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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Proteína da carne em pó: realmente eficaz ou apenas um modismo?

http://rodolfoperes.com.br/uploads/blog/4507496.jpgMuita gente ainda acha que carne vermelha é sinônimo de problemas para o funcionamento do nosso organismo. No entanto, a coloração da carne não se relaciona necessariamente com seu teor de gorduras. O termo "carne vermelha" é baseado na concentração de mioglobina da carne. Essa é uma proteína que transporta oxigênio para os músculos, sendo responsável pela coloração vermelha da carne. Como exemplo, um gado adulto possui cerca de 2% de mioglobina, enquanto um frango adulto possui apenas 0,2%. A carne do avestruz é vermelha. No entanto, possui menos gordura do que a carne do frango! 
Por ser uma das melhores fontes proteicas disponíveis, ao lado do frango, peixes e ovos, a carne vermelha é sempre associada ao ganho de massa muscular. Consumir proteínas de qualidade é essencial para a formação de músculos. Todas as refeições devem ter como ponto principal a ingestão de proteínas. São elas que vão reparar o tecido muscular danificado no treino e construir novos tecidos. 


Há aproximadamente quatro anos, chegou ao mercado de suplementação uma nova opção de proteína em pó, proveniente da carne bovina. Tive o primeiro contato com a chamada "carne em pó" em uma feira de suplementação nos EUA, em 2010. A princípio, pensei que estava diante de uma proteína com absorção lenta, que poderia ser uma boa opção para compor as refeições intermediárias ou para tomar antes de dormir. Mas estava errado...

A proteína da carne em pó tem rápida absorção, e é isenta de gorduras. Uma preocupação válida, já que a gordura da carne, em sua maioria, é saturada, que pode ser prejudicial à saúde, se consumida em excesso. Portanto, a proteína da carne em pó é mais uma opção nos momentos em que se deseja uma proteína rapidamente biodisponível, como, por exemplo, imediatamente antes e/ou após uma sessão de treinamento intenso. 
     
O produto também pode acompanhar receitas doces e salgadas, como sopas ou vitaminas, e ser uma excelente alternativa para quem tem dificuldade para mastigar e/ou engolir carne em pedaços, como pacientes com Alzheimer, Parkinson, pessoas submetidas à cirurgia de redução de estômago ou procedimentos dentários complexos. 
     
Então devo substituir a whey protein por proteína da carne em pó?
     
Lembrem-se de que toda generalização é burra. A proteína da carne é mais uma alternativa que pode ser utilizada na elaboração de um programa nutricional, mas não esperem uma verdade absoluta, do tipo: whey protein é melhor que albumina, que é pior que a proteína da carne em pó, que por sua vez é melhor que a proteína isolada de soja. Tudo dependerá da proposta nutricional, dos objetivos do paciente e, principalmente, das características individuais. Quem tem alergia a whey protein e/ou intolerância à proteína do ovo ou da soja, pode se beneficiar com a ingestão da carne em pó. 
     
A grande vantagem da whey protein é ter níveis mais elevados de leucina do que a proteína da carne. Sabe-se da importância desse aminoácido quando se fala em síntese proteica. Em contrapartida, a whey protein tem menores níveis de arginina, alanina e glicina, aminoácidos diretamente relacionados com a síntese de creatina. Sem contar que a proteína da carne é naturalmente rica em creatina, substância amplamente estudada e confirmada quanto aos seus efeitos no auxílio da melhora da performance e, consequentemente, no ganho de massa muscular.  


Portanto, caso se utilize a proteína da carne antes e/ou depois o treino, para um indivíduo engajado em um programa intenso de treinamento, sugiro que se introduza aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAS) antes, durante e/ou após o exercício para complementar os níveis de leucina. Lembrando que a leucina atua melhor quando acompanhada dos demais aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina e valina). Por isso, principalmente se for utilizada intra-treino, não é recomendada a suplementação isolada com leucina. Esta teria maior validade em complementar um shake proteico ou refeição que já contenha os demais aminoácidos de cadeia ramificada. Da mesma forma, quando se escolhe tomar a whey protein, a adição de creatina na suplementação pode ser útil. 
             
Atualmente, o mercado de suplementação oferece muitas opções para a elaboração um adequado programa nutricional. Podemos citar como pós proteicos, além da whey protein e da proteína da carne, as igualmente interessantes: albumina, proteína isolada de soja, proteína isolada do arroz, proteína isolada da ervilha, proteína isolada do arroz, dentre outras. Da mesma forma que o treinador tem uma ampla variedade de exercícios, e precisa escolher alguns deles para compor o treinamento de seu aluno, o nutricionista deve saber escolher a suplementação adequada para cada paciente, de acordo com seus objetivos, necessidades e peculiaridades. Procure sempre orientação profissional! 


Profa. Esp. Paula Fortes
CREF 014132/G - RJ

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ingestão de proteínas e saúde renal


Quando comecei a treinar, há cerca de 20 anos, sempre ouvia praticantes mais experientes dizendo que para aumentar a massa muscular era preciso comer muita proteína. Resolvi seguir a dica e, realmente, tive bons resultados. Quando introduzi os suplementos em minha alimentação (mesmo sem um adequado acompanhamento profissional) tive resultados ainda melhores, o que me levou a acreditar que uma dieta rica em proteínas era mesmo o grande segredo para a hipertrofia muscular.
   
Empolgado, passei a comer grandes quantidades de proteínas, afinal, na minha cabeça de adolescente, quanto mais, melhor. Só que a partir de um determinado ponto, as únicas coisas que aumentaram foram a minha gordura corporal e a formação de gases.
   
Essa experiência me levou a pesquisar e estudar o assunto, o que não foi fácil, pois, na época, a internet apenas "engatinhava" no Brasil. Pela leitura de artigos, revistas e livros especializados, descobri que o processo não era tão simples quanto eu imaginava, e, pior, vários livros alertavam que a ingestão excessiva de proteínas poderia causar danos à saúde, principalmente à saúde renal. Fiquei preocupado, claro, mas continuava sem entender como é que os atletas de bodybuilding conseguiam manter uma alta ingestão de proteínas, bem acima da recomendada, e, aparentemente, estavam todos com a saúde em ordem. Afinal, qual seria o segredo?
   
Decidi ir a uma 
nutricionista para esclarecer minhas dúvidas e ela garantiu que se eu continuasse ingerindo tanta proteína, meu fígado e meus rins não suportariam tal sobrecarga. Saí da consulta assustadíssimo, pois, não somente os rins, mas também o meu fígado seria comprometido! É importante lembrar que naquele tempo era muito difícil encontrar profissionais especializados em nutrição esportiva.
   
Fiz questão de contar essa história porque, passados todos esses anos, houve uma evolução estrondosa no mercado da suplementação alimentar, com incontáveis produtos nas prateleiras, mas as dúvidas aparentemente continuam as mesmas. Se naquela época a preocupação era se albumina em excesso fazia mal, hoje a dúvida é se a ingestão das inúmeras opções de suplementos proteicos pode sobrecarregar o fígado e os rins.
   
Analisando os estudos - sérios - sobre ingestão proteica e saúde renal, podemos constatar que não é possível estabelecer uma relação direta entre uma ingestão elevada de proteínas e o prejuízo na saúde renal de indivíduos saudáveis. O fato de a restrição proteica ser uma das principais medidas no tratamento dietoterápico em doentes renais, não significa que a mesma regra valha para todos.  Já foram feitos inúmeros estudos e ainda não há evidências suficientes que comprovem que a alta ingestão de proteína possa causar danos renais em indivíduos saudáveis, que possuem um funcionamento normal dos rins.
  
 Algumas explicações para a possível relação entre alta ingestão de proteína e dano renal são de que, como os rins eliminam os produtos do metabolismo (como ureia e amônia), o consumo elevado de proteína pode aumentar a taxa de filtração glomerular, causando aumento da pressão dentro dos glomérulos e prejudicando a função renal progressivamente. Também pode haver sobrecarga do fígado, por ser o órgão responsável pela metabolização de aminoácidos. Hoje sabemos que essas alterações são adaptações fisiológicas normais do organismo humano, dentro de um limite da capacidade renal, mas vale ressaltar que os estudos já realizados consideraram uma ingestão proteica até cerca de 3 gramas/kg, ou seja, ainda não existem estudos sobre impacto na saúde renal de ingestões proteicas mais elevadas, a curto, médio e longo prazo.
   
Relaciona-se também a ingestão proteica com perda de massa óssea. No entanto, isso pode ser verdade para indivíduos susceptíveis, por exemplo, mulheres sedentárias no período pós-menopausa, mas não para indivíduos fisicamente ativos e/ou engajados em treinamento com pesos.
   
Só que antes de acrescentar mais medidas de whey protein em seu shake, é fundamental saber se existe demanda para esse aumento no consumo, pois uma ingestão desnecessária de proteínas pode causar acúmulo de gordura corporal, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose e doenças cardíacas. Além disso, uma alimentação com altas concentrações de proteínas pode limitar a ingestão de outros nutrientes essenciais, necessários para o organismo suprir a quantidade energética diária.
   
Se é assim que funciona por que bodybuilders de alto nível, em algumas fases da periodização do treinamento, reduzem os carboidratos e ingerem ainda mais proteína?
   
Nas semanas que antecedem uma competição, bodybuilders experientes utilizam diversas estratégias nutricionais, algumas pouco convencionais e não recomendadas. Só que esses atletas não comem muita proteína pensando só no crescimento muscular, mas também para acelerar a perda de gordura. Com a ingestão controlada de carboidratos, associada a uma ingestão proteica elevada, ocorre um processo em nosso organismo chamado gliconeogênese (conversão de proteína em glicose). Esse processo apresenta um alto custo metabólico, ou seja, se gasta mais calorias para metabolizar a proteína como fonte energética.
   
Em qualquer esporte de alto nível é comum observarmos medidas pouco saudáveis (perda abrupta de peso, excesso de treinamento, recuperação inadequada de lesões, etc), mas muitas vezes necessárias para a busca de um bom resultado em competições. No entanto, estamos falando de atletas de alto nível, pessoas experientes e com grande supervisão profissional, e não de pessoas comuns que buscam a nutrição e o exercício físico para terem um corpo harmonioso e saudável por toda a vida.
   
Considero que uma alimentação rica em carboidratos e gorduras, somada ao sedentarismo, é muito mais prejudicial à saúde renal do que uma ingestão proteica um pouco acima da recomendada. A obesidade, a hipertensão arterial e o diabetes, são conhecidos fatores de risco para doença renal crônica. A ingestão proteica ideal irá depender de diversas características individuais e da fase de treinamento em que o indivíduo se encontra. Portanto, consulte sempre um 
nutricionista esportivo e respeite a sua individualidade biológica.




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Faz diferença o tipo de proteína consumida?


Tudo sobre proteína:
Existe uma fonte de proteína melhor para consumir? Será que faz diferença consumir uma ou outra fonte de proteína?
Para entender melhor sobre isso, devemos conceituar alguns pontos. Proteínas de alto valor biológico são consideradas aquelas que possuem todos os aminoácidos essenciais, ou seja, uma proteína completa, em quantidade para suprir a demanda do indivíduo.
As fontes de proteínas de alto valor biológico são basicamente de origem animal:
  • carnes,
  • ovos,
  • leite
Proteínas incompletas são de origem vegetal:
  • grão de bico,
  • soja,
  • feijões)
São consideradas incompletas porque, possuem um valor biológico menor que as de origem animal.

Mas será que esse valor biológico da proteína influencia com o ganho de massa muscular?
As proteínas de alto valor biológico apresentam diferenças entre elas em relação aos resultados quanto à síntese proteica (ganho de massa magra), fato que até pouco tempo não se acreditava que tinha diferença.
Estudos demonstram que o leite de vaca é muito mais vantajoso que o leite de soja quando o assunto é ganho de massa magra. O mais curioso é que até mesmo quando se compara o soro da proteína do leite (whey) com a caseína (outra proteína contida no leite) ocorre diferença consistente quanto ao ganho.
Mas porque ocorre esta diferença?
Tudo leva a crer que essa diferença ocorra pela capacidade que cada proteína tem de aumentar a LEUCINA, considerado um dos aminoácidos mais importantes para ganho de massa magra (músculos).
Um estudo realizado com 147 indivíduos jovens de ambos os sexo, mostrou exatamente o que foi descrito acima. Os indivíduos que fizeram ingestão de whey protein tiveram uma concentração de leucina 2 vezes maior dos indivíduos que ingeriram leite de soja.
Os participantes do estudo ingeriram 1,4g/Kg de peso/dia de proteína (whey e soja), durante período de 270 dias, praticando treinamento de musculação (força) nesse mesmo período.
O ganho de massa magra foi de 3,5 Kg para as pessoas que ingeriram Whey contra 2,0 Kg dos que soja.
Alguns devem estar se questionando:
Os veganos (pessoas que não comem carne e nem alimentos provenientes do animal, como leite e ovos) estariam em desvantagem quanto ao ganho de massa magra?
De acordo com esses estudos recentes a resposta é sim.
Não estou aqui para defender dieta rica em carne ou sem carne e alimentos de origem animal, mas apenas para mostrar que em relação a ganho de massa magra os ganhos são maiores naqueles que realizam ingestão de proteínas de alto valor biológico.

Texto:
Dr. Walter Rosamilia e Nutricionista Marcelo Langsdorff.

BIBLIOGRAFIA:
1)    Burke LM1, Winter JA, Cameron-Smith D, Enslen M, Farnfield M, Decombaz J. Effect of intake of different dietary protein sources on plasma amino Acid profiles at rest and after exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2012; 22(6):452-62
2)    Volek JS1 et; al. Whey protein supplementation during resistance training augments lean body mass. J Am Coll Nutr. 2013; 32(2):122-35.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Proteína animal e cafeína podem ser "ladrões" de cálcio...


O cálcio é um mineral encontrado principalmente no leite e em seus derivados.

Ele é essencial para a boa saúde dos ossos e dos dentes e a falta dele no cardápio pode causar uma série doenças.

Mas o cálcio não interfere apenas na massa óssea. Ele atua também em outras funções do corpo humano, como contrações musculares e estruturas celulares.

"Até os 30 anos de idade, a gente constrói toda a massa óssea que leva para o resto da vida. É nesse período que o corpo absorve e acumula todo o cálcio que é ingerido. Não ingerir a quantidade recomendada predispõe ao surgimento de doenças ligadas à saúde óssea, como osteoporose, osteopenia e fraturas recorrentes nos idosos, entre outras comorbidades", explica o nutricionista Felipe Rizzeto.

A menopausa também é um período de maior perda óssea por conta da diminuição na produção do hormônio estrógeno; deste modo a oferta adequada de cálcio nesse período é fundamental para a manutenção do conteúdo mineral ósseo.

Ingestão recomendada de cálcio

A recomendação, segundo os estudos mais recentes, é de que até os 18 anos o consumo de cálcio varie de 700mg a 1.300mg por dia.

A partir dos 19 anos, o indicado é que se consuma de 1.000mg a 1.200mg diariamente.

"Para as gestantes, recomenda-se uma ingestão maior desse mineral por conta da formação do feto e também da fase de amamentação," alerta o nutricionista.

Absorção do cálcio

É importante lembrar que alguns alimentos dificultam a absorção do cálcio e aumentam a sua excreção pela urina, tais como proteína animal, cafeína e comidas ricas em carboidratos simples, como açúcares e farinha de trigo.

Outro risco é uma dieta rica em sal, que também descarta o cálcio do corpo.

Em contrapartida, alguns alimentos podem facilitar a absorção desse mineral no organismo.

"A principal delas é a vitamina D, que apesar do nome foi promovida à condição de hormônio há alguns anos. Ela participa ativamente do metabolismo do cálcio," explica o nutricionista.

Assim, para manter o corpo abastecido com vitamina D é importante tomar sol, já que estudos comprovam que suplementos de cálcio e vitamina D podem piorar a situação, em vez de melhorar.

Há ainda o magnésio que é um nutriente importante neste caso, e pode ser encontrado em frutas e verduras.

Fonte: Diário da Saúde

https://www.facebook.com/CristianeSpricigoConsultoriaNutricional



** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

OS AMINO-ÁCIDOS ISOLADOS E SEUS BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS...



No último congresso do Colégio Americano de Medicina Esportiva, dentre inúmeras novidades, um dos assuntos que mais chamou a atenção foi o grande número de trabalhos científicos apresentados sobre os efeitos dos amino-ácidos isolados.

Os benefícios de determinados aminoácidos já são utilizados como estratégias da nutrição esportiva. É importante ressaltar mais uma vez que amino-ácidos são nutrientes e não podem ser confundidos com medicamentos ou drogas proibidas pela legislação esportiva.

No congresso foram apresentados trabalhos enfatizando principalmente os benefícios de três amino-ácidos: Arginina, Leucina e beta-Alanina.

A arginina é um precursor da síntese do óxido nítrico, que tem um importante papel na regulação do fluxo sanguíneo muscular durante o exercício. A suplementação de arginina apresenta evidências científicas de melhorar a resistência, tanto por proporcionar melhor oxigenação dos músculos, como por proporcionar uma remoção mais eficiente dos metabólitos produzidos durante o exercício.

A Leucina, que é um dos chamados amino-ácidos de cadeia ramificada ou BCAA, acumula cada vez mais evidências de ser um importante nutriente para reparação do dano muscular provocado pelo exercício intenso. Sua suplementação tem uma indicação importante principalmente no pós-exercício, quando a reparação dos micro-traumas é uma das prioridades para o tecido muscular.

A beta-Alanina, talvez seja considerada o amino-ácido com evidências mais recentes. Sua suplementação parece proporcionar um dos efeitos mais esperados pelos praticantes de exercícios. A administração de beta-Alanina aumenta a síntese de carnosina que é um eficiente neutralizador do ácido-láctico. Nos trabalhos apresentados ficou muito evidente o benefício que a suplementação deste nutriente proporcionava, possibilitando significativa melhora de desempenho por capacitar o organismo a utilizar mais energia anaeróbica. Como se sabe, o ácido láctico limita a intensidade do exercício, e sua maior neutralização proporciona um benefício importante na melhora da performance.

O uso destes recursos nutricionais ergogênicos tende a ser cada vez mais difundido em benefício de quem busca melhora de desempenho físico e também promoção de saúde pela vida ativa, entretanto deve ser sempre orientado por um profissional capaz de adequar sua devida indicação.

Fonte: http://drturibio.com/

 
*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

EXERCÍCIO, PROTEÍNAS E ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL...



Um trabalho científico publicado no último volume da revista Exercise and Sport Sciences Reviews apontou mais um motivo para que idosos e indivíduos de meia idade associem a prática de atividades físicas com a suplementação proteica.
De acordo com o estudo, dentre vários fatores, acredita-se que a perda de massa muscular que acompanha o envelhecimento seja decorrente, em grande parte, da dificuldade dos idosos de digerir e absorver as proteínas e amino-ácidos, para que esses nutrientes sejam captados de maneira apropriada e suficiente pelos músculos.
As várias pesquisas citadas mostram que a prática de exercícios associada à suplementação adequada de proteínas e aminoácidos, é capaz de promover o aumento dessa captação de aminoácidos pelos músculos, contribuindo para o aumento da síntese de proteínas com consequente aumento da massa muscular mesmo durante o processo de envelhecimento. Além disso, as pesquisas mostram que esse estímulo conferido pelo exercício pode perdurar por vários dias.
De acordo com os achados na literatura científica, pode-se dizer que a prática regular de exercícios, “rejuvenece” o músculo.
A boa notícia? Mesmo caminhadas de baixa intensidade já são capazes de anular os efeitos negativos relacionados com o processo de envelhecimento, sendo, portanto, suficientes para atenuar a perda de massa muscular em idosos.

 É importante perceber que o estudo ressalta, que é a falta da prática regular de atividades físicas o principal fator responsável pela perda de massa muscular com a idade e que, portanto, além de uma ingestão adequada de proteínas e aminoácidos, a adoção de um estilo de vida mais ativo é indispensável para um envelhecimento mais saudável e independente.

Fonte: http://drturibio.com/2013/08/15/exercicio-proteinas-e-envelhecimento-saudavel/

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Estudo aumenta compreensão sobre funcionamento de proteínas...


Para que a proteína possa desempenhar sua função dentro do organismo – seja ela estrutural, enzimática, hormonal, energética, de defesa ou de transporte de nutrientes –, a cadeia de aminoácidos que a compõe precisa se moldar de modo a atingir uma forma tridimensional específica.
Há décadas cientistas tentam descobrir como esse processo tão complexo, conhecido como enovelamento de proteína, ocorre em questão de segundos ou até de milésimos de segundo. Uma pesquisa apoiada pela FAPESP e publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) acrescentou algumas peças ao quebra-cabeça.
“Estudos feitos nos anos 1960 mostraram que, se as proteínas fossem explorar aleatoriamente todas as configurações possíveis até atingir a estrutura nativa, o processo de enovelamento levaria um tempo equivalente à idade do Universo”, disse Vitor Barbanti Pereira Leite, orientador do estudo de doutorado de Ronaldo J. Oliveira, que deu origem ao artigo.
Já se sabia que toda a informação necessária para que o enovelamento ocorresse estava contida na própria sequência de aminoácidos, uma vez que o processo foi passível de ser reproduzido em tubo de ensaio, sem a influência de fatores biológicos. Surgiu então a hipótese de que haveria uma rota que facilitasse a chegada a esse estado funcional
“Passaram-se mais de 20 anos tentando desvendar essas possíveis rotas e identificar os estágios intermediários, até que se percebeu que esse não era o mecanismo”, disse Leite.
Na década de 1990, o brasileiro José Nelson Onuchic – professor da Universidade Rice, em Houston, Estados Unidos, e um dos coautores do artigo recém-publicado na PNAS – introduziu a ideia de que não haveria um caminho único, mas sim um mecanismo em que todos os estágios intermediários levariam à estrutura nativa.
Considerando que em cada uma das configurações alternativas a proteína teria uma determinada energia, Onuchic propôs que, se a energia de todos os estágios intermediários fosse mapeada, esse relevo – conhecido como superfície de energia (energy landscape) – teria um formato afunilado. No fundo do funil estaria a estrutura nativa, que representa o estado mais estável de energia.
“Imagine um cego tentando acertar aleatoriamente a bola no buraco de um campo de golfe. Se o campo fosse plano, ele levaria a vida inteira para acertar. Mas, se o campo tivesse um relevo afunilado, a bola seria direcionada para o centro independentemente do lugar em que fosse lançada”, comparou Leite.
Com a ajuda de modelos computacionais simplificados, Leite e sua equipe conseguiram, pela primeira vez, medir as dimensões do funil de energia – reforçando a teoria proposta por Onuchic. Além disso, com base nas medidas do funil, desenvolveram um parâmetro – batizado de descritor de superfície (Λ) – capaz de indicar a eficiência do processo de enovelamento de cada proteína.
“Para calcular Λ, usamos três diferentes medidas: a rugosidade do relevo de energia, a largura e a profundidade do funil”, contou Leite.
A rugosidade é calculada pela variação de energia que ocorre quando a proteína pula de uma configuração para outra. “Quanto mais rugoso for o relevo, maior será a dificuldade para chegar ao fundo do funil”, disse.
Já a largura varia de acordo com o número de configurações possíveis de serem acessadas pela proteína. “Quanto maior for a entropia do estado desenovelado, ou seja, o número de combinações possíveis quando a proteína está aberta, maior será a área da boca do funil”, explicou Leite.
Por último, a profundidade representa a distância em energia entre a estrutura nativa e o estado totalmente desenovelado. “Medimos o quanto a energia diminui quando a proteína passa do estado desnaturado para o funcional”, contou.
As proteínas foram selecionadas durante o processo evolutivo para funcionar em temperaturas fisiológicas – no caso dos humanos, em torno de 36º C.
“A temperatura tem influência direta sobre todo o sistema. Se aquecermos certas proteínas um pouco acima da temperatura fisiológica, elas começam a se abrir. O relevo de energia continua o mesmo, mas a forma enovelada deixa de ser a mais estável”, explicou Leite.
Os pesquisadores estudaram um grupo de 21 proteínas de diferentes formas e tamanhos e mostraram que o parâmetro Λ tem grande correlação com a estabilidade e com o tempo que a proteína demora para se enovelar.
“A estabilidade e o tempo de enovelamento foram calculados por simulação, mas estão correlacionados com dados experimentais da literatura científica”, disse Leite.
Fonte: Agência FAPESP