A obesidade é uma
enfermidade crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura, a ponto de
comprometer drasticamente a saúde. Além de fatores genéticos, outros fatores podem
gerar esta doença, tais como: excesso de calorias ingeridas (normalmente
relacionado à ansiedade), estilo de vida sedentário, distúrbios hormonais que
desequilibram o metabolismo e distúrbios do sono. Dentre as consequências e
danos à saúde provocados pela obesidade, podemos citar:
1- Diabetes mellitus,
2- Hipertensão
arterial,
3- Aumento do
colesterol e triglicerídeos, fatores estes que elevam os riscos para
doenças cardiovasculares,
4- Sobrecarga nas
articulações,
5- Incremento da
incidência de alguns tipos de tumores e dos índices de mortalidade (Consenso
Latino Americano em obesidade),
6- Depressão,
7- Fator prejudicial a vida
social, devido a falta de mobilidade, estado geral debilitado e baixa
auto-estima,
8- Fator prejudicial a vida
sexual, devido a disfunção erétil e baixa auto-estima.
De acordo com o
médico-nutricionista Fábio Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de
Pediatria de São Paulo, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das
crianças brasileiras. Independente das cifras, o médico argentino Júlio Ribeiro
afirma, categórico, que a obesidade é uma das piores aquisições da
civilização”.
Diante de tantas evidências
de sua gravidade, a obesidade deve ser prevenida desde a infância,
principalmente quando há casos na família. Além de fatores genéticos, existem
outros externos que colaboram e muito para o desenvolvimento da mesma na
infância, tais como: a ingestão regular de fast foods, refrigerantes e doces, estilo
de vida cada vez mais sedentário e caseiro facilitado pela tecnologia (controles
remotos, computadores e jogos eletrônicos), escolher as “Opções
tecnológicas” de divertimento e lazer ao invés das brincadeiras e jogos ativos
ao ar livre.
Para os indivíduos
que encontram-se acima do peso ou obesos, o ideal é iniciar um tratamento
global, ou seja que trate da saúde como um todo, englobando profissionais da
saúde como médico, nutricionista, professor de educação física e psicólogo,
para que sejam abordados e tratados todos os pontos colaboradores da doença, já
que o indivíduo provavelmente terá a presença de um ou mais dos 7 fatores
supra-citados.
SUGESTÃO
DE TREINO PARA OBESOS:
Sugiro, inicialmente, priorizar
exercícios aeróbios e que sejam realizados no meio aquático, pois na água, o
peso corporal diminui em 75%, minimizando impactos nas articulações. Alguns
exemplos que indico são: hidroginástica, natação ou mesmo atividades lúdicas
neste meio, como vôlei, polo aquático, entre outras, de acordo com a
criatividade do professor e gosto do aluno. A frequência semanal deverá ser de
3 a 5 vezes e 45 minutos de duração.
O objetivo destas
atividades é melhorar o sistema cardiovascular (que tem grandes chances de
estar debilitado), estimular a perda de gordura e melhorar a mobilidade e
consciência corporal, de preferência com a FC (Frequência cardíaca) monitorada,
trabalhando em torno de 60% da mesma, podendo alcançar 80% conforme o ganho de
condicionamento observado.
Caso o indivíduo tenha
capacidade de realizar caminhada por pelo menos 15 minutos consecutivos, esta atividade
deverá entrar no plano de treino 2 vezes por semana. De acordo com a melhora do
condicionamento físico, poderão ser acrescidos 5 minutos a cada semana.
Conforme a perda de peso e
o ganho de mobilidade adquiridos nesta etapa (que será individual), exercícios
de fortalecimentos deverão ser acrescentados, com a finalidade de reabilitar e
fortalecer as articulações comprimidas pelo excesso de peso e minimizar a
flacidez.
Devido as condições físicas
do obeso (grande volume e peso corporal, pouca mobilidade, presença ou não de
lesões articulares), dou preferência aos exercícios de cadeia cinemática aberta
(extremidades livres - mãos e/ou pés), em razão de oferecem menos impacto e
compressão nas articulações, que são, na maioria das vezes, debilitadas pelo
excesso de peso, como por exemplo aqueles realizados com pesos livres,
caneleiras e elásticos, e podem ser feitos tanto nas academias, como ao ar
livre. Conforme o grau de resistência muscular e condicionamento físico
adquirido na 1ª etapa,, a duração poderá ser em torno de 30 a 60 minutos. Para
otimizar o gasto calórico, sugiro que sejam realizados em circuitos, variando
os grupos musculares, em torno de 6 a 10 exercícios, com de 30 a 60 segundos de
duração cada um deles, com a intensidade moderada, que deverá ser aumentada ao
longo dos treinos. O descanso deverá ser de 1 a 2 minutos a cada 3 exercícios consecutivos,
lembrando que o professor deverá estar sempre atento ao bem estar e a
frequência cardíaca do indivíduo.
OBS: Gostaria muito de
poder indicar a musculação para os obesos, porém, infelizmente, apesar de
tantas marcas no mercado, não considero os aparelhos seguros, nem confortáveis,
pois não oferecem assentos, encostos, espaços, angulações e distâncias
suficientes que favoreçam a biomecânica dos movimentos executados tanto por
indivíduos obesos, como por aqueles de
grande porte e acima do peso. Acho que uma linha de aparelhos voltada para esta
população já deveria estar no mercado há alguns anos, que incluísse não somente
aparelhos de musculação, como também, os aeróbios (por exemplo: esteiras e
transports largos e espaçosos, bicicletas com assentos maiores e distâncias
adequadas para os membros inferiores e superiores).
Seguem abaixo alguns exercícios que indico:
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