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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Cardiologistas alertam para riscos das "bebidas energéticas"...


"As chamadas 'bebidas energéticas' são populares em casas de dança e durante os exercícios físicos, com as pessoas algumas vezes consumindo várias dessas bebidas, uma após a outra. Esta situação pode levar a uma série de condições adversas, incluindo angina, arritmia cardíaca (batimentos cardíacos irregulares) e até mesmo a morte súbita."

A frase, do professor Milou-Daniel Drici, da Universidade de Nice (França), foi proferida durante uma apresentação realizada nesta semana na reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia.

E ele acrescentou: "Cerca de 96% dessas bebidas contêm cafeína, com uma lata típica de 250 ml podendo conter o conteúdo de dois cafés expressos de cafeína. A cafeína é um dos mais potentes antagonistas dos receptores de rianodina e leva a uma liberação maciça de cálcio dentro das células cardíacas. Isso pode causar arritmias, mas também tem efeitos sobre a capacidade do coração de contrair e usar o oxigênio. Além disso, 52% dessas bebidas contêm taurina, 33% têm glucuronolactona e dois terços contêm vitaminas."

As conclusões são de um estudo que contou com a participação de 15 especialistas, incluindo cardiologistas, psiquiatras, neurologistas e fisiologistas.

Síndrome da cafeína

Durante o período de dois anos em que os dados foram coletados, 257 casos envolvendo os energéticos foram notificados à Agência Nacional de Saúde da França, dos quais 212 forneceram informações suficientes para uma avaliação de segurança.

Os especialistas descobriram que 95 desses eventos adversos relatados apresentaram sintomas cardiovasculares, 74 psiquiátricos e 57 neurológicos, em alguns casos apresentando simultaneamente mais de uma dessas categorias.

Paradas cardíacas e mortes súbitas ou inexplicáveis ocorreram em pelo menos oito casos, enquanto 46 pessoas tiveram alterações do ritmo cardíaco, 13 tiveram angina e 3 tiveram hipertensão.

"Nós descobrimos que a 'síndrome da cafeína' foi o problema mais comum, ocorrendo em 60 pessoas. Ela caracteriza-se por um ritmo rápido do coração, chamado taquicardia, tremores, ansiedade e dor de cabeça.

"Efeitos adversos raros, mas graves, também foram associados com estas bebidas, tais como morte súbita ou inexplicável, arritmia e ataque cardíaco (infarto do miocárdio). Nossa busca na literatura confirmou que estas condições podem estar relacionadas ao consumo de bebidas energéticas," argumentou o Dr. Drici.

Quando evitar as bebidas energéticas

A seguir, o especialista orientou os grupos em maior risco quanto ao consumo das bebidas energéticas.

"Pacientes com doenças cardíacas, incluindo as arritmias catecolaminérgicas, síndrome do QT longo e angina devem estar cientes do perigo potencial de uma grande ingestão de cafeína, que é um estimulante que pode agravar a sua condição com consequências possivelmente fatais."

"O público em geral precisa saber que as chamadas 'bebidas energéticas' não têm absolutamente nenhum lugar durante ou após os exercícios físicos, em comparação com outras bebidas elaboradas com esse objetivo," concluiu o pesquisador.

Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vitamina C é importante no tratamento e prevenção de doenças cardíacas


Muitos estudos recentes tem confirmado os efeitos protetores da vitamina C em face de doenças do coração. Num estudo, homens que ingeriram vitamina C tiveram 66% menos risco de doença coronária, em comparação com homens que ingeriram baixas doses de vitamina C, mesmo realizando diversos fatores de controle de risco cardiovascular (
Em um estudo realizado em Harvard Medical School, com mais de 85.000 enfermeiras durante 16 anos, observou-se que as mulheres que usaram suplementos de vitamina C tiveram redução em 28% em doença cardíaca coronária, em comparação com mulheres que não realizaram a suplementação de vitamina C. Essa redução em doença cardíaca ocorreu mesmo após com o passar dos anos, tabagismo e outros fatores de risco. Com base nisso, os cientistas de Harvard concluíram que suplementos de vitamina C diminuem o risco de doença cardíaca coronária (J Am Coll Cardiol. 2003 Jul 16;42(2):246-52).
Muitos outros estudos informam que a vitamina C não só protege contra doenças cardiovasculares, como também diminui o risco em sofrer ataques cardíacos com risco de vida. Verificou-se que homens de meia idade, sem nenhuma evidencia de doença cardíaca pré- existente, eram 3,5 mais propensos a sofrer ataques cardíacos em comparação com outros que não eram deficientes em vitamina C ( BMJ. 1997 Mar 1;314(7081):634-8.).
Confirmando o estudo acima, outra pesquisa comprovou que pessoas no quartil mais elevado de ingestão de vitamina C tiveram a notável marca de 80% menos risco em sofrer ataque cardíaco, em comparação om pessoas no menor quartil de vitamina C (
Pesquisas clínicas e experimentais sugerem que a vitamina C pode proteger contra outras doenças do coração e dos vasos sanguíneos, incluindo, fibrilação atrial (batimento cardíaco irregular que aumenta o risco de Acidente Vascular Cerebral AVC), miocardiopatia dilatada (dilatação do coração), insuficiência cardíaca congestiva (
Em vista dessa variedade de estudos científicos, converse com seu médico sobre a possibilidade de incluir essa poderosa vitamina em seu tratamento de saúde, ou até mesmo, para fins preventivos. Todavia, como já informado pelo Dr. Thomas Levy:
*Todas as referências científicas foram citadas no corpo do texto.
Dr. Júlio Caleiro Pimenta
Nutricionista São Sebastiao do Paraíso/Minas Gerais Site: www.nutricaobrasil.me

Apr;11(4):311-7). Logo, outra conclusão não há que níveis ideais de vitamina C podem
J Am Coll Nutr. 2003

Oct;22(5):372-8.). O resultado tornou-se mais surpreendente já que muitos dos homens
estudados eram fumantes.

Acta Med Port. 1998

proporcionar uma poderosa proteção contra ataques cardíacos potencialmente fatais.

Int J Cardiol. 2005 Jul

10;102(2):321-6; Can J Cardiol. 2005 Aug;21(10):851-5; J Vet Intern Med. 2005

Jul;19(4):537-41; Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2004 Jun;286(6):H2113-7).

Os três aspectos mais importantes na terapia eficaz de vitamina C são: dose, dose e dose. Se você não tomar a suficiente, você não vai obter os efeitos desejadosDr. Thomas Levy, médico cardiologista.
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

EXERCÍCIO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES ....

A inatividade é uma característica das sociedades modernas, em que o progresso e a tecnologia afastaram a necessidade da atividade física, antes fundamental para a sobrevivência do ser humano.
A associação entre o sedentarismo e a ocorrência de doenças cardiovasculares já foi estabelecida há quase 5 décadas, tendo sido demonstrada uma clara relação de dose e efeito entre a prática de atividades físicas e a ocorrência de eventos coronarianos fatais e não-fatais (p. ex.: infarto do miocárdio, angina do peito, morte súbita, etc.). O tipo de atividade física parece ter pouca relevância na obtenção desse efeito, importando mais o gasto calórico dispendido.
Á medida que aumenta o gasto calórico, diminui progressivamente o risco de um problema cardiovascular. Um gasto calórico superior a 2000 kcal por semana através de exercícios parece não adicionar nenhum benefício na prevenção de coronariopatias. A proteção do exercício se manifesta somente naqueles que estão se exercitando regularmente.
O fato do indivíduo ter sido um grande atleta no passado não confere proteção caso ele tenha voltado a ser sedentário. Ou seja, "exercício não é vacina", que é feita uma vez na vida e a proteção dura para sempre. A chave é manter-se sempre em atividade. As razões exatas para o efeito protetor do exercício regular não são ainda totalmente compreendidas, mas, com certeza, o efeito sobre alguns dos fatores de risco tradicionais é parte importante dessa proteção.
Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
Os fatores de risco para doença cardiovascular são os principais responsáveis pelo desenvolvimento das placas de aterosclerose, que entopem as artérias. Dentre os fatores de risco tradicionais, o exercício regular é capaz de influenciar positivamente o perfil lipídico, a obesidade, a resistência à insulina e a hipertensão arterial.
Em relação ao perfil lipídico, ele promove o aumento das lipoproteínas de alta densidade, consideradas como sendo o "bom colesterol" (HDL - colesterol), que é capaz de retirar a gordura que deposita-se no interior das artérias, gerando as placas de aterosclerose. Ele diminui os níveis de triglicerídios e o efeito deletério das lipoproteínas de baixa densidade, também chamadas de "mau colesterol" (LDL - colesterol), responsáveis pelo depósito de gordura dentro das artérias.
Parte do efeito obtido pelo exercício passa pelo controle da obesidade. Os indivíduos que aderem a um programa de exercícios, além de gastarem mais calorias, eles demonstram maior capacidade em seguir uma dieta alimentar, facilitando a perda de peso. Nos adultos, o desenvolvimento de Diabete Melito ocorre pela resistência ao efeito da insulina e não pela falta dela. A insulina disponível, em quantidade suficiente, não consegue fazer com que a glicose (açucar) penetre nas células e possa ser metabolizada.
O exercício diminui essa resistência à ação da insulina, facilitando a entrada da glicose na célula e retardando o aparecimento do quadro de Diabete Melito. Nos indivíduos que apresentam aumento sustentado da pressão arterial e começam a exercitar-se, observa-se discreta redução dos níveis pressóricos, que, em alguns casos, permite a redução, ou mesmo a suspensão da medicação anti-hipertensiva.
Arritmias Cardíacas
A ocorrência de descompassos no ritmo cardíaco, conhecidos como arritmias cardíacas, podem ser, tanto destituídos de qualquer significado clínico, como, em casos especiais, podem representar uma ameaça à vida. Um dos fatores responsáveis pela ocorrência dessas arritmias é a liberação de grandes quantidades de adrenalina durante momentos de grande tensão emocional ou durante exercício físico intenso e abrupto.
O treinamento físico diminui a quantidade de adrenalina que é liberada durante situações críticas, reduzindo o impacto sobre o coração. Um sedentário tem 100 vezes mais risco de ter uma parada cardíaca durante um exercício intenso e abrupto, ao qual ele não esteja habituado. Já um indivíduo bem condicionado fisicamente apresenta um risco apenas 2,5 vezes maior.
Risco de Trombose
O mecanismo principal de vários eventos cardiovasculares é a formação de um trombo dentro das artérias, provocando a oclusão do vaso e a interrupção do fornecimento de sangue. Como esse é um processo dinâmico, á medida que o trombo vai sendo formado, o organismo também vai desfazendo o trombo, através da fibrinólise. Através do exercício regular, é possível promover o aumento da fibrinólise, prevenindo a ocorrência de fenômenos trombóticos agudos, como o infarto do miocárdio.

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sete hábitos para um coração saudável....


As autoridades de saúde de todo o mundo recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares.

Os problemas cardiovasculares já são a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A OMS estima que a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda.

No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45 mil adultos consultados seguem estas sete dicas.

Hábitos para um coração saudável

Os sete hábitos para um coração saudável são:

1 - não fumar
2 - fazer exercícios físicos
3 - controlar a pressão arterial
4 - controlar a glicose
5 - controlar o colesterol
6 - controlar o peso corporal
7 - adotar uma dieta balanceada

Quem segue pelo menos seis dessas sete recomendações tem 51% menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que seguem apenas um dos hábitos.

Além disso, o risco de transtornos cardiovasculares caiu em até 76%.

Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Diga não às guloseimas



Quer ter sucesso na dieta?

Deixe de lado as guloseimas!!!

Que nossa alimentação sofre influências desde que somo crianças, todos já sabem. E, sabem também que muitos desses hábitos são inadequados. Quer um exemplo?
Aquelas vezes em que você se machucava, física ou emocionalmente na infância e se acalmava quando lhe ofereciam doces.

Vai dizer que hoje, você não faz a mesma coisa?

Tudo bem que nós humanos, temos mais papilas gustativas para a percepção de doces que outras espécies. Mas os estímulos que sofremos desde crianças também tem muita importância.

Lembre-se que quase tudo é questão de hábito. Então, que tal mudar esses hábitos e fazer uma caminhada, ler um livro, assistir um filme, conversar com um(a) amigo(a) nos momentos de fome emocional (tristeza, ansiedade, dor)?

Garanto que são coisas que lhe proporcionarão muito mais prazer e são muito mais saudáveis do que “se jogar” numa barra de chocolate, pipoca, brigadeiro ou seja lá o que for.

Não digo para você nunca mais comer doces, batatas de saquinho, fast-food, etc. Quando estiver com muita, muita vontade... coma um pouquinho e recorra a opções mais saudáveis, como banana com canela e mel, milk shake feito metade de leite desnatado, metade de água e cacau em pó. Pois, a preocupação com as guloseimas não gira somente em torno do ganho de peso.

Você já deve saber os males que elas causam mas, em todo caso, vamos relembrar:

Fast-food: geralmente composto por cheeseburguer DUPLO (620kcal – 38g de gordura), uma porção GRANDE de batata frita (590kcal – 30g de gordura) e um refrigerante TAMANHO FAMILIA. È uma quantidade extraordinária de sal, açúcar, gorduras e calorias. Consequências? Pressão alta, altos níveis de colesterol e de açúcar no sangue (diabetes).
Tenha em mente que, quando você come doces seu organismo se sacia momentaneamente, pouco tempo depois ele vai pedir mais e mais.

Batata de saquinho e batata frita: ou seria, gorduras saturadas, gorduras trans e sal em saquinho? Capazes de obstruir artérias, causar inflamação de tecidos e órgãos e levar a infartos.

Doces: sorvetes, tortas, chocolates, bolos, rocamboles, bombons, bombas (literalmente). É uma boa quantidade de açúcar refinado. Aquele que eleva subitamente as taxas de glicose no sangue e intensifica a produção de insulina, que faz o que? Armazena o excesso em forma de gordura nas células adiposas (aquelas que se concentram na barriga, nas coxas, cintura). Além disso? As taxas de glicose caem logo em seguida, lhe causando mais fome, fazendo você recorrer de novo aos doces. Como se não bastasse, eles vem cheio de coberturas, recheios, glacês. Isso significa que metade das calorias dessas guloseimas são provenientes da gordura. Aquelas faladas a cima.

Haja saúde, quadril, cintura e coxa para bancar tudo isso ai.

Não seja refém da má alimentação, opte por lanches mais saudáveis:
  • Picolé de fruta,
  • Frozen yogurt,
  • Não coloque maionese e molhos em saladas,
  • Escolha a pipoca light e não adicione manteiga nem sal,
  • Coma frutas secas (são saborosas e sem gordura),
  • Opte pelo chocolate 70% de cacau (mas não abuse),
  • Use cacau em pó no lugar de achocolatados.

Cuide-se, se ame!




*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exercício físico regular – por que é mais que importante: É FUNDAMENTAL



Você já ouviu falar de zebra que sofreu “derrame”? Ou leão que infartou? Pois é: começaram a acontecer vários casos em animais trazidos do seu habitat natural para os zoológicos. Entre outras coisas, isto significa dizer que se até os animais, mais fortes e rápidos que o ser humano, podem apresentar complicações cardiovasculares quando diminuem sua atividade física diária, imagine o quanto não é mais fácil para o ser humano sedentário…

Pensemos em uma porta, novinha: se não for “aberta e fechada” e lubrificadas suas dobradiças regularmente, com certeza apresentará em pouco tempo dificuldade em ser aberta, emperrará, emitirá sons, mostrando que sua movimentação está cada vez pior. Extrapolando este exemplo para o organismo humano:

-       A porta, é o nosso corpo e mente;
-       O óleo de lubrificação é a água;
-       As dobradiças são nossas articulações, músculo e circulação sangüínea: sem água e exercícios físicos, as articulações e músculos começam a “travar” e doer e o sangue a circular mal, não chegando direito às várias partes do corpo e a ficar “grosso”, coagulando-se exageradamente e “entupindo” veias e artérias com mais facilidade.

Ainda outra analogia interessante: Sabem o que acontece com sangue “parado”? Coagula. Quando coagula, entope; e no nosso corpo, quando o sangue fica por aí “entupindo” artérias e veias, temos a gênese das varizes, edemas (inchaços), embolias, tromboses, infartos, derrames e o agravamento de quadros de pressão alta. Como movimentar o sangue? Exercício físico, regular.

Seguindo este raciocínio…

De fato, as doenças cardiovasculares (sobretudo pressão alta, infartos e derrames), só no Brasil, matam em torno de 1.000 pessoas por dia, sendo o número de “seqüelas” e complicações quase 5 vezes maior. Em todo o mundo, infartos, derrames e pressão alta matam juntos muito mais que acidentes, AIDS, câncer, gripe H1N1 ou qualquer outra doença que possamos pensar.

Então, que exercício físico fazer? Qualquer um preferencialmente aeróbico (ou seja, com aumento da respiração) por no mínimo 40 minutos seguidos, pelo menos 3 vezes por semana, lembrando a importância da avaliação médica antes de iniciá-los. Valem caminhada, hidroginástica, dança, corrida, natação, tênis, etc; os fatores mais importantes são: manter a regularidade, procurar não interrompê-lo e respeitar os limites de cada organismo. E sem dúvida, a pessoa mais indicada para orientá-lo nesta questão é o profissional de Educação Física.

Entre os reconhecidos benefícios do exercício físico regular estão:

- Melhor funcionamento e resistência cardiovascular: um coração mais “forte” é mais resistente e efetivo,  precisando trabalhar menos intensamente para cumprir sua função habitual;
- Maior força, tamanho e flexibilidade dos músculos, ao mesmo tempo em que se queima gordura;
- O exercício físico aeróbico melhora a circulação sangüínea, assim prevenindo ou melhorando, por exemplo, patologias como tromboses, varizes e entupimentos dos vasos sangüíneos.
- Aumento do colesterol “bom”, o HDL, que ajuda a reduzir o colesterol total, desobstruir vasos e prevenir novos “entupimentos”;
- Redução e controle da pressão arterial
- Melhor função respiratória, o que melhora a disposição para as atividades diárias;
- Redução do stress, o que melhora a produtividade diária.

Concluindo, manter o corpo em movimento, regularmente, não é uma opção, é obrigatório: a natureza conta com o apoio dos nossos músculos para ajudar o coração e os vasos sangüíneos no árduo trabalho de circular o sangue adequadamente por todo o corpo. Sem este auxílio, que ninguém se surpreenda se precocemente em sua vida desenvolver graves doenças cardio-circulatórias. Exercício físico regular: este simples cuidado ajuda a evitar doenças e, quando não, melhora muito a recuperação e efeitos de tratamentos.

* Esclarecimento importante: As dicas deste texto NÃO substituem a consulta ao seu médico (ou profissional de saúde em questão) e embora em sua maioria estejam BEM embasadas em inúmeros trabalhos científicos, em boa parte, são frutos de observação minha, em consultório, ao longo de mais de 10 anos de Medicina.

Um abraço e SAÚDE,

Twitter: @qualidade_vida

domingo, 17 de julho de 2011

O Mito do Colesterol e as Doenças Cardíacas....



Qual é o tratamento médico padrão para alguém com um problema cardiovascular? 

Primeiramente, checar a pressão arterial, e se estiver alta, iniciar o tratamento com anti-hipertensivos. Depois, dosar o colesterol no sangue, e se estiver elevado iniciar o uso de uma classe especial de medicamentos para baixá-lo – as estatinas – e adotar uma dieta com quantidades reduzidas de gordura, com margarina, leite desnatado e outros produtos light. Com um pouco de sorte, talvez lhe sejam recomendados exercícios físicos.

Apesar de padrão, exceto pelos exercícios, essas recomendações talvez tenham o efeito contrário ao que se espera. Prescritas por médicos do mundo todo como fundamentais para baixar o colesterol sanguíneo as estatinas provocam graves efeitos colaterais, dentre elas, dor muscular (a queixa mais comum), fadiga e fraqueza generalizada principalmente nos braços e pernas. Isto ocorre devido à destruição da célula muscular, processo chamado de rabdomiólise, mas não somente os músculos periféricos são atingidos: trabalhos mais recentes mostram que as estatinas pioram o quadro clínico da insuficiência cardíaca congestiva, uma condição em que o músculo cardíaco se torna fraco para bombear o sangue efetivamente. Além disso, em médio e longo prazo, podem causar dano neurológico (polineuropatia), induzir à depressão, piorar a memória, provocar pancreatite e aumentar a incidência de câncer.

Esses graves efeitos colaterais são explicados pelo próprio mecanismo de ação das estatinas, que têm poderoso efeito redutor no colesterol por inibir a ação de uma enzima, a HMG-CoA redutase(hidroximetilglutarato coenzima-A redutase). O processo de formação do colesterol começa quando três moléculas de acetil coenzima-A (AcetilCoA) se combinam para formar o ácido hidroximetilglutárico (HMG), que por sua vez requer a ação da enzima HMG-CoA redutase, que, por fim, produz o mevalonato. É a partir do mevalonato que ocorre uma série de reações químicas com a formação de uma família inteira de substâncias intermediárias, muitas (se não todas) com importantes funções bioquímicas. Por isso, quando usamos as estatinas, impedimos não só a formação do colesterol, mas de duas outras moléculas fundamentais: coenzima Q10 e dolicol.


Ocorre que a coenzima Q10 (CoQ10) ou ubiquinona é um composto bioquímico necessário para transferir energia dos alimentos para as células, isto é, o que nos mantém saudáveis e vivos. Era desconhecida há cinquenta anos, mas hoje alguns especialistas a chamam de "vitamina 10", por ser substância imprescindível para o funcionamento celular. Aumenta a capacidade das células de utilizar o oxigênio, otimiza a produção de energia e previne o dano causado pelos elétrons dos radicais livres. O coração demanda grandes quantidades de CoQ10, presente também em todas as membranas celulares e é fundamental para manter a condução do impulso nervoso e a integridade muscular. Além disso, a CoQ10 tem grande importância na formação do colágeno e da elastina.


O dolicol também desempenha papel de extrema importância, pois, nas células, orienta a fabricação de várias proteínas a partir das informações contidas no DNA, assegurando que as células respondam corretamente as instruções geneticamente programadas.


O potente efeito redutor do colesterol das estatinas é devido a essa ação na chamada cadeia do mevalonato, mas pode conduzir a um caos imprevisível ao nível celular. Considere os resultados de pediatras da Universidade da Califórnia, em San Diego, que publicaram a descrição de uma criança com um defeito hereditário da mevalonato-quinase, a enzima que catalisa o próximo passo após a HMG-CoA redutase. A criança nasceu com catarata, era mentalmente retardada, microcefálica, (cabeça muito pequena), pequena para a idade, profundamente anêmica, acidótica e febril. De maneira previsível, seu colesterol era constantemente baixo, entre 70 e 79mg/dl. Ela morreu aos 24 meses. Este caso, apesar de representar um extremo de inibição do colesterol, ilumina as possíveis consequências de utilizar estatinas em doses elevadas ou por prolongado período de tempo.


Quanto aos resultados práticos, os trabalhos mostram que, de fato, as estatinas podem prevenir algumas doenças do coração em curto prazo, mas não pela inibição da produção do colesterol, e sim pelo bloqueio da criação do mevalonato, que parece fazer as células do músculo liso dos vasos sanguíneos menos ativas e deixam as plaquetas menos capazes de produzir tromboxane. O entupimento das artérias (aterosclerose) começa com o crescimento de células do músculo liso dentro da parede dos vasos e o tromboxane é necessário para o sangue coagular. Já os resultados, quando analisados em médio e longo prazo, são pífios. 


Veja abaixo o resultado de alguns dos principais estudos sobre as estatinas:


1. MIRACL, 2001. Verificou os efeitos de altas doses de Lipitor em 3.086 pacientes após angina ou infarto agudo. O resultado mostrou redução de reinfartos que requeressem hospitalização nas 16 primeiras semanas, mas não houve qualquer diferença nos reinfartos após esse período e nem na mortalidade.


2. ALLHAT, 2002. Das 5.170 pessoas que receberam estatinas, 28% reduziram o LDL colesterol significativamente, enquanto no grupo controle (5.185 pessoas), sem estatinas, 11% tiveram redução similar; mas ambos os grupos mostraram as mesmas taxas de morte e infarto.


3. PROSPER, 2002. Estudou o efeito da pravastatina em grupos de idosos: 56% sem evidência de doença coronariana e 44% com sintomas coronarianos. Não houve alteração no índice de mortalidade em ambos os grupos, mas no grupo em tratamento aumentou a incidência de câncer.


4. J-LIT, 2002. Este estudo japonês envolveu 47.294 pacientes tomando sinvastatina durante 6 anos. Os resultados não mostraram correlação alguma entre o montante da redução de LDL e a taxa de mortalidade. Alguns deles não tiveram redução nos níveis de LDL enquanto outros tiveram queda moderada e outros tiveram reduções mais largas no LDL, mas os grupos que obtiveram os níveis mínimos de colesterol (entre 160 e 170mg/dL) tiveram acima do dobro das taxas de mortalidade daqueles com 220 a 260mg/dL).


5. ASCOT-LLA, 2003. Avaliou o efeito da atorvastatina versus placebo em mulheres hipertensas e com outros fatores de risco coronariano. O estudo foi inicialmente desenhado para 5 anos, mas foi interrompido em 3,3 anos devido aos graves efeitos colaterais. No período estudado, a diminuição da taxa de infarto foi de 1,2%; não houve diferença significativa em relação à mortalidade.


6. Beth Israel Medical Center, EUA, 2003. Examinou a placa coronariana em 182 pacientes que tomavam estatinas, um grupo em altas doses e outro em doses usuais. Apesar da redução do LDL, ao contrário do que se esperava, houve um aumento da ordem de 9,2% na placa em ambos os grupos.


7. REVERSAL, 2004. Estudo na Cleveland Clinic, EUA, mostrou que os pacientes que receberam atorvastatina tinham diminuição no tamanho da placa da ordem de 0,4% a partir de 18 meses.


Um trabalho em especial chama a atenção, pois traz em si o conceito de como a indústria farmacêutica trata as estatísticas a seu favor. O PROVE-IT (PRvaastatin Or AtorVastatin Evaluation in Infection Study) 2004 introduziu o conceito de que quanto mais baixo o colesterol, melhor, e foi a partir dele que os médicos passaram a adotar a conduta de aumentar a dose de estatinas para quem já as usava e se sentiram à vontade para fazer a prevenção nas pessoas sem qualquer história prévia de doença coronariana. 


Na verdade, qual foi o resultado deste estudo para gerar tamanho alvoroço? O estudo comparou duas drogas – Lipitor (Pfizer) e Pravacol (Bristol Meyers-Squibb); este último financiou a pesquisa. Metade dos 4.162 pacientes com infarto prévio ou angina instável tomou Lipitor e metade tomou Pravacol. Os que tomaram Lipitor tiveram redução maior do LDL (32%) e 16% em todas as causas de mortalidade; esses 16% foram uma redução do risco relativo/projetado e não do risco real. Na verdade, a redução absoluta da taxa de mortalidade em ambos os grupos foi de 1% - uma queda de 3,2% para 2,2% em dois anos. Ou seja, a redução do risco absoluto de morte foi exatamente este: 0,5% ao ano. Ao mesmo tempo, não se falou que 33% dos pacientes tiveram que descontinuar o tratamento devido aos efeitos colaterais.


No melhor estudo pró-estatina até hoje publicado, o WOSCOP Clinical Trial, a redução do LDL significou uma redução da taxa de mortalidade de 0,6% em 5 anos, ou seja, 165 pessoas saudáveis deveriam ser tratadas por 5 anos para se estender a vida de apenas 1 pessoa por outros 5 anos.


E, por causa destes estudos “favoráveis”, as estatinas são a classe de medicamentos mais vendida no mundo, com faturamento anual superior a 20 bilhões de dólares. E é por causa destes resultados financeiros que se maquia a estatística. Imagine duas drogas, uma que reduz o risco de câncer em 50% e outra que elimina o câncer de uma em cem pessoas. Qual você escolheria? A maioria das pessoas escolheria a primeira, mas a questão é que ambas se referem à mesma droga. São apenas duas diferentes maneiras de olhar a mesma estatística. Uma é chamada de risco relativo, enquanto a outra, risco absoluto.


Isto funciona da seguinte maneira: vamos imaginar que num estudo envolvendo 100 mulheres, esperaríamos que, estatisticamente, duas teriam câncer de mama durante o estudo, mas quando 100 mulheres tomam uma medicação anticâncer, somente uma desenvolve câncer, o que significa a redução do câncer de mama de uma mulher em cem. Assim, a indústria farmacêutica propaga o estonteante resultado de redução do câncer em 50%, pois 1 é 50% de 2. E esse resultado é propagandeado pela imprensa, pelos jornais médicos, pelos departamentos de marketing das empresas farmacêuticas e, por fim, pelos médicos. E ao mesmo tempo, os efeitos colaterais são minimizados, pois, enquanto esta medicação pode ajudar uma pessoa em cem, seus efeitos colaterais criam riscos para todas as cem pessoas que a tomam.


Para entender a relação desses dados sobre o colesterol, peço-lhe uma reflexão sobre como as estatísticas de câncer são manipuladas. A indústria do câncer se ocupa há anos de nos fazer crer que a cura do câncer avança de maneira constante, mas isso é puro marketing. A área em que estamos mais avançados é a do diagnóstico e, ainda assim, em menor porcentagem, nos tipos considerados menos importantes. Os avanços foram praticamente nulos na cura dos tipos mais graves. A esses resultados se contrapõem os dados estatísticos de muitos fármacos em ensaios clínicos e explico por quê.


Alguns estudiosos dizem que uma das maneiras mais usadas é a manipulação estatística. Escolhem-se pessoas dos grupos a serem utilizados no estudo: as de melhor prognóstico e saúde recebem o fármaco e as de menor possibilidade terapêutica recebem o placebo. Assim, o resultado publicado nas revistas médicas não se reproduz na prática. O epidemiologista alemão Dieter Hoetzel, do Centro Clínico da Universidade de Munique (Alemanha), concluiu, em 2005, que nos últimos 25 anos não houve progresso na sobrevivência aos cânceres metastáticos de intestino, mama, pulmão e próstata, responsáveis por 80% das mortes. A dura realidade é os pacientes de câncer morrerem hoje tão rapidamente quanto há 25 anos.


Dito isso, podemos compreender por que, mesmo com todos os esforços da indústria farmacêutica para ligar o colesterol às doenças cardíacas durante os últimos 50 anos, as evidências mostrarem que esta relação não é verdadeira. Um novo estudo da Pfizer foi interrompido em dezembro de 2006, depois de acompanhar 15.000 pacientes tomando um novo medicamento, o torcetrapib: esta droga, ao invés de reduzir, aumentou a taxa de mortes. Este remédio aumentava a taxa do "bom" colesterol (HDL) e, apesar disso, as placas de ateroma continuavam se depositando na parede das artérias, a taxa de infartos se mantinha a mesma e o índice de mortes aumentava.


Não há qualquer surpresa nisso. É exatamente o que os estudos têm mostrado nos últimos anos: baixar o colesterol não salva vidas. Ao contrário, vários estudos com grandes grupos populacionais mostram que baixar o colesterol aos níveis recomendados está relacionado a um aumento no risco de morrer, principalmente por câncer.


Dr. Ron Rosendale, um crítico da demonização do colesterol (para ele o Darth Vader da medicina), há mais de 10 anos diz categoricamente: “O colesterol não é o principal responsável pelas doenças do coração ou por qualquer doença. De fato, o colesterol é transportado aos tecidos como parte da resposta inflamatória para reparar os tecidos lesionados. A causa real está na reação bioquímica de glicação (ou glicosilação) que os açúcares como a glicose e a frutose infligem aos tecidos, incluindo o revestimento interno das artérias, provocando inflamação crônica e o depósito da placa de ateroma (aterosclerose)”.


Não Existe Bom e Mau Colesterol


A primeira teoria foi a de que as gorduras no sangue eram as culpadas e a responsabilidade caiu sobre os triglicerídeos, mas o que são os triglicerídeos? Apenas a terminologia médica para gordura. Alguém com níveis altos de triglicerídeos tem um monte de gordura circulando no sangue. Quando medidos pela manhã, em jejum, se estiverem altos, mostram que se está fabricando muito e consumindo (queimando) pouco; mostram que você não está sendo hábil em gastá-los. E isto nos leva a um problema maior: a inabilidade em queimar gordura está por trás das doenças crônicas ligadas ao envelhecimento. E os principais hormônios responsáveis pelo que conhecemos como envelhecimento e pelo controle de nossa habilidade em queimar e estocar gordura são a insulina e a leptina.


O passo seguinte foi colocar a culpa no colesterol, mas eliminá-lo da dieta deu pouco resultado; ele em si não é o problema. A próxima teoria começou a estudar o seu metabolismo: é produzido no fígado para ser liberado na bile e fazer parte da digestão, ajudando a digerir gorduras, e deve ser novamente absorvido pela corrente sanguínea para voltar ao fígado. Descobriu-se que certas proteínas transportadoras são as responsáveis por carregar o colesterol pelo sangue. As lipoproteínas de baixa densidade (ou LDL, do inglês low-density lipoprotein) são as responsáveis pelo transporte do colesterol para as células, enquanto as lipoproteínas de alta densidade (HDL,do inglês high-density lipoprotein) são responsáveis pelo seu transporte de volta para o fígado. Assim, se você tem um baixo índice de LDL e alto índice de HDL essa é uma boa notícia. O TheJournal of the American Medical Association(JAMA) publicou um trabalho em 2007 mostrando que níveis de HDL abaixo de 35mg/dL estavam associados com uma incidência oito vezes maior de doenças cardíacas comparadas àqueles com mais de 65 mg/dL. Além disso, cada 1mg/dL de aumento no HDL resultou em risco 6% menor de morte por um infarto.


Note que LDL e HDL são lipoproteínas – gorduras combinadas com proteínas. Não existe bom ou mau colesterol; colesterol é apenas colesterol. Ele se combina com outras gorduras e proteínas para ser carregado através da corrente sanguínea, uma vez que gordura e o sangue aquoso não se misturam muito bem. Lembre-se da experiência escolar de tentar misturar óleo e água.


LDL e HDL são moléculas proteicas e estão longe de ser apenas colesterol. De fato, existem vários tipos destas partículas de proteína e gordura. Partículas de LDL se apresentam de muitos tamanhos e as partículas maiores não são o problema. Somente as chamadas partículas pequenas e densas são problemas potenciais, pois podem se aglomerar nas pequenas lesões da parede das artérias, sofrerem oxidação e então provocar inflamação. Também algumas partículas de HDL são melhores que outras. Saber, portanto, qual o nível do colesterol total nos diz muito pouco. Na realidade, colesterol elevado é o sintoma que indica que outros problemas existem.


Não confunda, assim, causa com efeito. Pode até haver uma pequena correlação entre colesterol e doenças cardíacas, entretanto, isto não significa que o colesterol é a causa. Certamente, cabelos brancos estão relacionados ao envelhecimento; entretanto, quem afirmaria que são eles que nos fazem envelhecer? Usar uma tintura para escurecer os cabelos não torna ninguém realmente mais jovem; tentar reduzir o colesterol funciona da mesma maneira.


Está ficando cada vez mais claro que o colesterol oxidado (danificado), qualquer que seja o tipo de lipoproteína em que se encontre (LDL ou HDL), é mais propenso a entupir as artérias. Normalmente, o colesterol é protegido da oxidação por nutrientes antioxidantes. Achados mais recentes indicam que o “problema” gordura pode na verdade ser a lipoproteína A ouLp(a), uma combinação especial de gordura e proteína que é usada para reparar vasos sanguíneos danificados ou com vazamento, mas acabam por se constituir em risco de doença cardíaca por construir depósitos na parede das artérias.


Colesterol é o Herói, não o Vilão


É preciso entender definitivamente: o colesterol é um componente vital da membrana de cada célula. Isto também quer dizer que ele sozinho não pode ser mau. Senão, como explicar que o leite materno é rico em colesterol? Na verdade, não podemos viver sem ele.


O colesterol é responsável pela integridade estrutural da membrana celular, é precursor dos hormônios esteroides (estrogênio, testosterona e cortisona) e da vitamina D, participa da produção dos sais biliares, é antioxidante e protege a mucosa intestinal. Além disso, torna os receptores serotonínicos mais sensíveis à serotonina; por isso, quem toma estatinas tem maior propensão à depressão – e acaba incluindo mais um medicamento no orçamento da farmácia: o antidepressivo.


Por ser tão importante, desenvolvemos um poderoso mecanismo para a produção de colesterol. Tanto isso é verdade que somente 30% dele provêm da nossa dieta; os outros 70% são produzidos por vários tecidos do corpo, principalmente pelo fígado, apesar de parte do colesterol liberado pela bile voltar à corrente sanguínea depois de absorvido no intestino.


E além de produzir o colesterol, nosso organismo desenvolveu mecanismos para conservá-lo e impedir a sua eliminação desnecessária. Lembre-se de que o HDL é responsável por levar o colesterol de volta ao fígado, para que seja reciclado, liberado novamente e levado aos tecidos e células que necessitam dele.


É o colesterol que impede que a membrana celular se rompa; podemos considerá-lo uma “cola celular”, um ingrediente necessário para a reparação celular. Por isso, em vez de combater o colesterol, temos que aprender a protegê-lo, porque o dano na parede das artérias que provoca a inflamação, oxida o colesterol e provoca deposição de lipoproteínas na parede das artérias.


A Inflamação


Pense no que aconteceu na última vez em que cortou o dedo. Algumas células se romperam e, numa fração de segundos, substâncias químicas que estavam dentro dessas células extravasaram e entraram em contato com os receptores que informam sobre estímulos nocivos, os nociceptores. Essa é a principal razão pela qual se sente dor. Ao mesmo tempo, outras substâncias químicas iniciam o que chamamos de reação inflamatória.


A inflamação é o que permitiu que seu pequeno corte fosse curado e o impediu de sangrar até morrer. Os vasos sanguíneos cortados se contraem, impedindo que se perca muito sangue, o sangue se torna mais espesso para fluir mais lentamente e “tampar” – coagular – as lesões. Células do sistema imunológico são alertadas e seguem para a área lesionada para impedir que intrusos, como vírus e bactérias, invadam seu corpo. Outras células são estimuladas a se multiplicarem para reparar e repor as células lesionadas. Ao final de alguns dias, seu dedo estará pronto para voltar a trabalhar, e se o corte for suficientemente extenso, é provável que você exiba uma cicatriz; é a maneira de seu corpo lhe dizer para tomar mais cuidado da próxima vez.


Esses mesmos eventos acontecem na parede das artérias. Quando algum dano ocorre, substâncias químicas são liberadas para iniciar o processo inflamatório. Vasos se constringem, o fluxo torna-se mais lento, o sangue se torna mais propenso a coagular, leucócitos chegam para combater potenciais invasores, outras células de defesa chegam para “limpar” e “comer” as células mortas e outras são estimuladas a se reproduzirem. E no final, dentro das artérias, formam-se cicatrizes: as placas. O depósito de gordura ocorre nessas placas.


E como entra o colesterol neste processo? O colesterol está sendo distribuído pelo sangue aos tecidos inflamados para auxiliar na reparação ao dano tecidual e mantê-lo vivo. Se o dano for extenso, é necessário distribuir colesterol extra pela corrente sanguínea. Se medida, a taxa de colesterol no sangue se mostrará elevada. Por isso, simplesmente reduzir o colesterol e esquecer o porquê de ele estar aumentado não parece a melhor conduta. O colesterol aumenta quando há uma inflamação, se esta é crônica ele está cronicamente aumentado. Isto merece atenção especial.


Várias são as causas coisas da inflamação crônica; a mais importante delas é o metabolismo dos açúcares e sua influência sobre a insulina e a leptina.


Centenas de excelentes artigos científicos mostram a ligação entre a resistência insulínica (e mais recentemente a resistência leptínica) e as doenças cardíacas. A insulina e a leptina são, pelo menos parcialmente, responsáveis pelas anormalidades no metabolismo do colesterol.


A ligação entre o metabolismo do colesterol e o metabolismo dos açúcares se manifesta nas condições metabólicas chamadas resistência insulínica eresistência leptínica. A resistência à insulina e à leptina resultam no aumento do número de pequenas partículas densas de colesterol LDL que se concentram nas junções do endotélio, a parede interna das artérias, oxidam e endurecem, provocando uma reação inflamatória local e a formação de placas de gordura.


Por esse conceito, o colesterol não é a causa da doença cardíaca, mas sim o metabolismo inadequado do colesterol. Remover o colesterol não removerá a causa da doença, que está na comunicação metabólica inadequada provocada pela insulina e pela leptina.


Autor: Dr. Carlos Braghini 
http://www.ecologiacelular.com.br/


O texto acima foi cedido gentilmente pelo autor Dr. Carlos Braghini e faz parte do livro Ecologia Celular – O Papel da Alimentação e do Meio Ambiente no Envelhecimento e na Longevidade. O livro foi lançado em 2008 e tem conteúdo de valor inestimável para quem deseja melhorar sua saúde através de mudanças na sua relação com o alimento e com o ambiente.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

RESVERATROL, VINHO E SAÚDE



Vinho é sempre uma boa pedida, ideal para celebrar bons momentos, para jantares românticos e para esquentar o friozinho. Além de ser uma bebida deliciosa, nem todo mundo sabe dos benefícios que ele pode trazer a nossa saúde.

Seu consumo MODERADO pode prevenir diversas doenças, e não pense que é de hoje que ele vem sendo usado na medicina.

Os primeiros praticantes da arte da cura, na maioria das vezes curandeiros ou religiosos, já empregavam o vinho como remédio, na antiguidade.

Hipócrates “o pai da medicina”, recomendava o vinho como desinfetante, medicamento, um veículo para outras drogas e parte de uma dieta saudável. Para ele, cada tipo de vinho teria uma diferente função medicinal.

Até o século XVIII, muitos consideravam mais seguro beber vinho do que água, pois esta era freqüentemente contaminada.

Porém, foi a partir do século XIX que a visão do vinho como medicamento começou a mudar. Com a definição do alcoolismo e os seus malefícios a saúde, foram feitas várias campanhas públicas contra o abuso do álcool. Concomitantemente, surgiram várias pesquisas demonstrando os benefícios desta deliciosa bebida, e estes não param...

RESVERATROL  encontrado no vinho, 
é o produto natural produzido pelas plantas e que faz parte de um sistema de defesa contra as agregações externas sofridas por elas, “fatores estressantes ambientais, ozônio, fungos entre outros, quanto mais fatores estressantes mais resveratrol e antioxidantes te proporcionará”. Ele é considerado também fonte de JUVENTUDE e do prazer.

Mas não é só no vinho que encontramos essa substância, saiba que existe mais de 70 plantas catalogadas que a contêm algumas delas:
·         Uvas (cascas – sementes),
·         Vinho,
·         Blueberries,
·         Açaí,
·         Amendoins - cacau
·         Suco de uva,
·         Cranberries etc.

Dentre os vinhos concluímos então que o melhor é vinho tinto, que possui cerca de 20-50 vezes mais resveratrol do que o vinho branco, devido à inclusão das cascas das uvas na produção, onde são encontrados os polifenóis e outras substâncias que tornam o vinho um importante antioxidante e anti-inflamatório, tornado está requintada e saborosa bebida num poderoso alimento funcional.

CURIOSIDADE: Dentre as uvas, a uva natural dos Estados Unidos chamada  muscadine (Vitis rotundifolia Scupperno) que tem coloração bronze/roxa negra é a que mais contém resveratrol quando falamos de uva.

Quantidade de resveratrol POR LITRO
Suco de uva 50 a 100 (mcg/l) de resveratrol
Vinho “ como um todo que foi fermentado” contém 1.5 a 3 (mg/l)
Vinho Branco no máximo  0.05 a 1.80 (mg/l)
Vinho espanhol vermelho 1.98 a 7,13 (mg/l)
Vinho com a uva muscadine 14.1 a 40mg (mg/l) de resveratrol.

Benefícios do RESVERATROL:
1.     Atividade antitumoral;
2.     Quimioprevenção;
3.     Inibe ativação do NF-kB;
4.     Induz apoptose;
5.     Induz células leucemia mielóide;
6.     Previne câncer de próstata, gástrico e tireóide;
7.     Reduz adesão plaquetária dos monócitos (resposta anti-inflamatória);
8.     Previne a oxidação LDL;
9.     Cardio proteção;
10.  Protege da injúria da radiação UV;
11.  Protege isquemia cerebral (neuroproteção);
12.  Proteção do DNA pulmonar e apoptose;
13.  Inibe crescimento H.Pylori;
14.  Evita reinfecções Herpes simples;
15.  Promove saúde cardiovascular (na atividade plaquetária, relaxamento vascular, proteção á oxidação do LDL)
16.  Reduz insulina
17.  Reduz glicose
18.  Reduz glicação
19.  Aumenta vitamina C e vitamina E
20.  Melhora função hepática
21.  Ajuda no combate a obesidade e diabetes.
22.  Anti-aginging – antioxidante;

No caso de falta de apetite, uma taça de vinho é um aperitivo natural para aumentar a salivação e a atividade estomacal.

Para os IDOSOS, o vinho tomado ao deitar torna o sono mais repousante e reduz a quantidade de tranqüilizantes e pílulas para dormir.

“Alguns” CULTURISTAS também utilizavam por ser um poderoso VASODILATADOR devido à presença de etanol que estimula a produção de óxido nítrico. Estes ingeriam um cálice de vinho tinto logo antes de subir ao palco”.

Aos que querem emagrecer. Um estudo recente feito com o primata chamado Mouse Lemur” da Ilha de Madagascar, mostrou que o resveratrol aumenta o metabolismo basal em 29% e diminui o aporte energético em 13%. “ Resveratrol aumenta o metabolismo, promove perda de peso em primatas” “ Eita notícia boa”!

Mas quanto eu devo tomar?
Estudo de (Napoli 2005) mostra que 1 taça de vinho 360ml de 2 vezes por semana melhora a sensibilidade da insulina em 43%, outros autores recomendam 1 taça de vinho ao dia para as mulheres e homens, já seria o suficiente para obtermos todos os benefícios citados acima.

Se você NÃO tem o hábito de ingerir bebida alcoólica, não precisa iniciar essa prática para obter os benefícios do resveratrol. Existem outras formas de atingirmos todos os benefícios desse produto. Consulte um médico ou nutricionista para te ajudar.

CUIDADO: Deve-se ressaltar que nem todos podem se beneficiar dessas vantagens, como mulheres grávidas e pessoas com certas doenças como hipertensão, diabetes e alcoolismo. Convém sempre consultar um médico ou nutricionista antes de adotar este hábito.

LEMBRE-SE: sempre que o CONSUMO EM EXCESSO de bebidas alcoólicas pode trazer SÉRIOS RISCOS Á SAÚDE como, dependência, aumento dos triglicerídeos, hipoglicemias e cirrose hepática. Portanto, RESTRINJA O CONSUMO AO QUE FOI INDICADO.

OBSERVAÇÃO: A diferença entre a droga e o remédio está na dose ingerida!!!