Quando
questionados a esse respeito, a maioria dos profissionais de saúde não
recomendam seu uso, mas as famílias
frequentemente a oferecem a suas crianças com base no saber comum, passado de
geração a geração, que afirma que a chupeta acalma a criança.
A chupeta é praticamente uma peça do enxoval do bebê, um acessório
bastante popular mas é um assunto controverso também. O assunto é polêmico, e a
resposta à pergunta da mãe pode variar na dependência do que o profissional
consultado (psicólogo, dentista, fonoaudiólogo, pediatra,
otorrinolaringologista, infectologista) deseje privilegiar.
Diante da necessidade de oferecer aos
profissionais subsídios para orientar os pais, a Doutora em Pediatria Silvia Diez
Castilho da PUC de Campinas publicou um artigo com o objetivo de resgatar
a história da chupeta e fazer um levantamento multidisciplinar da literatura,
buscando prós e contras do uso.
O
artigo mostra curiosidades históricas sobre a chupeta, mostra evidências de que os precursores da chupeta
foram empregados desde o período neolítico para acalmar as crianças. Bolinhas
de pano que continham alimentos e em casos de fome ou dor podiam ser molhadas em brandy
ou conter opiáceos. Isso fazia as crianças dormirem. Outras, feitas de
materiais não perecíveis, resistiram ao tempo.
A chupeta é uma
forma de satisfação, ainda que parcial, das necessidades emocionais da criança
não amamentada. No entanto, a literatura apresenta mais efeitos deletérios do
que benéficos da chupeta, como: induz o desmame
precoce, aumenta risco à cárie e às
infecções e parasitoses, provoca alterações na dentição e na fala, entre
outros.
O
objetivo dos profissionais de saúde é informar e orientar mas a decisão de introduzir ou não chupeta é da família. Para
que todos se posicionem a respeito deste
tema, creio que é importante a leitura deste artigo para avaliar os diferentes
aspectos da saúde da criança que podem ser comprometidos pelo uso da chupeta.
Vale a leitura: