terça-feira, 10 de setembro de 2013

“Sapinho” é comum em crianças...

 
O "sapinho" é uma manifestação bucal muito comum em crianças. Trata-se uma infecção causada por um fungo chamado candida albicans, o mesmo da candidíase. Ela pode aparecer na boca (língua, gengiva, parte interna das bochechas e até nos lábios)  ou na região perineal (área que é coberta pela fralda). Essas  regiões são quentes, escuras e úmidas, ou seja, ambiente propício para a proliferação de microorganismos. Os fungos também aparecem em bicos de mamadeiras ou chupetas não higienizadas corretamente.
Muitas vezes  a candidíase oral é diagnosticada pelo odontopediatra, quando a mãe relata existir  uma membrana branca recobrindo a língua ou a bochecha de seu filho. O aspecto do sapinho é o de um restinho de leite que não sai. Como não  apresenta, na maioria das vezes,  sensações desconfortáveis na criança, a mãe escova, remove, fica avermelhado e depois volta a aparecer.  Quando ocorre na região das fraldas, a pele fica avermelhada e com pequenas pápulas (“bolinhas”) de coloração vermelha.
Nosso organismo hospeda uma série de fungos e bactérias e, em condições normais, vivemos  em perfeita harmonia com esses microorganismos.  Por estresse, baixa resistência ou um prejuízo imunológico eles podem se multiplicar e gerar problemas.
O  “sapinho” é  bastante comum nos primeiros meses de vida, pois o sistema imunológico da criança ainda não é maduro o suficiente. Além disso, é uma fase em que a criança põe tudo na boca, pois é através dela que conhece o mundo. Portanto nesta fase a criança tem  um comportamento de risco quando o assunto é “sapinho”. Em outras situações pode ser desencadeado por alguns fatores como infecções, uso de antibióticos ou corticóides.
Na maioria das vezes, o contágio ocorre  pelas mãos contaminadas das pessoas que manuseiam as crianças, ou ainda por objetos infectados com o fungo, como chupetas e mamadeiras.  
É importante estar sempre atento à higienização de tudo o que vai à boca do bebê, manter o ambiente da criança limpo e além disso, arejar áreas cobertas pela fralda e trocar o mais rápido possível as fraldas úmidas. Assim, evita-se à formação de ambientes favoráveis ao fungo.
As lactantes devem prestar atenção a qualquer tipo de ardor na região do bico do seio. Isso porque o bebê pode transmitir a doença para a mãe. Não são raros os casos em que a criança é tratada, mas volta a ter a candidíase pois o seio materno continua infectado.
O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, como a nistatina ou o miconazol, em formulação adequada para o local da lesão (boca ou região de fraldas).
É importante destacar que uma boa higiene bucal facilita muito no tratamento, evitando que outras doenças se instalem neste período. Além do que, o pediatra deve ser procurado para acompanhar a imunidade da criança, pois o "sapinho" é sinal de que ela está com a resistência baixa, aumentando risco de doenças mais graves se manifestarem.
 

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