Mau hálito é o mesmo que halitose. O termo halitose é
derivado do latim. A palavra halitos significa "ar expirado" e o sufixo
osis alteração patológica.
Halitose é a alteração anormal do hálito, caracterizada
pela produção de desagradável odor, perceptível, principalmente, pelas pessoas
com as quais o paciente se relaciona.
Halitose não é doença, mas
indicativo de que algo não vai bem, seja do ponto de vista patológico ou
fisiológico. Raramente está relacionada com
problemas estomacais.
Quando de origem patológica, a halitose pode permitir o
diagnóstico de várias doenças (como por exemplo diabetes, alteração renal,
etc).
Alguns tipos de halitose, como o mau hálito matinal, são
considerados normais (halitose fisiológica). O mau hálito matinal é causado em
virtude do decréscimo do fluxo de saliva ocorrido durante à noite. A saliva,
entre outras funções, é responsável pela auto-limpeza bucal. Com a diminuição
de sua produção, a boca se torna seca, o que acaba por gerar acúmulo de saburra
que se deposita no dorso da língua e nas reentrâncias anatômicas (criptas) das
amídalas.
Há pacientes que, devido a alterações gustativas e/ou
olfativas, têm a sensação de serem portadores de halitose quando, na verdade,
não o são. Por outro lado, há pacientes portadores de halitose que não são
conscientes do problema devido à fadiga das células olfativas.
A maneira
mais simples de identificar a halitose é perguntar a alguém próximo sobre a
alteração do hálito. Uma vez identificada a alteração,
deve o paciente dirigir-se ao dentista, o qual indicará o tratamento adequado,
baseando-se na causa da halitose.
Afinal
halitose tem cura.
Cerca de 89% das causas da halitose estão relacionadas com
problemas bucais. A saliva, vale lembrar, é de extrema importância na
manutenção da saúde bucal e do hálito agradável.
Portanto, o dentista é o
primeiro profissional que deve ser consultado caso se perceba a presença da
halitose. A halitose pode ser causada por vários fatores. Existem casos de
halitose tanto por razões fisiológicas quanto por razões patológicas. Dentre os
fatores patológicos, há os sistêmicos (diabetes, uremia, prisão de ventre,
etc.) e os locais (feridas cirúrgicas, cárie, doença periodontal, etc.).
É de notar
que a grande maioria dos casos de halitose se deve à presença de saburra
lingual.
Saburra é um material viscoso, esbranquiçado ou amarelado, que adere
ao dorso da língua, principalmente ao terço posterior. A saburra assemelha-se a
uma placa bacteriana lingual composta por células epiteliais descamadas,
bactérias, resíduos alimentares, fungos, leucócitos e mucina salivar. Essa
placa bacteriana lingual estagnada sofre fermentação por bactérias bucais,
gerando, então, odor desagradável.
A causa primária da formação de saburra é a
redução do fluxo salivar. Com a redução, a saliva torna-se mais rica em mucina
("gosmenta"), o que facilita a aderência de microrganismos, de restos
epitéliais e alimentares ao dorso da língua. O fluxo salivar deve ser medido -
o exame chama-se sialometria - pelo dentista. É importante a avaliação das
causas da redução do fluxo salivar para que se possa planejar o tratamento.
O tratamento
da halitose é de grande importância. Afinal, a halitose pode estar associada a
várias doenças, algumas delas de gravidade. Além disso, o portador de mau
hálito, não raramente, pode apresentar dificuldades de relacionamento, tanto no
campo afetivo como no social. Em estágios mais avançados da halitose, devido ao
desconforto por ela causado, o portador costuma se afastar das pessoas,
mudando, muitas vezes, seu padrão de comportamento.
A halitose
tem cura. A duração do tratamento, bem como a possibilidade de sucesso,
dependem do correto diagnóstico de suas causas e do comprometimento do paciente
para com o tratamento. A depender do caso, o dentista deverá encaminhar o
paciente para o especialista médico correspondente.
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