindo o tratamento farmacológico quando necessário. É possível que seja necessário um médico psiquiatra também. Não nos esqueçamos do educador físico, pois este será provavelmente necessário para uma reabilitação física.

Como sempre, a atenção multidisciplinar será a melhor maneira de cuidar desta pessoa. Só atacando por todas as frentes será possível resolver este problema.

Multidisciplinaridade integrada. Solução para a saúde.

Integremo-nos.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 18 de julho de 2015

Monteiro Lobato e a sua "Cuca"

Pense num cara genial! Agora eleve à enésima potência. Talvez, então, você chegue na grande sacada que este fantástico escritor teve, retratando a grande vilã, nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, como a CUCA.

Pra quem não conhece, provavelmente por uma questão de idade (tô ficando velho... hehehe), a Cuca é uma jacaré enorme e com poderes mágicos, como uma bruxa, que vive atormentando a turma do Sítio. Procura na Internet que você vai encontrar um monte de coisa.

OK, mas por que eu tô falando disso agora? É simples. A grande vilã, que atormenta nossas vidas e nos atrasa quando falamos em alcançar objetivos é justamente ela. A Cuca!

Sério. É claro que eu não estou falando em uma bruxa jacaré! Tô falando mesmo é da nossa cabeça. Nada é mais útil, ou mais limitante, do que a nossa própria "cuca". Sua mente serve para você ter idéias, avaliar, planejar, executar, lidar com o inesperado. É uma maravilhosa caixa de ferramentas que pode te levar até onde desejar e puder. O problema é que ela é cheia de nós, crecar, traumas e quinquilharias que podem te atrapalhar em desenvolver e alcançar tudo isso. É preciso saber lidar com esta parceira/oponente pois, se não fizermos isso, dificilmente vamos alcançar nossos objetivos.

Agora você pode estar pensando:

- Pois é. Já deixei de fazer um bocado de coisas porque fiquei me embolando dentro da própria cabeça...

Ou então:

- Que nada! Quando eu quero alguma coisa, eu faço!

Pronto. Independentemente de você ser mais negativo ou ingênuo, quero te propor um entendimento. Tem muita coisa que passa na sua cabeça que você simplesmente nem percebe. Chame de inconsciente, subconsciente, encosto, bruxaria ou o nome que quiser, mas saiba que isso é real e define a maior parte das suas tendências de ações. É uma parte do seu cérebro que é animal, infantil e egocêntrica e... é lá que vive a Cuca! É lá em uma parte evolutivamente muito antiga do seu encéfalo, onde residem os impulsos de sobrevivência mais básicos e onde uma certa amoralidade impera.

Esta "Cuca" é justamente a que fica viciada em açúcares e outros elementos nutricionais viciantes. É lá que o descanso parece muito mais interessante e prazeroso do que o exercício. Neste lugarzinho reside a origem da idéia de "eu mereço este brigadeiro pois estou tão cansada..." Deste obscuro recanto vêm idéias e impulsos tão puros e primais que você nem percebe que eles estão regendo suas ações. Fica pensando que está sempre "no controle" mas, infelizmente, não é bem assim.

O legal, pra não dizer que estamos contando uma história de terror, é que neste mesmo lugar fica o prazer de alcançar uma meta. Lá está a satisfação por ter realizado um exercício bem feito e estar no caminho certo para alcançar seus objetivos. Não é um lugar ruim e nem esta "Cuca" é, necessariamente, maligna. Tudo depende de condicionamento.

Tudo precisa ser modulado.

Somos "animais racionais". Precisamos de um certo adestramento. Você não engordou racionalmente e, portanto, não vai emagrecer direito contando exclusivamente com o racional. Você não está sedentário porque é uma pessoa burra e não entende os benefícios do exercício físico e, por isso, precisa de um empurrãozinho 'irracional" pra conseguir se aplicar em um programa de treinamento.

Tá sacando a idéia?

Preste atenção nos seus impulsos e desejos e tente perceber quais estão na contramão dos seus objetivos e realizações. Busque compreender e comece a buscar maneiras de mudá-los. Vá entendendo cada vez mais o que seu animal interior procura e tente, aos poucos, puxá-lo pro caminho correto. Procure repetir, tantas vezes quanto puder, atitudes construtivas no sentido das suas metas. 

Fazer isso sozinho pode ser muito difícil ou, até mesmo, impossível, por isso eu te oriento a buscar dois profissionais fundamentais para seu sucesso: o Coach e o Psicólogo. Esta dupla vai te ajudar, sem dúvida, a compreender a si mesmo, suas metas e dificuldades e planejar como alcançar o sucesso.

Cuidado com a Cuca. Ela é perigosa e poderosa. Busque usar este poder a seu favor.

Se module.
 
Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557
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adolfoduarte.blogspot.com

sábado, 4 de julho de 2015

Órgãos reguladores e suas decisões...


O que leva um órgão regulador nacional a tomar decisões, em geral, no mínimo incoerentes, pra não 
dizer pior?

Ontem, dia 02/07/2015, tomei conhecimento da notícia de que a ANVISA, contrariando uma lei, aprovou o uso de um agrotóxico, mais nocivo do que outros liberados para a mesma finalidade. Segundo a lei, de 1989, não deve conseguir registro um produto que seja mais nocivo do que outros já existentes.  A agência alega um "erro" de classificação e, mesmo sem todos os laudos conclusivos, optou pela liberação do produto. Outros casos similares já ocorreram, no passado e, mesmo com denúncias e pareceres em contrátio da AGU, os erros continuam se perpetuando. (Todas estas informações vêm diretamente da reportagem da Folha de São Paulo de ontem).

Parece mentira, né? Quando eu leio estas coisas eu também fico assim. É como se fosse uma anestesia mental. Como se fosse uma história de ficção, ou de teorias da conspiração, mas o pior é que é a realidade. Pessoas reais, com funções e compromissos públicos reais, tomam decisões que contrariam uma LEI para liberar um produto que vai causar MAIS MAL a outras pessoas que, supostamente, elas deveriam estar defendendo.

Não tem como a gente não pensar as piores coisas. Na melhor das hipóteses, as pessoas envolvidas não têm capacidade técnica para decidir (eu duvido um pouco). Na pior das hipóteses... vocês têm visto o que acontece no nosso país, em outras notícias, sobre outros temas. Este não seria diferente. Ficamos no campo das hipóteses, perdidos no achismo, mas seria impossível pensar diferente com algo tão absurdo acontecendo.

O que mais me deixa abismado é que esta mesma agência, estas mesmas pessoas, o mesmo ministério também, dificultam e/ou impedem a entrada, no nosso país, de substâncias como a melatonina e o DHEA, vendidas livremente em países que têm agências reguladoras extremamente eficientes e respeitadas. Quando a gente pondera isso, se pergunta: por que são proibidos então? São tóxicos? São nocivos à saúde? NÃO! Nada disso.

A melatonina é um hormônio fantástico, produzido no nosso encéfalo, com funções que envolvem a boa qualidade do sono e um potencial antioxidante simplesmente INCOMPARÁVEL. Se você quer ter saúde cerebral, precisa ter níveis adequados de melatonina. A partir dos 30 anos, aproximadamente, a produção natural apenas cai, o que justifica a suplementação, sempre em doses pequenas e individualizadas. Já vi um número enorme de pessoas recuperarem um sono de qualidade e melhorarem muito suas vidas com o simples uso deste suplemento. O DHEA, por sua vez, é um hormônio produzido nas glândulas supra-renais que, além de servir para se converter em outros hormônios, como testosterona e estradiol, tem função na manutenção da saúde cerebral, melhorando a memória, a assertividade, a libido e protegedo o cérebro contra os excessos de cortisol.

Cadê os malefícios destas duas substâncias, por exemplo? Como qualquer suplemento alimentar, meidcamento ou, até mesmo, alimento, elas precisam ser utilizadas corretamente para serem plenamente benéficas para a saúde. Você conhece algo que não seja assim? Estas duas substânias, no uso correto, só trazem BENEFÍCIOS à saúde humana. Por que não estão liberadas? Mistéééério...


Enquanto isso, ao nosso redor, o paracetamol, molécula lícita que mais males à saúde causa no mundo, entre os medicamentos, continua liberado e sendo vendido sem receita...

E aí? Será que regulam nossa saúde... ou nossas doenças?


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 27 de junho de 2015

Depressão - por Dr. Adolfo Duarte

Toda hora a gente vê alguém falando que está ou esteve em depressão. Quando não é assim, é falando


que conhece alguém que está ou esteve. É gente pra caramba reclamando disso. É gente pra caramba sofrendo, direta ou indiratamente, por estes "rebaixamentos de humor".

Apesar desta enorme quantidade de pessoas queixosas, de si mesmos ou de outros, precisamos compreender o que é o distúrbio DEPRESSÃO e o que é um estado depressivo, pois são coisas muito diferentes. Quem tem a doença, costuma estar em estado depressivo mas, quem está em estado depressivo, não necessariamente tem a doença depressão.

O que quero dizer é simples. A perda de um ente querido e próximo, por exemplo, por mais que te entristeça ou "deprima", tende a te deixar em estado depressivo, não te enquadrando, necessariamente, no diagnóstico de depressão. É claro que um evento como este pode desencadear o desenvolvimento da patologia, mas isso não é regra. Costumamos entrar em estado depressivo, como consequência de eventos negativos, e ficamos neste estado por um tempo até que consigamos reordenar nossas mentes e atividades, reerguendo nosso humor e dando continuidade à vida. Os processos terapêuticos podem ser úteis, nos casos mais graves, mas medicamentos não costumam ser necessários.

O distúrbio denominado DEPRESSÃO é algo mais complexo e que, via de regra, não vai se "resolver" sozinho. Costuma ser um quadro mais longo onde, inclusive, podem haver alterações na própria capacidade do indivíduo produzir neurotransmissores cerebrais, fazendo com que o mesmo fique em estado de rebaixamento de humor mesmo que não hajam motivos diretos. Muitas vezes, quando há motivos, eles podem ser superlativamente interpretados e considerados, levando a reações muito maiores do que o estímulo que as desencadearam. A psicoterapia é FUNDAMENTAL para o tratamento deste distúrbio e pode ter seus resultados maximizados pelo uso de medicamentos adequados.

A melhor maneira de saber se você está passando por um momento depressivo ou se tem mesmo o distúrbio é passando por uma avaliação com psiquiatra ou psicólogo. Não tente se diagnosticar sozinho, pois fazer isso corretamente é praticamente impossível. Busque auxílio profissional se você está apresentando sintomas como os seguintes:


- tristeza profunda, com ou sem motivo aparente;
- dificuldade para dormir;
- alteração do apetite para mais ou para menos;
- alterações no comportamento sexual;
- falta de ânimo ou um cansaço quase incapacitante;
- choros aparentemente sem motivo;
- reações agressivas desproporcionais aos estímulos;
- negatividade exacerbada, pessimismo;
- incapacidade de sentir-se satisfeito;
- angústia;
- dores corporais sem causa aparente;
- medo ou insegurança aparentemente sem justificativa.

Se você está profundamente triste, por conta de algum acontecimento específico em sua vida, procure dialogar sobre isso, se possível, com um psicólogo. Esta é a melhor maneira de "processar" os acontecimentos e continuar caminhando adiante. Não se deixe "travar" e perder tempo apenas por não procurar uma ajuda. Aproveite pra dar uma lida neste outro post aqui.

Acredite no poder da mente humana, tanto para te fazer mal quanto para te fazer bem. Use isso a seu favor. Busque auxílio.


Sozinho você vai longe mas acompanhado você vai até onde puder sonhar.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 20 de junho de 2015

COMO SE "MODELA" UM CORPO?


Seu corpo é um conjunto de estruturas bastante complexo.

Pense assim. Em torno de um esqueleto, feito de ossos rígidos, estruturam-se diversos músculos posicionados, de forma estratégica, para conectar e sustentar estes ossos. Além disso, utiliza-os como apoio e como "braços de guindaste" para manter tudo no lugar, bem sustentado e para executar movimentos, os mais variados. Entremeando tudo isso, há um monte de tecidos conectivos, tendões, vasos sanguíneos, órgãos e gordura, dispostos de maneiras variadas também, em uma organização maravilhosa que Deus montou direitinho pra ser habitada, temporariamente, por um ser humano.

Osso pesa bastante, músculos pesam muito, gordura não pesa tanto, os órgãos tem seus conteúdos fluidos ou não, variando mais ou menos de acordo com a natureza funcional de cada um. Tudo isso é dinâmico e fica modificando o tempo todo, todo dia, toda hora... É um balé complexo e divino.

Pensando desta forma e considerando os inúmeros tipos de células e tecidos do seu corpo e as incontáveis relações estabelecidas entre eles, eu te pergunto: será que uma simples medida de peso pode refletir o equilíbrio entre estas estruturas? É claro que NÃO! (Leia PELAMORDEDEUS, pare de se pesar!)

Além disso, será que simplesmente perder peso, ou até mesmo gordura, é o suficiente para te dar uma modelagem corporal adequada, estetica e funcionalmente. Repito em alto em bom tom: NÃÃÃOO!!!

Toda esta associação de estruturas musculares, ósseas e órgãos se relaciona e estas relações precisam ser levadas em consideração quando pensamos em modelagem corporal. Perder gordura, onde ela não deva estar abundantemente, é sempre legal, mas precisamos ganhar massa muscular de acordo para que não fiquemos sofrendo com a flacidez ou, até mesmo, com a redução da capacidade funcional.

É isso mesmo. Você pode emagrecer TANTO que comprometa sua força muscular. Isso pode comprometer, até mesmo, sua postura, por redução da capacidade da musculatura acessória postural (são vários músculos, de vários tamanhos, trabalhando sem que você nem perceba direito). Músculo não é só muquem bundão e coxão. Músculos são estruturas de trabalho, sustentação e regulação metabólica. São SUPER importantes e você vai sentir muita falta deles no futuro se não cultuvá-los direito na juventude.

Você também pode ganhar tanta massa muscular que comprometa o posicionamento do seu corpo ao sentar ou deitar, por exemplo. Isso acontece com alguns treinamentos exagerados e regados a drogas usadas com finalidades questionáveis. Pense sempre que a musculatura precisa evoluir de forma harmônica, Um equilíbrio precisa ser respeitado. Sem isso, o tiro pode sair pela culatra e você pode ter resultados inestéticos ou, até mesmo, lesões de músculos, ossos e/ou tendões. Músculos trabalhados de forma equivocada podem interferir, inclusive, no funcionamento dos órgãos internos, trazendo consequências imprevisíveis.

A gordura, por sua vez, também é uma parte importante do seu corpo. A que fica logo abaixo da pele, por exemplo, tem função de controle térmico e contra choques mecânicos. Isso quer dizer que você NÃO DEVE ficar na neura, tentando SECAR tudo. Nada no seu corpo existe à toa. A gordura realmente ruim, que deve ser SEMPRE combatida, é a visceral, que fica entremeando as vísceras da cavidade abdominal e favorece inúmeras doenças e a manutenção da Síndrome Plurimetabólica que é, a rigor, uma relação entre pressão alta, dislipidemia, glicemia irregular e grande volume abdominal, com consequências terríveis para a saúde. O que mais combate gordura visceral é o controle da alimentação, procurando um índice glicêmico sempre mais baixo. Eu encontro isso nas tendências alimentares Low Carb, Paleo e Primal, mas qualquer nutricionista bem informado pode compor uma rotina nutricional adequada para que você fique bem com isso. Resumindo a idéia, preocupe-se em reduzir a circunferência do abdome muito mais do que diminuir seu peso.

Compilando as considerações, pra modelar direito um corpo a gente precisa de uma alimentação adequada, com exercícios físicos individualizados de acordo com nossos objetivos e nossa funcionalidade corporal, respeitando os limites do organismo e, com isso, nossa saúde. Só emagrecer ou só ganhar massa muscular não vão, necessariamente, favorecer essa "modelagem". Este trabalho é complexo e deve ser realizado, preferencialmente, por uma equipe de médico, nutricionista e educador físico, podendo ser regiamente complementada por fisioterapeuta, coach e psicólogo. Isto seria o ideal! Se não der pra fazer assim, tente ter pelo menos os 3 primeiros.

Trabalhando seu organismo, de forma equilibrada, o seu peso pode, ao invés de diminuir, AUMENTAR. E isso pode ser ÓTIMO, se for dentro de um equilíbrio adequado entre gordura e massa muscular. Pense nisso.

PARE DE SE PESAR.

VEJA SE AS ROUPAS ESTÃO FICANDO MAIS CONFORTÁVEIS OU FOLGADAS.

Equilibre-se. Você não vai ser vendido a peso.

Seu corpo é MUITO mais que isso.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 13 de junho de 2015

Tapioca - Vilã ou Mocinha?

Vamos lá, pessoal.


Este é mais um daqueles posts onde vou falar sobre um tema que tem sido amplamente difundido mas não vou concordar, necessariamente, com tudo que tem sido dito. É a nossa tentativa de contribuir para uma base de informações mais crítica e mais útil para vocês, que ficam vulneráveis e submetidos a uma avalanche de notícias com conteúdo, no mínimo, truncado. Não somos detentores da verdade, mas sai cada "pedrada" por aí que nos sentimos na obrigação de ajudar a esclarecer.

Você come tapioca?

Sendo sua resposta positiva ou negativa, este post serve do mesmo jeito. No primeiro caso, pra você saber direito o que tá fazendo. No segundo, pra saber o que deve ou não fazer.

Digo tudo isso porque a tapioca não é, EXATAMENTE, como tem sido alardeada por aí. Não é questão de ser vilã ou mocinha mas, como qualquer outro alimento, deve ser compreendida e interpretada de forma clara, sob risco de levar quem a consome a alcançar resultados diferentes dos seus objetivos.

Tapioca é um subproduto da fécula de mandioca, de origem indígena e tipicamente brasileira. É utilizada para fazer um monte de pratos típicos mas, ultimamente, tem sido muito difundida na produção dos beijus ou crepiocas. Cada um recheia com o que quiser, de acordo com sua dieta e suas metas, e vai todo mundo comentando e distribuindo receitas da "tapioquinha" com isso ou aquilo. Muito legal... mas nem sempre.


Pense assim. Este produto é fundamentalmente uma goma. Uma cola. Uma massa quse exclusivamente formada por amido, ou seja, uma longa cadeia de glicose. Aproximadamente 89% deste pozinho meio aglomerado e branco é composto por carboidratos e... DE ALTO ÍNDICE GLICÊMICO (IG). Isso significa que, ao consumirmos este alimento, a glicemia sanguínea se eleva rapidamente. O IG da tapioca é 116! Mais alto do que o do pão branco. Por conta disso, diabéticos e pessoas em síndrome plurimetabólica devem, logo de cara, evitar o se consumo. A idéia de que a associação com outros alimentos de maior IG venha a corrigir o IG da refeição como um todo não salva, neste caso. É muito alto!

Se você é um atleta de alto desempenho ou está em um programa de ganho de massa corporal E está SENDO ACOMPANHADO por um NUTRICIONISTA COMPETENTE, vai poder fazer uso deste alimento dentro das recomendações do profissional. Se não for este o caso, pense duas vezes. É um alimento de alto IG, sem conteúdo de fibras que justifique seu consumo, com teores de vitaminas e minerais desprezíveis, bem como de proteínas ou gordura desconsideráveis. Eu, sinceramente, não sei nem se chamaria de alimento ou apenas de comestível.


Ela tem sido muito difundida pelo fato de não conter glúten, servindo como um substituto para o pão. Isso é verdade. Tapioca não tem glúten. Se a necessidade for apenas fugir dele, beleza. Use a tapioca, mas saiba que ela vai estar te proporcionando picos insulínicos totalmente indesejáveis e que isso fará com que você rapidamente sinta fome de novo. Se seu objetivo for emagrecer, não sei se é uma boa idéia. Provavelmente, não.

Concluindo, não sei se é uma opção alimentar interessante mas, nas mãos de um nutricionista habilidoso, pode ser útil.

Bom-senso sempre!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Projeto-Verão começa agora


Verão só lá em dezembro, né?

Ainda faltam muitos dias, não é mesmo?

Quando chegar perto, você entra na academia, começa uma super-dieta, usa uns suplementos e PRONTO! Tá no shape!

É assim que você pensa?

Se sim, pode parar. Se você quer estar bem na praia no verão tem que começar a se cuidar AGORA (na verdade, era melhora que já tivesse começado até). As mudanças de hábitos que você precisa implementar, se já não o fez, levam tempo para "pegar" e, mais ainda, para mostrar os verdadeiros resultados.

Veja o emagrecimento, por exemplo. Se você quer perder gordura mantendo a saúde, não deve perder mais do que 1 a 1,5Kg por semana. Faça suas contas com o tempo que falta pra enfrentar o sol e você vai ver se tá cedo ou tarde.


Além disso, você tem que considerar uma coisa: perder gordura sem ganhar massa muscular equilibradamente não vai te garantir nenhum corpo bonito. A não ser que você ache uma tábua linda, Ou uma vara de catar caju... Tem que aliar algum trabalho muscular no seu treinamento e os resultados desse tipo de trabalho, de verdade, começam a vir depois de umas 8 semanas. São 2 meses! Será que você ainda acha que tá cedo?

Quer ficar bem na areia? Então comece logo a fazer uma avaliação médica, uma reeducação alimentar e um treinamento personalizado com profissional educador físico. Pense assim: você já está atrasado(a)!

Aproveite e faça uma coisa: mantenha isso pelo resto do ano. O melhor programa de emergência para emagrecer é aquele que você não precisa fazer, pois já está se cuidando.

Sustente o esforço, pois os resultados compensam.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 30 de maio de 2015

OVO - Nunca foi vilão


Li a reportagem, em uma revista semanal, sobre o ovo. Fiquei MUITO feliz pelo fato de estarem alardeando este fantástico alimento como benéfico para a saúde (e EXCLUSIVAMENTE benéfico), apesar das falhas (comuns) na reportagem. Vou fazer algumas considerações para ajudar a você, que acompanha o nosso trabalho na Sallus, a compreender melhor o assunto.

Começo logo lá do início. "Amor eterno pelo colesterol". Gostei muito da frase e a endosso pois, como já conversamos aqui, o colesterol não é, nem nunca foi, o vilão que nos fizeram crer. Esta molécula fantástica, fundamental para a existência das nossas paredes celulares (consequentemente, de nós mesmos), é muito importante para o nosso organismo e deve ser mais bem compreendida e tratada. NINGUÉM sabe tudo sobre o colesterol e sobre as lipoproteínas que o transportam, junto com outras substâncias lipossolúveis. O LDL NÃO é o "colesterol ruim", bem como o HDL NÃO é o "colesterol bom". O colesterol NÃO é uma gordura, mas um álcool. Tudo isso vocês podem ler em Gorduras, colesterol e blá-blá-blá.

Foi legal ver, finalmente, uma publicação de grande circulação afirmar que o colesterol dos alimentos não é nenhum vilão, mas ainda é triste ler afirmações como "Em excesso, porém, danifica a parede das artérias". Isso não é assim. O colesterol não danifica nada. O que realmente traz problemas é uma complexa e longa relação entre moléculas de LDL com a fração B100 oxidada e macrófagos + endotélio lesionado + ambiente intravascular pró-inflamatório + bastante tempo. Não vou entrar nos detalhes sobre isso tudo hoje, mas garanto que o problema nunca foi, diretamente, o excesso de colesterol ou de lipoproteínas que o transportem. Da mesma maneira, a idéia de que gordura saturada eleve o colesterol de uma forma maligna é falha, mas este paradigma vai demorar mais pra cair publicamente.


Fiquei MUITO feliz, também, com as considerações sobre as falhas metodológicas comuns nos estudos observacionais. É importante que todos saibam que este tipo de estudo, fundamental para levantar questões em ciência, é bom exatamente pra isso: LEVANTAR QUESTÕES. Estudos observacionais não estabelecem relações causais entre fatos. Eles as supõem pelas observações. A partir de agora, toda vez que você vir na TV, ou em uma publicação de papel ou eletrônica, que um ESTUDO TAL com TROCENTAS MIL PESSOAS "CONFIRMOU"/"DESCOBRIU"/"ESTABELECEU" ou sei lá mais o quê sobre absolutamente qualquer coisa, saiba que não é nem assim. Uma quantidade enorme de pessoas em um estudo significa muito mais descontrole sobre a amostra do que capacidade de encontrar respostas precisas. É um viés importante. Mesmo o Framingham, conjunto enorme de estudos observacionais, operando desde 1948, já nos trouxe maravilhas e maravilhosas bobagens em termos de resultados. Melhor dizendo, as pessoas que leram os resultados e os compreenderam COMO QUERIAM, os transformaram em enormes bobagens ou maravilhas. O filtro humano é sempre uma complicação à parte que pode transformar um importantíssimo estudo observacional em um problema de saúde que dura muitas décadas.

Foi particularmente bom ver, por várias vezes, o açúcar sendo citado como grande vilão. Vamos em frente...

Pronto. Agora vou voltar ao ovo. Não quero que pensem que eu esteja falando mal da reportagem. Fiquei realmente feliz com a publicação, pelo fato de reduzir o medo sobre o ovo e o colesterol, mas não podia deixar de fazer algumas considerações esclarecedoras.

O ovo é um dos alimentos mais maravilhosos que podemos ingerir. Estamos falando do ovo de galinha, especificamente, mas praticamente todos os ovos de aves são extremamente nutritivos. Não tenho informações sobre outros tipos. Do ovo nasceria um ser vivo completo e, por causa disso, ele tem que ser rico em macro e micronutrientes, fundamentais para esta construção. Nele você encontra boas concentrações de proteínas, colina, zinco, selênio, fósforo, potássio, B12, B5, B6 e B2. Ele traz, também, boas quantidade de colesterol que, como comentei mais acima, é fundamental pra nossa saúde. Há muitos anos o fenomenal professor Dr Juarez Callegaro já nos orientava a consumir 6 ovos por dia e a repassar isso para nossos pacientes. Em Ortomolecular, isso tudo já é uma verdade antiga.

A riqueza em proteínas deste alimento o torna uma opção excelente, por exemplo, para atletas que buscam ganho de massa muscular. É muito comum ver o pessoal falar quantos ovos ingere por dia mas, em geral, são muitas claras e as gemas são desprezadas. VAMOS PARAR COM ISSO! Quando consumir o ovo, consuma na sua totalidade (fora a casca, é claro).


Vale lembrar que o ovo de galinhas "caipiras" ou "de quintal" é mais nutritivo que os de galinhas criadas em escala, mas todos são interessantes. É preferível comer ovos de galinhas de granja do que não comer ovos. Também é importante lembrar que existem pessoas com alergias ou intolerâncias a proteínas presentes no ovo. Estas, infelizmente, terão que evitar o alimento, mas isso pode ser temporário. Se for o seu caso, converse com o seu médico e/ou nutricionista sobre isso.

Pronto. Coma ovos e seja mais saudável e feliz, tranquilamente. Valeu a pena defender estas idéias por tantos anos. É uma pena que muitas pessoas dependam das manchetes de revistas para crer nestas coisas mas, com a quantidade de informações truncadas e erradas disponível, eu as compreendo 100%. Contem conosco para ajudar a esclarecer suas dúvidas em saúde, dentro das nossas limitações. Ninguém tem as verdades completas, mas a gente busca um bocado. Vamos buscar juntos!

Saúde e paz... e os benefícios do colesterol para todos!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

NÃO "DEFUME" SUA PELE

Que o hábito de fumar é nocivo à saúde todo mundo já sabe. Quando pensamos no fumo lembramos, quase que automaticamente, do câncer de pulmão e dos infartos. Tais problemas são muito sérios e motivadores que deveriam ser suficientes para nos afastar deste hábito.

Acontece que temos mais um argumento, nada letal, mas de importância para a qualidade de vida e o bem estar, para de fazer pensar duas vezes antes de aderir ou manter o tabagismo: PELE DEFUMADA TEM MAIS RUGAS.

É isso mesmo. Se você quer ter uma pele com mais rugas, mais cinzenta e menos hidratada, continue fumando.

Um estudo realizado na Santa Casa de São Paulo verificou que fumantes têm rugas até 3 vezes mais pronunciadas que não fumantes. A pele do tabagista apresenta inúmeras rugas, vincos e linhas a mais que seus pares não-adictos e tende a apresentar-se atrofiada, apresentando mais alterações do que as que ocorrem com excessiva exposição solar.

Ou seja, fumar faz mais mal à pele até do que ficar "fritando" no sol!

O hábito de fumar causa alterações nas fibras colágenas e elásticas da pele, de dentro pra fora, levando a perda da sustentação e da elasticidade, resultando em um aspecto muito mais envelhecido. As alterações na pele são tão marcantes que avalia-se a possibilidade de servirem como marcadores clínicos para o desenvolvimento de um futuro enfisema!
Se você não fuma, continue assim. Se você é adepto do tabagismo, temos aqui mais um argumento para que você reflita sobre isso. Hoje em dia, a campanha anti-tabagismo cresce muito em diversos lugares do mundo. Eu não concordo com nenhuma "caça às bruxas", como tem ocorrido, pois acredito que cada pessoa deve ter o direito de colocar-se sob os riscos que achar melhor, desde que assuma as consequências individuais disso. Por isso, também, concordo com as iniciativas de separar fumantes de não-fumantes de forma eficiente, para que seja garantido o direito de não se expor a esses riscos a quem assim preferir. Eu mesmo não fumo e não vou iniciar este hábito nunca. Não acredito que valha a pena.

É sempre bom lembrar que o vício do cigarro é difícil de abandonar e que um auxílio profissional é sempre muito bem vindo. Se você tem medo, inclusive, de engordar depois de parar de fumar, procure logo auxílio para se preparar. Psicoterapia e atividades físicas orientadas são tremendamente úteis e a ortomolecular também traz muitas opções para auxiliar neste processo, principalmente no que diz respeito à recuperação do organismo depois de deixar este hábito.


Muitos extratos vegetais concentrados têm se mostrado úteis na recuperação da pele que sofreu a agressão do hábito de fumar. Dos extratos de uva ao de romã, muitas opções existem para realizar este serviço. Compostos com silício orgânico e proteínas marinhas também se mostram úteis. Procure seu médico para maiores esclarecimentos e para que ele possa prescrever o que você realmente precisa.

Conheça os fatos e assuma as consequências. A vida é causa e efeito.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sábado, 16 de maio de 2015

Precisamos SUPLEMENTAR?

Pra adiantar logo a conversa, provavelmente sim.

Agora vamos começar a conversar sobre o tema. Toda hora eu vejo questionamentos sobre o uso ou não de suplementos alimentares. Questionar é bom e muito importante, pois nos leva a buscar um entendimento cada vez maior sobre tudo. Beleza, mas falar sobre o que não se conhece nada, mas nadinha mesmo, já é inadequado.

Vejo muitos especialistas em Nutrologia e/ou Nutrição dizerem que "ninguém precisa de suplementos alimentares" e que "os alimentos são suficientes para garantir todas as nossas necessidades nutricionais" ou que seriam necessários "apenas para atletas de ponta", mas sou obrigado a discordar deles e vou explicar o porquê.

A alimentação balanceada, de acordo com as necessidades de cada indivíduo compõe, junto com mais alguns fatores, a estrutura fundamental de uma boa saúde (leia mais aqui). Isso é básico. Sem isso, quaisquer outros esforços, fora deste grupo principal de elementos, estarão fadados ou ao fracasso ou a resultados algo insatisfatórios. Até aí, praticamente todo mundo concorda.


O problema é que nós, seres humanos que vivem em centros urbanos, grandes ou pequenos, sofremos com uma certa "insalubridade" proporcionada pelas condições de vida nas cidades e pelas demandas sociais modernas. Nós, que costumo chamar de URBANÓIDES, somos seres humanos expostos a poluentes, aditivos alimentares, defensivos agrícolas e radiações eletromagnéticas de uma maneira que nunca fomos antes. Tudo isso interfere enormemente na nossa saúde e gera a necessidade, como tentativa de equilibrar estas desvantagens, do uso de suplementos alimentares que eu prefiro, inclusive, chamar de complementos. Este uso é nossa alternativa atual para tentar compensar as agressões citadas acima e o nosso comportamento enlouquecido dentro da nossa atual estrutura social.

Corremos demais, trabalhamos demais, descansamos de menos, nos frustramos demais, amamos ao próximo menos do que devíamos. Infelizmente, essa costuma ser a forma como a maioria de nós vive hoje. Além disso, os alimentos atuais não apresentam mais os mesmos teores nutricionais que antigamente, estando mais bonitos porém menos nutritivos. Acredito que você concorde que precisamos de alguma ajuda.

Além de tudo isso, os suplementos alimentares são aliados fantásticos no tratamento complementar de inúmeras doenças e, principalmente, na prevenção das mesmas. Bem utilizados são fantásticas ferramentas de promoção da saúde!

O pensamento é este. Precisamos de um suporte maior para aguentar provações mais difíceis. O grande detalhe, divisor de águas em toda esta conversa, é o fato de que não devemos fazer isto sozinhos. O grande erro, que provavelmente leva muitos colegas a serem contra a suplementação alimentar, é o fato de que muita gente se auto-suplementa, ou seja, não procura auxílio profissional para definir de quais elementos precisa e quais não precisa. Neste caso, até mesmo eu sou contra a suplementação. Apenas um profissional capacitado, médico ou nutricionista, é capaz de definir que suplementos você deve tomar e quais outras mudanças de hábitos de vida deve adotar para ter uma saúde boa.


Conte com esta ajuda, bem orientado, e seja mais feliz!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

LEITE e polêmica - Dr. Adolfo Duarte

Não tenho a intenção de participar da polêmica, mas acredito que preciso me posicionar sobre este tema para que vocês, que seguem meu trabalho, saibam o que penso sobre ele.

O leite é um produto consumido pelos seres humanos há relativamente pouco tempo. Tudo indica que começamos a utilizá-lo há algo em torno de 10.000 anos. Parece muito tempo mas, em termos evolutivos, é um pouco antes de ontem. Acredita-se que contribuiu positivamente para nosso estabelecimento em povoados, com a criação dos rebanhos, diminuindo nossa necessidade de viagens de caça. Beleza. Parece que ajudou muito.

Desconsiderando, agora, estas questões evolutivas, muita gente briga por causa do leite. Desde pesquisadores renomados até curiosos de outras áreas do saber, muita gente opina sobre ele. Há muito tempo eu busco alcançar uma idéia concreta sobre isso e vou colocar ela pra vocês aqui. Eu costumo pedir aos meus pacientes que não utilizem o leite em geral, mas não crio restrições aos derivados desde que o paciente não apresente problemas específicos com seu consumo.

Quando falo do leite, estou me referindo, especificamente, ao leite de vaca. Este é o mais consumido mundialmente e sobre ele recai nossa busca por entendimento. Este produto animal tem uma composição nutricional bem interessante. Em um copo de 200ml temos, aproximadamente, 10g de açúcares, 6g de proteínas, 6g de gorduras (sendo 2,4g de gorduras insaturadas e, na fração das saturadas, boa parte em ácidos graxos de cadeia curta e média) e 1,4g de minerais diversos. Desta "secreção nutritiva" são feitos os mais diversos produtos, como manteiga, queijos, iogurtes, coalhadas, suplementos alimentares e creme de leite. Pronto. É disso que estamos falando e considerando, fundamentalmente, o leite de vacas criadas A PASTO E SEM RAÇÕES ESQUIZOFRÊNICAS BASEADAS EM GRÃOS E ADITIVOS MINERAIS. É um produto, sem dúvida, nutricionalmente denso, mas isso não o torna ideal para o consumo humano.

Observe, por exemplo, uma coisa muito importante: NÃO EXISTE ALERGIA A LACTOSE. A lactose é o açúcar existente no leite. É um dissacarídio composto pela associação entre 1 molécula de glicose e 1 molécula de galactose. Sendo um açúcar, não há como criarmos alergia a ela. O que ocorre, no que se refere à lactose, é que uma pequena fração das pessoas não possui a enzima necessária para realizar a digestão da lactose. Esta enzima se chama lactase. Estas pessoas sentem-se muito mal ao consumir leite, podendo apresentar uma série de sintomas como gases, indigestão, dores de cabeça, dores abdominais, vômitos e diarréia. Enquanto crianças, a maioria das pessoas apresenta uma quantidade boa e eficiente de lactase mas, quando atingem a vida adulta, a maior parte destas pessoas muda de uma boa quantidade de lactase mais eficiente para uma menor quantidade de lactase menos eficiente, o que significa que quase todos os adultos vão ter ALGUM GRAU de intolerância à lactose, o que não significa doença, mas pode causar sintomas menores. Isso explica o porquê de grande parte das pessoas se beneficiar de uma dieta com restrição de lactose.
Vale lembrar que os leites ditos "sem lactose" nada mais são do que leite comum tratado com lactase, ou seja, leite com glicose e galactose. Continua tendo açúcar e, portanto, não é adequado nem para uma dieta Low-Carb nem para uma Paleo ou Primal.

O que pode, de fato, causar alergias ou, de outras maneiras, ser imunogênicas, são as proteínas do leite. Ricas em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), tanto a lactoalbumina (do soro do leite) quanto a caseína (da parte sólida) são proteínas de alto valor biológico. A caseína costuma existir em 2 formas, a A1 e a A2, sendo a forma A1 a verdadeiramente problemática. Quando se quebra, no estômago, a forma A1 gera um subproduto conhecido como CASEOMORFINA, um opióide, que tem efeitos viciante e de alteração de comportamento e parece estar relacionado com a piora do autismo. As vacas holandesas, por exemplo, geram leite com 50% de fração A1, as Jersey 25% e o Gir leiteiro gera leite com quase totalidade de caseína A2, sendo muito melhor para o consumo humano. Na Nova Zelândia e na Austrália estes fatos já são considerados e é incentivada a produção do leite com caseína A2 havendo, inclusive, um certificado para ele. Na Nova Zelândia e na Austrália...

Gir Leiteiro - esse é do bão!

Considerando todos estes fatos, consumir leite do gado correto, criado A PASTO, SEM RAÇÕES ESQUIZOFRÊNICAS, pode não ser tão ruim. Eu ainda prefiro utilizar apenas os derivados, principalmente nas suas versões integrais, pois a retirada da lactose da alimentação tem se mostrado benéfica na maioria dos casos. Ainda não temos como ter certeza sobre qual caseína estamos ingerindo, aqui no Brasil. Espero que, um dia, isso mude.



Pra terminar, aproveito fragmentos do texto do Dr Souto, cujo link postei no FaceBook também:

Dairy and Cardiovascular Disease: A Review of Recent Observational Research
(...)This was in contrast to the findings reported from a prospective study of Caucasian American adults in which it was observed that women who reported “nearly daily” low-fat cheese and fat-free milk consumption had an increased incidence of CHD compared to those who reported “rarely/never” consuming low-fat cheese and fat-free milk.This was a surprising observation in light of the fact thatthere was no significant association between total dairy intake and risk of CHD in this population. The results of these studies indicate the complexity of dairy foods and the differences in CVD risk depending upon the type of dairy food consumed. Whereas total dairy and cheese reportedly had inverse relationshipswith CVD risk, butter (as a spread) was associated with disease but total butter consumption was not.

Tenho vontade de gritar. Sacudir os pesquisadores pela lapela. Parece que os dados precisam de uma melancia pendurada no pescoço para serem notados!! Resumindo o texto acima:

1) O consumo diário de laticínios DESNATADOS está associado a doenças cardiovasculares;
2) Laticínios com gordura e queijo são inversamente associados com doença cardiovascular (ou seja, quanto mais se consome, MENOS doença cardiovascular se tem);
3) Manteiga, quando usada para espalhar no pão, está associada com doença cardiovascular;
4) Manteiga, de uma forma geral, não está associada com doença cardiovascular.

Até agora, portanto, prefiro que você use queijos, iogurtes, creme de leite e manteiga, mas evite o leite. Quem sabe, com o tempo, a humanidade utiliza seu poder transformador para aproveitar esta interessante matriz alimentar de uma forma mais adequada, talvez através de manipulações genéticas ou de tratamento do leite de alguma maneira. Vamos ver. AINDA tenho alguma esperança nos homens.

Vamos em frente, transformando.

Aproveite para ler o excelente blog http://www.paleodiario.com/!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557