Mostrando postagens com marcador Dra. Elen Carioca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dra. Elen Carioca. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Nada muda se VOCÊ não mudar


Qual o peso de nossas escolhas?
Qual a nossa responsabilidade diante de nossa atual condição?

Podemos escolher ficar doentes? Escolhemos a tristeza?
Obviamente, ninguém escolhe estar mal ou sem saída para seus problemas, mas será que estamos totalmente abandonados à própria sorte, à mercê dos acontecimentos do mundo, sem nenhum poder para mudar as coisas em nossas vidas?  
Vejo um número muito grande de pessoas, (em consultório, redes sociais, trabalho), reclamando de sua situação, seja a infelicidade de trabalhar com o que não gosta, o sobrepeso, a saúde, dívidas ou a aparência. Falam de uma forma como se tivessem sido jogadas ou empurradas para isso: “Não tenho dinheiro”, “meu problema é muito complicado”, “minha vida sempre foi difícil”. Não sei se cada um já parou por um instante e se perguntou: O que eu fiz para ter chegado até aqui em minha vida? Este é um questionamento que deve ser feito com freqüência: “Até que ponto os problemas de nossas vidas são culpa do mundo e até que ponto a responsabilidade não é nossa?”
Com certeza, nascer em um lar pobre, problemas familiares, doenças, dificultam o caminho, mas é fato que quaisquer destes problemas não inviabilizam uma vida. Temos por aí inúmeros exemplos de pessoas que venceram dificuldades objetivas, inegáveis e conquistaram seu lugar ao sol.
Por que para outros mudar é tão difícil? Por que será que a inércia (no sentido de um corpo parado tende a ficar parado) é maior em alguns que em outros?  Todos temos dificuldades. Mas alguns vão dizer: “Ahh, mas quem é rico não passa por isso”, “ahh fulana é magra porque tem um namorado personal/nutricionista” E por aí vai. Bom, algumas coisas realmente podem facilitar, mas o que realmente importa é o que cada um faz com as condições que tem, para alcançar o objetivo que almeja.
Sartre, um filósofo francês do século XX, nos presenteia com a seguinte frase: “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim”. Ou seja, não importa se nasci com talentos, dinheiro e um corpo bonito e saudável, minha vida só será boa, com saúde, sucesso, se eu fizer algo para que ela seja assim. Não posso exigir que ninguém faça isso por mim.
Procurar um profissional para nos auxiliar em nossa mudança, não vai torná-la mais leve, mas ajudará no direcionamento, ele nos apontará possíveis caminhos, mas somente nós podemos dar o primeiro, segundo e milésimo passo rumo ao nosso desejo. A responsabilidade dos outros nesse processo é nula em comparação à nossa.
A cada ano vamos obtendo uma maior autonomia em nossas vidas, e a partir dos 20 anos, ainda gradualmente,começamos a ter controle sobre a maior parte de nossa própria vida. Podemos escolher o que comer, vestir, quando sair, no que trabalhar. Vamos modelando nossa existência segundo nossos atos. E isso significa que nossa responsabilidade também cresce, até um momento que ela é totalmente nossa. Ou seja, não podemos deixar de assumir as conseqüências de nossas ações. Gravidez não planejada, decepção amorosa, aumento de peso, demissão ou um mau passo na vida. Toda e qualquer pessoa está sujeita a passar por momentos delicados, mas eles não são mais que momentos. A vida continua apesar de. Nossos erros não são condenação, mas vão exigir uma correção ou uma readaptação para seguir em frente, normalmente cobrando alguns meses ou anos de retrabalho.
Algumas vezes, o mundo é cruel, a vida tem suas dificuldades, e há momentos que tudo parece dar errado, entretanto, a inação sempre faz a situação piorar, e o esforço bem pensado, ponderado, em regra melhora as situações, ou ao menos minoram o seu dano. Como está sua vida? Como anda sua saúde, seu coração? Tem feito tudo o que pode para viver a vida que sempre sonhou? Os ganhos vêm depois de uma luta diária e árdua. Quer ir longe? Dê o primeiro passo!  
Elen Carioca
Psicóloga

CRP 01/16275

sábado, 25 de abril de 2015

Por que ir a um psicólogo?

   “A violência da calmaria, às vezes, é mais terrível que a travessia das tempestades”
Viviane Forrester 

Muitos pensam que procurar um psicólogo é besteira, coisa de louco ou desnecessário, mas o que poucos sabem é que fazer psicoterapia é muito importante e necessário, principalmente em certos momentos da vida. Não é preciso 20 anos para superar traumas e se sentir bem consigo próprio, mas alguns meses ou anos sim.
Faz-se necessário ressaltar que o psicólogo não é conselheiro, amigo ou um guia espiritual, muito menos pai ou mãe, é um profissional que busca auxiliar seus pacientes em sofrimento psíquico, seja ele leve ou grave. Com certeza você já ouviu alguém dizer que não precisa ir a um psicólogo porque já conversa com os amigos e tem com quem desabafar, ou que vai à igreja e sai de lá mais aliviado, mas o que deve ficar claro é que o trabalho desse profissional não é trazer alívio, paz, felicidade, ou salvação espiritual, mas sim um aprofundamento em si mesmo, principalmente nas partes que menos se orgulha e tenta esconder: aquelas pelas quais mais sofre. Na verdade, busca-se esse tipo de serviço, fundamentalmente, por conta de um sofrimento e ou doença psíquica. Não se procura um psicólogo para ter com quem conversar, mas para tratar de um problema psicológico, e também para dar conta de si em momentos muito difíceis. 
Independente da história de cada um, todos têm questões difíceis de lidar, que fazem cambalear, sofrer ou empacar. Claro que na maioria das vezes se segue com a vida sem grandes alardes, o problema começa a incomodar quando as soluções de “cai, levanta e sacode a poeira” não são mais suficientes para, de fato, seguir em frente. É nessa hora que pensamentos ruins se apresentam, sentimentos negativos se instalam e os comportamentos já não condigam tanto com os propósitos. Vai-se perdendo o controle sobre si mesmo e a angústia toma conta de tudo na vida.  
O psicólogo não é alguém que vai dizer para que lado se deve seguir, mas vai acompanhar por uma travessia dolorosa que visa não só uma melhora nos sintomas, mas acima de tudo um conhecimento de si, permitindo uma real autonomia e possível solução; onde os sintomas não serão mais tão necessários para dizer de uma condição psíquica difícil. Esse profissional proporcionará um espaço e um momento para se falar sobre emoções, pessoas, fatos e nosso desejo de melhora, e assim algo vai sendo construído possibilitando um novo caminho para o paciente. 
Não é a vontade de se conhecer que vai fazer você buscar esse tipo de serviço, mas sim um anseio de mudança. É a dor e o sofrimento que leva a questionar sobre o tipo de vida que se quer viver e o quanto se está disposto a mudar. Também, não se pode confundir comportamentos inadequados, falta de limite, tédio ou tristeza com psicopatologia. Portanto, ao invés de ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre sofrimento ou como se deve levar a vida, procure um psicólogo e fale sobre você. Talvez, de fato, você precise de um tratamento psicológico, ou um que inclua outros profissionais e conte com o auxilio de medicações, talvez não, mas o mais importante é pedir ajuda para um profissional, com conhecimento e técnica.
Elen Carioca
Psicóloga
CRP 01/16271