Entenda melhor seu organismo e como, junto a hábitos saudáveis de vida +
nutrição adequada + correção de distúrbios (clínicos e/ou detectáveis
via exames), HORMÔNIOS podem fazer toda a diferença para uma vida
realmente saudável, com bem-estar, qualidade de vida e longevidade
Conforme publicado no meu site na seção:
http://www.icaro.med.br/hormonios-%E2%80%93-como-e-por-que-bem-utilizados-podem-ajudar-a-recuperarmanter-saude/http://www.icaro.med.br/hormonios-%E2%80%93-como-e-por-que-bem-utilizados-podem-ajudar-a-recuperarmanter-saude/
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*** O texto é longo mas contém informações MUITO importantes que ajudam a esclarecer MUITO sobre o assunto. Vale a leitura atenta! ***
Heresia
Hormonal – A Verdade Mortal Sobre o Estrogênio Parte I
A
mulher recebe informações errôneas sobre hormônios, em detrimento da saúde,
enquanto os fabricantes de medicamentos colhem enormes lucros à sua custa.
por
Sherrill Sellman
Tradução: NovaTRH <www.novatrh.net>
Por
mais de 300 anos, começando no século 13 e continuando até meados do século 16,
a Inquisição foi um reinado de terror para a grande maioria das pessoas que
viviam na Europa e na Escandinávia. As forças políticas, econômicas e
religiosas da época se juntaram para consolidar seu poder, eliminando aqueles
que eles considerassem empecilhos aos seus objetivos finais.
O
azarado alvo de suas investidas eram os guardiões das artes da cura e dos
antigos conhecimentos espirituais e culturais. Os historiadores debatem o exato
tributo dessa era infernal – se foram várias centenas de milhares ou se chegou
a nove milhões de pessoas – mas é inquestionável que a grande maioria das
vítimas foi de mulheres. Na verdade, a Inquisição está sendo hoje considerada
um período de genocídio contra as mulheres, o qual conseguiu despir a mulher do
seu poder, seu auto-respeito, sua riqueza, da arte de curar, bem como da sua
proeminência e influência na comunidade.
A
Inquisição garantiu que os patriarcas da Igreja fossem autoridades espirituais
incontestáveis. Teve também êxito em preservar os conhecimentos médicos no
domínio dos homens, pois a Inquisição decretou que apenas os médicos formados
poderiam praticar as artes da cura e, evidentemente, foi barrado o acesso de
mulheres às escolas de medicina (aliás, foi barrado o acesso de mulheres a
qualquer forma de educação).
Que
bom que essa tão violenta era de aversão às mulheres tenha acabado há muito
tempo. Mas será que acabou? Infelizmente, parece que algumas tradições ainda
persistem. A mulher de hoje ainda é vítima de gigantescos interesses políticos
e econômicos, com terríveis conseqüências para a sua saúde, independência
financeira e poder pessoal. Talvez a Inquisição não tenha acabado afinal,
apenas adotou uma forma mais sutil e inescrupulosa.
As
mulheres certamente representam um grande negócios para os interesses médicos e
para indústria farmacêutica. Segundo John Archer, autor de Bad Medicine, cerca
de 600.000 histerectomias são realizadas anualmente nos Estados Unidos e ao
redor de 45.000 por ano na Austrália.1 Em 1994, estimou-se que 45.000
australianas faziam Terapia de Reposição Hormonal (TRH).2 Muitas mulheres são
atualmente encorajadas a continuar com a TRH até o resto de suas vidas
pós-menopausa.
De
acordo com o Dr. Stanley West – um reconhecido especialista em infertilidade,
chefe de endocrinologia reprodutiva no St. Vincent’s Hospital de Nova Iorque e
autor de O Golpe da Histerectomia – cerca de 90 por cento de todas as
histerectomias são desnecessárias. Consultores ginecológicos do Grupo de
Pesquisa de Saúde Pública Ralph Nader chegaram a uma conclusão semelhante em 1991,
no livro Um Alerta à Saúde das Mulheres. Segundo o Dr. West, a única razão cem
por cento justificada para a realização de uma histerectomia é para tratamento
de câncer dos órgãos reprodutivos.3 No entanto, as histerectomias são
oferecidas com
muita
freqüência como tratamento para uma variedade de situações, inclusive para
endometriose, fibroses, cistos ovarianos, inflamações pélvicas e prolapso
uterino.
Não
é por acaso que os ginecologistas costumam ter a mais alta remuneração entre
todas as demais especialidades. Ao longo de todas as suas vidas, as mulheres
são encorajadas a se submeterem continuamente a vários tratamentos e
procedimentos médicos. Funções naturais da mulher, desde menstruação até parto
e menopausa, são assumidas por intervenção médica e farmacêutica. Bombardeadas
por desinformação, mitos, propaganda e, em alguns casos, por pura mentira, não
é de admirar que tantas mulheres fiquem completamente confusas acerca de
questões relativas aos seus próprios corpos e sua saúde.
A
História da Terapia de Reposição Hormonal
Talvez
não haja um tópico que confunda mais a mulher que a adoção da reposição
hormonal na menopausa, alvo de intensa propaganda. A TRH é enaltecida como a
melhor coisa surgida para a liberação da mulher desde a descoberta dos anticoncepcionais
de uso oral – apesar de as estatísticas hoje mostrarem que o uso disseminado da
pílula provocou um aumento nos riscos para a saúde, como câncer da mama,
pressão alta e doenças cardiovasculares, numa escala antes vista na medicina.4
A
investigação sobre a teoria da reposição de hormônios remonta aos idos de 1930,
com a pesquisa do Dr. Serge Voronoff. O seu trabalho envolvia a implantação de
testículos de macacos em escrotos de homens, com limitada eficácia. Os
desdobramentos dessa pesquisa levaram ao enxerto de ovários de macacas em
mulheres, com terríveis conseqüências. Depois de muitas mortes (de macacas e de
mulheres), a pesquisa foi redirecionada ao uso de estrogênio sintético. Com o
advento da Segunda Guerra Mundial, a pesquisa foi suspensa.
A
menopausa não virou moda como tópico de preocupação para a profissão médica
antes da década de 1960. Em 1966, um ginecologista de Nova Iorque, o Dr. Robert
Wilson, publicou um best-seller chamado Feminine Forever ("Feminina Para
Sempre"), exaltando as virtudes da reposição do estrogênio como forma de
salvar a mulher da “tragédia de menopausa, que muitas vezes destrói a
personalidade e a saúde”. Esse livro vendeu mais de 100.000 exemplares no
primeiro ano. Wilson promoveu vigorosamente a menopausa como uma condição de
“decadência de vida”. Segundo ele, a reposição de estrogênio era como a tão
procurada pílula da juventude, que iria proteger a pobre mulher contra os
horrores da idade. Ele tornou popular a errônea crença de que a menopausa é uma
deficiência.
As
revistas femininas agarraram-se avidamente às suas idéias e promoveram
amplamente os seus conceitos. Isso deixou Wilson muito feliz, pois ele já havia
criado anteriormente a Fundação Wilson, com o exclusivo propósito de promover o
uso de drogas estrogênicas. A indústria farmacêutica contribuiu generosamente
com mais de 1,3 milhão de dólares para a sua Fundação. A cada ano ele recebia
verbas de empresas como Searle, Wyeth-Ayerst Laboratories e Upjohn, que
fabricavam produtos com os hormônios que Wilson alegava serem eficazes no
tratamento e prevenção da menopausa. As empresas farmacêuticas aproveitaram a
onda, fazendo vigorosas promoções e fortes campanhas publicitárias. A mensagem
do Dr. Wilson atingiu um alvo bastante receptivo – "mulheres de meia-idade
precisam de drogas com hormônios para serem salvas dos inevitáveis horrores e
decrepitudes desta terrível deficiência chamada menopausa."
O
Dr. Wilson foi pioneiro no uso de estrogênio não combinado. No entanto, não se
tinha tido nenhuma avaliação formal da segurança da terapia com estrogênio, nem
de seus efeitos a longo prazo. O estrogênio não combinado saiu de moda quando
ficou obviamente evidente que ele encurtava o tempo de vida de suas usuárias.
Em 1975, o New England Journal of Medicine examinou as taxas de câncer
endométrico em consumidores de estrogênio, concluindo que o risco era 7,5 vezes
maior nos usuários desse hormônio. As mulheres que haviam usado estrogênio por
sete anos ou mais tinham 14 vezes mais chances de desenvolver câncer.5
À
medida que a popularidade da terapia do estrogênio não combinado foi caindo,
buscaram-se novas abordagens. O foco foi também desviado, de falsas alegações
sobre preservação da beleza e juventude da mulher, para assuntos de saúde mais
urgentes. A indústria farmacêutica ressuscitou a terapia de reposição do
estrogênio através de uma terapia de reposição hormonal “segura” – uma
combinação de progesterona sintética e estrogênio, a qual supostamente
protegeria mulheres na menopausa não apenas contra doenças cardiovasculares,
mas também contra a devastação da osteoporose.
Embora
os chamados “especialistas em saúde da mulher” assegurem que não existem efeitos
colaterais desagradáveis, ou que eles são mínimos, a Dra. Lynette J. Dumble,
pesquisadora sênior do Departamento de Cirurgia da Universidade de Melbourne no
Hospital Royal Melbourne, acredita que “o único propósito da TRH é criar um
mercado comercial altamente lucrativo para as empresas farmacêuticas e para os
médicos. Os supostos benefícios da TRH não têm qualquer comprovação”. Ela
acredita que a TRH não apenas agrava os atuais problemas de saúde, mas também
contribui para acelerar o processo de envelhecimento na mulher. Essa terapia
apressa o surgimento de outras doenças ou piora as já existentes.
Esta
perspectiva parece ter sido confirmada pelas recentes descobertas a partir de
um estudo histórico, publicado no New England Journal of Medicine em 1995 e
abrangendo 121.700 mulheres, que revelou efeitos alarmantes da TRH. O estudo
adverte que as mulheres que usaram a TRH para compensar os sintomas da
menopausa, aumentaram também suas chances de desenvolver câncer de mama, de 30
a 40 por cento, ao tomarem o hormônio durante mais de 5 anos. Em mulheres com
idades entre 60 e 64 anos, o risco do câncer de mama aumentou para 70 por cento
após 5 anos de TRH. Por último, o estudo concluiu que as mulheres que usavam a
TRH tinham 45 por cento mais chance de morrer por câncer de mama que aquelas
que preferiram não usar a TRH, ou que a usaram por menos que 6 anos.6
Segundo
Leslie Kenton, autora de Passage to Power, “qualquer um que seja alguma coisa
na vida lhe dirá que a menopausa é uma doença, causada por deficiência de
estrogênio, e que você precisará ingerir mais estrogênio à medida que se
aproximar da meia-idade. O que poderá surpreender você é o seguinte – não
apenas está errada a maior parte desse aconselhamento comumente dados sobre a
menopausa, mas também uma boa parte dele pode ser positivamente perigosa.”
Felizmente,
há um outro lado da história do hormônio – uma perspectiva que pode ajudar
mulheres de todas as idades a não apenas a alcançar uma saúde melhor, mas
também a recuperar um sentimento de mais poder, responsabilidade e dignidade em
suas vidas.
Um
Breve Passeio Ginecológico pelo Corpo da Mulher
Para
entender o debate sobre TRH, é importante primeiro ter um conhecimento
rudimentar da natureza cíclica da mulher.
Até
recentemente, os médicos pensavam que a menopausa começava quando todos os
óvulos do ovário se tivessem esgotados. Porém, trabalhos recentes demonstraram
que a menopausa provavelmente não é desencadeada pelo ovário, mas sim pelo
cérebro. Parece que tanto a puberdade quanto a menopausa são eventos acionados
pelo cérebro.
A
menstruação depende de uma complexa rede de comunicação hormonal entre os
ovários, o hipotálamo, e a glândula pituitária (hipófise) no cérebro. O
hipotálamo segrega um hormônio que libera gonadotrofina (GnRH), que desencadeia
a produção do hormônio estimulador dos folículos (FSH) pela hipófise. O FSH
então estimula o crescimento dos folículos do óvulo (pequeno saco ou glândula
excretora) nos ovários, para provocar a ovulação. À medida que os folículos
crescem, o estrogênio é produzido e lançado no sangue.
Esta
reação em cadeia não é uma via de mão única. O estradiol, um dos estrógenos
ovarianos na corrente sangüínea, também age sobre o hipotálamo, causando uma
alteração no GnRH. A seguir, esse hormônio modificado estimula a pituitária a
produzir o hormônio luteinizante (LH), o qual provoca a eclosão dos folículos e
a liberação do óvulo. Após o óvulo ser expelido, também a progesterona é
produzida pelos folículos, os quais se transformam em corpus luteum.
Os
hormônios liberados durante o ciclo menstrual não são segregados de forma
constante, contínua, mas sim em quantidades dramaticamente diferentes durante
as diferentes partes do ciclo de 28 dias.
Nos
primeiros oito a onze dias do ciclo menstrual, o ovário da mulher produz muito
estrogênio. O estrogênio prepara os folículos para a liberação de um dos
óvulos. O estrogênio é responsável pela proliferação de mudanças que ocorrem
durante a puberdade: o crescimento dos seios, o desenvolvimento do sistema
reprodutivo e a forma feminina do corpo da mulher.
A
taxa de secreção de estrogênio começa a diminuir ao redor do 13º dia, um dia
antes de ocorrer a ovulação. À medida que o estrogênio diminui, a progesterona
começa a aumentar, estimulando um crescimento muito rápido do folículo. Com o
início da secreção da progesterona, ocorre também a ovulação. Depois que o
óvulo é liberado do folículo, este começa a mudar, aumentando de tamanho e
tornando-se um órgão diferente, conhecido como corpus luteum. A progesterona é
segregada pelo corpus luteum, este minúsculo órgão com uma enorme capacidade
para produzir hormônio. A onda de progesterona no período da ovulação é a fonte
da libido – e não o estrogênio, como normalmente se pensa.
Após
10 ou 12 dias, se não ocorrer fertilização, a produção ovariana de progesterona
cai drasticamente. É este declínio súbito nos níveis de progesterona que
desencadeia a secreção endométrica (menstruação), o que leva a uma renovação de
todo o ciclo menstrual.
A
progesterona e o estrogênio originados nos ovários estimulam o crescimento do
endométrio (tecido que reveste o útero), como preparação para a fertilização. O
estrogênio age no crescimento desse tecido endométrico, enquanto a progesterona
facilita a secreção nesse revestimento do útero, a fim de que o óvulo
fertilizado (agora chamado de ovo) possa ser implantado com sucesso. A
progesterona em quantidade adequada é, portanto, o hormônio mais essencial para
sobrevivência do óvulo fertilizado e do feto.
Ao
redor dos 40 anos de idade, a interação entre os hormônios se altera, o que
leva, com o passar do tempo, à menopausa. Como isso ocorre, ainda não está bem
claro. A menopausa pode ter início por alterações no hipotálamo e na hipófise,
e não nos ovários. Os cientistas têm realizado experiências em que são substituídos
os ovários de camundongos jovens por ovários de camundongos mais velhos e que
já não conseguem reproduzir. Foi constatado que os camundongos jovens conseguem
se acasalar e ter filhotes. Isso demonstra que ovários velhos colocados num
ambiente jovem conseguem responder. Por outro lado, quando ovários jovens são
colocados em camundongos velhos, estes não conseguem se reproduzir.7
Seja
qual for o mecanismo que desencadeia a menopausa, à medida que menos folículos
são estimulados, diminui a quantidade de progesterona e de estrogênio
produzidos pelos ovários, embora outros hormônios continuem a ser produzidos.
De forma alguma os ovários murcham e param de funcionar, como popularmente se
acredita. Com a redução desses hormônios, a menstruação torna-se escassa,
irregular e acaba um dia cessando por completo.
No
entanto, outras partes do corpo – como glândulas supra-renais, pele, músculos,
cérebro, glândula pineal, folículos do cabelo e a gordura do corpo têm
condições de produzir esses mesmos hormônios, possibilitando ao corpo feminino
fazer ajustes no equilíbrio hormonal após a menopausa, desde que a mulher tenha
cuidado bem de si mesma nos anos do período pré-menopausa, com um estilo de
vida e dieta adequados, além da devida atenção para com a saúde mental e
emocional.
A
mulher que passa pela menopausa tem a oportunidade de entrar nessa fase da vida
fortalecida pela sabedoria e pela criatividade, como nunca antes. Ela ganha
acesso ao conhecimento interior profundo. A renomada socióloga Margaret Mead disse:
“Não há nada mais poderoso que uma mulher na menopausa e com entusiasmo!” Em
muitas culturas ao redor do mundo a menopausa é uma transição e uma iniciação à
realização do poder da mulher, totalmente sem sintomas. Ela é tida no mais alto
conceito em sua comunidade, como uma idosa sábia e respeitada.
O
Mito do Estrogênio e da Progesterona Sintética
A
pesquisa inicial que levou à síntese do estrogênio tornou possível o
desenvolvimento da pílula anticoncepcional nos anos 60. Com o consentimento da
Food and Drug Administration - FDA (órgão do governo norte-americano que
controla medicamentos, alimentos, etc), a pílula foi amplamente comercializada
como um método eficaz e convenientes de controle da natalidade. Finalmente
chegava a verdadeira liberação sexual para as mulheres.
Porém,
toda a base para a aprovação da FDA era apenas o resultado de estudos clínicos
realizados em 132 mulheres de Porto Rico, que haviam tomado a pílula durante um
ano ou mais.8 (Não importa o fato de cinco delas terem morrido no decorrer do
estudo, sem qualquer investigação quanto à causa de suas mortes).
Em
meados de 1970, o número de mortes de mulheres por ataques cardíacos começou a
atrair a atenção do público. Então uma nova pílula foi criada, supostamente
mais segura, com menor conteúdo de estrogênio. Mas na verdade nunca houve uma
prova científica válida de que a pílula é segura – e nem mesmo, aliás, que
qualquer um dos outros métodos anticoncepcionais atualmente disponível seja
seguro. Somente agora as mulheres estão descobrindo o preço que vêm pagando por
sua liberdade sexual – ao alterar seu equilíbrio hormonal, muitas e
devastadoras disfunções emocionais e fisiológicas foram criadas.
Há
décadas foi introduzida a anticoncepção via oral e hoje cerca de 60 milhões de
mulheres em todo o mundo estão, na verdade, “fazendo experiência” com a pílula.
A sua segurança e efeitos a longo prazo não foram ainda estabelecidos de forma
conclusiva. É interessante notar, porém, que a pílula tem produzido uma grande
variedade de efeitos adversos e efeitos colaterais, e apresenta uma ligação
significativa com o câncer de mama, pressão alta e, especialmente, com doenças
cardiovasculares – a principal causa de mortes femininas na Austrália: em 1992,
um total de 27.883 mulheres morreram de doenças cardíacas e derrames, contra
2.438 mortes por câncer de mama.9 Trata-se de mera coincidência, ou talvez essa
estatística indique o perigoso efeito colateral de se mexer com os hormônios?
Ao
mesmo tempo em que é proclamado como o principal ingrediente que falta na
mulher com menopausa, o estrogênio é altamente recomendado pelas indústrias
médicas e farmacêuticas para prevenção de doenças cardiovasculares e da
osteoporose. Em praticamente qualquer consultório médico em que entrem hoje em
dia, as mulheres serão advertidas sobre os riscos inerentes à menopausa e
pós-menopausa, se não tiverem a proteção do estrogênio. Elas são também
relembradas, mais uma vez, que a menopausa é uma deficiência, o que
supostamente significa uma carência de estrogênio e que, portanto, devem tomar
doses suplementares para manter a saúde.
Como
pondera a Dra. Lynette Dumble, "De um modo geral, a prevenção
cardiovascular em mulheres tem se concentrado esmagadoramente na reposição
hormonal. No entanto, como enfatiza Elizabeth Barrett-Connor, a Grande
Experiência (o Projeto da Droga Coronária de 1973), que incluía dois regimes de
estrogênio, foi feita em homens. Como parte do projeto da Grande Experiência,
doses de estrogênio exageradamente excessivas aos níveis fisiológicos foram deliberadamente
ministradas a homens, com o intuito de induzir ginecomastia (desenvolvimento
excessivo da glândula mamária no homem), como um indicador de êxito na
efeminação. Isso resultou em tromboses e impotência, e finalmente levou ao
fracasso a pesquisa, devido à interrupção do tratamento entre os participantes
do estudo." 10
Segundo
o médico, pesquisador independente e autor de livros, Dr. John Lee, o estudo
mais eminente (conhecido como Boston Health Study, realizado numa amostragem
ampla de enfermeiras) e que formou toda a base da ligação positiva
estrogênio-cardiovascular, foi radicalmente viciada.
Apesar
de haver amplas provas de numerosos outros estudos mostrando que, na verdade, o
oposto é verdadeiro (isto é, o estrogênio é um fator significativo na criação
de doenças cardíacas), esses fatos foram virtualmente ignorados diante do furor
pelo lucro. O Dr. Lee diz ainda que a publicidade farmacêutica omitiu o fato de
que a incidência de mortes por derrame nesse estudo foi de 50 por cento mais
alta entre as usuárias de estrogênio.
O
Dr. Lee compilou uma lista de efeitos colaterais e de danos fisiológicos
resultantes do uso de estrogênio, e que incluem: maior risco de câncer
endométrico, incremento na gordura corporal, retenção de sal e de fluidos,
depressão e dores de cabeça, prejuízos no controle de açúcar no sangue
(hipoglicemia), perda de zinco e retenção de cobre, redução nos níveis de
oxigênio em todas as células, espessamento da bílis e promoção de doenças da
vesícula biliar, aumento da possibilidade de fibrocistos no seio e de fibrose
uterina., interferência na atividade da tireóide, diminuição do desejo sexual,
coagulação sangüínea excessiva, redução do tônus vascular, endometriose, cólica
uterina, infertilidade, e restrição à função dos osteoclastos.
Com
tantos efeitos colaterais e complicações perigosas, a mulher deve avaliar com
muito cuidado a decisão sobre a terapia de reposição hormonal. Infelizmente, a
maioria dos médicos dirá que não há alternativa. Embora certamente a maior
parte dos médicos seja bem intencionada e esteja honestamente preocupada com
suas pacientes, a principal fonte de conhecimento e informação sobre os
medicamentos são as próprias companhias farmacêuticas. Como a maioria das
mulheres também é carente de educação e compreensão acerca de suas opções, a
menopausa pode ser vista como um período bastante assustador e perigoso.
Entra
em Cena a Progesterona Natural
Durante
os último 15 anos, o Dr. Lee tem realizado pesquisas independentes sobre formas
de progesterona derivadas de plantas, naturais. Suas pesquisas, sem verbas da
indústria farmacêutica, apresenta um entendimento bem mais amplo sobre as
opções hormonais da mulher, oferecendo uma alternativa totalmente segura e
eficaz, livre de efeitos colaterais. Ele descobriu que esse hormônio natural
(conjugado a uma boa dieta e mudanças no estilo de vida) é capaz de eliminar muitos
dos sofrimentos associados à síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) e à
menopausa. Milhares de mulheres no mundo ocidental já usam progesterona natural
– geralmente na forma de um creme (que dispensa receita médica) que é aplicado
no corpo. Essas mulheres alegam que elas não apenas sentem alívio nos sintomas
típicos da mulher, mas também experimentam uma maior vitalidade, a pele fica
melhor, e o equilíbrio emocional se renova.
A
progesterona natural parece ter sido totalmente negligenciada pela ciência
médica, que tem se concentrado, erroneamente, no estrogênio. Considerando que a
progesterona natural não é patenteável e ainda é barata, não surpreende que
isso tenha acontecido. É importante, porém, ter-se um entendimento e uma
avaliação bem mais amplos a respeito deste extraordinário hormônio.
Como
foi anteriormente mencionado, a progesterona é responsável por manter a
secreção do endométrio, que é necessária para a sobrevivência do embrião, bem
como pelo desenvolvimento do feto ao longo da gestação. É pouco percebido, no
entanto, que a progesterona é a mãe de todos os hormônios. A progesterona é
importante precursora na biossíntese dos corticosteróides supra-renais
(hormônios que protegem contra o stress) e de todos os hormônios sexuais
(testosterona e estrogênio). Isso significa que a progesterona tem a faculdade
de ser transformada em outros hormônios ao longo do caminho, à medida que e
quando o organismo precisar deles. É preciso que seja enfatizado que o
estrogênio e a testosterona são produtos metabólicos finais feitos da
progesterona. Não havendo uma quantidade adequada de progesterona, o estrogênio
e a testosterona não estarão suficientemente disponíveis no organismo. Além de
ser a precursora dos hormônios sexuais, a progesterona também facilita muitas
outras funções fisiológicas importantes e intrínsecas (que serão discutidas
mais adiante).
Os
Efeitos da Predominância Estrogênica
Os
problemas femininos parecem estar em alta. Quarenta a sessenta por cento de
toda as mulheres ocidentais sofrem de TPM. Além disso, elas sofrem de
superabundância de sintomas, alguns da menopausa e outros não. Certamente algo
muito alarmante parece estar acontecendo com as mulheres. Há indícios de que o
equilíbrio hormonal adequado e necessário para que o organismo da mulher
funcione de forma saudável está sendo interferido por diversos fatores. As
pesquisas têm revelado que um grande número de mulheres nos seus 30 anos (e
algumas
até mais jovens), bem antes de ter início a menopausa, às vezes deixa de ovular
no devido período.11 Sem ovulação, não há corpus luteum e nenhuma progesterona
é produzida. O resultado é uma deficiência de progesterona.
Muitos
problemas podem resultar dessa deficiência. Um deles é a presença, durante todo
um mês, de estrogênio não combinado, com todo o seu elenco de efeitos
colaterais, como já foi mencionado. Um outro é o geralmente não reconhecido
problema do papel da progesterona na osteoporose. A medicina contemporânea
ainda não tomou conhecimento de que a progesterona estimula a formação de novos
ossos pela mediação de osteoblastos. Na verdade, é a progesterona que estimula
novos tecidos ósseos e é capaz de reverter a osteoporose em qualquer idade. A
falta de progesterona significa que novos osteoblastos não são criados e a
osteoporose pode surgir.12
Um
terceiro e importante problema resulta do inter-relacionamento entre perda de
progesterona e stress. O stress combinado com uma dieta ruim pode induzir
ciclos sem ovulação. A conseqüente falta de progesterona interfere na produção
de hormônios que combatem o stress, exacerbando as condições estressantes que
dão origem a novos ciclos sem ovulação. E assim prossegue o círculo vicioso.
Outro
fator também importante que contribui para este desequilíbrio entre estrogênio
e progesterona é o meio ambiente. Nós vivemos, no mundo industrializado,
imersos num crescente mar de derivados petroquímicos. Eles estão no ar, nos
alimentos e na água. Esses produtos químicos incluem pesticidas e herbicidas
(como o DDT, dieldrin, heptacloro, etc), bem como vários plásticos
(policarbonatos, usados em mamadeiras e garrafões para água) e PCBs.
Esses
imitadores do estrogênio são altamente solúveis em gordura, não são
biodegradáveis nem bem expelidos, acumulando-se nos tecidos gordurosos de
animais e humanos. Esses produtos químicos possuem uma incrível capacidade de
imitar o estrogênio natural, e receberam o nome de xeno-estrógenos, já que,
apesar de serem produtos químicos "estrangeiros", são absorvidos pelo
receptores de estrogênio no organismo, interferindo seriamente nas alterações
bioquímicas naturais. (Ver "Nota do Tradutor" no final).
Crescentes
pesquisas estão agora revelando uma alarmante situação em nível mundial, criada
pela inundação desses imitadores de hormônios. No livro Our Stolen Future
("O Futuro Roubado", pela Dra. Theo Colburn e outros, L&PM
Editores, tradução de Cláudia Buchweitz e revisão de Luiz Jacques Saldanha,
disponível no Brasil desde 1997), foram identificados 51 imitadores de
hormônios, cada um deles capaz de desencadear uma torrente de efeitos, como
redução na produção de espermatozóides, divisão celular e modelação de cérebros
em desenvolvimento. Esses imitadores não somente estão ligados à recente
descoberta de que a contagem do esperma humano despencou 50 por cento em todo o
mundo, entre 1938 e 1990, mas também a deformações genitais, câncer da mama, da
próstata e testicular, além de desordens neurológicas.13
O
Dr. Lee descobriu um tema constante entre as queixas das mulheres sobre os
aflitivos e muitas vezes debilitantes sintomas da TPM, da perimenopausa e da
menopausa – excesso de estrogênio, ou, como ele denominou, uma
"predominância estrogênica."
Agora,
em vez de o estrogênio desempenhar seu papel essencial dentro da bem
equilibrada sinfonia dos hormônios esteróides no organismo feminino, ele passou
a ofuscar os demais "músicos", criando uma dissonância bioquímica. A
última coisa no mundo que o corpo da mulher precisa é mais estrogênio – seja na
forma de
anticoncepcionais
ou de terapia de reposição hormonal (TRH). Mas, quando os sintomas da
predominância estrogênica aparecem, adivinhe o que é prescrito? Mais
estrogênio! O delicado equilíbrio natural entre progesterona e estrogênio fica
radicalmente alterado pelo excesso de estrogênio. E a deficiência de
progesterona é então ainda mais exacerbada.
O
Dr. Lee conseguiu compensar o efeito predominância-estrogênica através do uso
de um creme transdérmico com progesterona natural. A progesterona natural, um
derivado do colesterol, é feita a partir do inhame silvestre mexicano ou da
soja, cujos ingredientes ativos são réplicas moleculares exatas da progesterona
do organismo humano. É interessante notar que em países da Ásia e da América do
Sul, onde as mulheres ingerem soja ou inhame, o termo "fogacho" nem
mesmo existe em suas línguas. Elas também raramente sofrem dos inúmeros
problemas femininos que atualmente afligem as ocidentais.
A
suplementação com progesterona natural corrige o real problema – a sua
deficiência. Não se conhece nenhum efeito colateral da progesterona natural,
nem foi encontrado até hoje qualquer nível tóxico. A progesterona natural
aumenta a libido, previne o câncer do útero, protege contra doenças
fibrocísticas do seio, ajuda a proteger contra o câncer da mama, mantém o
revestimento uterino, hidrata e oxigena a pele, reverte o hirsutismo
(crescimento de pelos faciais) e a diminuição de cabelo, age como um diurético
natural, ajuda a eliminar a depressão e aumenta o sentimento de bem-estar,
promove a queima de gorduras e a utilização da energia armazenada, normaliza a
coagulação do sangue, e ainda é precursora de outros importantes hormônios
sexuais e anti-stress.
Até
mesmo os mais predominantes sintomas da menopausa – fogachos e secura vaginal –
desaparecem rapidamente com a aplicações de progesterona natural.
Há
ainda outro benefício muito importante da progesterona natural e que merece um
pouco mais de atenção. Embora a maioria das pessoas suponha que o estrogênio
protege contra a osteoporose – uma das principais razões pelas quais as
mulheres são estimuladas a usar a terapia de reposição hormonal – este,
definitivamente, não é o caso.
Os
antigos estudos nos quais a hipótese da proteção do estrogênio foi baseada,
tiveram graves defeitos científicos. A pesquisadora canadense Jerilyn Prior,
endocrinologista-chefe da British Columbia University em Vancouver, com outros
colegas, reportando no New England Journal of Medicine, confirmou que o papel
do estrogênio na osteoporose é mínimo. Em seus estudos sobre atletas femininas,
esses pesquisadores descobriram que a osteoporose ocorre à proporção que as
atletas se tornam deficientes de progesterona, embora seus níveis de estrogênio
pareçam se manterem normais. A Dra. Prior continuou sua pesquisa com mulheres
não atletas, que mostraram os mesmo resultados. Apesar de ambos os grupos
estarem menstruando, elas apresentavam ciclos sem ovulação e, portanto, eram
deficientes em progesterona.
A
Dra. Prior então descobriu que a ausência de ovulação e um ciclo curto hoje
ocorre em 50 por cento dos ciclos menstruais das norte-americanas, durante o
final dos anos reprodutivos.14 Infelizmente, essas importantes descobertas
passaram relativamente despercebidas na comunidade médica.
Como
resultado de suas extensivas provas científicas publicadas nessa área, Prior
confirmou que não é o estrogênio, mas sim a progesterona que é o hormônio
nutridor dos ossos, ou seja, o formador de ossos. Ela conseguiu até mesmo
identificar receptores de progesterona nos osteoblastos (células formadoras de
tecido
ósseo). Ninguém jamais encontrou receptores de estrogênio nos osteoblastos. Em
resumo, é na mulher com deficiência de progesterona que ocorre perda óssea.15
Estes
resultados foram obtidos num estudo de 3 anos em 63 mulheres com osteoporose e
em fase pós-menopausa. Mulheres que usaram creme transdérmico com progesterona
tiveram uma média de 7 a 8 por cento de incremento na densidade da massa óssea
no primeiro ano, 4 a 5 por cento no segundo ano, e 3 a 4 por cento no terceiro
ano! Mulheres que não recebem o tratamento nessa faixa etária normalmente
perdem 1,5 por cento de densidade da massa óssea por ano! Esses resultados não
foram obtidos com nenhuma outra forma de terapia de reposição hormonal ou
suplementação dietética.16
O
Dr. Lee acredita que o uso de progesterona natural, em conjunto com alterações
na dieta e estilo de vida, pode não somente interromper a osteoporose, mas na
verdade revertê-la – mesmo em mulheres com 70 ou mais anos.
Neste
ponto é importante fazer uma distinção entre progesterona natural, produzida
pelo organismo, e os sintéticos da progesterona – classificados como
progestinas (ou progestogênios), como Provera, Duphaston e Primolut. Como você
verá, há uma grande diferença entre as duas quanto aos seus efeitos no
organismo, embora a maioria dos médicos use esses nomes de forma
intercambiável.
Como
a progesterona natural não é patenteável, as empresas farmacêuticas a
modificaram molecularmente para produzir progestinas sintéticas, normalmente
usadas em anticoncepcionais e na terapia de reposição hormonal.
As
progestinas sintéticas, por não serem réplicas exatas da progesterona natural
do organismo humano, infelizmente criam uma longa lista de efeitos colaterais,
alguns dos quais bastante severos. Uma listagem parcial desses efeitos inclui
dores de cabeça, depressão, retenção de fluidos, maiores riscos de defeitos no
parto e abortos, disfunções renais, flacidez nos seios, sangramento irregular,
acne, crescimento de pelos, insônia, edemas, alterações no peso, embolismo
pulmonar, e síndrome do tipo pré-menstrual.17
E,
muito importante, as progestinas carecem dos benefícios biológicos intrínsecos
da progesterona e portanto não podem funcionar nos principais desdobramentos de
síntese biológica, como o faz a progesterona, e desorganizam muitos processos
fundamentais do organismo. A progesterona é um hormônio essencial que também
desempenha um papel no desenvolvimento de células nervosas e cérebro saudáveis,
bem como no funcionamento da tireóide. As progestinas tendem a bloquear a
capacidade do organismo de produzir e utilizar a progesterona natural para
manter essas funções promotoras da vida.
A
história do hormônio é certamente complicada. Até agora, apenas uma versão
dessa história tem estado ao alcance da maioria das mulheres ocidentais. Sérias
dúvidas têm sido levantadas quanto à eficácia e conveniência do estrogênio e
das progestinas, em qualquer de suas formas. As mulheres certamente estão
sofrendo uma variedade de doenças femininas.
O
que complica a história do hormônio é que o tratamento prescrito para essas
doenças está na realidade tornando pior o problema. Sem compreenderem os
efeitos colaterais de amplas conseqüências da predominância estrogênica e das
progestinas, os médicos estão diagnosticando mal a causa dessas condições
agravadas. Muitas vezes, outras drogas são então receitadas, com efeitos
colaterais
desastrosos,
à medida que cresce a espiral de medicação desnecessária. Qual é o derradeiro
sacrifício? Não apenas a deterioração da saúde e do bem-estar emocional da
mulher, mas também sua situação financeira, seu relacionamento, sua carreira.
Sem
conhecimento adequado, sem educação e sem ter acesso a produtos naturais, as
mulheres têm se tornado presas fáceis das poderosas campanhas publicitárias dos
fabricantes multinacionais de medicamentos, que já convenceram médicos e órgãos
governamentais de suas alegações. Está se tornando mais evidente que o bem das
mulheres nem sempre está sendo levado em consideração nessa abordagem
tendenciosa. Tampouco é incomum o lucro ter precedência sobre a saúde e o
bem-estar. A última coisa que uma mulher precisa é ter as funções naturais do
seu organismo denegridas como deficiências ou doenças – necessitando, portanto,
de atenção médica contínua.
Está
mais que na hora de a mulher assumir responsabilidades ainda maiores sobre a
sua saúde, suas opções e seu estilo de vida. A maior de todas as armas contra a
submissão e a ignorância é o conhecimento.
Está
na hora de fazer perguntas difíceis aos que tratam da sua saúde, exigir
respostas, e estar disposta a investigar alternativas seguras. Está ficando
evidente que a mulher precisa participar no esclarecimento do seu médico sobre
outras opções existentes, bem como escolher aquelas que ela preferir.
Certamente
a mulher tem dentro de si mesma o poder não apenas para encontrar meios
seguros, eficazes e naturais para curar-se, mas também para viver uma vida
longa e plena, preservando a sua vitalidade, juventude e saúde. A mulher tem o
direito de valorizar a si mesma e o seu corpo, em todos os estágios da vida. À
medida que encontre o caminho para voltar a ter um maior equilíbrio dentro de
si mesma, ela entenderá a profundidade da verdade do que o Dr. Deepak Chopra
disse a respeito das mulheres: "A sabedoria feminina é a inteligência no
coração da criação."
*
* *
Alguns
Efeitos da Predominância Estrogênica
1.
Quando o estrogênio não é compensado pela progesterona, ele pode causar aumento
de peso, dores de cabeça, mau humor, fadiga crônica e perda de interesse pelo
sexo – tudo isso parte da clinicamente reconhecida Síndrome Pré-Menstrual.
2.
Não apenas está bem demonstrado que a predominância estrogênica estimula o
desenvolvimento de câncer da mama, graças às ações proliferativas do estrogênio
– ele também estimula os tecidos do seio e pode, com o passar do tempo,
desencadear fibrocistos na mama, um quadro que tende a desaparecer quando se
introduz a progesterona natural para compensar o estrogênio.
3.
Por definição, o excesso de estrogênio implica deficiência de progesterona.
Isso, por sua vez, leva a uma redução na taxa de formação de novos ossos na
mulher pelos osteoblastos – as células responsáveis pela realização desse
trabalho. Embora a maioria dos médicos ainda não esteja a par disso, essa é a
principal causa da osteoporose.
4.
A predominância estrogênica aumenta os riscos de fibromas. Um dos fatos
interessantes sobre os fibromas (e freqüentemente comentado pelos médicos) é
que, independentemente do tamanho, os fibromas normalmente atrofiam quando
chega
a menopausa e os ovários deixam de produzir estrogênio. Os médicos que
comumente usam progesterona em suas pacientes descobriram que ministrar
progesterona natural também causa atrofia de fibromas.
5.
Em mulheres sob predominância estrogênica e que menstruam, onde não ocorrem os
picos e quedas de progesterona de uma forma normal a cada mês, a irrigação
ordenada do revestimento uterino não ocorre. A menstruação torna-se irregular.
Essa situação pode normalmente ser corrigida alterando-se o estilo de vida e
usando um produto com progesterona natural. Isso é facilmente diagnosticável
por um médico que analise o nível de progesterona em certas épocas do mês.
6.
O câncer endométrico (câncer do útero) se desenvolve apenas quando há
predominância estrogênica, ou estrogênio não combinado. Também isso pode ser
prevenido pelo uso de progesterona natural.
A
utilização de progestina sintética pode também ajudar na prevenção, razão pela
qual um crescente número de médicos não mais prescreve estrogênio sem
combiná-lo com uma droga progestogênica durante a terapia de reposição
hormonal. No entanto, todas as progestinas sintéticas possuem efeitos
colaterais.
7.
Acúmulo de água nas células e aumento no sódio intercelular, o que predispõe a
mulher a ter pressão alta (ou hipertensão), ocorre freqüentemente na
predominância estrogênica. Esses também podem ser efeitos colaterais causados
pela ingestão de progesterona sintética (progestinas). O creme com progesterona
natural normalmente resolve isso.
8.
Os riscos de derrames e ataques cardíacos são aumentados dramaticamente quando
uma mulher está sob predominância estrogênica.
(Fonte:
Leslie Kanton, Passage to Power, Random House, Reino Unido - 1995)
*
* *
Benefícios
da Progesterona Natural Contra o Envelhecimento
1.
A progesterona é o primeiro precursor na biossíntese de corticosteróides
supra-renais. Sem uma quantidade adequada de progesterona, a síntese de
cortisonas fica prejudicada e o organismo então volta-se para caminhos
alternativos, que produzem efeitos colaterais masculinizantes, como longos
pelos faciais e diminuição de cabelo. Mais produção prejudicada de corticóides
resulta numa diminuição na capacidade de controlar o stress, como o de
cirurgias, de traumas, ou emocional.
2.
Muitas mulheres em perimenopausa ou pós-menopausa e com quadros clínicos de
hipotireoidismo (como fadiga, falta de energia, intolerância ao frio) estão na
realidade sofrendo de predominância estrogênica não reconhecida, e serão
beneficiadas pela suplementação de progesterona natural.
3.
O estrogênio (e a maioria das progestinas sintéticas) aumenta o sódio e o
acúmulo de água intracelular. O efeito disso é a hipertensão. A progesterona
natural é um diurético natural e evita o acúmulo de sódio e água nas células,
evitando assim a hipertensão.
4.
Enquanto o estrogênio prejudica o controle homeostático dos níveis de glicose,
a progesterona natural os estabiliza. Portanto, a progesterona natural pode ser
benéfica
tanto para os portadores de diabetes quanto para os portadores de hipoglicemia
reativa. O estrogênio deve ser contra-indicado em pacientes com diabetes.
5.
O afinamento e o enrugamento da pele são um sinal da falta de hidratação. Isso
é comum em mulheres na perimenopausa e na menopausa, sendo um indicativo certo
de diminuição de hormônios. A progesterona natural transdérmica é um hidratante
da pele.
6.
A progesterona desempenha importante papel ao manter saudáveis as células do
cérebro. Doenças como a senilidade prematura (Mal de Alzheimer) podem ser, pelo
menos em parte, outro exemplo de enfermidade decorrente da deficiência de
progesterona.
7.
A progesterona é essencial para um desenvolvimento saudável da bainha de
mielina, que protege a célula nervosa. Um baixo nível de progesterona leva a
dores recorrentes.
8.
A progesterona cria e promove um acentuado senso de bem-estar emocional e de
auto-suficiência psicológica.
9.
A progesterona é responsável pelo aumento na libido.
(Fonte:
Dr. John R. Lee, Retardando o Processo de Envelhecimento com Progesterona
Natural - BLL Publishing, CA, EUA, 1994, p. 14)
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Nota
do Tradutor: A edição de 27-10-99 do jornal O Estado de S. Paulo publicou a
nota "Componente químico pode ser responsável por puberdade precoce –
causa poderia ser substância encontrada em produtos plásticos, como mamadeiras",
reproduzindo matéria do jornal Kansas City Star, que cita artigo publicado na
revista Nature. O assunto refere-se a pesquisas realizadas por cientistas das
Universidades de Missouri e da Carolina do Norte, demonstrando a ação dos
chamados xeno-estrógenos (ou xeno-bióticos) – imitadores de hormônios – sobre a
mulher.
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Referências
bibliográficas
1.
Archer, John, Bad Medicine, Simon & Schuster, Australia, 1995, p. 191. 2.
Op. cit., p. 217. 3. Op. cit., p. 192. 4. Op. cit., p. 211. 5. Coney, Sandra,
The Menopause Industry, Spinifex Press Pty Ltd, Australia, 1991. 6. The Sydney
Morning Herald, 24 June 1995. 7. Coney, Sandra, op. cit., p. 584. 8. Archer,
John, op. cit., p. 210. 9. Archer, John, op. cit., p. 211. 10. (a) Dumble,
Lynette J., Ph.D., M.Sc., "Odds Against Women with Heart Disease",
presented at Health Sharing Women's Forum, Royal College of Surgeons,
Melbourne, Australia, 14 September 1995. (b) Barrett-Connor, Elizabeth,
"Heart Disease in Women", Fertility and Sterility (1994),
62(2):127S-132S. 11. Lee, John R., M.D., Natural Progesterone: The Multiple
Role of a Remarkable Hormone, BLL Publishing, California, USA, 1993, p. 29. 12.
Ibid. 13. Newsweek, 18 March 1996. 14. Kenton, Leslie, Passage to Power, Random
House, UK, 1995, pp. 19-20. 15. Ibid. 16. Lee, John R., M.D.,
"Osteoporosis Reversal: The Role of Progesterone",
International
Clinical Nutrition Review (1990), 10:384-391. 17. Lee, John R., M.D., Slowing
the Aging Process with Natural Progesterone, BLL Publishing, California, USA,
1994, p. 12.
---
Extraído
da Nexus Magazine, Volume 3 - nº 4 (junho/julho de 1996). P. O. Box 30,
Mapleton Qld 4560, Austrália. E-mail: nexus@peg.apc.org Fone: 61(0)7 5442 9280.
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