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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Estudo questiona a frequência de consultas dentárias...



A hipótese de que as consultas preventivas realizadas duas vezes por ano são necessárias para todos os adultos é, geralmente, adotada na maioria dos sistemas de saúde no mundo. Atualmente, um novo estudo sugeriu que o benefício de uma consulta frequente depende, em grande parte, dos fatores de risco individuais para a doença periodontal. Para pacientes de baixo risco, não fumantes, por exemplo, uma visita ao ano pode ser suficiente.

No estudo, os pesquisadores da Universidade de Michigan avaliaram requerimentos às seguradoras de 5.177 adultos sem periodontite durante um período retrospectivo de 16 anos relacionados à perda de dente. Em adição, eles submeteram fatores de risco individuais (hábito de fumar, diabetes) e testaram o DNA dos participantes para diversas variações genéticas do interleukin-1 (IL-1), uma proteína associada à periodontite avançada, para determinar o risco de periodontite progressiva em cada paciente, que amplamente é associada à perda de dente.

Entre outras descobertas, os cientistas descobriram que entre os pacientes de baixo risco, definidos como não fumantes sem histórico de diabetes e sem o gene IL-1, a porcentagem de perda de dente associada às consultas preventivas duas vezes ao ano não foi significativamente diferente da porcentagem dos que vão apenas uma vez ao ano. Entretanto, para os pacientes de alto risco, ou seja, aqueles com no mínimo um dos três fatores de risco, as consultas preventivas duas vezes ao ano foram associadas à baixa taxa de requerimento. Eles estavam num risco significativamente alto de perda de dente e, por isso, solicitaram mais consultas preventivas.

A análise também indicou que duas consultas podem não ser suficientes para reduzir a perda de dente em pacientes com mais de um fator de risco. Nesses pacientes, as taxas foram 50% maior do que a dos pacientes sem ou com um fator de risco.

“O futuro dos cuidados com a saúde é a medicina personalizada”, disse o Dr. William Giannobile, diretor do Departamento de Periodontia e Medicina Bucal na Escola de Odontologia da universidade. “Há um grande potencial em oferecer tratamentos específicos para o paciente baseados não apenas em sintomas clínicos, mas também na inclusão dos fatores de risco genéticos para melhor identificar os riscos de doenças.”

O teste genético, que é a primeira ferramenta de prognóstico confiável e que identifica os pacientes com maior risco de periodontite, foi desenvolvido pela Interleukin Genetics, uma empresa que desenvolve testes genéticos para o uso no mercado ascendente da medicina personalizada. De acordo com a empresa, 1 em cada 3 norte-americanos possuem essa variação genética.

Cerca de 30% dos participantes do estudo (1.584) fizeram uma consulta preventiva anual e 70% fizeram duas. No geral, os custos para os cuidados dentais dos pacientes foram cerca de R$ 40 milhões.

Fonte: Dental Tribune


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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Má higiene e mordida errada podem elevar o risco de perda óssea na boca...


Sorriso bonito durante toda a vida? Sim é possível, mas é preciso se preocupar com os hábitos de higiene bucal e também com a posição da mordida e assim manter os dentes e a boca saudáveis ao longo dos anos. Quem não cuida bem da saúde da boca e dos dentes pode acelerar o processo de perda óssea, um dos maiores inimigos do sorriso. É normal que, com o passar dos anos, o paciente comece a ter menos osso suportando seus dentes, mas é possível retardar e diminuir essa perda.
 
Pessoas que tem osteoporose, que é o desgaste dos ossos, não necessariamente tem problemas nos maxilares; isso porque a doença está mais relacionada à falta de atividade física e como os músculos da face são muito movimentados ao longo dos anos, são menos atingidos. 
 
A falta de cuidados com a boca é responsável pela perda de dentes e também por infecções na gengiva e cáries. Quem cuida bem dos dentes e da gengiva pode chegar aos 80 anos de idade com os dentes e ossos saudáveis.
 
Vejam mais na reportagem do Bem Estar: 
 
 

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fio dental usado de maneira incorreta, vejam as consequências!


Cuidado com o fio dental usado de forma rude, agressiva. O British Dental Journal publicou o relato de um senhora de 68 anos com queixa de dor no canino. O dente não respondia a todos os testes de vitalidade (a polpa do dente estava em processo de necrose) e os pesquisadores relataram que não havia nenhum motivo aparente para essa perda de vitalidade. A paciente apresentava uma pequena restauração nesse dente que provavelmente não seria a causa do processo de necrose do tecido pulpar. O exame radiográfico mostrou uma linha delimitada que parecia ser uma fratura no dente na região abaixo da gengiva. Mas a paciente não relatou trauma e o dente não apresentou mobilidade. 

Os pesquisadores solicitaram que a paciente demonstrasse a sua maneira de utilização do fio dental, desta forma constataram que a mesma utilizava o fio de forma muito agressiva ao redor do dente em questão. Concluiram então que a ação contínua e agressiva do uso do fio dental ocasionou uma lesão a ponto de causar a perda da vitalidade do dente, sendo indicado então, o tratamento de canal. Os pesquisadores disseram que não tem conhecimento de um caso como este citado na literatura por isso publicaram como forma de compartilhar o alerta.

Desta forma a orientação do professional sobre a técnica correta e atraumática de higiene dental é essencial. Os benefícios do uso do fio dental são inquestionáveis desde que seja usada a técnica correta.

Fonte:
http://www.nature.com/bdj/journal/v214/n11/full/sj.bdj.2013.536.html?WT.mc_id=TWT_The_BDJ


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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Conheça a filosofia iTOP de higiene bucal...


A comunidade científica e a indústria de produtos odontológicos tem se empenhado para desenvolver novas pesquisas e produtos a fim de ajudar a preservar o sorriso saudável.

Nos dias atuais o que existe  de mais moderno em matéria de prevenção das doenças bucais é a chamada higiene oral seletiva ou filosofia iTOP de profilaxia. O termo iTOP significa Individually Trained Oral Prophylaxis (higiene oral ensinada individualmente) e foi idealizada pelo professor Jiri Sedelmayer da Universidade de Hamburgo – Alemanha. Sua filosofia está baseada na desorganização da placa dental através de uma higiene oral completa que prioriza a eficiência, aceitabilidade e é atraumática.  É a higienização individualizada dente a dente, espaço por espaço de todos os nichos possíveis de retenção da placa dental.

Veja a seguir, conforme orientado pelo professor Dr. Hugo Lewgoy,  as dez dicas da técnica iTOP para obtenção de uma higiene oral perfeita:


1° Escolha uma escova dental de boa qualidade. Elas devem ser do tipo ultramacias e com uma grande quantidade de cerdas, preferencialmente acima de cinco mil, como a Curaprox 5460 (melhor escova do mundo), um dos modelos mais modernos e eficazes. Recomenda-se sempre trocar de escova a cada dois ou no máximo três meses.

2° Antes de se iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão. Um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois diminui a chance da comida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior.


3° Utilizar pouca pasta ou creme dental. O importante é a escova e não o creme dental. A pasta não deve ser abrasiva e sempre ser utilizada em uma pequena quantidade (semelhante a um grão de ervilha).


4° O fio dental é um poderoso aliado para prevenção das doenças orais, porém, devido à região localizada entre os dentes ser côncava (como um prato de sopa), o fio dental não é 100% eficiente.


5° Para a escovação da região localizada entre os dentes (região proximal) é fundamental a utilização de uma escova interdental do tipo Curaprox Prime. Apenas as escovas interdentais conseguem remover ou desorganizar a placa bacteriana desta área de forma completa.


6° A técnica correta de utilização da escova interdental é no espaço entre dois dentes, com a inserção da ponta da escova de forma inclinada em direção à gengiva, junto ao chamado colo do dente. Deve-se localizar e inserir a ponta da escova na entrada do espaço entre dois dentes. Nos dentes superiores inclina-se a escova um pouco para cima e nos dentes inferiores inclina-se a escova um pouco para baixo. Este acesso deve ser realizado de forma delicada com uma pressão suave e sem forçar a escova.


7° Para complementar a escovação durante o dia, principalmente quando não se tem acesso a uma pia, pode-se utilizar uma escova Unitufo Solo. Esta escova permite a desorganização do biofilme oral das principais áreas de acúmulo que são justamente as margens gengivais. Deve-se passar a língua sobre os dentes e sentir rugosidades na superfície dos dentes. É só pegar a escova unitufo e dar uma escovada no local sem a necessidade de enxaguar a boca ou de utilizar creme dental.


8° A limpeza da língua também deve fazer parte de uma higiene bucal, principalmente para prevenir a halitose, que atinge cerca de 70% da população e pode ter causas multifatoriais, porém, na maioria das vezes (mais de 90%) está relacionada com fatores localizados na boca, principalmente pela presença de um tipo de placa bacteriana formada sobre a língua chamada de saburra lingual. A solução é realizar diariamente a higienização da língua e a remoção da saburra lingual com higienizadores linguais plásticos do tipo CTC da Curaprox que removem a saburra lingual sem machucar a língua e sem provocar ânsia e náuseas, de uma forma muito mais eficiente do que as escovas normais.


9° O uso de antissépticos promove o chamado controle químico do biofilme oral, porém, ele só deve ser utilizado em casos específicos e sempre sob orientação profissional. Estes produtos, também podem ser recomendados, em casos de pacientes com dificuldades operacionais temporárias, dificuldades motoras, pacientes especiais, enfim, sempre que o controle mecânico estiver prejudicado. Porém, quando a desorganização da placa é realizada de forma eficiente, os antissépticos são totalmente dispensáveis.


10° Após a realização da higiene oral a escova não pode ser armazenada sem nenhum tipo de cuidado. A limpeza, higienização ou desinfecção das escovas dentais também é muito importante e contribui para uma higiene bucal perfeita.  A limpeza das escovas deve ser iniciada pela lavagem com água corrente e remoção do excesso de pequena batida da escova sobre a palma da mão. Deve-se aplicar um desinfetante através do gotejamento de uma pequena quantidade de antisséptico oral, preferencialmente à base de clorexidina 0,12%, normalmente utilizado para bochechos. Coloca-se o protetor de cabeça que deve ter a parte interna também embebida pela solução antisséptica. Em seguida, a escova pode ser guardada.


Para  obter o sucesso da higiene oral do tipo iTOP, as escovas interdentais devem fazer parte do arsenal de todos os indivíduos para realização desta tarefa em conjunto com a escovação convencional e uso do fio dental. Para auxiliar nesta higiene seletiva,  a novidade tecnológica é a sonda dos espaços interdentais IAP Prime da Curaprox que indica qual é a escova mais adequada para ser utilizada especificamente em cada dente de forma individualizada. Se a esta escova interdental for muito fina não higieniza de forma adequada, se for muito grossa não se encaixa adequadamente e, em ambos os casos, sempre provoca trauma e retração gengival.

Também as escovas single ou unitufo são importante em regiões específicas, principalmente pela sua angulação que possibilita atingirmos arestas de difícil acesso, como durante a utilização de aparelhos ortodônticos com braquetes e tubos.


Portanto, as escovas interdentais previamente calibradas por sondas medidoras análogas dos espaços interproximais em conjuntos com a escova dental CS 5460 e a escova Single da Curaprox são a chave para o sucesso da higiene oral seletiva do tipo iTOP.  Nada melhor que unir  produtos  de qualidade com uma  técnica eficiente de  higienização bucal.  



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terça-feira, 9 de julho de 2013

A higiene bucal é uma preocupação humana bastante antiga...


No ano de 2003, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicou uma pesquisa onde questionava sobre o invento mais importante já desenvolvido. Em um primeiro momento, muitos suspeitariam que a roda, os modernos aparelhos de comunicação ou qualquer outra parafernália moderna ganharia o lugar sem maiores problemas. Entretanto, para surpresa geral, a maioria apontou a escova de dente como o mais importante invento da História.

De fato, a preocupação com a boca e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados da higiene pessoal em diversas culturas. Estudos arqueológicos recentes encontraram em uma tumba egípcia de cinco mil anos um artefato que poderia ser visto como a mais antiga de todas as escovas de dente. Na verdade, o instrumento consistia em um ramo de planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem como cerdas.

Os assírios, reafirmando o pragmatismo daquela nação de guerreiros, já tentavam resolver o problema usando o dedo para limpar os dentes. Contudo, outras culturas buscaram hastes, madeiras, ervas e misturas que pudessem superar os incômodos que a sujeira e o mau hálito sempre causaram. Por volta do século IV a.C., o médico grego Diocles de Caristo receitava aos seus pacientes explorarem os poderes aromáticos que as folhas de hortelã produziam quando esfregadas nos dentes e nas gengivas.

Nos anos em que foi aprendiz do filósofo Aristóteles, o lendário imperador Alexandre, O Grande, foi detalhadamente orientado sobre como limpar os dentes, todas as manhãs, com uma toalha feita de linho. Entre os romanos constata-se o uso de uma mirabolante mistura com areia, ervas e cinzas de ossos e dentes de animais. O lugar da higiene bucal era tão expressivo entre os patrícios romanos que se davam ao luxo de terem escravos incumbidos de realizar esta única tarefa.

Por volta de 1490, os chineses inventaram um rústico modelo daquilo que já poderíamos chamar de escova dental. O protótipo oriental era constituído por uma haste de bambu ou osso dotada de um feixe de pelos de porco. Além de ser um artefato muito caro, a escova chinesa acabava prejudicando seus usuários na medida em que as cerdas de origem animal mofavam e, por isso, deixam toda a cavidade bucal exposta ao ataque de fungos.

Na Europa Medieval, o cuidado com os dentes já desfrutava de avanços consideráveis, tendo em vista o grau de elaboração das pastas dentárias. Entretanto, a cura do mau hálito era medicada com um asqueroso bochecho de urina. Nessa mesma época, o profeta árabe Maomé (570-633) recomendava aos seguidores do islamismo a utilização de uma haste de madeira aromática que, se esfregada várias vezes ao dia, poderia limpar e clarear os dentes.

Chegando ao século XVIII, um prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna de escova de dente. Primeiramente, ele guardou um pedaço de osso animal de sua refeição diária. Realizou pequenos furos em uma de suas pontas e conseguiu algumas cerdas com um carcereiro. Amarrando as cerdas em feixes minúsculos e fixando-as com cola nos buracos do osso, ele desenvolveu a tecnologia fundamental do invento.

No século XX, vários estudiosos passaram a observar detalhadamente os elementos constituintes da várias escovas disponíveis no mercado. A anatomia do cabo, a disposição dos feixes, o processo de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse aprimorado. Nos fins da década de 1930, a utilização do náilon permitiu que as escovas realizassem a limpeza dos dentes sem que as gengivas sofressem grandes agressões.
Atualmente, cores, formas e tecnologias transformaram o mercado de escovas de dente em uma grande incógnita. Entre tantas opções, muitas pessoas não sabem distinguir qual tipo de escova atende a uma boa higiene bucal. Geralmente, os odontólogos aconselham o uso de uma escova que não seja muito grande, possua cerdas macias e que seja regularmente trocada.

 


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terça-feira, 11 de junho de 2013

A boca no centro das atenções...

A medicina não reparava muito nela e a odontologia cuidava apenas dos problemas localizados. Agora, as duas disciplinas se uniram para estudar a relação entre a saúde da boca e o que acontece no restante do organismo. E vice-versa

Placas bacterianas dentárias podem aumentar em até 80% os riscos de uma morte prematura causada por câncer. O alerta, publicado recentemente no periódico British Medical Journal, é apenas o mais recente de uma série de estudos que vêm movimentando a odontologia e a medicina. Recentemente, o avanço na tecnologia de detecção de doenças e um movimento realizado pela classe odontológica "para trazer a boca de volta ao corpo” — ou seja, estudar sua relação com o resto do organismo — alavancaram o número de estudos que relacionam as duas áreas. Como resultado, foi desvendada uma série de relações entre infecções que ocorrem na boca e problemas cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer, osteoporose, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso. 

A ideia de relacionar a saúde bucal com problemas em outras áreas do corpo surgiu no início do século XX. Nessa época, acreditava-se que infecções com origem na boca poderiam ser a causa direta de outras doenças – nascia aí a tese da infecção focal. "Foi uma catástrofe, várias pessoas tiveram os dentes arrancados desnecessariamente. A odontologia acabou sendo desconsiderada pela medicina", diz Giuseppe Romito, professor titular de periodontia da Universidade de São Paulo. Acreditava-se, sem qualquer base científica, que arrancar os dentes com problemas evitaria que a infecção fosse disseminada.
Segundo o especialista, a meta agora é fazer com que a boca volte a ser entendida como uma parte integrante do corpo. Em outras palavras, os dentistas vêm tentando provar cientificamente que o que acontece dentro da boca tem uma relação direta com o funcionamento de todo o organismo.
Prova científica — Foi apenas na década de 1970, quando o dentista americano Steven Offenbacher realizou pela primeira vez um teste clínico que ligava processos inflamatórios na boca com a ocorrência de parto prematuro, que a relação boca e corpo começou a ser levada a sério novamente. Teria início, então, uma caçada científica por quaisquer relações com as demais inflamações do corpo. Dezenas de estudos conseguiram confirmar os achados de Offenbacher e encontraram ainda conexões dos males bucais com diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares, de próstata, osteoporose e câncer.
Quando começou suas investigações, Offenbacher pôde estabelecer apenas uma relação epidemiológica entre as inflamações na gengiva causadas por bactérias e parto prematuro. Hoje, no entanto, uma série de estudos conseguiu provar com mais precisão a relação entre essas duas condições. Em uma pesquisa publicada em 2007 no Journal of Periodontology, o especialista mostrou que quanto mais cedo se der a exposição às bactérias, maiores serão os riscos do parto prematuro. Nos dados coletados por Offenbacher, descobriu-se que a exposição com 32 semanas de gestação aumentava os riscos de parto prematuro 3,7 vezes. Com 35 semanas, o risco aumentava duas vezes.
Efeito cascata — As infecções bucais podem causar prejuízos aos demais órgãos por dois processos inflamatórios diferentes. No primeiro e mais simples, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em determinados órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. "A bactéria da gengiva viaja pela corrente sanguínea até as veias coronárias (que levam sangue ao coração) e se alojam ali, infeccionando a membrana da válvula", diz Rodrigo Bueno de Moraes, periodontista e consultor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Em abril deste ano, a Academia Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) publicou um artigo no periódico médico Circulation confirmando que existe, de fato, uma associação entre a doença periodontal e a arteriosclerose (endurecimento das artérias). Apesar da relação, não é necessário que pessoas com boa saúde procurem um cardiologista a cada inflamação na gengiva. 
Há uma segunda maneira pela qual as doenças bacterianas que ocorrem na boca repercutem em outras partes do corpo. Enquanto luta para exterminar as bactérias invasoras que tiveram origem na boca, o sistema imunológico libera diversas substâncias no organismo. Isso causa um desequilíbrio químico, elevando os níveis de substâncias que interferem no funcionamento de órgãos, do metabolismo e de sistemas inteiros do corpo. É o caso, por exemplo, do diabetes. O processo inflamatório na gengiva não causa a doença, mas ajuda a desequilibrar o balanço químico do organismo, dificultando, assim, o controle dos níveis de glicose. Mas a relação entre as condições é uma via de mão dupla. O diabetes, por si só, pode piorar quadros de inflamação gengival.
Em pesquisa publicada no periódico The Journal of the American Dental Association (JADA), o pesquisador IB Lamster descobriu que conforme o índice glicêmico de pacientes com diabetes perdia o controle, os efeitos colaterais da doença nas inflamações da gengiva ficavam mais sérias. Esse mesmo desequilíbrio químico pode estar relacionado ainda com problemas como câncer, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso, artrite reumatoide e obesidade. Prestar atenção ao que acontece na boca, está provado, pode ser não só uma boa maneira de evitar doenças, mas também detectá-las.
Fuja das bactérias
Dados epidemiológicos estimam que 90% da população mundial têm gengivite e que 30% têm doença periodontal. Para manter a boca livre das bactérias é preciso escovar os dentes e usar o fio dental, no mínimo, duas vezes por dia. “Não adianta repetir o procedimento dez vezes, se você não escovar ou limpar corretamente”, diz Romito. É recomendado ainda que se faça visitas semestrais ao dentista, com realização de exames de sonda (análise da gengiva) e de raio-X (análise dos ossos do maxilar). O procedimento é protocolar e deve ser pedido em toda consulta de rotina. Alguns materiais, porém, oferecem maior proteção, como, por exemplo, a escova interdental. Ela é mais eficaz que o fio dental para limpeza entre os dentes. Existe também a escova de tufo único, que costuma ser indicada para pacientes que têm doenças periodontais, como um complemento à escova comum.
Sinal de alerta
Mesmo quem mantém uma disciplina exemplar de limpeza dentária corre o risco de deixar algum canto mal limpo, dando brecha para a infestação de bactérias. Segundo dentistas, é difícil conseguir deixar a boca completamente limpa - por isso, a importância da visita regular ao dentista. “É importante lembrar ainda que o fio dental não remove apenas a sujeira entre os dentes. Ele também retira as placas bacterianas”, diz Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Sangramentos durante a escovação ou o uso do fio dental são indícios de uma possível inflamação – e não de uma limpeza feita de maneira errada.
 Fonte: Revista Veja

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terça-feira, 4 de junho de 2013

Cinco mitos sobre saúde bucal...


Cuidar da higiene bucal é muito importante. A boca deve merecer a mesma atenção que você dá à sua saúde  como um todo. Esse cuidado deve ser diariamente.

Fiz uma lista dos cinco maiores mitos que escuto sobre saúde bucal.

Mito 1: creme dental branqueador muda a cor dos seus dentes

Todo mundo quer dentes mais brancos e  muitas vezes parece que o clareamento com o creme dental é a maneira mais rápida de conseguir isso. Mas a verdade é que eles podem remover manchas, mas não branquear os dentes. A única maneira de clarear os dentes é a utilização de um produto para  clareamento que só um dentista pode avaliar o mais indicado para o seu caso.

Mito 2: Enxaguante bucal é necessário

Os produtos com alto teor de álcool podem com o uso diário causar ressecamento da boca e diminuir a sensibilidade das papilas gustativas e os produtos com clorexidina podem amarelar os dentes. A escova e o fio dental são os métodos eficazes para a limpeza dental e os enxaguantes são usados apenas como complementos conforme orientação do dentista. Sozinhos, sem a escovação e o fio, eles não tem utilidade nenhuma.

Mito 3: O chiclete é péssimo para os dentes

É verdade que o chiclete com açúcar pode causar cáries. No entanto, outros tipos de gomas de mascar podem ser benéficas para os dentes. Gomas de clareamento realmente não vão branquear os dentes mas  podem ajudar na remoção das manchas superficiais. Outra ocasião que o chiclete pode ser seu aliado é quando você masca chiclete imediatamente depois das refeições  porque você estimula a produção da saliva que é anticariogênica, ou seja, previne cáries.

Mito 4: Escovação  apenas para os dentes  

A maioria das pessoas negligenciam uma parte muito importante do cuidado bucal, raspar e escovar a língua. A nossa língua tem muitas  bactérias e restos de alimentos. Ela pode causar mau hálito.  Toda vez que você escovar os dentes inclua a escovação da língua; sua boca e seu hálito ficarão muito melhor.

Mito 5: Escovas duras limpam melhor os dentes

As pessoas costumam dizer que as cerdas macias ou extras macias não proporcionam a mesma sensação de limpeza que as duras! Nada disso!  As cerdas duras junto com à força aplicada para realizar a escovação podem além de machucar a   gengiva, causar danos ao esmalte e ainda causar a retração da gengiva o que resulta no aumento da sensibilidade dos dentes. Portanto: cerdas macias ou extras macias e cabeça pequena!

Ficou com alguma dúvida? Entra em contato!!


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Consultas regulares




“Consulte regularmente os profissionais de saúde adequados e necessários ao seu quadro clínico, seguindo suas orientações:
As consultas regulares permitem identificar e tratar distúrbios em sua fase inicial, bem como receber orientações sobre prevenção e tratamentos. Afinal, mesmo quem se cuida, por vezes ainda assim adoece. Fundamental, também, é seguir os tratamentos exatamente como os profissionais prescreveram, para que tenham maior chance de alcançar os efeitos desejados”.

Mas quais consultas e exatamente por que (detalhando)?

Consultas regulares com :
– Médico (minimamente os seguintes):
• Crianças: Pediatra
• Mulheres: Ginecologista
• Homens: Urologista (a partir dos 40)
• Idosos: Geriatra (se possível) e Procto a partir dos 40
– Nutricionista
– Odontólogo
– Demais profissionais necessários (psicólogos, fisioterapeutas, etc)

Ø  Se você apresenta sintomas, é claro que deve ser consultado; mas se não apresenta qualquer distúrbio, não parece lógico que ainda assim deva consultar-se periodicamente para manter-se assim, saudável? Afinal, não é a prevenção muito melhor que ter que ser “remediado”? Em outras palavras, uma paciente me relatou que o Pediatra do seu filho disse-lhe que só deveria trazê-lo novamente para avaliação “quando apresentasse algum sintoma”: só que isto está errado já que se a criança está realmente BEM, deve ser avaliada e tratada (se necessário) periodicamente para continuar bem! E não sou eu quem afirma isto “do nada”: a própria Organização Mundial de Saúde (em documento oficial algo recente) orienta que todas as nações do mundo devam preocupar-se e investir cada vez mais em PREVENÇÃO à medida que os sistemas de saúde de todo o mundo ficam cada vez mais insuficientes ante a grande massa de pessoas vivendo cada vez mais tempo mas doentes, o que em breve deve impossibilitar atenção curativa suficiente para todos, em âmbito mundial.
Ø  Nossa alimentação pode adoecer-nos ou fortalecer-nos e mesmo curar distúrbios, o que faz do acompanhamento nutricional periódico peça-chave na atenção à saúde realmente adequada e completa.
Ø  A saúde bucal tem sido cada vez mais relacionada à saúde do organismo como um todo e estudos recentes deixam claro que se não “vai bem” pode afetar de maneira importante até órgãos nobres como coração e cérebro; por isso, as orientações e tratamento odontológico periódicos são indispensáveis.
Ø  Cada caso é único e, como tal, pode necessitar das avaliações e condutas de vários outros profissionais de saúde, já que o atendimento multidisciplinar é a melhor forma de prover atenção realmente holística e integrativa à saúde, contemplando “o todo” de cada organismo. Afinal, se cada parte do corpo e mente afeta uma à outra e o conhecimento em saúde é cada vez mais vasto (a ponto de termos cada vez mais especialistas em partes específicas), nada mais lógico que cada profissional atenda à parte que mais estudou e entende, quando necessário. Como dizem, “cada macaco no seu galho”: quem entende mais de terapia é o psicólogo, de reabilitação geral o fisioterapeuta, etc.

O que esperar de cada profissional de saúde?
Consultas regulares, com os profissionais corretos, devem possibilitar:
– Orientações para PREVENÇÃO (incluindo promoção de hábitos saudáveis de vida, fundamentais)
– Exames complementares (bem indicados)
– Detecção precoce de doenças
– Tratamento
– Acompanhamento
– Orientações gerais, sobretudo de terapêutica adequada
– Sanar dúvidas
– Segurança

Acredito que se cada um de nós tiver em mente estes aspectos sempre que procurar por atendimento, devamos começar a obter cada vez melhores resultados, em benefício próprio e daqueles que amamos; portanto, COBRE um BOM ATENDIMENTO, o mais completo possível para suas necessidades, sempre!

Um abraço

Dr. Ícaro
www.icaro.med.br


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