Criança gosta mesmo é de brincar, pular, correr e isso envolve também as quedas e traumatismos dentários. As maiores complicações devido a traumas, tanto nos dentes de leite como nos dentes permanentes, acontecem por falta de atendimento imediato e de acompanhamento clínico e radiográfico das complicações no consultório, pelo período de no mínimo 1 ano e 6 meses para os dentes de leite e de 5 anos para os dentes permanentes.
O trauma pode provocar desde uma pequena mobilidade ou
amolecimento do dente até o deslocamento da posição original, fraturas de
diversos tipos ou perda do dente. Os pais devem manter a
calma e podem oferecer os primeiros socorros pressionando uma gaze ou um pano
limpo no local ou pedindo para a própria criança pressionar ou mordê-lo, pois
ela sabe o limite de pressão que pode ser feita.
Depois de estancar a hemorragia, se possível, os pais devem
procurar por ferimentos nos lábios, gengivas e língua. O próximo passo é
procurar um especialista o mais rápido possível, para que o atendimento seja
feito na primeira hora após o trauma, aumentando a chance de sucesso do
procedimento.
Passo a passo:
1- Ache o dente e pegue pela coroa (evite tocar na raiz);
3- Para limpar, em hipótese alguma esfregue o dente.
Somente o lave em água corrente;
4- Se conseguir, guarde o dente em um frasco limpo com soro
fisiológico ou leite ou na própria saliva do paciente (se for criança evite
pois pode engolir) ou da mãe;
5- Procure imediatamente um cirurgião-dentista.
Quando o dente sai parcialmente da posição, quanto mais rápido for
reposicionado maiores são as chances de ser recuperado. Quando o dente
permanente sai totalmente, quanto mais rápido for reimplantado, maiores serão
as chances de sucesso. Se isso acontecer com o dente de leite, o reimplante não
está recomendado, mas é muito importante que o profissional examine a criança o
mais rápido possível.
No caso de quebrar uma parte do dente e esta parte for encontrada,
coloque-a na água filtrada e procure o dentista imediatamente, pois dependendo
do tamanho do fragmento, é possível fazer sua colagem no dente, recuperando-o
esteticamente. Outro ponto importante é que nestes casos de fratura, a polpa dentária
pode estar exposta e precisa ser protegida o mais rápido possível.
Referências:
· Percinoto C, Côrtes MIS, Bastos JV, Tovo MF.
Abordagem do Traumatísmo Dentário. In: Associação Brasileira de
Odontopediatria. Manual de Referências para Procedimentos Clínicos em
Odontopediatra, 2009. p. 344-376. www.abodontopediatria.org.br
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