Um médico de verdade ainda é, acima de tudo, um ser HUMANO. LEMBRE-SE disso.
Conforme recebi pelo Whatsapp :
"Por Ricardo Jobim – Sócio Jobim Advogados Associados
Após trabalhar em diversos casos de alegado erro médico, na
condição de profissional que acompanhou tantas angústias decorrentes da simples
existência de um processo, resolvi ousar tecer algumas breves considerações
sobre o que anda acontecendo no campo da responsabilidade profissional.
Poderia abordar uma infinidade de aspectos. Quem sabe escrever um livro técnico que ninguém, a não ser juristas que atuam em Direito Médico, se interessaria. Quem sabe divulgar novamente dados estatísticos sobre a especialidade mais exposta ou então sobre a judicialização da área da saúde, assunto que tornou os profissionais da saúde não só tensos, mas também desmotivados.
Mas o fato é que quase todos os processos decorrem de incompreensões. De ânimos mal administrados, de expectativas sobre processos empáticos mal sucedidos. De uma psicologia verificada em ambientes onde as tragédias são diárias, os desgastes são infinitos, e onde os profissionais precisam ser objetivos e valorizar a ciência acima de tudo.
Não deve ser fácil ser médico. Lidar com emoções supremas, interagir com esperanças e fé, lutos e negações de pacientes e familiares, conviver todos os dias com os extremos da vida e da morte.
E ter que ser humano ao mesmo tempo.
Lembrar o juramento de Hipócrates, chegar em casa cansado, se olhar no espelho, e ter que conviver com a sensação de impotência que a ciência traz – a certeza de que fazer o possível ou o recomendável pode não ser o bastante.
Poderia abordar uma infinidade de aspectos. Quem sabe escrever um livro técnico que ninguém, a não ser juristas que atuam em Direito Médico, se interessaria. Quem sabe divulgar novamente dados estatísticos sobre a especialidade mais exposta ou então sobre a judicialização da área da saúde, assunto que tornou os profissionais da saúde não só tensos, mas também desmotivados.
Mas o fato é que quase todos os processos decorrem de incompreensões. De ânimos mal administrados, de expectativas sobre processos empáticos mal sucedidos. De uma psicologia verificada em ambientes onde as tragédias são diárias, os desgastes são infinitos, e onde os profissionais precisam ser objetivos e valorizar a ciência acima de tudo.
Não deve ser fácil ser médico. Lidar com emoções supremas, interagir com esperanças e fé, lutos e negações de pacientes e familiares, conviver todos os dias com os extremos da vida e da morte.
E ter que ser humano ao mesmo tempo.
Lembrar o juramento de Hipócrates, chegar em casa cansado, se olhar no espelho, e ter que conviver com a sensação de impotência que a ciência traz – a certeza de que fazer o possível ou o recomendável pode não ser o bastante.
Não ter bola de cristal. Não ser capaz de ser um
super-humano. Conviver com estruturas arcaicas, muitas vezes tendo a horrenda
tarefa de optar por sacrifícios em nome de prioridades, numa insanidade de
abandono estatal que só pensa em política ou em trazer gente desqualificada de
fora do país.
O que vejo é uma exigência social que demanda uma Medicina exercida por Deuses, e não por humanos.
E uma política que usa uma classe profissional inteira como bode expiatório para desviar outros focos, como a palhaçada no senado no caso da emenda 29, ou o abandono da saúde pública aliada da intenção de exterminar a saúde privada.
E uma sociedade que se rende a qualquer argumento simplista de um especialista de Google, que não consegue entender que somente anos de estudo e dedicação podem proporcionar iluminação científica.
Ao fim é isso. Os críticos realmente acham que ninguém é bom. Que todos têm a obrigação de uma cura como se tratasse de um simples conserto de computador.
Quando a única verdade é que os maiores críticos somente surgem, com suas bolas de cristal, depois que os fatos ocorrem. Assim é fácil.
Espero que algum dia a sociedade possa ver no profissional da Medicina, e da área da saúde em geral, a verdade: Uma pessoa com uma nobre missão, mas que come, dorme, ama, sofre, chora, E que entrega sua vida em nome disso. Nada mais, nada menos".
O que vejo é uma exigência social que demanda uma Medicina exercida por Deuses, e não por humanos.
E uma política que usa uma classe profissional inteira como bode expiatório para desviar outros focos, como a palhaçada no senado no caso da emenda 29, ou o abandono da saúde pública aliada da intenção de exterminar a saúde privada.
E uma sociedade que se rende a qualquer argumento simplista de um especialista de Google, que não consegue entender que somente anos de estudo e dedicação podem proporcionar iluminação científica.
Ao fim é isso. Os críticos realmente acham que ninguém é bom. Que todos têm a obrigação de uma cura como se tratasse de um simples conserto de computador.
Quando a única verdade é que os maiores críticos somente surgem, com suas bolas de cristal, depois que os fatos ocorrem. Assim é fácil.
Espero que algum dia a sociedade possa ver no profissional da Medicina, e da área da saúde em geral, a verdade: Uma pessoa com uma nobre missão, mas que come, dorme, ama, sofre, chora, E que entrega sua vida em nome disso. Nada mais, nada menos".