MITO 1-
MITO 2-
MITO 3-
MITO 4-
MITO 5-
MITO 6-
7-
PUXADA POR TRÁS PROVOCA LESÕES NO OMBRO
Há aproximadamente 10 anos, o exercício “puxada por
trás” foi “condenado” em diversas academias, principalmente nas de grande
porte, com a justificativa de ser prejudicial a articulação do ombro, gerando
surpresa a todos os praticantes que sempre utilizaram este exercício para o
grande dorsal (ou latíssimo do dorso).
Este MITO procede se o indivíduo tiver o acrômio em
“gancho” (osso da articulação do ombro - veja na figura), condição que gera
compressão no tendão supra-espinhoso durante os movimentos por trás da cabeça
(puxadas, barras e desenvolvimentos), levando a uma tendinite neste local. Já alunos
que não possuem acrômio em gancho, não haverá risco, desde que não haja lesão
por outros motivos.
Somente um
raio x poderá confirmar o formato deste osso (graus 1, 2 e 3, conforme a figura
abaixo).
MINHAS CONSIDERAÇÕES:
Proibir um
exercício, considero muito radical. Obviamente, qualquer desconforto deverá ser
comunicado ao professor, para tal movimento ser substituído. Eu,
particularmente, tenho alguns alunos que sentem desconforto no ombro na PUXADA
ABERTA PELA FRENTE e não sentem NADA na PUXADA POR TRÁS!!!
De um modo
geral, dentre os diversos métodos de treinamento, aparelhos e exercícios, caberá
ao professor ter o feeling de notar
quais são os mais adequados para cada aluno, observando a postura, execução,
facilidades e dificuldades apresentadas, para assim, substituir algum movimento que venha a
ser prejudicial.
AFINAL, PUXADA POR TRÁS OU PELA FRENTE?
Realmente este
assunto é muito polêmico e confuso nas academias e ainda gera dúvidas aos
professores no momento da escolha, em relação a eficácia, segurança, etc... e,
por isso, resolvi citar um estudo eletromiográfico da atividade muscular de
ambos os movimentos, que poderá ajudar neste dilema e assim, cada professor poderá
ter seu próprio critério e avaliar o custo-benefício ao aluno no momento da
prescrição do programa de musculação (fonte: http://cev.org.br/biblioteca/comparacao-entre-puxada-por-tras-e-puxada-pela-frente-acordo-com-ativacao-eletromiografica),
:
“Resumo
O objetivo deste
trabalho foi comparar a atividade eletromiográfica entre dois tipos do
exercício puxada no pulley: Puxada por Trás e Puxada pela Frente. Foram examinadas as atividades
dos músculos bíceps braquial, tríceps, latíssimos do dorso, trapézio e peitoral
em três condições: cadenciado a 80% de 1 RM (CT80), sem cadência a 80% de 1 RM
(SCT80) e sem cadência a 70% de 1 RM (SCT70). Doze sujeitos treinados (78,1±6,6
kg; 176,9±5,6 cm), em ambos os exercícios, foram testados em dois dias
diferentes. Foram feitas mensurações do valor Raiz Quadrática Média (RMS) para
todo tempo de tensão muscular e comparado, entre si, em cada condição, cadência
e intensidade. O teste paramétrico ANOVA one way foi empregado e o post hoc de
Tukey revelou o resultado da diferença entre as médias (p<0,05). Os resultados sugerem diferença
significativa apenas para o músculo trapézio na condição CT80, realizando a
Puxada por Trás. Para todos os outros músculos, em qualquer condição, cadência
ou intensidade, não foi encontrada diferença significativa. Conclui-se que a
Puxada por Trás se mostrou com leve superioridade na ativação elétrica para
quase todos os músculos, porém apenas o trapézio apresentou diferença
significativa (p<0,05) em uma das condições.”
Cada indivíduo é
um ser único, por isso os treinos devem ser personalizados, de acordo com as
necessidades, objetivos, características fisiológicas e biomecânicas de cada
um!!!
Abraços,
Paula Fortes
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