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sábado, 27 de junho de 2015

Depressão - por Dr. Adolfo Duarte

Toda hora a gente vê alguém falando que está ou esteve em depressão. Quando não é assim, é falando


que conhece alguém que está ou esteve. É gente pra caramba reclamando disso. É gente pra caramba sofrendo, direta ou indiratamente, por estes "rebaixamentos de humor".

Apesar desta enorme quantidade de pessoas queixosas, de si mesmos ou de outros, precisamos compreender o que é o distúrbio DEPRESSÃO e o que é um estado depressivo, pois são coisas muito diferentes. Quem tem a doença, costuma estar em estado depressivo mas, quem está em estado depressivo, não necessariamente tem a doença depressão.

O que quero dizer é simples. A perda de um ente querido e próximo, por exemplo, por mais que te entristeça ou "deprima", tende a te deixar em estado depressivo, não te enquadrando, necessariamente, no diagnóstico de depressão. É claro que um evento como este pode desencadear o desenvolvimento da patologia, mas isso não é regra. Costumamos entrar em estado depressivo, como consequência de eventos negativos, e ficamos neste estado por um tempo até que consigamos reordenar nossas mentes e atividades, reerguendo nosso humor e dando continuidade à vida. Os processos terapêuticos podem ser úteis, nos casos mais graves, mas medicamentos não costumam ser necessários.

O distúrbio denominado DEPRESSÃO é algo mais complexo e que, via de regra, não vai se "resolver" sozinho. Costuma ser um quadro mais longo onde, inclusive, podem haver alterações na própria capacidade do indivíduo produzir neurotransmissores cerebrais, fazendo com que o mesmo fique em estado de rebaixamento de humor mesmo que não hajam motivos diretos. Muitas vezes, quando há motivos, eles podem ser superlativamente interpretados e considerados, levando a reações muito maiores do que o estímulo que as desencadearam. A psicoterapia é FUNDAMENTAL para o tratamento deste distúrbio e pode ter seus resultados maximizados pelo uso de medicamentos adequados.

A melhor maneira de saber se você está passando por um momento depressivo ou se tem mesmo o distúrbio é passando por uma avaliação com psiquiatra ou psicólogo. Não tente se diagnosticar sozinho, pois fazer isso corretamente é praticamente impossível. Busque auxílio profissional se você está apresentando sintomas como os seguintes:


- tristeza profunda, com ou sem motivo aparente;
- dificuldade para dormir;
- alteração do apetite para mais ou para menos;
- alterações no comportamento sexual;
- falta de ânimo ou um cansaço quase incapacitante;
- choros aparentemente sem motivo;
- reações agressivas desproporcionais aos estímulos;
- negatividade exacerbada, pessimismo;
- incapacidade de sentir-se satisfeito;
- angústia;
- dores corporais sem causa aparente;
- medo ou insegurança aparentemente sem justificativa.

Se você está profundamente triste, por conta de algum acontecimento específico em sua vida, procure dialogar sobre isso, se possível, com um psicólogo. Esta é a melhor maneira de "processar" os acontecimentos e continuar caminhando adiante. Não se deixe "travar" e perder tempo apenas por não procurar uma ajuda. Aproveite pra dar uma lida neste outro post aqui.

Acredite no poder da mente humana, tanto para te fazer mal quanto para te fazer bem. Use isso a seu favor. Busque auxílio.


Sozinho você vai longe mas acompanhado você vai até onde puder sonhar.


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DEPRESSÃO - O vídeo que TODOS deveriam assistir


#DEPRESSAO :
- Se você já sofre deste problema, acesse os links abaixo e aprenda melhor o que é, como abordar e tratar, como melhorar, etc.
- Se você "só" sofre com #stress e #ansiedade, entenda que estes são problemas que costumam levar à depressão, se não forem bem abordados "no começo"

Assista este brilhante e muito útil curto-vídeo da Organização Mundial de Saúde sobre o assunto:
http://awebic.com/pessoas/o-que-e-depressao-animacao-4-minutos-esclarece-assunto/

> E compartilhe, pois decerto pode ajudar muita gente que você conhece em necessidade.

Este link também tem material útil, que pode ajudar:
http://www.icaro.med.br/artigos/?s=depressao

- Faça a sua parte: Informe-se e busque ajuda de verdade, sempre que necessário - Não negue sofrimentos: encare-os de frente e resolva-os ou eles crescem e tomam conta de você e da sua vida!

* Muito obrigado ao grande Dr. José Marconi Ribeiro, excelente ortomolecular do DF, pelo link do vídeo

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Stress, Ansiedade e Depressão - Isto VAI te ajudar!


#Stress
#Ansiedade
#Depressão

Se você sofre com algum destes ou conhece alguém, tenho certeza que este conteúdo VAI te ajudar. Confira:

QUANDO HÁ DOENÇA: 
- Sentimentos excessivos e/ou recorrentes 
- Supervalorização de problemas 
- Prejuízo às atividades diárias 
- Sensação de impotência ou dificuldade de obter resultados com medidas que “antes funcionavam”

CAUSAS:
- Falta ou excesso de algo (físico, mental, espiritual) 
- Psicológicas
- Fatores externos (“problemas”) 
- Tendência genética 
- Neurotransmissores (Serotonina, Glutamato,GABA, dopamina,…)

CAUSAS:
- Hormônios (Tireóide, Estradiol, Progesterona, Testosterona, Ocitocina, Cortisol, GH, melatonina, …)
- Remédios/suplementos/ Substâncias/”drogas”
- Hábitos de vida

COMO TRATAR, ENTÃO? Adquirir real SAÚDE! Como?
- Mudança de conduta: Mental/emocional
- Psicologia 
- Corrigir causas – remédios PODEM ajudar 
- Hábitos saudáveis de vida 

Cuide do seu Espírito:• Procure sempre fazer o BEM, Mantenha um bom relacionamento, regular, com Deus ou “algo superior” (aqui uma crença/religião de acordo com suas ideias e que te traga conforto, neste aspecto, orações diárias sempre ajudam.

Cuide da Mente: Cultive bons pensamentos, mantenha-se sempre estudando, adquirindo mais conhecimentos úteis e cuidando das suas emoções e desejos, do seu cérebro intelectual e emocional.

Cuide de seu Corpo: Seu corpo precisa de basicamente 2 coisas para poder existir, recuperar-se diariamente das agressões que sofre, melhorar-se e funcionar DIREITO: COMBUSTÍVEIS e ESTRUTURA.
Seu METABOLISMO é sua velocidade e qualidade de funcionamento geral e ele depende dos seus HÁBITOS DE VIDA, quanto melhores seus hábitos de vida, melhor será seu metabolismo e assim melhores serão as condições do seu organismo.

Resumindo:
Dar condições para seu organismo funcionar direito( Hábitos de vida saudáveis)
Lazer diária e regularmente
Rir, boa música, boas informações
Respirar melhor 
Espiritualidade e Deus

ASSISTA ISTO e confira: http://www.icaro.med.br/artigos/stress-ansiedade-depressao.html/

quinta-feira, 22 de março de 2012

3 MITOS em Saúde – Antidepressivos e calmantes


Aqui na Liga já falamos sobre os 3, mesmo que “de leve”, mas achei por bem aprofundarmo-nos um pouco... Até porque em consultório têm sido raros os pacientes que não têm dúvidas ou conceitos inadequados sobre pelo menos um destes assuntos (a maioria, sobre todos).

MITO: “O principal no tratamento para depressão/ansiedade são antidepressivos/ansiolíticos”

Sinceramente, VOCÊ conhece alguém que já se curou de ansiedade, depressão ou transtorno do pânico (chamarei daqui por diante de ADTP, pra facilitar – não é nomenclatura oficial!) em virtude do tratamento com antidepressivos ou ansiolíticos (também chamados de “calmantes”)? Eu não. Até porque a maioria dos antidepressivos/calmantes NÃO age nas CAUSAS de ADTP mas sim fazendo com que os neurotransmissores fiquem mais tempo na fenda sináptica ou por ação direta em receptores (respectivamente) e NÃO aumentando sua produção ou otimizando a liberação destes na fenda... Complicou? Então deixe-me explicar de forma simples:

Os estímulos nervosos são conduzidos por nervos, que são feixes de neurônios (células nervosas) funcionando juntos, de forma seqüenciada, para a condução de impulsos elétricos específicos (os estímulos nervosos, que podem ser de dor, sensações táteis, emoções, etc): ou seja, toda sensação ou emoção, para ser sentida, precisa passar de um neurônio para outro, sucessivamente. Ocorre que um neurônio NUNCA toca o outro (ou isto causaria um “curto-circuito”), ou seja, quando uma mensagem precisa ser transmitida de um para o outro, uma “ponte” precisa ser criada entre eles; esta ponte é o neurotransmissor: é liberado neste espaço de comunicação (sinapse) entre os neurônios (a fenda sináptica), permite a passagem do estímulo e depois é retirado dali (por recaptação ou mesmo destruição).

Nosso cérebro possui vários neurotransmissores diferentes: Dopamina, GABA, noradrenalina, acetilcolina... Mas o principal deles, quando o assunto é satisfação e prazer, é a serotonina; tanto é que a serotonina está envolvida, isoladamente ou em conjunto com outros neurotransmissores, em mais de 80% dos casos de ADTP. O fato é que reduções na quantidade de serotonina disponível nas fendas sinápticas (falta é o distúrbio mais comum. Excessos são algo raro) leva a ansiedade, depressão, pânico ou combinações destes, com gravidade, periodicidade e características dependentes desta quantidade.

Então se o problema é quanta serotonina há disponível, a chave do tratamento de ADTP geralmente deveria ser aumentá-la, certo (ou demais neurotransmissores)? Não é tão simples assim:
-        Causas: Ou você trata-as ou o paciente vai ficar a vinda inteira dependendo de medicamentos para sentir-se melhor (A maioria dos antidepressivos/calmantes NÃO age nas CAUSAS de ADTP”, lembra-se?), uma vez que o fator que leva à redução da serotonina disponível continua presente. Stress e má alimentação (junto a distúrbios hormonais e tendências “genéticas” individuais para ADTP), por exemplo, são os mais importantes fatores que reduzem a serotonina: a má alimentação porque reduz a biodisponibilidade de precursores necessários à fabricação de serotonina (sim, a matéria-prima para a fabricação de tudo no organismo vem da alimentação adequada!) e o stress porque cronicamente vai consumindo tanto a matéria-prima  para fabricação de neurotransmissores (por exemplo, de forma importante a vitamina B6 e o Magnésio), quanto estes em si, ao mesmo tempo em que perturba o equilíbrio hormonal (e distúrbios hormonais são fatores importantes indiscutíveis na causa, manutenção e piora de ADTP)
-        Produção: São 5 os ingredientes básicos que o cérebro deve receber para produzir sua serotonina – Triptofano (aminoácido), Vitamina B6, Ácido Fólico e Magnésio, na presença de um pouco de carboidratos. A falta de apenas UM destes impede a síntese de serotonina pelo cérebro. Ocorre que a maior parte da população mundial tem carência destes na sua alimentação, sobretudo vitaminas do complexo B e magnésio e o Stress (talvez um dos distúrbios mais freqüentes na humanidade) ainda compete por eles
-        Recaptação: Como já dito, uma das estratégias mais utilizadas pelos medicamentos é reduzir/inibir a recaptação dos neurotransmissores na fenda sináptica, pela crença de que isto deixaria mais deles disponíveis para agir e por mais tempo. A questão é que o neurotransmissor foi feito para ser liberado, agir e ser removido, certo? Até porque quando fica tempo demais na fenda, também pode levar a formas de ADTP (por exemplo, pacientes deprimidos que com o uso do medicamento vão se tornando cada vez mais ansiosos).
-        Ação direta: Várias drogas (sobretudo os benzodiazepínicos, “calmantes”) agem direto em receptores, sobretudo do neurotransmissor GABA, seja estimulando-o ou bloqueando-os – Neste caso, outro problema vem à tono: como controlar adequadamente o grau deste efeito direto e lidar com a necessidade de doses cada vez maiores para obtê-lo?

Mas quantos tratamentos convencionais para ADTP você conhece que contemplam estas questões BÁSICAS? Porque posso estar errado mas o que mais vejo por aí é o medicamento ser prescrito cedo demais, quando a recomendação da literatura é clara: deve ser adjuvante do tratamento das causas e não algo “perpétuo”; em outras palavras, reduzir o stress, ter bom acompanhamento psicológico e alimentação adequada (ou mesmo associada a boa suplementação) têm mais chances de tratar com sucesso (e sem causar dependências) ADTP que o uso isolado de medicamentos: só não vê quem não quer...

Em síntese, não só para ADTP mas para qualquer distúrbio, abordar os sinais e sintomas visando o alívio do paciente é nobre e muitas vezes necessário mas se a CAUSA deles não for tratada ao mesmo tempo o paciente não obtém cura ou sustentada/progressiva melhora e assim vai ficando cada vez mais dependente da medicação para sentir-se bem; e convenhamos: que medicina é esta que “transforma” portadores de desequilíbrios orgânicos, por vezes transitórios e/ou autolimitados em dependentes químicos?

Mas é claro, tudo isto é só a MINHA opinião “superficial” sobre o assunto (quer entender melhor? Estes textos simples e didáticos devem ajudar http://saude.hsw.uol.com.br/antidepressivos.htm e http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=269); pergunte, leia, pesquise, estude, pergunte e forme a sua própria: afinal, se juízo critico é sempre importante, imagine quando é da sua Saúde que estamos falando...

Na próxima semana falarei sobre o mito:
“O tratamento do hipotireoidismo é sobretudo via reposição de T4 sintético da tireóide Levotiroxina, disponível comercialmente em 4 formas (Levoid, Synthroid, Euthyrox e Puran T4)”  

Lembrando que na semana passada falei sobre este mito:
“Colesterol tem que ser baixado (e mantido “baixo”) “de qualquer forma”

Um abraço e está aberta a discussão... Até breve!

Dr. Ícaro Alves Alcântara
www.icaro.med.br










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