segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mitos mais comuns da musculação (Parte VII)...

MITO 1-

MITO  2-

MITO 3-

MITO 4-

MITO 5-
MITO 6-


7- PUXADA POR TRÁS PROVOCA LESÕES NO OMBRO

Há aproximadamente 10 anos, o exercício “puxada por trás” foi “condenado” em diversas academias, principalmente nas de grande porte, com a justificativa de ser prejudicial a articulação do ombro, gerando surpresa a todos os praticantes que sempre utilizaram este exercício para o grande dorsal (ou latíssimo do dorso). 

Este MITO procede se o indivíduo tiver o acrômio em “gancho” (osso da articulação do ombro - veja na figura), condição que gera compressão no tendão supra-espinhoso durante os movimentos por trás da cabeça (puxadas, barras e desenvolvimentos), levando a uma tendinite neste local. Já alunos que não possuem acrômio em gancho, não haverá risco, desde que não haja lesão por outros motivos.
Somente um raio x poderá confirmar o formato deste osso (graus 1, 2 e 3, conforme a figura abaixo).

MINHAS CONSIDERAÇÕES:

Proibir um exercício, considero muito radical. Obviamente, qualquer desconforto deverá ser comunicado ao professor, para tal movimento ser substituído. Eu, particularmente, tenho alguns alunos que sentem desconforto no ombro na PUXADA ABERTA PELA FRENTE e não sentem NADA na PUXADA POR TRÁS!!!
De um modo geral, dentre os diversos métodos de treinamento, aparelhos e exercícios, caberá ao professor ter o feeling de notar quais são os mais adequados para cada aluno, observando a postura, execução, facilidades e dificuldades apresentadas, para  assim, substituir algum movimento que venha a ser prejudicial.

AFINAL, PUXADA POR TRÁS OU PELA FRENTE?

Realmente este assunto é muito polêmico e confuso nas academias e ainda gera dúvidas aos professores no momento da escolha, em relação a eficácia, segurança, etc... e, por isso, resolvi citar um estudo eletromiográfico da atividade muscular de ambos os movimentos, que poderá ajudar neste dilema e assim, cada professor poderá ter seu próprio critério e avaliar o custo-benefício ao aluno no momento da prescrição do programa de musculação (fonte: http://cev.org.br/biblioteca/comparacao-entre-puxada-por-tras-e-puxada-pela-frente-acordo-com-ativacao-eletromiografica), :

 “Resumo

O objetivo deste trabalho foi comparar a atividade eletromiográfica entre dois tipos do exercício puxada no pulley: Puxada por Trás e Puxada pela Frente. Foram examinadas as atividades dos músculos bíceps braquial, tríceps, latíssimos do dorso, trapézio e peitoral em três condições: cadenciado a 80% de 1 RM (CT80), sem cadência a 80% de 1 RM (SCT80) e sem cadência a 70% de 1 RM (SCT70). Doze sujeitos treinados (78,1±6,6 kg; 176,9±5,6 cm), em ambos os exercícios, foram testados em dois dias diferentes. Foram feitas mensurações do valor Raiz Quadrática Média (RMS) para todo tempo de tensão muscular e comparado, entre si, em cada condição, cadência e intensidade. O teste paramétrico ANOVA one way foi empregado e o post hoc de Tukey revelou o resultado da diferença entre as médias (p<0,05). Os resultados sugerem diferença significativa apenas para o músculo trapézio na condição CT80, realizando a Puxada por Trás. Para todos os outros músculos, em qualquer condição, cadência ou intensidade, não foi encontrada diferença significativa. Conclui-se que a Puxada por Trás se mostrou com leve superioridade na ativação elétrica para quase todos os músculos, porém apenas o trapézio apresentou diferença significativa (p<0,05) em uma das condições.”

Cada indivíduo é um ser único, por isso os treinos devem ser personalizados, de acordo com as necessidades, objetivos, características fisiológicas e biomecânicas de cada um!!!

Abraços,
Paula Fortes
 
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