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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Melatonina ajuda a combater o câncer de mama...


A melatonina - hormônio cuja principal função é regular o sono - também pode ajudar a combater o câncer de mama.
A conclusão é de pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
A equipe da professora Débora Zuccari verificou que a substância é capaz de reduzir pela metade, em média, o crescimento do tumor em camundongos.
A melatonina é secretada naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro, e participa da regulação do ciclo de sono e vigília em todos os mamíferos.
Em alguns países, a substância também pode ser encontrada em farmácias na forma de suplemento alimentar, mas no Brasil a venda não é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo Débora, estudos anteriores indicaram que, em doses terapêuticas - acima dos níveis naturalmente encontrados no organismo -, a melatonina tem ação antioxidante, ajudando a livrar as células de radicais livres que podem causar dano ao DNA. Além disso, ela inibe a atividade da telomerase, enzima cuja expressão aumenta nas células malignas para favorecer sua proliferação.
"Diversos trabalhos mostraram que o tumor, muitas vezes, é capaz de manipular as defesas do organismo, fazendo até mesmo as citocinas pró-inflamatórias trabalharem a seu favor. A melatonina parece modular essa resposta imune, impedindo que as células malignas se multipliquem tão livremente", explicou a pesquisadora.
Viabilidade celular
O objetivo do experimento era ver o impacto da melatonina sobre a viabilidade celular, ou seja, sobre a capacidade de multiplicação das células em cultura.
"Quando o tumor entra em processo de crescimento exponencial, parte do tecido começa a sofrer de hipóxia (falta de oxigênio) e isso estimula a expressão dos genes responsáveis pela formação de novos vasos sanguíneos, principalmente o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), para aumentar o aporte de nutrientes no local", explicou Débora.
Parte das culturas foi então tratada com doses de melatonina que variaram entre 0,5 e 10 milimols (mmol).
Nas linhagens de células metastáticas, a dose de 1 mmol foi a que mostrou maior benefício, reduzindo em 50% a viabilidade celular quando comparada ao controle.
"Já nas linhagens de carcinoma ductal invasivo, todas as doses foram capazes de reduzir a viabilidade celular em mais de 50%. Acreditamos que o benefício se deva ao fato de que esse tipo de tumor é sensível ao estrogênio e a melatonina se liga nos receptores de estrogênio. Já no caso das células metastáticas, o mecanismo de interação ainda não está bem estabelecido, precisamos investigar melhor", disse Débora.
Fonte: Diário da Saúde

quarta-feira, 22 de junho de 2011

MELATONINA? VOCÊ SABE O QUE É?


A melatonina(N-acetil-5-metoxitriptamina) é um hormônio produzido na glândula Pineal a partir do aminoácido essencial Tryptofano, que obtemos apartir do consumo das proteínas da nossa alimentação. Logo após sua produção, a glândula libera para a circulação e ela (melatonina) irá circular por todo o nosso organismo.
Sua produção e liberação ocorre no período em que estamos dormindo, ou seja, logo que adormecemos, que fechamos os olhos, se inicia uma cascata metabólica para sua produção; passando inclusive pela produção da serotonina( conhecido nerotransmissor responsável pelo nosso humor). Logo que acordamos e feixes de luz incidem sobre a retina dos nossos olhos sua produção cai à níveis basais; mostrando a importância do ritmo circadiano dia-noite na sua formação( como mostra na figura abaixo):
A Melatonina é uma molécula pequena e com afinidade em todas às células do corpo; tendo atuação não só no cérebro, mas também em várias outras regiões.
A sua produção tem diversas funções, como: regular o ciclo sono-vigília; é poderoso antioxidante( contrapõe-se ao cortisol, hormônio do stress); estimula a produção do GH( hormônio do crescimento); é coadjuvante na produção e manutenção da matriz óssea em idosos; coadjuvante importante na manutenção do sistema imunológico; etc. Com o avanço da idade, sua produção cai gradualmente, em especial após a 4ª e 5ª décadas de vida(conforme figura):
Daí, pessoas idosas reclamarem de terem menos sono à noite, com piora da qualidade. Portanto, nosso envelhecimento e declínio geral do nosso organismo está diretamente ligado a essa pequena molécula.
Suas aplicações clínicas, já bem estabelecidas pela literatura, são vastas. A citar:
  • Melhorar a qualidade do sono em adultos e idosos; em vez de usar tarjas-pretas, que causam dependência
  • Proteger o organismo contra a oxidação no período noturno, pois como dito é poderoso antioxidante
  • Otimizar a formação óssea em idosos;
  • Melhorar o sistema imunológico, fortalecendo-o;
  • Útil em alguns casos de Depressão;
  • Melhora a cognição( memória ) em paciente com demências, como a de Alzheimer e quem teve AVC (derrame cerebral ). É molécula que protege e ajuda a recompor as células cerebrais;
  • Trabalhos motram benefícios do uso da melatonina, em pequenas doses, para crianças com TDAH; mostrando melhoras dos sintomas. Isto só para citar alguns exemplos.
Para finalizar, podemos afirmar que estudos mostram que a melatonina é uma substância de baixa toxicidade e de uso seguro principalmente se comparada a diversos fármacos de uso comum, particularmente alguns hipnoindutores( tarjas-pretas).Trata-se de agente farmacológico ativo, com propriedades terapêuticas comprovadas em várias situações clínicas. Então fica a pergunta: porque a melatonina NÃO pode ser comercializada no Brasil? Enquanto nos EUA e na Europa é considerado como suplemento alimentar. Só me vem uma resposta: interesses de grandes laboratórios pela sua não liberação.
Pensem comigo! Como pode ser proíbida uma substância natural, com várias aplicações clínicas, e ser permitido drogas que causam dependência? Só no Brasil mesmo.
Recente reportagem no Globo Reporter da Rede Globo: