Mostrando postagens com marcador Envelhecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Envelhecimento. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Juventude e velhice começam pela boca...


O estilo de vida contemporâneo tem acelerado o processo de envelhecimento do corpo e a nutrição tem sido uma importante aliada dos tratamentos estéticos na hora de minimizar e até mesmo retardar esse processo. É o que explica a nutricionista Isabel Jereissati, diplomada pelo Institute for Functional Medicine (Estados Unidos) e mestre em fisiopatologia clínica e experimental pela UFRJ.

Em entrevista ao blog, ela afirma que a produção excessiva dos radicais livres danifica as células, o que provoca alterações na pele. “A nutrição impede o envelhecimento precoce através do combate aos radicais livres”, afirma.

Eis a entrevista:

Como a nutrição pode ser eficaz no combate ao processo de envelhecimento?

Isabel Jeresissati – Um dos principais responsáveis pelo aceleramento do envelhecimento é o desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante, que diminui a capacidade do corpo de combater o excesso de radicais livres. A produção excessiva dos radicais livres danifica as células, o que provoca alterações na aparência da pele. A nutrição impede o envelhecimento precoce através do combate dos radicais livres. Os alimentos podem diminuir a produção e os danos causados pelos radicais livres. Além disso, a nutrição correta fornece nutrientes para formar cabelo, unha e pele bonitos e saudáveis.

Quais são os alimentos indicados para deter a produção de radicais livres?

Alguns alimentos e um de seus antioxidantes: mamão (betacaroteno), uva (ácido elágico), brócolis (flavonoides), goiaba (vitamina), chá verde (catequinas), curry (curcumina), nozes (polifenóis), tomate (licopeno), açaí (vitamina), goji berry (flavonoides) e abacate (glutationa).

Quais os alimentos que devem ser banidos das dietas das mulheres que pretendem retardar ao máximo o processo de envelhecimento?

Os alimentos pró oxidantes e pró inflamatórios devem ser evitados por gerarem maior produção de radicais livres . São os alimentos ricos em aditivos químicos (adoçante, corante, estabilizantes, antiumectantes e cornates) presente na maioria dos produtos industrializados, açúcar refinado, cereais refinados e gordura saturada, trans e interesterificada (óleos modificados quimicamente).

Costuma-se dizer que exercícios aeróbios de longa duração liberam radicais livres e, consequentemente, aceleram o envelhecimento. Existe alguma alimento que posa ser consumido antes da prática de corridas, por exemplo? Ou uma dieta específica para quem gosta de aeróbios intensos?

Quem gosta de exercícios aeróbicos intensos como a maratona, deve seguir uma alimentação que combate os danos dos radicais livres produzidos pela oxigenação acelerada da respiração celular. Alimentos ricos em antioxidantes de fácil digestão como goji berry, suco de laranja, suco verde e framboesa, podem ser ingeridos antes da atividade física.

Quais alimentos devem ser consumidos antes de processos estéticos em clínicas de dermatologia?

O tipo de procedimento e o estado nutricional do paciente são determinantes para indicar os melhores alimentos. Não adianta consumir um alimento antes do procedimento se o corpo estiver deficiente em nutrientes. O ideal é corrigir previamente a alimentação com algumas semanas que antecedem o procedimento. Mas para quem tiver pressa e vai fazer um laser para estimular a produção de colágeno, por exemplo, uma dica é ingerir alimentos com alto poder antioxidantes como açaí, abacate e curcuma, e fazer uma a combinação de alimentos que fornecem nutrientes para formar colágeno como suco de maçã com raspa de limão e tâmara (fornece vitamina C, Triterpeno e silício, nutrientes que participam diretamente da formação de pele).

A senhora diria que nos dias corridos de hoje as mulheres têm envelhecido mais rápido e, por isso, recorrido a tratamentos como botox cada vez mais cedo ou até mesmo antes da hora?

Envelhecer é inevitável, faz parte do processo fisiológico do ser humano. Mas o que estamos vendo é um estilo de vida que acelera o processo de envelhecimento. Estresse físico e emocional, poucas horas de sono, consumo de álcool e cigarro, uso crônico de medicamentos, uso de suplementos sem orientação, a falta de atividade física ou prática de exercícios extenuantes combinado a uma alimentação desregrada fazem o processo de envelhecimento celular ocorrer mais rapidamente. Um erro alimentar comum são as dietas restritivas, que eliminam grupos alimentares com o objetivo de emagrecer. Quando realizadas sem orientação podem causar mais estresse e perda de nutriente que aceleram o envelhecimento celular. As mulheres ficam magras e envelhecidas, correm para as clinicas de estética e estão sem substrato para formar uma nova pele de qualidade.

Quais alimentos produzem mais radicais livres? E eles podem ser substituídos por quais alimentos? A senhora pode citar cinco exemplos?

Cereais matinais, que são ricos em açúcar e geralmente produzidos com cereais refinados. Essa combinação aumenta a produção de radicais livres no corpo. Substituir por cereais integrais e fazer a própria mistura em casa com castanhas, nozes, sementes e frutas secas.

Bebidas carbonadas (refrigerantes, sucos industrializados e achocolatados) são ricas em açúcar de rápida absorção que causam aumento de produção de radicais livres dentro das células. Substituir por água ou água aromatizada e eventualmente consumir suco natural feito na hora. Congelados são geralmente pobres em nutrientes antioxidantes e ricos em aditivos químicos e gorduras trans. Substituir por alimento fresco, preparado na hora ou de véspera, sempre cozidos em baixa temperatura e por pouco tempo para preservar os nutrientes. Adoçantes e outros aditivos químicos. Muitas pessoas consomem adoçante sem saber, através de barras de cereais, cereais matinais, doces e biscoitos diet e light. Carnes vermelha como picanha, cupim e costela são rica em gorduras saturadas que quando em excesso geram inflamação e levam à formação de radicais livres. Substituir por cortes mais magros, como alcatra e filé mignon. Bebida alcoólica são as grandes responsáveis pela geração de radicais livres. Além disso, quando consumido em exagerado, a bebida alcoólica acelera em 50% o processo de morte celular que ocorre naturalmente no organismo, gerando mais radicais livres e envelhecimento. Substituir por suco de tomate temperado rico em antioxidante licopeno e coquetel de frutas de banana, morango e laranja rico em vitamina C e flavonoides sem álcool.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cuidar de idoso: preste sempre atenção nestes fundamentais pontos


Para quem cuida de #IDOSOS e quer fazer isto BEM, algumas dicas; atente para este BÁSICO:
A maioria dos idosos cuida cada vez menos de melhorar/manter seus hábitos de vida mais saudáveis, quanto mais medicamentos usam – parece que tendem a confiar sua saúde muito aos remédios e vão esquecendo e desvalorizando o cuidado que deveriam ter, crescente e otimizado, consigo mesmos!
Entenda que as maiores causas de ADOECIMENTO em idosos são:
- DESIDRATAÇÃO (a maioria toma menos água que deveria porque esperam a sede para ingerir)
- DESNUTRIÇÃO (Má nutrição – muitas vezes acham que comem direito mas, na verdade, não o fazem)
- SEDENTARISMO
- Falta de atividade cerebral, “trabalhos”, tarefas, desafios e atividades prazerosas
- Isolamento social
Aja nestes fatores e decerto virão BONS resultados! Ou seja: a base da saúde, também do idoso, é melhorar seus hábitos de vida – aprenda como aqui, de forma fácil, direta e efetiva:

Leia o texto completo em:

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

EXERCÍCIO, PROTEÍNAS E ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL...



Um trabalho científico publicado no último volume da revista Exercise and Sport Sciences Reviews apontou mais um motivo para que idosos e indivíduos de meia idade associem a prática de atividades físicas com a suplementação proteica.
De acordo com o estudo, dentre vários fatores, acredita-se que a perda de massa muscular que acompanha o envelhecimento seja decorrente, em grande parte, da dificuldade dos idosos de digerir e absorver as proteínas e amino-ácidos, para que esses nutrientes sejam captados de maneira apropriada e suficiente pelos músculos.
As várias pesquisas citadas mostram que a prática de exercícios associada à suplementação adequada de proteínas e aminoácidos, é capaz de promover o aumento dessa captação de aminoácidos pelos músculos, contribuindo para o aumento da síntese de proteínas com consequente aumento da massa muscular mesmo durante o processo de envelhecimento. Além disso, as pesquisas mostram que esse estímulo conferido pelo exercício pode perdurar por vários dias.
De acordo com os achados na literatura científica, pode-se dizer que a prática regular de exercícios, “rejuvenece” o músculo.
A boa notícia? Mesmo caminhadas de baixa intensidade já são capazes de anular os efeitos negativos relacionados com o processo de envelhecimento, sendo, portanto, suficientes para atenuar a perda de massa muscular em idosos.

 É importante perceber que o estudo ressalta, que é a falta da prática regular de atividades físicas o principal fator responsável pela perda de massa muscular com a idade e que, portanto, além de uma ingestão adequada de proteínas e aminoácidos, a adoção de um estilo de vida mais ativo é indispensável para um envelhecimento mais saudável e independente.

Fonte: http://drturibio.com/2013/08/15/exercicio-proteinas-e-envelhecimento-saudavel/

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

COLÁGENO: REFORÇA OSSOS E MÚSCULOS E AUXILIA CONTRA O ENVELHECIMENTO...




Colágeno é a proteína mais abundante no corpo, está presente em quase todos os órgãos e sua principal função é dar sustentação à pele e ossos. 

O colágeno é a proteína mais abundante no nosso organismo, representando cerca de 25% de toda proteína corporal, constituída principalmente pelos aminoácidos, sendo o principal elemento fibroso da pele, ossos, tendões e dentes. Está presente em quantidades variáveis em quase todos os órgãos e sua principal função é dar sustentação e elasticidade à pele, ossos, cartilagens, tendões e ligamentos.

O colágeno é reposto em nosso organismo por meio da alimentação equilibrada. Os alimentos de origem animal, tais como as carnes (principalmente as vermelhas), ovos, frango e peixes, são excelentes fontes de proteínas e de colágeno.

Alguns elementos prejudicam a renovação celular e aceleram o processo de envelhecimento: cigarro, estresse, exposição ao sol, falta de sono, má hidratação e alimentação desequilibrada.

Para melhorar a qualidade da pele, maior firmeza, auxiliar na prevenção de osteoporose e diminuir as dores em pacientes com osteoartrite pode ser suplementado 10 gramas de colágeno hidrolisado, associado a dieta equilibrada, colorida e variada e a prática de exercício físico para ganho e manutenção de massa muscular.

A cada década nossa produção de colágeno diminui, principalmente após os 25 anos e o processo natural de envelhecimento também reduz a massa muscular e a velocidade de renovação celular.

As mulheres são as que mais sofrem com a perda de colágeno, pois apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo. Além disso, a deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade das células responsáveis pela produção do colágeno, que junto com outra proteína, a elastina, compõe a trama de sustentação da pele.

Como consumir o colágeno:
A ingestão oral mais eficiente ocorre na forma hidrolisada. A velocidade e quantidade que a proteína no colágeno hidrolisado é absorvida é maior, quando comparado ao não hidrolisado, devido ao reduzido tamanho das cadeias peptídicas, que facilita a absorção.
A partir do colágeno são comumente obtidos o colágeno parcialmente hidrolisado (gelatina) e o colágeno hidrolisado. Um novo ingrediente que está sendo estudado é a fibra de colágeno que é obtida das camadas internas do couro bovino. A fibra de colágeno em pó tem maior percentual de proteína.

O colágeno hidrolisado pode estar na forma de pó, cápsulas ou balas/jujubas, precisamos ficar atentos a dosagem, recomenda-se ingerir 10 gramas do colágeno (1 colher de sopa), sendo mais facilmente alcançar na forma de pó.

A vitamina C auxilia na absorção do colágeno:
A vitamina C está diretamente ligada na síntese de colágeno, fundamental para manter o tônus e a firmeza da pele.

Para que haja uma síntese adequada de colágeno, é necessária a associação entre a vitamina C e a ingestão adequada de proteínas que fornecerão os aminoácidos que constituem o colágeno.

Associando ainda o Licopeno (tomate, frutas vermelhas), vitamina E (alimentos de folha verde escura, gérmen de trigo, castanha e nozes) e Beta caroteno (batata doce, cenoura, abóbora, pimentão, brócolis, couve e espinafre) são potentes antioxidantes que auxiliam no combate ao envelhecimento celular.

Colágeno na prevenção e tratamento de doenças:

Diversos estudos demonstram que a ingestão de colágeno hidrolisado pode auxiliar no tratamento da deficiência de cálcio e aumentar a densidade óssea, contribuindo para a prevenção da osteoporose. As pesquisas também indicam que o colágeno hidrolisado reduz a dor em pacientes que sofrem de osteoartrite e tem potencial para redução de radicais livres e contra a hipertensão.

Fonte: globoesporte.globo.com

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ômega-3 restaura telômeros, que encurtam com o envelhecimento...


Tomar suplementos do ácido graxo ômega-3 suficientes para equilibrar os óleos comuns da dieta ocidental pode retardar um processo biológico chave ligado ao envelhecimento.
O estudo mostrou que a maioria dos adultos de meia-idade com sobrepeso, mas saudáveis, que tomaram suplementos de ômega-3 por quatro meses alteraram a proporção do seu consumo de ácidos graxos de uma maneira que ajudou a preservar pequenos segmentos de DNA nos glóbulos brancos do sangue.
Esses segmentos, chamados telômeros, diminuem ao longo do tempo em muitos tipos de células, como uma consequência do envelhecimento.
No estudo, o alongamento dos telômeros nas células do sistema imunológico foi mais prevalente em pessoas que melhoraram substancialmente a proporção de ômega-3 em relação a outros ácidos graxos em sua dieta.
A suplementação de ômega-3 também reduziu o estresse oxidativo, provocado pelo excesso de radicais livres no sangue - cerca de 15% em comparação com os efeitos observados no grupo que tomou placebo.
Os participantes no estudo tomaram ou 2,5 gramas ou 1,25 grama de ômega-3. Os participantes do grupo placebo tomaram pílulas contendo uma mistura de óleos vegetais comuns na dieta ocidental.
"A descoberta sobre os telômeros é provocativa na medida que sugere a possibilidade de que um suplemento nutricional possa realmente fazer a diferença no envelhecimento," disse Jan Kiecolt-Glaser, da Universidade do Estado de Ohio (EUA), principal autora do estudo.
Em outra publicação recente deste estudo, Kiecolt-Glaser e seus colegas relataram que suplementos de ácidos graxos ômega-3 reduziram as inflamações no mesmo grupo de adultos.
"A inflamação em particular está no coração de vários problemas de saúde. Qualquer coisa que reduza a inflamação tem um monte de efeitos potencialmente saudáveis entre os adultos mais velhos", disse ela.
Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Velhice ou Carência de vitamina B12?



Está tão claro e cientificamente adequado que posto na íntegra esta brilhante matéria do The New York Times, recomendando a leitura por todos.

Afinal, reflitamos: Precisamos mesmo de tantos remédios na vida? 


"Ilsa Katz tinha 85 anos quando sua filha, Vivian Atkins, começou a notar que ela estava ficando cada vez mais confusa.

"Ela não conseguia lembrar nomes, onde ela havia estado ou o que tinha feito no mesmo dia", lembra-se Atkins, em uma entrevista. "À princípio, não fiquei muito preocupada. Pensei que fosse um processo normal de envelhecimento. Mas com o passar do tempo, a confusão e os problemas de memória se tornaram mais graves e frequentes."

Sua mãe não conseguia lembrar os nomes de parentes próximos, ou em que dia estavam. Ela achava que precisava ir trabalhar ou ir ao centro da cidade, mas não era o caso. E ela ficava muito agitada.

Um exame em uma clínica de memória resultou em um diagnóstico de estágio inicial de Alzheimer, e os médicos prescreveram Donepezil, que Atkins afirma só ter piorado a situação. Mas a clínica também testou o nível de vitamina B12 no sangue de Katz. Estava muito abaixo do normal, e seu médico achou que isso poderia estar contribuindo para os seus sintomas.

Injeções semanais de B12 começaram a ser administradas.

"Logo depois, sua agitação diminuiu, ela se tornou menos confusa e sua memória melhorou muito", disse Atkins. "Senti que minha mãe havia voltado para mim, e ela também está se sentindo bem melhor."

Hoje com 87 anos, Katz ainda vive sozinha em Manhattan e se sente bem o bastante para recusar ajuda externa.

Mesmo assim, sua filha se pergunta, “Por que será que os níveis de B12 não são conferidos rotineiramente, especialmente em pessoas mais velhas?"

Essa é uma pergunta importante. Ao envelhecermos, nossa capacidade de absorver a vitamina B12 dos alimentos diminui, e geralmente nosso consumo de alimentos ricos nessa vitamina também se reduz. Uma deficiência de B12 pode surgir de repente e causar muitos sintomas confusos, que muitas vezes levam a diagnósticos errados ou são atribuídos simplesmente ao envelhecimento.

Um nutriente vital

A B12 é uma vitamina essencial que atua em várias partes do corpo. Ela é necessária para o desenvolvimento e a manutenção de um sistema nervoso saudável, a produção de DNA e a formação de hemácias.

Uma deficiência grave de B12 pode resultar em anemia, que pode ser detectada em um exame de sangue normal. Mas os sintomas menos dramáticos de uma deficiência de B12 incluem fraqueza muscular, fadiga, tremores, desequilíbrio, incontinência, pressão baixa, depressão e outros problemas de humor, e problemas cognitivos, como memória fraca.

Os laboratórios têm padrões diferentes sobre o que consideram normal, mas a maioria das autoridades no assunto afirma que a deficiência ocorre quando os níveis de B12 em um adulto estão abaixo de 250 picogramas por mililitro de soro. Como todas as vitaminas B, a B12 é solúvel em água, mas o corpo armazena excedentes de B12 no fígado e em outros tecidos. Mas, mesmo que as fontes alimentares sejam inadequadas por um período, a deficiência no soro pode demorar anos para aparecer.

Se a quantidade de B12 armazenada já é baixa, a deficiência pode se desenvolver em um ano, ou até menos em crianças.

As quantidades recomendadas de ingestão de B12 variam: 2,4 microgramas diários para maiores de 14 anos, 2,6 microgramas para mulheres grávidas e 2,8 microgramas para mulheres que estejam amamentando. A não ser em circunstâncias que impeçam a absorção de B12, esses níveis podem ser facilmente atingidos através de uma dieta balanceada que contenha proteína animal.

Em sua forma natural, a B12 está presente em níveis significativos apenas em alimentos derivados de animais, e em maior quantidade em fígado (83 microgramas em uma porção de 99 gramas). Entre as boas fontes estão outras carnes vermelhas, perus, peixes e crustáceos. Há menos vitamina em laticínios, ovos e frangos.

Quem corre risco?

Fontes naturais vegetais são, no mínimo, pobres em B12, e a vitamina delas não é facilmente absorvida. Muitos vegetarianos estritos e todos os veganos, além dos bebês amamentados por eles, devem consumir suplementos ou cereais fortificados para obter níveis adequados.

Certos organismos, como a bactéria espirulina e certas algas, contêm uma pseudo-B12 que o corpo não consegue utilizar, mas que pode resultar em leituras falsas de um nível de B12 normal em exames de sangue. Apesar do que afirmam certas pessoas, a erva-patinha, uma alga, e a grama de cevada não são fontes confiáveis de B12.

Em alimentos de origem animal, a B12 se combina com proteínas e deve ser liberada por ácidos estomacais e uma enzima para que possa ser absorvida. Portanto, usuários crônicos de drogas supressoras de ácido, como o omeprazol, o lansoprazol e o esomeprazol, além de medicamentos contra úlcera, como a famotidina e a cimetidina, correm risco de desenvolver uma deficiência de B12 e muitas vezes precisam tomar suplementos diários da vitamina.

Os níveis de ácidos estomacais diminuem com a idade. Até 30 por cento de pessoas mais velhas podem não contar com uma quantidade suficiente de ácidos estomacais para absorver quantidades adequadas de B12 de fontes naturais. Portanto, o consumo regular de alimentos fortificados ou suplementos com 25 a 100 microgramas diários de B12 é recomendado para pessoas com mais de 50 anos.

A B12 sintética, encontrada em suplementos e alimentos fortificados, não depende dos ácidos estomacais para ser absorvida. Mas, natural ou sintética, apenas uma parcela da B12 consumida acaba sendo absorvida pelo corpo. Tratamentos para curar deficiências de B12 costumam envolver doses muito superiores ao que o corpo realmente precisa.

A B12 livre, tanto natural quanto sintética, precisa se combinar com uma substância no estômago, chamada fator intrínseco, para ser absorvida pelo corpo. Esse fator é reduzido em pessoas com uma doença autoimune chamada anemia perniciosa; a deficiência de vitaminas que resulta disso costuma ser tratada com injeções de B12.

Embora a maioria dos médicos não hesite em recomendar injeções para corrigir deficiências de B12, existem muitas provas de que, em doses suficientemente altas, comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12 podem funcionar tão bem quanto injeções para pessoas com problemas de absorção, até mesmo para aquelas com anemia perniciosa.

Geralmente, um suplemento diário de 2.000 microgramas é recomendado por cerca de um mês, e depois é reduzido para 1.000 microgramas ao dia por mais um mês, depois reduzido novamente para 1.000 microgramas semanais. Comprimidos sublinguais e adesivos transdérmicos de B12, ou até mesmo pirulitos de B12, podem ajudar pessoas que precisam do suplemento mas não conseguem engolir comprimidos.

Outros que correm risco de desenvolver deficiências de B12 são pessoas que bebem muito (o álcool reduz a absorção de B12), pessoas que passaram por cirurgias estomacais, seja para perder peso ou por causa de uma úlcera, e pessoas que tomam aminossalicilatos (para doenças inflamatórias intestinais ou tuberculose) ou a droga contra diabetes, metformina (vendida como Glucophage, entre outras marcas). 
Pacientes que tomam anticonvulsivos como fenitoína, fenobarbital e aprimidona também correm risco.

Doses altas de ácido fólico podem mascarar uma deficiência de B12 e causar danos neurológicos permanentes, caso os níveis normais de B12 não sejam restaurados. Suplementos de potássio prejudicam a absorção de B12 em algumas pessoas.

Embora uma deficiência de B12 possa aumentar os níveis do aminoácido homocisteína no sangue, que aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames, os suplementos de B12 não diminuem os riscos cardiovasculares.

E embora níveis altos de homocisteína estejam ligados ao Alzheimer e à demência, reduzi-los com suplementos de B12 não parece melhorar a função cognitiva. No entanto, em um estudo, entre mulheres com uma alimentação pobre em B12, suplementos da vitamina desaceleraram significativamente o índice de declínio cognitivo.

The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados". 


Postado por:









*** O texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

“Antienvelhecimento” – Minhas considerações sobre o assunto



CFM condena "terapia antienvelhecimento", o que, na minha opinião, é algo lamentável e RETROCESSO para a saúde no país.

http://portal.cfm.org.br/
index.php?option=com_content&view=article&id=23138%3Aconselho-federal-de-medicina-condena-terapia-antienvelhecimento&catid=3

Só espero que tenham o bom senso de considerar (antes tarde que nunca) tudo o que escrevemos nos artigos abaixo (leia e forme sua própria opinião bem embasada) e isto:

1 - Não é porque um médico prescreva reposição hormonal, vitaminas e minerais, para um paciente cujo quadro clínico (e exames, quando possíveis e necessários) indique a necessidade, que está fazendo o "antiaging" que estão proibindo

2 - QUALQUER médico que realmente se preocupe com seu paciente e faça seu melhor para orientá-lo e ajudá-lo a envelhecer com QUALIDADE, com mais funcionalidade e bem estar, está fazendo "antiaging"

3 - Estão "atacando" um rótulo mal interpretado que, para quem faz eticamente, NADA tem a ver com rejuvenescimento ou sobrecargas de nada para frear o envelhecimento.

E sinceramente: a sociedade TEM que manifestar-se sobre tudo isto! Afinal, tem tudo para ser a mais afetada pelas repercussões negativas...

Abraço

Ícaro 

Ante todo o disposto acima, solicito a todos que leiam e divulguem o conteúdo dos links abaixo (tratam de temas que devem afetar de maneira importante a SUA saúde e dos seus entes queridos):

ENTENDA PORQUE A MEDICINA ANTI-AGING FOI E SERÁ "ATACADA" - Excelente artigo do Dr. Victor Sorrentino - http://ow.ly/cOquJ

e
“Antienvelhecimento” – Minhas considerações sobre o assunto - Tendo-se em vista a grande quantidade de pessoas que têm me perguntado se vi a matéria do Fantástico de 05/08/12 sobre o assunto (vide link para ela no final deste texto) e o que achei dela, achei por bem manifestar-me: 

Este último, reproduzido abaixo integralmente, de minha autoria:

"Tendo-se em vista a grande quantidade de pessoas que têm me perguntado se vi a matéria do Fantástico de 05/08/12 sobre o assunto (vide link para ela no final deste texto) e o que achei dela, achei por bem manifestar-me: em síntese, acredito que “antienvelhecimento” é um nome/rótulo errado para o que a maioria dos profissionais éticos efetivamente faz, que é ajudar o paciente a ter um envelhecimento mais saudável e funcional, com bem-estar, qualidade de vida, produtividade e o mínimo possível de perdas com o avançar da idade (e não prometer rejuvenescimento ou resultados “milagrosos”) mas sempre dentro do que é cientificamente comprovado e razoável; abaixo, segue o que tenho a considerar:

-       O título já é por demais sensacionalista e parece definir o objetivo da reportagem mais como “colocar medo” que realmente informar: “Médicos oferecem tratamentos hormonais condenados pelo Conselho - Nos últimos três anos, cinco médicos foram cassados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por terapias hormonais não reconhecidas aqui no Brasil”; os tratamentos hormonais não são condenados pelo CFM ou especialidades medicas como Endocrinologia e Ginecologia não existiriam; e se médicos foram cassados, seria pelas terapias hormonais ou pelo uso que cada profissional fez delas e demais em sua prática de consultório?
-       Quem quer “se manter jovem a qualquer preço” e “viver eternamente” já começou errado uma vez que sua busca não é por saúde mas por vida longa “a qualquer preço”, ou seja, é um tipo de paciente que não serve de parâmetro para qualquer comparação que preste-se a ser útil em Medicina e Saúde.
-       A matéria começa dizendo que quem trabalha com antienvelhecimento “são médicos que”... Ou seja, já começa errada porque coloca “no mesmo balaio”, como se fossem todos iguais, os que “trabalham com antienvelhecimento”. Sobre isto, tenho a dizer que:
o   Se algum paciente chega ao meu consultório dizendo que quer tratamento para não envelhecer mais ou mesmo rejuvenescer, vou dizer-lhe que, biologicamente e pelo que conheço em Medicina, isto é impossível e, se ele insistir, pedirei que procure outro médico, até porque acredito que longevidade com funcionalidade seja acima de tudo conseqüência de obter e manter boa saúde, integral... É fato, entretanto, que experimento científico já conseguiu rejuvenescimento em ratos e que a ciência avança tanto (e cada vez mais rápido) a cada dia que já pode ser isto possível em humanos (ainda que eu não conheça) ou vir a ser em breve (que ninguém tenha a prepotência e falta de bom senso de dizer que isto sempre será impossível pois nenhum humano é Deus, certo?);
o   O ser humano tende a viver cada vez mais mas não necessariamente com qualidade de vida: torna-se então importante, em um contexto ideal, atuar nas causas básicas do envelhecimento ao invés de meramente tentar minimizar suas conseqüências. A proposta da estratégia de “anti-envelhecimento”, portanto, na minha opinião, não é “parar o tempo” mas buscar reduzir significativamente a velocidade com que ele acontece ao mesmo tempo em que age-se para melhorar a qualidade do processo;
o   Se um paciente tem bons resultados com um médico e diz sentir-se “mais jovem”, espalhando este conceito entre seus conhecidos, este médico agora “é de antienvelhecimento”? Se a atividade de um médico permite que seus pacientes vivam melhor, com mais funcionalidade, bem-estar e qualidade de vida, em decorrência disto sentindo-se “mais jovem” que sua idade biológica isto está errado, é “antienvelhecimento” e o médico deve ser punido por isto? Ou seja: TODO médico que realmente importa-se com seu paciente busca com a sua prática diária, direta ou indiretamente, o que preceitua o chamado “anti-envelhecimento” (rótulo mais adequado seria “longevidade com saúde”).
o   O médico que  procura (de verdade) ajudar seu paciente a envelhecer com mais saúde e funcionalidade (isto é o que realmente quer dizer o termo “antienvelhecimento” praticado com ética) NUNCA prioriza em sua atividade a reposição de hormônios mas sim a atenção integral ao paciente, melhoria dos seus hábitos de vida, desintoxicação, reposição de nutrientes, combate aos radicais livres, etc. Em outras palavras os hormônios, QUANDO NECESSÁRIOS, são utilizados dentro de um complexo contexto, individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente. E estes conceitos transcendem a necessidade de ter uma ou outra especialidade medica para que sejam aplicados na prática.

-       Estudo recente mostrou que a ciência já conseguiu reverter a idade biológica em ratos, o que torna possível o mesmo, em breve, nos seres humanos (ainda que eu desconheça se já aconteceu): afinal, por exemplo, órgãos inteiros já são criados a partir de células-tronco, não?
-       Quem promete resultados para um paciente está fazendo algo perigoso e inadequado, já que estes dependem não só do conhecimento do médico, tratamento prescrito e exames laboratoriais mas também (e sobretudo) do organismo do paciente e de este fazer a sua parte! Ou seja, mais uma vez ressalto o óbvio: em toda área do conhecimento humano há bons e maus profissionais (e mesmo os bons que por vezes cometem deslizes, afinal “errar ainda é humano”) e nem por isto toda uma área da Medicina deve ser condenada (ou seus bons praticantes) pelo que fazem os maus.
-       Nos países desenvolvidos as críticas ao chamado “antiaging” (pai do antienvelhecimento brasileiro) são cada vez menos aceitas tendo-se em vista a grande aceitabilidade da terapêutica, respaldada por milhares de trabalhos científicos e grandes nomes da Medicina.
-       É claro que, sempre que possível, o melhor é que exames possam corroborar qualquer prescrição/tratamento mas não é vigente a máxima da Medicina, explicitada em diversos livros e textos técnicos que diz que “A Clínica é Soberana”, ou seja, que o quadro clínico do paciente é o melhor respaldo que um profissional pode ter para respaldar sua conduta? Ou para áreas particulares da Medicina há pesos e medidas diferentes para um mesmo assunto? Ademais, há hormônios cuja dosagem não está disponível comercialmente, a exemplo da melatonina: sua produção cai a partir dos 30-35 anos e sobretudo o relato do paciente é quem norteia o médico quanto à sua possível carência.
-       QUALQUER excesso faz mal e pode causar câncer, seja ele de analgésicos, antiinflamatórios, minerais e também de hormônios: só que estes estão entre os mais temidos pelas inúmeras falhas cometidas na sua prescrição desde passado recente (em grande parte respaldadas por estudos científicos hoje reconhecidamente de qualidade ruim e/ou tendenciosos MAS aceitos à época); só que, em doses fisiológicas, estudos mostram que equilíbrio hormonal tende até a ajudar a proteger contra inúmeros distúrbios. E mais um detalhe: quem ainda diz que testosterona causa câncer parece desconhecer que são estrogênio e diidrotestosterona os principais vilões nesta questão, bem como desconhecer o trabalho do Prof. Abraham Morgentaler (falha de pesquisa para a confecção da matéria, talvez).
-       A melatonina NÃO é “proibida” no Brasil: sua venda é proibida, por questões que caberia às autoridades sanitárias explicar (eu não sei e a maioria dos profissionais que conheço, também não) mas sua prescrição médica é permitida e há inúmeros trabalhos nacionais e internacionais comprovando suas dezenas de benefícios possíveis (é claro, como tudo na vida, quando bem utilizada)
-       Nenhum médico pode vender produtos que prescreva em sua própria clínica: isto é inquestionavelmente antiético.
-       A procainoterapia é proibida pelo CFM no Brasil mas é fato que é permitida e utilizada com inúmeros relatos de excelentes resultados em vários países pelo mundo, muitos de primeiro mundo.
-       Quem tem que ser tratado é o paciente e não seus exames: eles ajudam na análise do caso mas não são mais importantes que o quadro clínico do paciente; ademais, todos querem ter uma saúde ótima mas têm que contentar-se com exames meramente “aceitáveis”? Por exemplo o paciente da reportagem: testosterona de 234 em um intervalo de “normalidade” de 131 a 640 pmol/L – Não é porque o paciente apresenta um resultado tido como “normal” (que na minha opinião parece mais estar abaixo da média, como de fato está mais próximo do mínimo aceitável – e pacientes nesta situação freqüentemente apresentam sintomas que melhoram com tratamento) que não possa ter sintomas e nestes casos caberia o questionamento: não seria este valor já sinal de distúrbios para aquele paciente? Como podem criticar a avaliação do mero exame sem correlação com a totalidade dos exames e do quadro clínico do paciente em questão?
-       Os pacientes com “maus resultados” têm bastante espaço para contar suas mazelas mas os com “bons resultados” têm menos tempo e sequer dizem do que melhoraram e com que intensidade com os tratamentos, algo deveras curioso em uma matéria que supostamente destina-se a prestar um serviço de alerta pela saúde da comunidade.
-       A terapia e dieta do beta-HCG ainda está em estudos mas já é bastante utilizada (com bons resultados, segundo inúmeros relatos) no exterior; até porque, curiosamente, muitas terapêuticas aceitas, efetivas e recomendadas no exterior são bloqueadas no Brasil, muitas vezes sem motivos plausíveis aparentes (vide questão da Ozonioterapia, por exemplo).
-       Quanto à menção ao caso do Dr. Jeffry Life, pergunto-me se o caso dele não “incomoda” o repórter (e quem ele “representa”) mais pelo fato de ser uma prova-viva de que o que tanto está sendo criticado, quando científica e eticamente aplicado em paciente disposto a cooperar, simplesmente funciona! Forme seu próprio conceito, conhecendo sua história: http://www.drlife.com/about/ (afinal, como sempre digo: busque embasamento antes de formar e emitir opinião; afinal, todos podemos ser muito sábios em uma área e sermos totais ignorantes em outras, até correlatas).
-       Efeitos colaterais/adversos são SEMPRE possíveis, mesmo quando todo o cuidado do mundo é empregado, seja para remédios comuns, seja para hormônios: dependem da dose e características das substâncias mas, acima de tudo, de suscetibilidades de cada paciente (muitas vezes imprevisíveis).
-       Sobre os trabalhos analisados, chamou minha atenção que de 4000 trabalhos apenas 49 tenham sido considerados dignos de análise e destes nenhum concluísse nada de positivo no quesito longevidade com saúde (acredito já ter ficado bem claro que para mim, na verdade: “antienvelhecimento” = promoção de envelhecimento saudável com funcionalidade, bem-estar e qualidade de vida, ou seja, com menos disfunções que muitos por aí acreditam ser “naturais da idade”)... Ou só eu acho isso no mínimo estranho?
-       A sociedade precisa denunciar irregularidades? É CLARO e sempre, em todas as áreas. Mas quais os critérios para julgar algo como irregular? Por exemplo como assegurar que um médico prescreveu uma substância para tentar artificialmente prolongar a vida de um paciente e não para corrigir alguma irregularidade orgânica detectada por quadro clínico associado a alterações de exames (quando possíveis)? Quem responder a estas perguntas realmente precisa ter julgamento isento e bem embasado e é claro: estar continuamente se atualizando uma vez que em ciência o que é o “certo incontestável” de hoje pode tornar-se a grande besteira, até mesmo danosa e contra-indicada de amanhã.
-       Enfim, uma última consideração: especialmente em saúde, uma informação de má qualidade pode prejudicar de várias formas, inclusive gerando medo que afaste as pessoas de tratamentos que poderiam efetivamente ajudá-las a recuperar saúde e viver melhor: seria isto correto? NÃO e talvez até digno de matéria séria que se intitulasse: “Programas oferecem informações condenadas pela sociedade”

Por fim, reproduzo aqui a “Carta Aberta à População Brasileira”, divulgada hoje amplamente pelo Dr. Ítalo Rachid, um dos citados na matéria do Fantástico em tela, que muito bem complementa/reitera o que busquei exprimir acima, na MINHA OPINIÃO sobre todo o assunto:

Caros amigos,

Muito bom dia!!!

A missão de introduzir um novo conceito de medicina no nosso país, aonde ações preventivas e preditivas sejam privilegiadas em detrimento do puro e simples tratamento de doenças é missão árdua, cheia de percalços, armadilhas e, ainda mais crítico, contraria interesses poderosos.
E a noite deste domingo, vai ficar marcada como um desses momentos negros, aonde por longos minutos, retrocedemos na história e voltamos a viver o tempo da inquisição, aonde pessoas eram queimadas vivas por defenderem suas ideias e por baterem de frente contra o status quo.
O que deve ser ressaltado é que o modelo de medicina que praticamos e defendemos não assume a configuração de nenhuma especialidade, uma vez que, o nosso trabalho é alicerçado sobre a fisiologia humana, fisiologia do envelhecimento e fisiologia hormonal.
Sendo assim, pode ser praticada por qualquer médico, desde que adequadamente treinado e qualificado para tal.
E é exatamente por isto que não reconhecemos a autoridade de nenhuma especialidade médica, atuando de forma isolada, para emitir valor de juízo sobre o tema.
Importante também é ressaltar o fato de que as modalidades terapêuticas que disponibilizamos aos nossos clientes, vão bem além de hormônios, e incluem:
- Detoxificação;
- Reeducação Alimentar;
- Manuseio do estresse;
- Prática regular de atividade física;
- Diagnóstico e correção da fadiga mitocondrial;
- Diagnóstico e correção da atividade inflamatória sub-clínica;
- Mapeamento genético;
- Aconselhamento genético;
- Suplementação nutracêutica funcional;
- Modulação hormonal bioidêntica nanoestruturada.
Tudo isto nos leva a constatação básica de que nenhum dos assuntos acima elencados faz parte do programa pedagógico de formação de um geriatra, endocrinologista ou ginecologista.


Portanto, por serem assuntos que fogem completamente ao conhecimento, domínio ou universo do médico tradicional, o mesmo não reúne condições de opinar adequadamente sobre algo que desconhece na sua plenitude.
Do mesmo modo, o argumento de que existem relatos pontuais de pessoas exibindo supostos "efeitos colaterais" aos hormônios também é improcedente, uma vez que não se pode identificar com clareza que hormônios utilizados foram estes, ou, ainda, qual a qualidade, dose e indicação terapêutica adotados para prescrição destes supostos hormônios.
O que precisa ficar claro ao público é que a prática de medicina não é um ato isento de riscos.
Todos nós já ouvimos falar de pessoas que foram gravemente mutiladas durante uma cirurgia plástica, outros que perderam a vida durante uma lipoaspiração, ou ainda cirurgiões que esqueceram pinças e tesouras dentro do abdome de pacientes, pessoas que tiveram choque anafilático depois de tomar uma simples aspirina, e nem por isto estamos autorizados a denegrir os cirurgiões plásticos, cirurgiões gerais ou as especialidades indiretamente envolvidas com os fatos.
A exemplo das demais áreas da prática médica, a Medicina da Longevidade, embora não isenta de riscos, é segura, sendo um modelo baseado em ciências, evidências e prática direta de milhares de médicos, cientistas e pesquisadores ao redor de todo o planeta.
O que aconteceu hoje foi um julgamento sumário, precipitado e à revelia dos fatos e contrário a todas as evidências de que esta é uma boa medicina e uma medicina que simplesmente funciona!
Um assunto desta magnitude requer um amplo, longo e demorado debate multidisciplinar, com a presença de representantes de todas as áreas e especialidades da medicina, que dela potencialmente podem se beneficiar.
Os médicos, cientistas e pesquisadores que a praticam e defendem tem, necessariamente, que ser ouvidos.
De modo semelhante, a voz de milhares de cidadãos brasileiros que dela hoje se beneficiam não pode ser silenciada pela ignorância e cegueira de uns poucos, que, com a intenção velada de manter privilégios e interesses escusos, tentam esconder a verdade contida na fisiologia.
Em nome do Grupo Longevidade Saudável e dos médicos e cidadãos que acreditam neste modelo de medicina e que por ele fizeram uma opção livre e consentida, informamos que todos os recursos e instrumentos médicos, técnicos e jurídicos serão adotados no sentido de garantir e salvaguardar os nossos direitos sagrados e constitucionais da liberdade de escolha e de expressão.
Vamos nos manter unidos, com a mente serena e tranqüila, acreditando de modo firme, resoluto e inabalável que a verdade prevalecerá.

Reflexões Complementares:
Desde o primeiro instante, quando abracei esta causa há cerca de 14 anos atrás, em meados de 1997, fui movido e motivado por duas certezas inabaláveis:

- A primeira era que, depois de conhecer este movimento, as suas bases e as pessoas que dele estavam se beneficiando, jamais conseguiria voltar a exercer novamente a medicina tradicional, pois, a partir daquele instante, a mesma para mim não mais fazia sentido, porquanto nela não mais acreditava, embora a respeitasse e ainda respeite, bem como aqueles que a praticam;
- A segunda era que, o caminho para a introdução destes conceitos no nosso país seria longo e desafiador.
Depois de 12 anos de uma luta incessante, aonde temos que, literalmente, abater dois leões famintos e ferozes por dia, o que assistimos hoje no nosso país é um movimento que estabeleceu suas bases, é utilizado por mais de 500.000 pessoas e atingiu um ponto crítico, do qual não existe mais retorno.
O momento atual é mais do que compreensível.
O momento atual era e é totalmente previsível.
Não apenas por conta dos médicos e usuários que já formam um respeitado e numeroso grupo, mas e principalmente, porque se trata de um modelo solidamente embasado em ciências e evidências!
E isto tem incomodado muito mais pessoas e contrariado muito mais interesses do que somos todos juntos capazes de imaginar.
Temos que enxergar nas entrelinhas e compreender que para toda forte posição, haverá sempre uma forte oposição.
Este é um modelo de medicina que produz resultados clínicos concretos e comprovados.
Isto é fato.
E, contra fatos, inexistem argumentos!
Simples assim!
O tempo é o doce remédio que a tudo cura.
O tempo cura a cegueira, a ignorância, as injustiças e sempre conspira a favor dos justos, dos nobres de caráter e, principalmente, o tempo sempre conspira a favor da verdade!
Lembremos que o mal não existe.

O mal é uma mera ilusão, percebida apenas pela mente daquele que não a ocupou com a mentalização concreta e real do bem.
Busquemos todos inspiração, forças e energias em Deus e no Universo justo e perfeito por ELE criado.

Quero que saibam que sinto-me privilegiado e tenho orgulho em poder compartilhar este espaço com pessoas tão especiais como vocês, que não hesito em nominar de uma grande família.
Obrigado pela crença, pela energia e dedicação com que acreditam, defendem e se doam a nossa causa!

Um carinhoso abraço,
Italo Rachid.

Texto abaixo extraído do link (em 06/08/12):

Neste domingo, o Fantástico mostra os doutores do antienvelhecimento. Médicos que oferecem tratamentos hormonais que eles dizem ser revolucionários - mas que, na verdade, são condenados pelo Conselho Federal de Medicina. A reportagem é de Rodrigo Alvarez, Luciana Osório e Eglédio Vianna.

Eles estão convencidos de que podem ficar dez, 20, 30 anos mais jovens, com uma mudança de estilo de vida turbinada por hormônios.

“Eu tenho disposição de cara de 40 anos, até mais!”, garante o corretor de imóveis Maurício Barbosa, de 67 anos

“As minhas amigas chegam para mim e falam ‘nossa, você está mais nova, o que você está fazendo?’”, diz a administradora Carminha Melo Cruz, de 57 anos.

Mauricio passa testosterona na pele e toma seis cápsulas por dia. “Todo dia eu passo”, revela ele.

Carminha toma cortisona, progesterona, melatonina... Dezesseis cápsulas por dia.

Os dois ouviram promessas, exatamente como as que a reportagem do Fantástico vai mostrar.

“Com o medicamento oral, você vai rejuvenescer dois anos, três anos. Com o medicamento injetável, oito anos, dez anos”, garante um médico.

“A idade cronológica continua evoluindo, 51, 52, 53 anos. A idade biológica que a gente consegue trazer”, afirma outro médico.

“Com essas coisas que eu vou fazer aqui, daqui a três meses ele está se sentindo com uns 35 anos. Tome nota. Eu não sou charlatão”, promete outro médico.

Todos eles são médicos. E dizem que é possível botar um freio na velhice.

“Arrumando os níveis hormonais”, diz um.

“É exatamente quando o hormônio falta que a coisa vem”, explica outro.

“Se eu levanto o nível hormonal, a pessoa não tem Alzheimer”, garante.

Será que esses médicos têm razão? Será que os tratamentos de Maurício e Carminha vão mesmo fazê-los mais jovens, e sem efeitos colaterais?

A equipe do Fantástico mostra, com exclusividade, as conclusões do Conselho Federal de Medicina (CFM), que é a autoridade máxima nesse assunto. Mas, pelo menos uma coisa todo médico já tem obrigação de saber: desde 2010, uma resolução do Conselho Federal proíbe qualquer terapia antienvelhecimento.

“Lá nos Estados Unidos se chama anti-aging medicine, e, aqui no Brasil, os caras não querem nem ouvir falar de envelhecimento. Estão tentando um monte de nomes. Medicina integrativa, medicina de modulação hormonal”, conta um dos médicos. ““É medicina antienvelhecimento”.

“É a mesma coisa, mas é questão de termo”, garante outro

No consultório do doutor Wagner Gonzaga, um paciente de 51 anos e 90 quilos. Ele reclama de hipertensão e cansaço crônico. Está acompanhado de uma produtora do Fantástico. Sem qualquer exame de laboratório, o médico logo receita o primeiro hormônio: “Testosterona, que protege o coração dele”.

A testosterona é o principal hormônio masculino e, ao mesmo tempo, um anabolizante, que ajuda a aumentar a massa muscular. A partir dos 40 anos, a produção naturalmente diminui.

Endocrinologistas afirmam que isso não significa necessidade de reposição. Já o médico, que é ginecologista, receita duas ampolas.

“Toma uma e, daqui a um mês e meio, ele toma a segunda. E olhe, desculpe a brincadeira, que é um tanto chula. Se quiser, nem diz a ele, mas ele está tão tenso! Você vai ter um leiloeiro dentro de casa”, diz Wagner Gonzaga.

A brincadeira é chula mesmo.

“Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três. Se prepare!”, acrescenta o médico.

Uma pesquisa com quase quatro mil homens idosos na Austrália, publicada na semana passada, concluiu que pacientes com índices elevados de testosterona livre, a responsável pela atuação do hormônio no organismo, têm risco 9% maior de desenvolver câncer de próstata.

O doutor Wagner alega que os hormônios que ele prescreve são bioidênticos, ou seja, têm estrutura igualzinha à dos hormônios produzidos pelo nosso organismo. E, por isso, seriam inofensivos.

“Testosterona bioidêntica. Igual a dele. Não faz mal! Não faz mal!”, diz.

No consultório em Curitiba, o doutor José Luiz Verde faz um longo exame clinico. E o paciente sai com uma lista enorme de suplementos, vitaminas e cinco hormônios. Entre eles, a melatonina, proibida no Brasil.

Já em outro consultório, em Belo Horizonte, o doutor Élerson Peixoto prescreve até um anestésico, a procaína. “Quando ele chegar aos 60 de idade, ele vai manter a disposição dos 45”, afirma.

A procaína com promessa de antienvelhecimento é condenada pelo Conselho Federal de Medicina. E, duas semanas depois, o médico ainda ensina a fazer as aplicações.

“Você vai quebrar o frasquinho, aspirar os 5ml, injetar 2,5ml de um lado, 2,5ml do outro”.

Pior, a venda ocorre na própria clínica. O Código de Ética diz que médicos são proibidos de vender qualquer medicamento.

“A procaína tem efeitos colaterais, benefícios para rejuvenescimento não existem. Ela pode dar convulsões, pode dar arritmias e outras complicações”, afirma Silvia Pereira, diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Representantes da Sociedade Brasileira de Geriatria analisaram a conduta dos doutores antienvelhecimento.

“Não se pode prescrever nenhum hormônio sem ter o teste de dosagem deste hormônio”, diz Silvia.

E o paciente que ouviu de dois médicos que deveria usar testosterona descobriu, em um exame de sangue, que tinha níveis absolutamente normais do hormônio.

Não seria o caso de indicar testosterona para essa pessoa? “Não, porque tem os malefícios do excesso do hormônio”, explica Silvia Pereira.

José Elias Pinheiro,da câmara técnica de geriatria do CFM, desmente a afirmação de que a testosterona bioidêntica faria menos mal à saúde: “Não faz menos mal, faz tanto mal quanto”.

A empresária Andréia Simoni passou meses em casa, sem cura para a depressão.

“Eu estava desfalecida, não conseguia trabalhar”, lembra Andréia.

Até que ela encontrou um médico que saiu receitando hormônios. “Testosterona, progesterona, a hidrocortisona...”, conta Andréia.

“Os hormônios provocam sensações. Então, pode gerar uma euforia. Mas, por outro lado, você também tem os efeitos colaterais do uso desses hormônios que ela experimentou”, explica a endocrinologista Ruth Clapauch.

Pois é. Depois da euforia, Andréia ganhou 14 quilos e uma série de efeitos colaterais.

“É um inchaço muito grande. Inchaço na mão, inchaço no pé.”, reclama Andréia.

“Quando eu a examinei, vi que ela estava realmente desequilibrada. Ela estava com o que os médicos chamam de Síndrome de Cushing, que é um excesso de corticóide. Estava inchada. Estava com um excesso de gordura na nuca, que a gente chama de giba, com acne, aumento de gordura abdominal, alteração da pressão”, conta Ruth.

Para esses doutores, hormônios servem até para emagrecer.

O médico Wagner Gonzaga cita um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana. Também conhecido como HCG, é uma substancia produzida pelas mulheres, durante a gravidez.

“É barato porque é só mandar as mulheres grávidas fazerem xixi. Colher aquele xixi e processar no laboratório”, diz o médico.

O doutor Wagner diz que também está tomando o HCG: “Estou com 64 quilos, no mês de maio eu estava com 76 quilos”.

Elizabete Viana de Freiras, conselheira consultiva da SBGG, explica que o HCG não ajuda a emagrecer. “Ele pode trazer problemas para a saúde, como o desenvolvimento de certas doenças que são hormônio-dependentes, como certos tumores. Câncer”, alerta ela.

Aos críticos do antienvelhecimento, uma resposta na ponta da língua.

“Uma medicina que está há 25 anos nos Estados Unidos e continua lá, não pode ser ruim”, defende José Luiz Verde.

Cara de vovô, corpo de super-herói americano. Doctor Life é o símbolo máximo do antienvelhecimento. Um fenômeno, que o correspondente Helter Duarte foi ver de perto.

O Doutor Life é uma celebridade nos Estados Unidos e em muitos outros países. Ele mora em Las Vegas, atende em um consultório no mesmo prédio onde também dirige um império totalmente dedicado ao antienvelhecimento.

Jeffry Life começou como paciente e agora é garoto propaganda de um negocio que faturou US$ 60 milhões em 2011.

O médico conta que, depois de pedir exames, costuma receitar hormônios, vitaminas e suplementos. Tudo vendido pela própria empresa ao preço mínimo de R$ 2 mil por mês.

Se existem efeitos colaterais? Doctor Life diz que ouve essa pergunta há muitos anos. E que a resposta é não.

"Mesmo se o paciente tem histórico de câncer na família?", pergunta o repórter. "Sem dúvida. Inclusive, temos pacientes com esse perfil, mas é claro que nos certificamos de que eles não estão com câncer antes de começar o tratamento”, responde Life.

Nos Estados Unidos, essas terapias não foram reconhecidas como medicina pelas duas maiores associações médicas do país. Com isso, os doutores do antienvelhecimento criaram a própria associação. Um médico americano só é punido por prática indevida se for denunciado por um paciente. E é assim também que funciona no Brasil.

“O doutor Italo Rachid, que foi quem introduziu isso aqui no Brasil, tem 53 anos. Sabe qual é a idade biológica dele? 30!”, diz o médico José Luiz Verde.

Trinta? Italo Rachid corre 20 quilômetros em uma hora e 38 minutos. É faixa preta de judô e agora treina MMA. E diz estar ainda mais jovem.

“Meu organismo hoje funciona com todos os parâmetros de um indivíduo absolutamente saudável de 26 anos de idade”, garante Italo Rachid.

O doutor Rachid aprendeu muito do que sabe na empresa dirigida pelo Doctor Life. Toma 75 cápsulas por dia.

“As pessoas estão acostumadas com o mundo desse tamanho. Um mundo de colesterol, de hemograma e de glicemia. Esse mundo já passou. Eu me sinto em uma bolha”, diz Italo Rachid.

E, nessa mesma bolha, 1.850 médicos brasileiros formados no curso do professor Rachid. A base das teorias é um livrão.

“Depois, você pode conferir aqui, hormônio por hormônio, são quase oito mil trabalhos científicos indexados aqui dando sustentação ao que nós estamos fazendo”, explica Italo Rachid.

O doutor Italo Rachid saiu de Fortaleza levando o calhamaço de pesquisas científicas ao Conselho Federal de Medicina, em Brasília, na tentativa de transformar o antienvelhecimento em uma especialidade médica no Brasil. Isso foi em maio de 2011. O Conselho analisou página por página dos documentos e chegou às suas conclusões, que o Fantástico mostra com exclusividade.

Quem assina o parecer é o doutor Gerson Martins. A Câmara de Geriatroa do Conselho analisou os oito mil estudos, descartou os repetidos e os considerados ultrapassados. Restaram 2.857. Sobre envelhecimento: “Somente 49 tratavam sobre envelhecimento”, diz o doutro Gerson Martins.

Gerson Martins explica que não foi encontrada evidência de que o tratamento antienvelhecimento seja benéfico. “A resposta é categórica e incisiva: não. Não há nenhum trabalho que mostre, que ele apresentou, que mostre, ou mesmo que nós tenhamos estudado depois, que sejam usados como antienvelhecimento. Não existe tratamento para o antienvelhecimento”, afirma ele.

O novo parecer do Conselho Federal de Medicina concluiu que a falta de evidências científicas e os riscos e malefícios que trazem à saúde não permitem o uso de terapias hormonais para prevenir o envelhecimento.

“Hoje essa prática está condenada, com esse parecer, é condenável. Não nos cabe outra alternativa a não ser fazer uma resolução para proibir o uso desses hormônios e dessas substâncias. A sociedade precisa denunciar esses médicos que agem dessa maneira”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.

O assessor político Hasiel Pereira carrega debaixo do braço as duas denúncias que apresentou contra um médico no Rio de Janeiro. Ele foi à polícia e ao Conselho Regional de Medicina, onde o processo corre em sigilo.

“A história de que vai ficar mais jovem, de que vai viver mais eternamente, isso é conversa para boi dormir”, diz.

O tratamento começou em 2005, com melatonina, para combater uma insônia.

“Se tivesse parado aí o tratamento, eu não teria do que reclamar. Mas como ele insistiu nas outras reposições hormonais. Eu fui tomando esses hormônios, todos desnecessariamente”, conta Hasiel.

O laudo de um perito mostra que os níveis de hormônio de Hasiel eram normais antes do tratamento. E que houve prescrição de medicamento desnecessário, expondo o paciente a riscos.

Hasiel diz que as dores são culpa do excesso de GH - o hormônio do crescimento.

O hormônio do crescimento é produzido no nosso cérebro com mais intensidade na adolescência. E diminui ao longo dos anos. O que não significa deficiência.

O pesquisador americano Thomas Perls é um dos maiores inimigos das terapias antienvelhecimento. E, principalmente, do que considera uso irresponsável do GH.

"Quem toma GH sem precisar tem risco 50% maior de sofrer efeitos colaterais sérios, como dores nas juntas, pressão alta e inchaço dos órgãos", explica Perls.

O doutor Perls coordena a maior pesquisa do mundo sobre centenários. E diz que para envelhecer bem não existe milagre: "Temos que ter um estilo de vida saudável, controlando o estresse, sem cigarro, com exercícios, boa alimentação e amigos para conversar."

Na sexta-feira, no consultório em Fortaleza, o doutor Wagner Gonzaga disse que jamais receitou hormônios sem exame de sangue. E negou que tenha falado aos pacientes que o tratamento com hormônios e suplementos previne o câncer. “Não digo isso não, nem isso é verdade”.

Depois de saber da denúncia, ele tentou se explicar. “Ele só iria tomar se eu confirmasse, pelos exames dele, que ele deveria tomar”. E defendeu sua prática: “O hormônio é quem dá a saúde. A medicina clássica não entendeu isso ainda”.

Em Belo Horizonte, o doutor Élerson Peixoto admitiu que indica a procaína para o antienvelhecimento, mas negou que ensine os pacientes a usá-la e que o anestésico seja vendido no consultório.

O doutor José Luiz Verde disse que não vê problema em receitar cinco hormônios só com exame clínico. E voltou a falar sobre o Alzheimer: “A gente crê que, se a gente levantar o nível hormonal, a gente pode segurar um pouquinho. Não vou curar Alzheimer, não vou fazer nada”.

Nos últimos três anos, cinco médicos foram cassados pelo Conselho Federal de Medicina por terapias hormonais não reconhecidas aqui no Brasil".


Se você leu TODOS os links e material acima, agora pergunto: qual é a sua opinião sobre tudo? Mudou em relação à anterior?

Um abraço

Ícaro


** O texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.