terça-feira, 16 de julho de 2013

Efeitos do estresse na saúde bucal....


O estresse está cada vez mais presente na sociedade moderna e muitos são os gatilhos como  contas para pagar, trânsito. A  partir daí, as consequências para organismo são inúmeras, desordens psicológicas, desordem no organismo – levando à enxaqueca, problemas cardiológicos, falta de energia, alteração de humor, problemas de pele e etc. Nas desordens do organismo, pode-se incluir a saúde bucal. O estresse pode estar diretamente ou indiretamente relacionado aos problemas bucais – desde  aftas, bruxismo, halitose, cáries e até doenças periodontais.

O estresse libera hormônios como hidrocortisona e cortisol, além de produzir um alto nível de adrenalina. Essas substâncias são responsáveis por regular funções corporais, como o sistema imune, que pode desencadear efeito pró ou anti-inflamatório. O estresse desencadeia um efeito pró-inflamatório, o que, aliado aos maus hábitos de higiene bucal, tornam o ambiente propício para o aparecimento da doença periodontal e aftas.

O que prejudica ainda mais a saúde bucal são os maus hábitos que a pessoa estressada tende a adquirir ou aumentar, como o consumo de álcool, tabaco e negligência da higiene oral, que é um prato cheio para a cárie e halitose. A tensão emocional também pode acarretar em bruxismo – ranger dos dentes – que causa desgaste dos dentes, distúrbios na articulação temporomandibular e danos ao tecido gengival.

Um estudo publicado no periódico 'Journal of Personality and Social Psychology' mostra que as pessoas são igualmente propensas a hábitos positivos ou negativos quando estão sob pressão. Ou seja, o estresse potencializa hábitos ruins e bons, depende o que cada um está habituado a fazer. Quem come mal tende a comer ainda mais coisas que fazem mal e quem gosta de ir à academia, por exemplo, malhará ainda mais.

Estudos na Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontaram que     estresse em associação com a má higiene bucal aumenta as chances do desenvolvimento de doenças periodontais. Sendo assim, pode ser observado que há uma importante inter-relação entre os fatores psicossociais e as doenças periodontais. Leia mais:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000431327 e http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=538

Somente o estresse não causa problemas na cavidade bucal, se forem realizadas adequadas consultas de acompanhamento relacionada a uma higiene bucal satisfatória e manutenção da saúde periodontal.

O dentista deve orientar o paciente para que ele tenha conhecimento dos possíveis danos na cavidade bucal causados pelo estresse, da importância dos cuidados com a higiene bucal e da necessidade de tratamento periodontal. Em muitos casos, encaminhar para um profissional capaz de tratar desordens psicológicas.

Precisamos lembrar que o paciente deve ser visto com um todo e assim associar o tratamento bucal com outros profissionais da saúde,  enfim uma abordagem multidisciplinar.

Dicas para diminuir o estresse

- boas noites de sono
- cuidado com a saúde
- alimentação saudável
- atividades físicas regulares
- momentos de lazer 

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000431327 e http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=538



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