Na
fase adulta, tanto as mulheres como os homens sofrem uma perda gradativa de
massa óssea, que se inicia a partir de 35 e 55 anos de idade respectivamente.
Esta perda denomina-se OSTEOPENIA e quando não é administrada com boa
alimentação, exercícios físicos e cuidados médicos, pode tornar-se OSTEOPOROSE,
uma doença caracterizada pela deterioração microarquitetural da estrutura
óssea que torna os ossos porosos sujeitos `a fraturas. Os locais mais afetados
são: vértebras lombares, quadris (colo do fêmur) e punho. Esta doença pode
ser detectada através do exame Densitometria Óssea, que verifica a densidade
mineral óssea (Normal, Osteopenia ou Osteoporose). Alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento desta doença,
pois impedem ou prejudicam a absorção e fixação do cálcio nos ossos:
1- Ser sedentário, pois não praticar exercícios
contribui para uma baixa massa óssea e muscular, tornando os ossos mais
frágeis.
2- Ter um histórico de má alimentação, em especial,
deficiência de cálcio e vitamina D. Pois esta vitamina tem a função de absorção
do cálcio;
3- Não se expôr ao sol. Esse fator de risco está
relacionado ao fator supracitado, já que os raios solares tem a função de
fixação da vitamina D.
4- Fumantes. As substâncias químicas do cigarro
atrapalham a absorção do cálcio, além dos diversos males para todo o organismo.
5- Consumo de cafeína em excesso, já que esta substância
diminui a absorção do cálcio.
6- Menopausa precoce nas mulheres (deficiência de
estrogênio, hormônio que leva o cálcio para os ossos).
Musculação
na prevenção e tratamento de Osteopenia e Osteoporose:
Para manter a massa óssea
(densidade mineral óssea), é necessário, além de uma dieta rica em cálcio (por exemplo:
queijo branco, leite, iogurte, soja e peixe) uma constante estimulação dos
ossos através de exercícios com impacto e tração sobre os mesmos. A Musculação é a modalidade mais
adequada por possuir essas 2 características. Por exemplo: os exercícios com
os pés apoiados, como agachamento e leg press, provocam impacto nas
articulações dos joelhos e quadris, assim como aqueles sem o apoio dos pés, como
a cadeira extensora e a mesa flexora, provocam tração. Para todas as
articulações, existem exercícios essenciais para a manutenção e aumento da
massa óssea, através da tração e impacto que provocam. Por isso,
um programa de musculação para todos o grupamentos musculares traz benefícios
aos ossos, além da estabilidade articular gerada pelo fortalecimento muscular,
prevenindo quedas e lesões.
Um exemplo destes
benefícios, pude constatar em um pequeno estudo de caso que elaborei em 2003,
no Rio de Janeiro, com 10 alunas iniciantes sedentárias de 60 a 67 anos, que
apresentavam Osteopenia e Osteoporose, teve a seguinte conclusão: praticar
musculação de 3 a 5x/semana, por 45 a 60 minutos de duração, durante 6 meses,
aumenta significativamente a massa óssea em ambos os casos e quem sofria
somente de Osteopenia, passou a ter uma densidade mineral óssea em níveis
normais e quem sofria de Osteoporose, passou a ter uma leve Osteopenia. Este
resultado foi obtido através de 2 exames de DENSITOMETRIA ÓSSEA, realizados respectivamente
antes de iniciar o programa de musculação e após 6 meses de treinamento, sem
suplementação de cálcio e reposição hormonal. Portanto, 6 meses é um prazo
significativo para se obter excelentes resultados na densidade mineral óssea e
o ideal é continuar praticando para melhorar ainda mais esses resultados.
REPOSIÇÃO HORMONAL
Quando a mulher entra na
fase da menopausa, a concentração do hormônio estrogênio (que tem a função de
transportar cálcio para os ossos) diminui no organismo. Esta baixa
concentração hormonal pode gerar uma carência deste mineral, e por
consequência, uma baixa espessura e densidade mineral óssea. Por isso, a
Osteoporose é tão temida nesta etapa de vida da mulher.
A reposição hormonal é um
tema muito polêmico e discutido quanto aos seus benefícios e malefícios `a
saúde. Diversos artigos sobre este procedimento relatam o aumento de riscos de
doenças cardiovasculares e tumores, e devido a estes riscos, outras opções para
substituí-la vem sendo indicadas por muitos médicos especialistas em
fitoterapia, homeopatia e em medicina ortomolecular, de acordo com cada caso e
necessidade, e com a vantagem de não oferecerem danos a saúde.
Outro ponto de vista de
extrema importância é o da PREVENÇÃO desta doença (e de todas em geral), através
de uma alimentação equilibrada rica em cálcio e vitamina D, proteínas e
gorduras de boa qualidade e carboidratos de origem integral, frutas, legumes e
verduras orgânicos, suplementação adequada e orientada, além da prática regular
de exercícios ao longo da vida.
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