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sexta-feira, 8 de maio de 2015

LEITE e polêmica - Dr. Adolfo Duarte

Não tenho a intenção de participar da polêmica, mas acredito que preciso me posicionar sobre este tema para que vocês, que seguem meu trabalho, saibam o que penso sobre ele.

O leite é um produto consumido pelos seres humanos há relativamente pouco tempo. Tudo indica que começamos a utilizá-lo há algo em torno de 10.000 anos. Parece muito tempo mas, em termos evolutivos, é um pouco antes de ontem. Acredita-se que contribuiu positivamente para nosso estabelecimento em povoados, com a criação dos rebanhos, diminuindo nossa necessidade de viagens de caça. Beleza. Parece que ajudou muito.

Desconsiderando, agora, estas questões evolutivas, muita gente briga por causa do leite. Desde pesquisadores renomados até curiosos de outras áreas do saber, muita gente opina sobre ele. Há muito tempo eu busco alcançar uma idéia concreta sobre isso e vou colocar ela pra vocês aqui. Eu costumo pedir aos meus pacientes que não utilizem o leite em geral, mas não crio restrições aos derivados desde que o paciente não apresente problemas específicos com seu consumo.

Quando falo do leite, estou me referindo, especificamente, ao leite de vaca. Este é o mais consumido mundialmente e sobre ele recai nossa busca por entendimento. Este produto animal tem uma composição nutricional bem interessante. Em um copo de 200ml temos, aproximadamente, 10g de açúcares, 6g de proteínas, 6g de gorduras (sendo 2,4g de gorduras insaturadas e, na fração das saturadas, boa parte em ácidos graxos de cadeia curta e média) e 1,4g de minerais diversos. Desta "secreção nutritiva" são feitos os mais diversos produtos, como manteiga, queijos, iogurtes, coalhadas, suplementos alimentares e creme de leite. Pronto. É disso que estamos falando e considerando, fundamentalmente, o leite de vacas criadas A PASTO E SEM RAÇÕES ESQUIZOFRÊNICAS BASEADAS EM GRÃOS E ADITIVOS MINERAIS. É um produto, sem dúvida, nutricionalmente denso, mas isso não o torna ideal para o consumo humano.

Observe, por exemplo, uma coisa muito importante: NÃO EXISTE ALERGIA A LACTOSE. A lactose é o açúcar existente no leite. É um dissacarídio composto pela associação entre 1 molécula de glicose e 1 molécula de galactose. Sendo um açúcar, não há como criarmos alergia a ela. O que ocorre, no que se refere à lactose, é que uma pequena fração das pessoas não possui a enzima necessária para realizar a digestão da lactose. Esta enzima se chama lactase. Estas pessoas sentem-se muito mal ao consumir leite, podendo apresentar uma série de sintomas como gases, indigestão, dores de cabeça, dores abdominais, vômitos e diarréia. Enquanto crianças, a maioria das pessoas apresenta uma quantidade boa e eficiente de lactase mas, quando atingem a vida adulta, a maior parte destas pessoas muda de uma boa quantidade de lactase mais eficiente para uma menor quantidade de lactase menos eficiente, o que significa que quase todos os adultos vão ter ALGUM GRAU de intolerância à lactose, o que não significa doença, mas pode causar sintomas menores. Isso explica o porquê de grande parte das pessoas se beneficiar de uma dieta com restrição de lactose.
Vale lembrar que os leites ditos "sem lactose" nada mais são do que leite comum tratado com lactase, ou seja, leite com glicose e galactose. Continua tendo açúcar e, portanto, não é adequado nem para uma dieta Low-Carb nem para uma Paleo ou Primal.

O que pode, de fato, causar alergias ou, de outras maneiras, ser imunogênicas, são as proteínas do leite. Ricas em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), tanto a lactoalbumina (do soro do leite) quanto a caseína (da parte sólida) são proteínas de alto valor biológico. A caseína costuma existir em 2 formas, a A1 e a A2, sendo a forma A1 a verdadeiramente problemática. Quando se quebra, no estômago, a forma A1 gera um subproduto conhecido como CASEOMORFINA, um opióide, que tem efeitos viciante e de alteração de comportamento e parece estar relacionado com a piora do autismo. As vacas holandesas, por exemplo, geram leite com 50% de fração A1, as Jersey 25% e o Gir leiteiro gera leite com quase totalidade de caseína A2, sendo muito melhor para o consumo humano. Na Nova Zelândia e na Austrália estes fatos já são considerados e é incentivada a produção do leite com caseína A2 havendo, inclusive, um certificado para ele. Na Nova Zelândia e na Austrália...

Gir Leiteiro - esse é do bão!

Considerando todos estes fatos, consumir leite do gado correto, criado A PASTO, SEM RAÇÕES ESQUIZOFRÊNICAS, pode não ser tão ruim. Eu ainda prefiro utilizar apenas os derivados, principalmente nas suas versões integrais, pois a retirada da lactose da alimentação tem se mostrado benéfica na maioria dos casos. Ainda não temos como ter certeza sobre qual caseína estamos ingerindo, aqui no Brasil. Espero que, um dia, isso mude.



Pra terminar, aproveito fragmentos do texto do Dr Souto, cujo link postei no FaceBook também:

Dairy and Cardiovascular Disease: A Review of Recent Observational Research
(...)This was in contrast to the findings reported from a prospective study of Caucasian American adults in which it was observed that women who reported “nearly daily” low-fat cheese and fat-free milk consumption had an increased incidence of CHD compared to those who reported “rarely/never” consuming low-fat cheese and fat-free milk.This was a surprising observation in light of the fact thatthere was no significant association between total dairy intake and risk of CHD in this population. The results of these studies indicate the complexity of dairy foods and the differences in CVD risk depending upon the type of dairy food consumed. Whereas total dairy and cheese reportedly had inverse relationshipswith CVD risk, butter (as a spread) was associated with disease but total butter consumption was not.

Tenho vontade de gritar. Sacudir os pesquisadores pela lapela. Parece que os dados precisam de uma melancia pendurada no pescoço para serem notados!! Resumindo o texto acima:

1) O consumo diário de laticínios DESNATADOS está associado a doenças cardiovasculares;
2) Laticínios com gordura e queijo são inversamente associados com doença cardiovascular (ou seja, quanto mais se consome, MENOS doença cardiovascular se tem);
3) Manteiga, quando usada para espalhar no pão, está associada com doença cardiovascular;
4) Manteiga, de uma forma geral, não está associada com doença cardiovascular.

Até agora, portanto, prefiro que você use queijos, iogurtes, creme de leite e manteiga, mas evite o leite. Quem sabe, com o tempo, a humanidade utiliza seu poder transformador para aproveitar esta interessante matriz alimentar de uma forma mais adequada, talvez através de manipulações genéticas ou de tratamento do leite de alguma maneira. Vamos ver. AINDA tenho alguma esperança nos homens.

Vamos em frente, transformando.

Aproveite para ler o excelente blog http://www.paleodiario.com/!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Seu ALIMENTO é seu VENENO ou seu TRATAMENTO?





Intolerâncias e alergias alimentares: veja aqui como podem causar, manter ou piorar todo e qualquer sintoma ou doença que você tenha:

http://www.icaro.med.br/artigos/alimento-veneno-tratamento.html/

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Texto do link:

Sua alimentação pode ser a causa das suas doenças – Explicando de forma simples:
Quando um alimento não faz bem pra você (por exemplo porque você tem intolerância a ele ou mesmo alergia) mas você continua ingerindo-o recorrentemente, seus intestinos são agredidos e por isso tornam-se inflamados (tudo o que é agredido no organismo INFLAMA), o que te traz 3 conseqüências básicas:
- Lesão direta dos seus intestinos, pelas agressões sofridas;
- Produção de mediadores inflamatórios e imunocomplexos que, uma vez no seu sangue, viajam e podem “inflamar à distância”, assim causando inflamações em centenas de outros locais possíveis no seu corpo e até cérebro
- Abertura de micro-poros, anômalos, nos intestinos que permitem a passagem de toxinas e até mesmo bactérias e fungos para o seu sangue, onde não só ficam mas atingem todo o organismo.
* Ainda outro lado desta história é que existem alimentos (ingestão freqüente de leite, carne vermelha, trigo/glúten, etc) que estimulam a proliferação de bactérias e parasitas ruins nos seus intestinos e estes, ao “alimentar-se”, acidificam e produzem substâncias tóxicas que inflamam seus intestinos…
As conseqüências disto tudo, portanto, são simples:
- Má absorção de nutrientes
- Perturbações do ritmo intestinal (diarréias e às vezes constipação)
- Chegada de toxinas ou mesmo bactérias/parasitas à corrente sangüínea
- Distúrbios inflamatórios dos intestinos
- Inflamação causada ou piorada em várias partes do corpo
__________
Também sobre Intolerância Alimentar – Muito útil e interessante… Leiam:
“Muitas pessoas exibem reações inflamatórias crônicas de sensibilidade a alimentos para antígenos de alimentos específicos. Diferente dos efeitos imediatos da alergia, medida por IgE, as reações de sensibilidade a alimentos mediada por IgG podem levar vários dias para aparecerem.
Depressão, ganho de peso, dermatite, constirpação, diarréia, artrite, fadiga e a síndrome do intestino irritável estão associadas a intolerância a alimentos.
Dieta com remoção controlada dos alimentos que causam problema irá, em muitos casos, rapidamente, melhorar a condição do paciente.
Portanto, o conhecimento dos alimentos que podem causar reações mediadas por IgG é de grande ajuda ao profissional de saúde, permitindo que este oriente a dieta de seu paciente, para melhor qualidade de vida”.
Ainda mais em:
Entendeu agora que alergia alimentar é diferente de intolerância alimentar, e a gravidade do problema?
Ficou claro? Sugestões são sempre bem vindas para melhorar este texto e torná-lo ainda mais útil a quem lê!
Boa semana
Dr. Ícaro Alves Alcântara

* Gravura extraída de : http://www.thebroadstreetpractice.co.uk/2013/10/30/food-allergy-intolerance-week-11-15-november/



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Leites falsos...



Leites vegetais
Uma boa opção para quem deseja reduzir ou eliminar o consumo de lactose, os leites vegetais são frescos, saborosos, além de super nutritivos. Com o consumo dos leites vegetais podemos inclusive ganhar fibras, minerais e muita saúde.
Vamos ver um pouco dos benefícios de cada leite vegetal.
Leite de quinua: rico em proteinase  comparado com o leite materno, pois é um dos alimentos mais rico em vitaminas e aminoácidos inclusive os de cadeia ramificada (BCAA) excelente para quem faz exercício físico.
Leite de castanha de caju: sua função mais importante é fortalecer a circulação sanguínea, protegendo os vasos. Além de fornecer proteínas, atua na redução da hipercolesterolemia.
Leite de amendoim: atua como antioxidante, protegendo o organismo da ação dos radicais livres. Obs: O leite de amendoim é o que mais deixa resíduos.
Leite de nozes: o papel fundamental das nozes é a proteção do sistema respiratório. Enquanto sua aparência enrugada lembra o cérebro humano, as nozes atuam tonificando nosso sistema nervoso. A gordura das nozes é facilmente metabolizada pelo organismo.
Leite de semente de abóbora: excelente fonte de ferro, fósforo e cálcio, atua no combate à anemia, auxiliando na formação dos glóbulos vermelhos, oxigenação dos órgãos e na formação de músculos, ossos e cérebro. Auxilia no funcionamento do intestino e na colonização de bactérias benéficas.
Leite de linhaça: entre os benefícios do consumo de linhaça está o fortalecimento da imunidade, por fornecer substancias bioativas capazes de prevenir e tratar doenças. É um potente anti-inflamatório, atua na redução dos níveis de gordura sanguínea (triglicerídeos e colesterol), reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. Outro papel fundamental da linhaça é atuar no bom funcionamento intestinal.
Leite de aveia: possui fibras solúveis que atuam no controle da glicemia, importante para diabéticos. Atua na proteção do coração e circulação contra aterosclerose. Importante fonte de cálcio, ferro, magnésio, vitaminas do complexo B e fibras, atuando no regulamento da função intestinal.
Leite de gergelim: excelente para o funcionamento dos músculos e do cérebro, o gergelim é fonte de proteína, cálcio e ácido fólico, essencial para a formação das células sanguíneas.
Leite de castanhas: excelente fonte de Selênio, as castanhas atuam como antioxidantes que atuam eliminando as impurezas do organismo. Seu teor de vitamina E e vitamina B1, exercem papel importante no fornecimento de energia e no metabolismo das proteínas.
Leite de girassol: fonte de proteínas, fósforo, cobre, ferro, zinco  e vitaminas B6, K e E, sua principal propriedade é a de poderoso antioxidante, protegendo o organismo do envelhecimento precoce, estresse e poluição.
Leite de arroz integral: é um poderoso desintoxicante do organismo. Suas proteínas, vitamina B1 e niacina, possuem a função de transformação das proteínas e carboidratos em energia no organismo. O leite de arroz contém mais carboidratos que o leite de vaca, porém, não contém colesterol nem lactose, tornando-o mais saudável ao coração e seguro para os intolerantes à lactose. Uma xícara de leite de arroz contém aproximadamente 140 calorias, comparado ao leite de vaca que possui 185 calorias.
“Bacana” mesmo é poder prepara-lo em casa, aprenda como fazer:
LEITE DE AMÊNDOAS
Ingredientes:
1 copo de amêndoas descascadas e lavadas
2 copos de água filtrada
Modo de preparo: Deixe as amêndoas de molho na água filtrada durante uma noite, no dia seguinte, descarte a água. Bater no liquidificador as amêndoas com mais 2 copos de água filtrada. Essa mistura deve ser coada de três a quatro vezes. Depois de preparado é só conservar em geladeira.
LEITE DE ARROZ
Ingredientes:
1 litro água
150 g arroz integral
Modo de Preparo: Cozinhar o arroz. Retirar o arroz e reservar a água. Bater o arroz no liquidificador. Volte a ferver a água e adicione 4 colheres de sopa do creme de arroz .
LEITE DE QUINUA
Ingredientes:
2 colheres de sopa de quinua em grão
250mL de água
Modo de Preparo: Ferver a quinua na água por 15 minutos. Bater tudo no liquidificador e depois coar. Dica: O leite de quinua pode ser batido com uma fruta de sua preferência.
LEITE DE CÔCO
Ingredientes:
1 côco médio cortado em pedacinhos pequenos
2 colheres de sopa rasas de mel
1 colher de café rasa de sal marinho
1 litro de água quente
Modo de preparo: Bater no liquidificador com água quase fervendo, coar, bater novamente com o mel e o sal marinho.
LEITE DE GIRASSOL
Ingredientes:
1 xícara de semente de girassol, ou só da castanha
1 litro de água chiando
1 colher de café rasa de sal marinho
2 colheres de sopa cheia de mel ou melado
Modo de preparo: Bater bem no liquidificador, coar (no caso da semente) e servir quente ou frio.
Os leites vegetais podem ser consumidos puros ou em preparo de bebidas, como vitaminas. Não é indicado que seja fervido, somente aquecido, sendo o uso da canela indicada quando este precisar ser aquecido.  Os grãos que sobrarem após a coagem podem ser utilizados em outras preparações. Lave sempre bem os grãos antes iniciar o processo de retirada do leite.
*** O texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Intolerância Alimentar. Você tem alguma?..


Alguma vez você já se perguntou por que determinado alimento não lhe faz bem? Pois é, você pode ser intolerante a alguma substância contida naquele alimento. Determinar que um alimento faz bem a todos é um grande erro. O que faz bem a uns pode causar sérios problemas a outros.

Os alimentos são misturas complexas de uma série de moléculas alergênicas e, por este motivo, muitos imunologistas consideram "um milagre o fato de o homem sobreviver à alimentação.”

Muitas pessoas confundem alergia e intolerância alimentar, pois os sintomas são semelhantes. Clinicamente, os mais importantes sintomas comuns a ambas as situações envolvem a pele, o trato gastrintestinal (sistema digestivo) e o trato respiratório. Adicionalmente, a intolerância alimentar causa, muitas vezes, cefaleias, dores nas articulações, fadiga e mal estar geral. Porém, suas causas são distintas, vamos lá:

Uma reação alérgica ocorre quando o sistema imunológico do organismo reage de maneira contrária até mesmo a uma quantidade mínima de um alimento específico ou agente ambiental. As reações alérgicas são de proporções exageradas para o material estranho que colocamos no nosso organismo.

A intolerância, por outro lado, é causada pela incapacidade do organismo se desintoxicar de alguns componentes dos alimentos. Neste caso, o sistema imunológico, não está envolvido. A intolerância pode tomar duas formas: ou o componente que o organismo deseja se livrar é um não-nutriente (corantes, conservantes) ou é um nutriente que pela constituição genética, o organismo não consegue digeri-lo. No primeiro caso, é provável que a reação do organismo seja pelo excesso consumido e no segundo nos falta enzimas suficientes para digeri-los.

O nosso organismo necessita de das enzimas para realizar as reações químicas que transformam uma substância em outra e, se nos falta uma enzima digestiva específica, enfrentamos problemas com a alimentação. Qualquer alimento pode causar uma reação de intolerância, mas o mais comuns são leite, trigo, crustáceos, chocolate, conservantes e corantes em geral.

As reações de intolerância alimentar incluem:

Liberação não-alérgica de histamina. Os mariscos e os morangos causam esta reação em alguns indivíduos, que geralmente desenvolvem erupção cutânea.

- Defeitos nas enzimas. Indivíduos com uma deficiência de lactase, por exemplo, não podem digerir o açúcar do leite, a lactose. O tratamento consiste em dieta com pouco leite e derivados.

- Reações farmacológicas. Estas ocorrem em resposta a componentes alimentares, como as aminas. Elas são encontradas em alimentos que contêm nitrogênio (por exemplo, aminoácidos em alimentos como chá, café, bebidas de cola e chocolate). Os efeitos podem ser desencadeados por pequenas quantidades do alimento e incluem enxaqueca, tremores, sudorese e palpitações.

Efeitos irritantes. Alimentos como o curry podem irritar o intestino. O glutamato monossódico pode causar uma doença conhecida como a síndrome do restaurante chinês, que resulta em dor no peito, palpitações e fraqueza.

A intolerância mais comum é a do leite que é provocada pela incapacidade de aproveitarmos a lactose(açúcar do leite) que produz alterações abdominais, na maioria das vezes, diarréia, que é mais evidente nas primeiras horas após o consumo. Este problema ocorre com cerca de 25% dos brasileiros.

A intolerância à lactose pode ser:

- Genética;

- Adquirida quando ocorrem fatores que possam causar doenças digestivas que promovem inchaço das vilosidades do intestino, que escondem a lactase e não deixam que ela exerça a sua função de hidrolisar a lactose;

- Decorrente de cirurgias, quando, por exemplo, uma parte do intestino é removida. Neste caso, a quantidade de lactase no intestino pode se tornar insuficiente para hidrolisar a lactose, mesmo se, anteriormente à operação, a pessoa era tolerante à lactose.

Mas, atenção, se determinados alimentos forem vetados definitivamente do seu dia a dia, você deve procurar substituí-los por outros fornecedores dos mesmos nutrientes. É esse, justamente, o objetivo da orientação alimentar: identificar o alimento agressor, através da dieta de eliminação, e evitar deficiências nutricionais, substituindo os alimentos causadores das manifestações adversas por outros nutricionalmente semelhantes. Desta forma, qualquer indivíduo com suspeita de ter uma intolerância alimentar deve ser diagnosticado e tratado por um médico e um nutricionista. 

Para que o post não ficasse gigante, dividi o assunto em duas partes. Semana que vem falo sobre alergias alimentares. 

Fontes:

BRICKS, Lúcia Ferro. Reações Adversas aos Alimentos na Infância: Intolerância e Alergia Alimentar - Atualização. Revista de Pediatria. 1994.
EMSLEY, John, FELL, Peter. Foi alguma coisa que você comeu? Intolerância Alimentar: Causas e Prevenções. Editora Campus, 2001.