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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Perda de peso inadequada traz risco de transtorno alimentar...



Quase um terço dos adolescentes apresentam algum tipo de prática não saudável para controle do peso, enquanto 12,2% apresentam comportamentos de risco para transtornos alimentares.
Os dados são fruto da pesquisa da nutricionista Greisse Viero da Silva Leal, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
As práticas de dieta restritiva aumentaram a chance de apresentar comportamentos de risco para transtornos alimentares 17 vezes no sexo masculino, e em quase 13 vezes no sexo feminino.
Greisse recomenda que os pais e os adolescentes aprendam a reconhecer precocemente as atitudes que podem desencadear transtornos alimentares na busca de sua prevenção.
Foram avaliados adolescentes, com idade média de 16 anos (de 14 a 19 anos), estudantes do ensino médio de 12 Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, no município de São Paulo.
Comportamento de risco e comportamento não saudável
Entre os adolescentes que apresentaram comportamento de risco para transtornos alimentares, 72,5% são do sexo feminino.
"Estes comportamentos são caracterizados por compulsão alimentar (10,3%), prática de dieta restritiva (8,7%), uso de diuréticos com o objetivo de emagrecer (1,4%), uso de laxantes com o objetivo de emagrecer (0,3%) e vômito autoinduzido com o objetivo de emagrecer (0,3%)", conta a nutricionista.
Dos jovens que apresentavam alguma prática não saudável para controle do peso, 66,8% são do sexo feminino.
"Estas práticas são comer muito pouca comida com o objetivo de perder peso (20,4%); omitir refeições com o objetivo de perda de peso (20,6%); usar substitutos de refeições e alimentos com o objetivo de emagrecer (7,4%); usar remédios para emagrecer (2,1%) e fumar mais cigarros com o objetivo de emagrecer (1,6%)".
Entre as meninas, a leitura de revistas sobre dieta para emagrecer aumentou em 2,87 vezes a chance de apresentar práticas não saudáveis para controle do peso, enquanto que estar satisfeita com a imagem corporal diminuiu esta chance, ou seja, satisfação corporal foi fator protetor.
"O que se observa é que cada vez mais as revistas voltadas para o público feminino apresentam dietas para emagrecer e trazem corpos muito magros como ideais de beleza, as adolescentes podem sentir-se insatisfeitas com seus corpos quando comparados aos das modelos das revistas e procurar métodos não saudáveis para perder peso", diz Greisse.
Entre os adolescentes do sexo masculino, o que mais influenciou as práticas não saudáveis para controle de peso foi o estímulo materno à prática de dietas para emagrecer e a mídia (televisão, artistas de TV e modelos), aumentando o desejo de mudar a aparência corporal.
Fonte: Diário da Saúde



 ** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Obesidade versus anorexia nervosa...


Vivemos um momento de explosão da obesidade no mundo todo, que vem aumentando de forma assustadora, sendo hoje umas das causas de mortalidade, devido à comorbidades que a doença acaba agregando, como diabetes, hipertensão, problemas articulares, cardiológicos, entre outros.

O Brasil segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% das crianças do país têm sobrepeso e metade delas é obesa. Cerca de 13% da população adulta é obesa e 48% é acima do peso, sendo que no mundo um grande estudo internacional lançado em fevereiro de 2011 mostrou que 10% dos adultos são obesos.  São 500 milhões de pessoas. Em 2008: 9,8% dos homens e 13,8% das mulheres eram obesos.

Em contrapartida a esses dados da obesidade, cresce também o número de pessoas apresentando anorexia nervosa, uma doença que se desenvolve principalmente em jovens, em função do medo de se ficar obeso, gerando uma distorção da imagem corporal.

As pessoas que apresentam anorexia buscam como ideal de beleza um peso ideal muito abaixo dos padrões de saúde, e caminham em busca deste peso, de forma agressiva consigo mesma.

Acabam desenvolvendo várias técnicas com finalidade de controlar o apetite, pois valorizam a idéia de evitar alimentos que possam engordar, utilizando estratégias para não se alimentarem e não deixarem que seus pais percebam esse movimento.

O que na verdade se torna um fator de desespero para os pais, é um sinal de vitória para os filhos, já que controlar a alimentação para as anoréxicas é uma vitória.

Dentro dessa patologia também temos o tipo purgativo, que alternam períodos de restrição com períodos de purgação, que vão desde vômitos, uso de laxantes, diuréticos, e freqüentemente exercícios físicos em excesso e de forma extenuante.

Prestar a atenção em alguns comportamentos dos filhos pode evitar que a doença progrida, pois assim que se perceber algumas bandeiras que indicam a doença, é importante procurar auxílio de profissionais habilitados.

Bandeiras para identificação da Anorexia Nervosa:

- Cessa menstruação;
- Achar que está acima do peso, reclamar que está gorda;
- Fazer dieta quando não tem necessidade de perda de peso;
- Preocupação excessiva com comida, calorias, quer cozinhar;
- Negar a fome;
- Exercícios físicos em excesso;
- Formas de se alimentar fora do padrão normal;
- Pesar-se de forma exagerada;
- Episódios intermitentes de compulsão;
- Reclamar que está sentindo-se nauseado, “cheio”, quando ingere quantidades normais de alimentos.

É imprescindível que se procure uma equipe multiprofissional, com nutricionista que estará prescrevendo a dieta necessária para recuperação do peso da paciente, o psiquiatra que irá medicar de acordo com o quadro apresentado e a psicoterapia individual, em grupo e/ou familiar, que abordará todos os aspectos psicológicos que envolvem os transtornos, a vida do paciente, suas relações familiares, afetivas e suas crenças.