VITAMINA C NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDÍACAS E
REVERSÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA
Em 11 de Abril de 2014, por Dr. Júlio Caleiro,
nutricionista.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia
verificaram em estudo que participantes que ingeriram a pequena dose de
vitamina C por dia, tiveram uma queda de 24% no plasma da proteína C-reativa –
PCR (marcador inflamatório envolvido em doenças cardíacas), após 2 meses.
Pesquisas recentes sugerem que o PCR pode ser um melhor preditor de doença
cardíaca do que os níveis de colesterol. Proteína C reativa é um marcador de
inflamação, e há um crescente número de evidências de que a inflamação
crônica está associada a um risco aumentado de doença cardíaca, diabetes e até
mesmo doença de Alzheimer, informa Dr. Gladys Block, professor de
epiodemiologia da UC Berkeley, autor principal do estudo.
Segundo o médico Dr. Mark Hyman, em seu livro
Ultrametabolism, diz que:
“Exame de proteína C-reativa ultra-sensível
(PCR-us) – esse é o melhor exame para diagnosticar inflamação. Ele mede seu
nível geral, embora não aponte sua origem. O motivo mais comum para um índice
elevado da proteína C-reativa é a síndrome metabólica, ou a resistência à
insulina.”
Dr. James Enstrom da Universidade da Califórnia
estudou a ingestão da vitamina C em mais de 11 mil pessoas por 10 anos. Ele
descobriu que uma pequena dose da vitamina C reduziu o risco de doenças
cardíacas em 50% em homens e 40% em mulheres.
Doutor GC Willis descobriu que as pessoas que tomam
uma dose de vitamina C por dia por 12 meses, inverteu placa aterosclerótica
enquanto que aqueles que não ingeriram a vitamina pioraram a placa. Fica
evidente que a vitamina C é necessária para a saúde vascular. Baixos níveis de
vitamina C no sangue estão ligados a uma forma grave de doença arterial
periférica, uma condição frequentemente dolorosa em que os vasos sanguíneos das
pernas ficam bloqueados – Journal Circulatin of American Heart Association.
Dr. Sydney Bush – PhD tem documentado a
reversão da placa aterosclerótica com a suplementação da vitamina C. Fotos da
retina tirada em 2002 (foto acima) revela doença arterial (estreitamento dos
vasos). Fotos da retina à direita confirmam que as artérias (pericorneal)
alargaram e algumas reapareceram após a suplementação diária de vitamina C.
Dr. Linus Pauling já disse que doença
cardíaca é uma manifestação de escorbuto crônica e que placa aterosclerótica é
um mecanismo que evoluiu para reparar os vasos sanguíneos e artérias
danificadas pela deficiência crônica de vitamina C. Além disso, doença
cardíaca, diabetes e acidentes vasculares cerebrais são também diretamente
ligadas a deficiências de magnésio. - http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2001/03/28/linus-pauling.aspx
Vários estudos não só indicam que a vitamina C
protege contra doenças cardiovasculares, mas também diminui muito o risco de
sofrer um ataque cardíaco. Por exemplo, um estudo finlandês com homens de meia
idade, sem evidencia de doença cardíaca pré-existente, verificaram que
aqueles que eram deficientes em vitamina C foram 3,5 vezes mais propensos a
sofrerem ataques cardíacos em comparação com aqueles que não eram deficientes.
Logo, a deficiência de vitamina C é um fator de risco para ataque cardíaco –
BMJ. 1997 Mar 1;314(7081):634-8.
Em outro estudo, indivíduos no quartil mais
elevado de ingestão de vitamina C apresentaram o resultado impressionante da
diminuição de 80% do risco em ataque cardíaco em comparação com aqueles com
quartil inferior deste nutriente – Acta Med Port. 1998 Apr;11(4):311-7.
Vale registrar ainda que já é sabido (por
estudos científicos) que vitamina C NÃO causa pedras nos rins, como
algumas ainda acreditam e insistem em repetir essa informação equivocada sobre
o consumo de vitamina C. Diversos estudos já demonstraram que vitamina C, mesmo
em alta dose, não gera pedras nos rins – http://orthomolecular.org/resources/omns/v01n07.shtml. ( Wandzilak TR, D’Andre
SD, Davis PA, Williams HE (1994) Effect of high dose vitamin C on urinary
oxalate levels. J Urology 151:834-837.).
Procure um profissional de saúde de sua confiança e
verifique se possui deficiência desta poderosa vitamina, e inclua em seu
tratamento ou aja preventivamente fortalecendo sua saúde. É bom ter em mente
que: “Os três aspectos mais importantes na terapia eficaz de vitamina C
são: dose, dose e dose. Se você não tomar a suficiente, você não vai obter os
efeitos desejados” – Dr. Thomas Levy, médico cardiologista.
Referências:
- TREATMENT
ESSENCIALS, Practicing Natural Allopathic Medicine, Dr. Mark Sircus
- http://www.vitamincfoundation.org/bush/more.html
- http://orthomolecular.org/resources/omns/v01n07.shtml
- http://www.nydailynews.com/life-style/health/vitamin-linked-reduced-stroke-risk-article-1.1618380
- http://www.lef.org/magazine/mag99/may99-report3.htm
- http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2001/03/28/linus-pauling.aspx
- Nyyssonen
K, ParviainenMT, Salonen R, Tuomilehto J, Salonen JT. Vitamin C deficiency
and risk of myocardial infarction: prospective population study of men
from eastern Finland. BMJ. 1997 Mar 1;314(7081):634-8.
- Lopes
C, Von HP, Ramos E, et al. Diet and risk of myocardial infarction. A
case-control community-based study. Acta Med Port. 1998 Apr;11(4):311-7
- Chambers
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onset vascular endothelial dysfunction after hyperhomocysteinemia: an effect
reversible with vitamin C therapy. Circulation. 1999 Mar 9;99(9):1156-60.
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GD, Corretti MC, Vogel RA. Effect of antioxidant vitamins on the transient
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a single high-fat meal. JAMA. 1997 Nov 26;278(20):1682-6.
- Tousoulis
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L-arginine dependent coronary vasodilatation in patients with stable
angina. Heart. 2005 Oct;91(10):1319-23.
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