domingo, 31 de julho de 2011

Institua a sua cerimônia do chá como fonte de prazer....




Introduzido pelos chineses há alguns milhares de anos, o chá é uma bebida quente e seu nome vem de “tchá” em chinês. Segundo a lenda chinesa, o imperador Shen Nong estava no pátio do seu palácio bebendo uma taça de água quente quando uma folha veio trazida pelo vento e caiu em sua taça. Curioso, ele experimentou e se surpreendeu com o agradável sabor. Mais ainda, a bebida deu conforto no estômago e disposição. Animado com sua descoberta, mandou seus guardas encontrarem a árvore de onde tinha saído a folha e, em seguida, plantou muitas mudas para que seus súditos também pudessem apreciar essa nova bebida. Estava descoberto o chá verde. No livro O Prazer de Se Cuidar (Ed. Casa da Palavra), sugiro que as pessoas criem a sua própria cerimônia do chá, como um momento para o restabelecimento de forças e para o encontro consigo mesmo. As mudanças físicas e no estado de espírito são inestimáveis. 
Alterne os sabores
O chá verde vem da espécie “Tea sinensis”, arbusto originário da China. O hábito de beber chá se espalhou por outros países asiáticos, assim como o plantio dessa espécie. Os ingleses aprenderam a tomar chá quando conquistaram a Índia, e então levaram esse hábito para o ocidente. Ao longo dos anos, a cultura e o hábito de tomar chá foram se sofisticando, e surgiram muitos tipos de chá. Além do chá verde, há o chá preto (que é fermentado), o chá oolong (esse semifermentado), e finalmente o chá branco, feito exclusivamente com brotos e folhas jovens. Existem ainda variantes conforme o tipo de solo, a altitude e as espécies companheiras que o chá é plantado, gerando mais de uma centena de diferentes sabores e odores para essa bebida.
Independente do tipo e origem do chá, todos eles são ricos em epigalocatequina e outras substâncias da classe dos polifenóis que são potentes antioxidantes. Essas substâncias são as responsáveis pelos benefícios do chá verde e as suas outras variantes. Por isso, o uso diário de chá verde previne várias doenças como câncer, pressão alta e aterosclerose, além de proteger a mucosa do estômago e do intestino. O chá verde contém um pouco de cafeína então é também uma bebida estimulante. Mas como a quantidade de cafeína é bem menor que o café e os polifenóis são protetores, o chá é mais bem tolerado.
Para saúde, busque orientação
Mas o chá não se limita a Thea sinensis, ele pode ser feito com outras espécies vegetais. Na China também é comum o chá de jasmim. As diversas culturas foram acrescentando novas plantas ao arsenal de chás, seja para prazer, seja para digestão ou outros benefícios. No Brasil existem muitas plantas usadas para chá, todas com vários benefícios à saúde.
A Camomila (Matricaria recutia), por exemplo é rica, em azuleno, um óleo essencial com propriedades analgésica, calmante e antiinflamatória. Por isso ela é eficiente em tratar cólicas, desconforto digestivo ou como calmante suave. Com essas qualidades temos ainda o chá de erva doce (Foeniculum vulgaris) e de macela (Achyrocline satureoides). A erva doce ainda estimula a lactação e a secreção de saliva (para boca seca), e a macela é antialérgica.
Existe o grupo de chás que são ativos nos problemas do fígado, ou seja, para as pessoas que têm dificuldade de digerir gorduras ou para as que abusam de bebidas alcoólicas. Nesse grupo há o boldo chileno (Peumus boldus), a carqueja (Bacharis trimera) e a hortelã (Mentha piperita). Há ainda os chás com efeitos parecidos, usados como digestivo, mas que protegem a mucosa do estômago, como a espinheira santa (Maytenus ilicifolia) e o boldo nacional (Plectranthus barbatus).
Outras ervas usadas para chá encontram sua maior indicação em gripes e resfriados como o capim limão (Cymbopogon citratus) e a melissa (Melissa officinalis). Em geral, essas plantas possuem atividade antitérmica, analgésica, expectorante e moduladora da imunidade. Por fim, podemos citar as que exibem ação diurética, usadas para aliviar edema, como o hibisco (Hibiscus sabdarifa) e o quebra-pedra (Phyllanthus niruri).
Entretanto, é preciso cuidado ao tomar chás buscando benefícios para a saúde. Nunca se deve utilizar chás com esse objetivo sem uma orientação de um profissional que conheça bem suas indicações. Da mesma maneira que as ações dos chás podem trazer benefícios, quando empregados em excesso, ou em situações equivocadas, podem ser prejudiciais à saúde.


sábado, 30 de julho de 2011

Qual Exercício Ajuda a Eliminar a Barriga?


Saibam caros leitores, que pelo menos uma vez ao mês eu ouço esta pergunta. E logicamente, tento responder toda a vez! O que fazer para perder a barriga?

É importante frisar que temos alguns tipos de barriga, ou o que as pessoas chamam de barriga. Tem pessoas que tem uma leve camada de gordura localizada e falam que estão com barriga. Tem a pessoa que tem o estômago alto e fala que tem barriga; e ainda tem aquela pessoa que tem a chamada “gordura visceral” e fala que esta com barriga! Todas são barrigas para estas pessoas, não?

Quanto mais eu leio e estudo, mais eu vejo a importância de uma combinação de fatores para o sucesso da pessoa, seja qual for o objetivo. Eu costumo falar que esta combinação é uma tríade equilibrada:


Para qualquer que seja o objetivo, a equalização destes três fatores são importantes para a “perda de barriga” que muitas pessoas querem. Não adianta nada realizar duas horas de exercícios físicos, sejam eles quais forem e depois repor seus estoques de energia com alimentos gordurosos e que não ajudam em nada a saúde, por exemplo doces, chocolates, sanduíches de fast food  entre outros. Por mais que você faça exercício, se consumir estes alimentos, com certeza, demorará para perder a sua barriga.

A regra é clara, como já nos diz um famoso locutor, para a redução do percentual de gordura corporal. Para reduzir aqueles pneuzinhos, não tem jeito, ou você aumenta o seu exercício, ou reduz a sua ingesta calórica. Fácil não? Costumo falar que este é o “segredo” do emagrecimento.

Abdominal pessoal, não tira a barriga!  Estou colocando barriga como os pneuzinhos ok? Pelo menos nenhum estudo provou isso. O que o exercício de abdominal faz é  fortalecer a parede abdominal e até hipertrofiar o músculo, e com isso ele fica mais ressaltado, mas somente este exercício não  é capaz de tirar a barriga, se não for em conjunto com o exercício aeróbio, este sim, irá transformar esta gordurinha em energia, e com uma alimentação correta, este efeito será potencializado.

Qual o melhor exercício para tirar a barriga, Rogério? Eu respondo o seguinte: Faça  uma alimentação correta, orientado por um nutricionista, pois lembre-se do topo da pirâmide e do equilíbrio entre os fatores e combine exercícios aeróbicos que irão transformar esta gordurinha localizada  em energia e até diminuir a sua gordura visceral (muito perigosa), além de realizar conjuntamente exercícios de força ou de musculação para o abdômen deixando-os mais firmes e torneados.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

MODULE seu METABOLISMO e tenha/mantenha resultados



Hoje em dia está em moda falar em “modular”, não é? Modulação hormonal, por exemplo... Modular, em Saúde, significa aumentar ou diminuir, estimular ou retardar/bloquear quando necessário, de acordo com a Fisiologia de cada um; afinal, o organismo humano é muito dinâmico e há todo momento muda suas  atividades e necessidades, assim requerendo grande capacidade de adaptação.

Metabolismo é outro termo famoso ultimamente: de forma simplista, significa “o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos” (definição via http://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo); metabolismo rápido (ou acelerado), por exemplo, significa maior velocidade na transformação de substâncias. Mas alem de rápido ou lento, o metabolismo será de síntese de materiais no corpo/mente (anabolismo), como gordura e músculos ou de quebra destes (catabolismo); por exemplo, se o organismo precisa de algum nutriente específico ou de energia (e não está obtendo via dieta/respiração), induz catabolismo.

Em um indivíduo EM EQUILÍBRIO, o metabolismo é mais rápido (e ligeiramente mais catabólico) durante o dia (principalmente de manhã) e mais lento e anabólico à noite (para incorporar nutrientes, reparar estruturas lesadas e fortificar os locais sob mais stress) mas o metabolismo é profundamente influenciado por fatores muito alterados nos dias de hoje, sobretudo stress, alimentação, nível de atividade física e consumo de água.

Por isso, a maioria das pessoas sofre hoje em dia com problemas de metabolismo, sendo o mais comum o de metabolismo lento, por 2 motivos principais:
1 – Metabolismo rápido mantido por tempo demais, sem o devido “descanso fisiológico” para o organismo, levando-o à posterior exaustão e lentificação do metabolismo (exemplos de causadores desta situação: abuso de estimulantes/termogênicos, stress, sono insuficiente, “overtraining” – mais detalhes nos artigos seguintes artigos já postados no blog da Liga http://ligadasaude.blogspot.com/search/label/planejamentohttp://ligadasaude.blogspot.com/search/label/Stress, http://ligadasaude.blogspot.com/search/label/sono)
2 – Metabolismo lento por hábitos de vida ruins (como já dito em epígrafe, sobretudo por má alimentação, baixa ingestão de líquidos e sedentarismo, mas também por efeitos diretos ou colaterais de alguns medicamentos)

Viu o quanto a questão toda é um tanto mais complexa que aquilo que muitos sites preconizam por aí, que a “saída” é simplesmente “bombar” o metabolismo? Modulá-lo, sim, acelerando quando fisiologicamente adequado e deixando cair sua velocidade (ou mesmo desacelerando) quando necessário. Mas acelerar de forma muito abrupta, intensa, mantida por tempo demais ou em horários inadequados, como vimos, sempre traz problemas!

O melhor mesmo é ser avaliado e acompanhado por profissional capacitado que, após anamnese completa e exames, te orientará as estratégias mais adequadas para o seu caso (afinal, cada paciente é único e por isso seu caso terá detalhes que precisam ser considerados na hora da prescrição, individualizando-a); mas se você tem CERTEZA que sua questão é acelerar seu metabolismo, algumas dicas que realmente funcionam, quando levadas a sério:

-       NUNCA deixe faltar água ou alimentos, regularmente
-       Coma menor quantidade, mais vezes e sem “pular” refeições
-       Coma mais fontes de fibras
-       Tenha um excelente café-da-manhã, sobretudo com boas fontes de proteína
-       Melhore o funcionamento do seu aparelho digestivo
-       NUNCA retire totalmente carboidratos da sua dieta por longos períodos
-       Evite o açúcar (carboidratos simples, aqueles realmente doces)
-       Exercite-se pelo menos 3x/semana
-       Adquira e mantenha boa massa muscular
-       Evite quaisquer excessos, seja de alimentos ou mesmo de atividades
-       Durma direito
-       Logo após acordar, não demore muito para alimentar-se
-       Reduza seu stress
-       Fique de olho e gerencie bem suas tendências “genéticas”
-       Há alimentos que estimulam o metabolismo – Descubra-os
-       Se possível, adicione mais pimentas e temperos “picantes” na sua dieta, bem como o chá verde
-       Suplementos adequados, prescritos e acompanhados por profissional competente

* Link interessante, que sintetiza bem a questão de acelerar o metabolismo (áudio em espanhol: http://www.youtube.com/watch?v=ls8FcHKeBcY)

Mais detalhes e explicações sobre elas (por exemplo, quais suas bases fisiológicas)? Semana que vem eu falo mais.


Um abraço!


Ícaro Alves Alcântara
Twitter: @qualidade_vida




quinta-feira, 28 de julho de 2011

DIET OU LiGHT?




Quem nunca ingeriu alimentos diet ou light para economizar nas calorias ingeridas e não ganhar peso?
Brincadeiras a parte, esses alimentos estão entre os mais ingeridos, principalmente quanto à promessa de perda de peso ou ainda a sensação de poder comer qualquer quantidade sem a preocupação dos quilinhos a mais na balança. Perigo à vista! Dependendo da quantidade ingerida, os alimentos “light” ou “diet” podem sim significar ponteiros a mais na balança. Entenda por quê.

Os alimentos designados como DIET, são formulados especialmente para pessoas que têm restrição ao consumo de açúcares, ou seja, portadores de Diabetes Mellitus. Esses alimentos são sim, isentos açúcares, mas de não de gorduras (principalmente as saturadas, perigo!)... normalmente, há adição desse último nutriente, dentre outros aditivos, para preservar o paladar do produto modificado. Vamos dar o exemplo clássico do chocolate diet: compare sempre a quantidade de gorduras e sódio entre as versões normais e diet...é sempre maior! Por isso, nem sempre apresentam diminuição significativa de calorias. Conferir o rótulo é fundamental!

Já os alimentos LIGHT, são aqueles que apresentam uma redução mínima de 25% nas quantidades totais de calorias, carboidratos, gorduras ou açúcares, em relação ao alimento convencional. Ele não é indicado necessariamente para pessoas com algum tipo de doença, mas normalmente é preferência número um para quem está fazendo dietas de emagrecimento ou simplesmente saborear com prazer sem pesar tanto na consciência... cuidado: as pessoas estão ingerindo sem moderação, e normalmente acabam percebendo a diferença na balança. Não podemos esquecer da adição de adoçantes artificiais, corantes, conservantes, aromatizantes, e tantos outros nomes esquisitos que podem ter uma influência muito negativa sobre a nossa saúde. Por que será que o suco de frutas que você prepara pela manhã, já não tem o mesmo sabor à tarde, e o suco industrializado dura cinco dias na sua geladeira sem alteração de sabor? Por isso a importância da comparação de rótulos. Normalmente esses produtos são mais caros do que as versões convencionais, e você poderá está gastando mais por um alimento que não necessariamente precisa ser substituído. Quanto mais natural o alimento/produto melhor! Lembre-se que para o organismo exercer TODAS as suas funções adequadamente, é necessário o consumo de vitaminas e minerais... dê sempre preferência a qualidade nutricional e não a quantidade de calorias. Se economizarmos em oferecer os nutrientes necessários para nosso organismo, ele também economizará em trabalhar e exercer suas funções adequadamente (entendendo melhor:é como o pedreiro estar em uma obra sem cimento e tijolo para construir, sem matéria-prima, não dá!) . Invista na sua saúde para não gastar na doença... Pense nisso!

Importante: Diabéticos só poderão ingerir produtos light se o mesmo apresentr além da redução dos nutrientes especificados acima, isenção total de açúcares.

Seguem algumas dicas para deixar o seu dia-a-dia mais saudável, saboroso e a melhor parte: sem culpa!
Na hora de adoçar o suco, opte pelas frutas mais maduras (que confere o sabor mais doce), ou adicione pequena quantidade de mel;

Adicione ervas, alho e cebola com quatro colheres de sopa de pasta de soja (ou iogurte natural) em substituição à maionese;

Troque a gelatina comum, pela versão natural, feita por você: prepare a gelatina sem sabor (ou ágar ágar) e bata no liquidificador com frutas como manga, maracujá ou ainda com suco de uva orgânico. É totalmente natural!

Refrigerantes? Não, obrigada. Prefira sempre suco de frutas naturais. (Faça combinações diferentes: que tal maracujá com manga ou laranja com abacaxi?)

Não esqueça: suas escolhas de hoje determinarão sua saúde (ou doença) de amanhã...
Muita saúde a todos!
Sílvia Coelho


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você tem Estresse? Saiba como anda o seu


Estresse todos temos. É parte integrante e essencial para a nossa sobrevivência. É só lembrar que nos tempos das cavernas, àquele sujeito que saía da caverna de forma descontraída, tipo “no stress”, era literalmente devorado pelas feras carnívoras. Já àquele que sabia dos riscos inerentes a sua saída da caverna protetora, dava uma olhada, uma espiada, uma cheirada,até se convencer de que era seguro ir para o ar livre. Extrapolando para os dias atuais, o nosso dia-a-dia, nosso trabalho, as contas pra pagar, a preocupação com os filhos, alimentação pobre em nutrientes, fumo, poluição, briga matrimonial, affiiii é muita coisa; tipo isso aí abaixo:

O estresse é portanto MULTIFATORIAL, ou seja, são vários fatores que afetam o equilíbrio do nosso organismo. Pode ser positivo, como tirar umas férias ou ganhar na loteria, como negativo: uma cirurgia; um assalto; desgastes no trabalho; problemas financeiros; entre outros. Claro que os fatores de estresse negativos e que perduram por muito tempo é que são os causadores da fadiga crônica, que é a falência das glândulas adrenais( tema que já falei aqui na liga da saúde ) http://ligadasaude.blogspot.com/2011/04/sindrome-da-fadiga-cronica-sfc.html

São as glândulas adrenais ou supra-renais as responsáveis pela secreção do cortisol, também conhecido como hormônio do estresse. Além de ser um poderoso antiinflamatório, o cortisol aumenta o nível de glicose no sangue e trabalha, junto com outro hormônio, a insulina, para que a glicose seja transportada mais rapidamente às células do corpo. Mais energia é necessária quando o corpo está sob qualquer estresse e o cortisol é o hormônio que faz isso acontecer. Por isso temos de ter uma maior concentração de cortisol no sangue, logo pela manhã, com queda progressiva no decorrer do dia. Na pessoa que está cronicamente estressada, o cortisol irá se manter em níveis altos quase todo o dia. E isto irá provocar, com o tempo, desequilíbrios no organismo e iniciando uma cascata de doenças:

· Predisposição ao diabetes. Cortisol alto, como falamos, aumenta a glicose

· Evolução para osteoporose, pois ele, o cortisol, abaixa o DHEA ( hormônio que aumenta a estrona, formadora de ossos saudáveis)

· Reduz a imunidade, com aumento de infecções. É muito comum mulheres estressadas com infecção urinária de repetição, candidíase de repetição, piora dos sintomas alérgicos, etc

· Aumento dos depósitos de gordura abdominal com risco maior de doenças cardiovasculares com o passar dos anos;bem como retenção de água e sódio como conseqüente hipertenção arterial associada.

O estressado crônico muito comumente é uma pessoa que:

· Está acima do peso ou obesa

· Com hipertensão arterial

· Com retenção de líquidos( “inchada”)

· Com “pré-diabetes” ou Diabetes já instalado

· Baixa imunidade

Sinais e Sintomas de uma Pessoa Estressada:

Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas no trabalho.

Insatisfação e irritabilidade,

Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados, piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas com perda de prazos.

Insônia, sono agitado e/ou pesadelos.

Falhas de concentração e memória.

Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.

Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.

Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas com sensação de monotonia.

Você tem mais de 50% dos itens acima? O sinal vermelho acendeu.


Procure ajuda. Seu organismo não vai consequir se equilibrar por muito tempo. Pode entrar "em curto-circuito". Saiba que existem profissionais capacitados para te auxiliar. Porém, tratando-se de ESTRESSE CRÔNICO, algumas coisas vão depender de você. Dr Ícaro em um de seus textos fala muito bem sobre o assunto: http://ligadasaude.blogspot.com/2011/07/falta-de-tempo-ou-falta-de-planejamento.html

Eu normalmente digo aos pacientes: Seu trabalho é meio de vida ou de morte? A escolha é sua e somente sua. Cabe ao médico indicar e ajudar na sua jornada. Abraços a todos e ótima semana.


terça-feira, 26 de julho de 2011

Alergia Alimentar, Ela Pode Aparecer a Qualquer Momento...


Semana passada falei sobre Intolerância Alimentar e para complementar o tema hoje vamos falar sobre Alergia Alimentar.  A alergia alimentar pode ser definida como uma reação adversa a um antígeno alimentar mediada por mecanismos fundamentalmente imunológicos. É um problema nutricional que apresentou um crescimento nas ultimas décadas, provavelmente devido à maior exposição da população a um número maior de alérgenos alimentares disponíveis.  

As alergias alimentares possuem uma apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A maior parte dos sintomas surge em minutos ou até duas horas após a ingestão. Tanto a natureza da reação como seu tempo de início e duração são importantes para estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar. As reações cutâneas mais comuns são: urticária, inchaço, coceira e eczema; do sistema digestivo: diarréia, dor abdominal, vômitos, do aparelho respiratório: tosse, rouquidão e chiado no peito. Em crianças pequenas, a perda de sangue nas fezes, pode ocasionar anemia e retardo no crescimento.

O número de crianças com alergia alimentar está aumentando, essa é a constatação não apenas dos médicos brasileiros. Um estudo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos mostrou que nos últimos 10 anos aumentou em 18% o número de crianças e adolescentes com até 18 anos com algum tipo de alergia a alimentos. Os dados mostram que quatro em cada 100 crianças apresentam reação alérgica.

Alérgenos mais comuns:

# LEITE - Deve-se ter cuidado com a introdução de leite de vaca na infância.

# OVOS - A albumina dos ovos é usada em marshmallows, alimentos congelados e outras misturas para alimentos. A gema é normalmente bem tolerada.

# TRIGO, AVEIA, CEVADA, CENTEIO - O glúten presente nesses alimentos pode causar alergia a crianças portadoras de doença celíaca.

# PEIXE - O peixe estragado apresenta altos teores de histamina, mesmo antes que haja alteração do sabor.

# FRUTOS DO MAR (caranguejo, lagosta, camarão) - Podem desencadear reações severas.

# TOMATES - Uma reação alérgica a tomates está normalmente associada à frequência de uso na dieta.

# FRUTAS CÍTRICAS - Pessoas alérgicas à frutas cítricas podem facilmente apresentar carência de vitamina C. Nesse caso é necessário uma fonte suplementar dessa vitamina.

# COCA-COLA, CHOCOLATE: A sensibilidade a estes alérgenos é facilmente identificada.

# LEGUMINOSAS (soja, ervilha, feijões) - Verificar no rótulo a presença de lecitina e de outros aditivos da soja, também alergênicos.

# MILHO - Outras fontes de milho são o amido de milho (maizena, cereais como corn-flakes), calda de milho (Karo), óleo de milho, iogurte congelado, farinhas.

# CASTANHAS, AMENDOIM - Convém evitá-los. As aflatoxinas podem causar reação.

# TEMPEROS - Canela é um alérgeno comum.

# ADITIVOS ALIMENTARES E CERTOS MEDICAMENTOS - Corantes, conservantes, etc , bem como certas drogas contendo aspirina, salicilatos, penicilina. Sulfitos, aditivos muito comuns utilizados em picles, cervejas, vinhos, coca-cola, frutas e vegetais secos, cerejas, batatas secas ou congeladas também podem provocar reações alérgicas.

# FERMENTO NATURAL - Adotar uma dieta pobre em leite e laticínios, cogumelos, queijos, cremes fermentados, bacon, geléia, temperos e salsichas (e linguiças).

Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões

Uma vez diagnosticada a alergia, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante da alergia. A exclusão completa do alimento causador da reação é a única forma comprovada de manejo atualmente disponível.  As orientações devem ser fornecidas por escrito, visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais e até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. Portanto, faz-se necessário a consulta a um Nutricionista para equilibrar a dieta e fazer as substituições adequadas ao paciente.

Deve-se ficar atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeia a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato aponta para a presença de leite de vaca. Há sinônimos para uma mesma substância. Coalho e manteiga, por exemplo, têm proteína do leite. 

Fontes:

ANGELIS, R. C. Alergias alimentares: tentando entender por que existem pessoas sensíveis a determinados alimentos. São Paulo: Atheneu, 2006.
FERREIRA, C. T.; SEIDMAN, E. Alergia alimentar: atualização prática do ponto de vista gastroenterológico. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 83, n. 1, p. 7-20, 2007.
PEREIRA, A.C, MOURA, S.M, CONSTANT, P.B.L.  Alergia Alimentar: sistema imunológico e principais alimentos envolvidos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 29, n. 2, p. 189-200, jul./dez. 2008.
SALGADO, J.M. ALERGIA ALIMENTAR - Intolerância do organismo a certos alimentos.


sábado, 23 de julho de 2011

Vegetarianismo





O vegetarianismo não é um regime exclusivamente vegetal, ao contrario do que muitos pensam, e sim, um tipo de regime alimentar em que os adeptos não comem nada que tire a vida de algum animal, portanto, não inclui carne e seus derivados (boi, frango, peixes, etc.) em sua alimentação e, em alguns segmentos pode incluir leite, laticínios e ovos.

Entre os motivos que levam uma pessoa a adotar uma dieta vegetariana estão: saúde, meio ambiente, compaixão pelos animais e religião.

Entre os diversos segmentos de vegetarianismo estão:

Vegano:  O veganismo é mais um estilo de vida do que apenas uma opção alimentar. Os veganos excluem de sua alimentação todos os produtos de origem animal (carnes, peixes, aves, laticínios, ovos, mel, gelatina etc.) Estes também evitam o uso de couro, lã, seda e de outros produtos menos óbvios de origem animal, como óleos e secreções presentes em sabonetes, xampus, cosméticos, detergentes, perfumes, filmes etc. 

Ovo-lacto-vegetariano: não consome nenhum tipo de carne, mas inclui ovos e leite (e derivados, como queijo, iogurte etc.) em sua alimentação. Esta é a forma mais "popular" de vegetarianismo. 

Lacto-vegetariano: não consome nenhum tipo de carne, mas inclui leite e derivados do leite (laticínios).

Crudívoro: o crudivorismo admite apenas a ingestão de alimentos crus ou aquecidos no máximo a 42ºC. Alguns podem aceitar leite cru e carne crua também. A utilização de alimentos em processo de germinação (cereais integrais, leguminosas e olegainosas) é comum nessa dieta.

Frugívoro (ou frutívoro ou frutariano): sistema alimentar que admite apenas o consumo de fruas na alimentação. O conceito de "frutos", nesse caso, segue a definição botânica, que inclui os cereais, alguns legumes (abobrinha, beringela...), oleaginosas e as frutas.

Freegano - o freegano come aquilo que encontra no lixo. Apesar de os freeganos serem mais radicais que os veganos ao se recusarem a comprar qualquer tipo de alimento, eles também são mais flexíveis, já que não têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Eles querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado.

Macrobiótico: O macrobiótico tem um tipo de alimentação específica, podendo ou não ser vegetariana, que baseia-se em cereais integrais, com um sistema filosófico de vida bastante peculiar e caracterizado. A dieta macrobiótica apresenta indicações específicas quanto à proporção dos grupos alimentares a serem utilizados. Essas proporções seguem diversos níveis, podendo ou não incluir as carnes (geralmente brancas). A macrobiótica não recomenda o uso de leite, laticínios ou ovos.

Semi-vegetariano: indivíduo que faz uso de carnes, geralmente brancas, em menos de 3 refeições por semana.

De maneira geral todas focam um estilo de vida mais saudável e um futuro livre de doenças.
Mas você deve estar se perguntando, o que essas pessoas comem a final?

Nestas dietas estão inclusos todos os alimentos de origem vegetal: frutas, cereais, leguminosas, tubérculos, frutos oleaginosos e vegetais.

A American Dietetic Association (ADA) se posiciona dizendo que dietas vegetarianas DEVIDAMENTE PLANEJADAS são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e apresentam benefícios á saúde.

Estes benefícios vêm sendo comprovados por diversos estudos e, entre eles estão melhora do desempenho nos esportes até a prevenção e tratamento de diversas doenças.

Uma dieta vegetariana é geralmente pobre em gorduras e isenta de colesterol, consequentemente com um conteúdo calórico menor, além de conter quantidades consideráveis de fibras. E geralmente maior concentração de folato (o que diminui as concentrações de homocisteína). Fatores que favorecem a redução de peso e diminuição dos riscos de doenças cardíacas.

Estudos mostram que a mortalidade por doença arterial coronariana é mais baixa em vegetarianos do que em não vegetarianos. O nível sérico de colesterol também parece ser mais baixo entre estes. Porém, os valores de triglicerídeos variam dependendo do tipo de dieta seguido.

Vitaminas e minerais são fundamentais para uma boa saúde e podem ser encontrados em excelentes quantidades nos alimentos de origem vegetal. O que é favorável em relação à prevenção de diversos canceres. Este tipo de dieta ainda reduz ou ameniza os efeitos de doenças como osteoporose, obesidade e hipertensão e reduz sintomas de alergias e artrites.

Entre estes, o risco de câncer colo-retal é diminuído, isso porque o há um maior consumo de fibras, leguminosas verduras e frutas.

Estas dietas podem ser seguidas por pessoas de todas as idades e em todos os estágios de vida, inclusive na gravidez e na lactação. Elas também atendem as necessidades de atletas competitivos.

Porém, alguns cuidados são necessários.

Para ser tornar um vegetariano, é necessário conhecer outros alimentos, novas receitas e saber quais são as fontes dos nutrientes mais importantes.

Como se trata de uma transição alimentar, é ideal que se procure um profissional capacitado. Afinal, algumas carências nutricionais poderão existir caso a dieta não seja equilibrada.

Entre os nutrientes que merecem maior atenção estão: vitamina B12, ferro, cálcio, zinco e vitamina D.

Entre as crianças veganas há necessidade de uma fonte confiável de B12 e exposição adequada ao sol ou suplementos de vitamina D.

Exames devem ser feitos periodicamente para verificar se há necessidade de suplementação de algum nutriente, principalmente vitamina B12.

A carne vermelha tem mais ferro que os vegetais em geral, porém, os vegetais conseguem suprir as necessidades do organismo. Mas, para isso alguns alimentos devem fazer parte da dieta: soja, tofu (queijo de soja), feijão, vegetais de folha verde-escura (brócolis, couve), amêndoas, semente de girassol, damasco seco e figo seco. É importante também sempre ingerir uma fonte de vitamina C junto com estes alimentos para potencializar sua absorção.

O cálcio de muitos alimentos vegetais é bem absorvido e as dietas veganas podem fornecer cálcio em quantidade adequada caso incluam regularmente alimentos ricos em cálcio (couve, brócolis, feijão branco, gergelim torrado, frutas secas, castanhas, tofu e melado de cana). Além disso, as plantas tem boa quantidade de magnésio, necessário na absorção do cálcio pelo organismo.
Falta de zinco no organismo pode afetar o crescimento e o estado imunológico do indivíduo. Para melhorar a absorção do zinco, os grãos devem ser deixados de molho na água da noite para o dia. Isso reduz o teor de ácido fítico, elemento que reduz a absorção do mineral. E o consumo de alguns alimentos devem ser enfatizados, gergelim, gérmen de trigo ou soja, feijão de soja seco torrado, todos os feijões (especialmente o azuki), sementes de abóbora, castanha de caju, sementes de girassol, tahine (“manteiga” de gergelim) e gérmen de trigo.
As recomendações de proteínas são facilmente alcançadas nestas dietas, desde que haja uma alimentação equilibrada. Boas fontes de proteína são as leguminosas (feijão, soja, grão-de-bico, ervilha, lentilha), as castanhas e o brócolis

Boas fontes de gorduras insaturadas também são importantes nestas dietas (nozes, castanhas, sementes, pastas de nozes e castanhas, abacate e óleos vegetais).

A história mostrou que os vegetarianos estavam corretos há mais de 100 anos atrás quando alegavam que a dieta que contivesse mais alimentos vegetais era a mais saudável. Como já demostrei no texto sobre dieta paleolítica. Portanto, sigas as recomendações e inclua mais vegetais, frutas, verduras, leguminosas, sementes e oleaginosas em sua alimentação e viva mais e melhor.

Pizza Vegana de rúcula
500g tofu
100g azeite
50ml limão
100g polvilho azedo
Sal
Leite de soja
Rúcula
Castanhas do pará
Azeite

Modo de preparo:
Como preparar o tofupiry: Amasse o tofu com um garfo e bata no liquidificador com o azeite, o máximo que conseguir. acrescente sal, o polvilho azedo e o limão e bata mais um pouco. leve ao fogo, acrescentando leite de soja aos poucos, até dar ponto de requeijão.
Como preparar o pesto: Bata a Rúcula, a castanha e o azeite no liquidificador. Arrume um disco de pizza, espalhe molho de tomate sobre ele, espalhe o tofupiry, coloque as rodelas de tomate com uma fatia de tofu e o pesto, coloque azeite a gosto e leve ao forno.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exercício físico regular – por que é mais que importante: É FUNDAMENTAL



Você já ouviu falar de zebra que sofreu “derrame”? Ou leão que infartou? Pois é: começaram a acontecer vários casos em animais trazidos do seu habitat natural para os zoológicos. Entre outras coisas, isto significa dizer que se até os animais, mais fortes e rápidos que o ser humano, podem apresentar complicações cardiovasculares quando diminuem sua atividade física diária, imagine o quanto não é mais fácil para o ser humano sedentário…

Pensemos em uma porta, novinha: se não for “aberta e fechada” e lubrificadas suas dobradiças regularmente, com certeza apresentará em pouco tempo dificuldade em ser aberta, emperrará, emitirá sons, mostrando que sua movimentação está cada vez pior. Extrapolando este exemplo para o organismo humano:

-       A porta, é o nosso corpo e mente;
-       O óleo de lubrificação é a água;
-       As dobradiças são nossas articulações, músculo e circulação sangüínea: sem água e exercícios físicos, as articulações e músculos começam a “travar” e doer e o sangue a circular mal, não chegando direito às várias partes do corpo e a ficar “grosso”, coagulando-se exageradamente e “entupindo” veias e artérias com mais facilidade.

Ainda outra analogia interessante: Sabem o que acontece com sangue “parado”? Coagula. Quando coagula, entope; e no nosso corpo, quando o sangue fica por aí “entupindo” artérias e veias, temos a gênese das varizes, edemas (inchaços), embolias, tromboses, infartos, derrames e o agravamento de quadros de pressão alta. Como movimentar o sangue? Exercício físico, regular.

Seguindo este raciocínio…

De fato, as doenças cardiovasculares (sobretudo pressão alta, infartos e derrames), só no Brasil, matam em torno de 1.000 pessoas por dia, sendo o número de “seqüelas” e complicações quase 5 vezes maior. Em todo o mundo, infartos, derrames e pressão alta matam juntos muito mais que acidentes, AIDS, câncer, gripe H1N1 ou qualquer outra doença que possamos pensar.

Então, que exercício físico fazer? Qualquer um preferencialmente aeróbico (ou seja, com aumento da respiração) por no mínimo 40 minutos seguidos, pelo menos 3 vezes por semana, lembrando a importância da avaliação médica antes de iniciá-los. Valem caminhada, hidroginástica, dança, corrida, natação, tênis, etc; os fatores mais importantes são: manter a regularidade, procurar não interrompê-lo e respeitar os limites de cada organismo. E sem dúvida, a pessoa mais indicada para orientá-lo nesta questão é o profissional de Educação Física.

Entre os reconhecidos benefícios do exercício físico regular estão:

- Melhor funcionamento e resistência cardiovascular: um coração mais “forte” é mais resistente e efetivo,  precisando trabalhar menos intensamente para cumprir sua função habitual;
- Maior força, tamanho e flexibilidade dos músculos, ao mesmo tempo em que se queima gordura;
- O exercício físico aeróbico melhora a circulação sangüínea, assim prevenindo ou melhorando, por exemplo, patologias como tromboses, varizes e entupimentos dos vasos sangüíneos.
- Aumento do colesterol “bom”, o HDL, que ajuda a reduzir o colesterol total, desobstruir vasos e prevenir novos “entupimentos”;
- Redução e controle da pressão arterial
- Melhor função respiratória, o que melhora a disposição para as atividades diárias;
- Redução do stress, o que melhora a produtividade diária.

Concluindo, manter o corpo em movimento, regularmente, não é uma opção, é obrigatório: a natureza conta com o apoio dos nossos músculos para ajudar o coração e os vasos sangüíneos no árduo trabalho de circular o sangue adequadamente por todo o corpo. Sem este auxílio, que ninguém se surpreenda se precocemente em sua vida desenvolver graves doenças cardio-circulatórias. Exercício físico regular: este simples cuidado ajuda a evitar doenças e, quando não, melhora muito a recuperação e efeitos de tratamentos.

* Esclarecimento importante: As dicas deste texto NÃO substituem a consulta ao seu médico (ou profissional de saúde em questão) e embora em sua maioria estejam BEM embasadas em inúmeros trabalhos científicos, em boa parte, são frutos de observação minha, em consultório, ao longo de mais de 10 anos de Medicina.

Um abraço e SAÚDE,

Twitter: @qualidade_vida

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CREATINA: PRECISO OU NÃO CONSUMIR?

Atualmente, a busca pelo “corpo perfeito” é constante. Nas academias sempre há trocas de informações sobre o que seria melhor ingerir. E quem é malhador de carteirinha com toda certeza já ouviu falar sobre a Creatina e seus efeitos no aumento de performance, força e ganho muscular.   
Em 2005 a Creatina foi proibida no Brasil, sendo revogada a decisão em 2010 pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanaitária, porém com algumas restrições: apenas para atletas que praticam exercícios de alta intensidade.
Na prática, não é assim que acontece.  A creatina hoje tem se tornado um dos suplementos alimentares mais populares e consumidos, devido seus benefícios na atividade física. Suplemento alimentar segundo a legislação vigente, é toda e qualquer substância, em geral produzida quimicamente, que tem a propriedade de completar a ação dos alimentos naturais  quando o consumo for insuficiente. Ou seja, é necessário verificar a real necessidade para sua ingestão.
A Creatina vendida como suplemento, é a Creatina monoidratada, um pó branco de fácil solubilidade. Seu principal objetivo é aumentar a quantidade total de Creatina no músculo, principalmente na forma fosforilada ou em fosfocreatina (no músculo há uma reação química que ocorre por uma enzima chamada creatina quinase), que é forma energética utilizada por algumas fibras musculares, para a manutenção de força em exercícios de alta intensidade e consequentemente, aumento de massa muscular. Alguns estudos mostram que a Creatina também possui atividade antioxidante e de melhora da sensibilidade da insulina para glicose. Mais uma vez: só o profissional poderá avaliar seu caso! Ele irá verificar parâmetros como: altas ou baixas dosagens para efeitos positivos, melhor momento (antes, durante ou após o treino), quanto de tempo consumo será necessário, qual atividade física você pratica, sua intensidade de treino e principalmente contra-indicações.
A creatina é uma substância produzida pelo corpo a partir de 3 aminoácidos: glicina, arginina e metionina. O fígado é o principal órgão capaz de sintetizá-la, seguido por rins e pâncreas.  Há também outros órgãos nos quais a Creatina fica depositada, como por exemplo, coração, retina e cérebro. Além disso, podemos consumir aproximadamente 1 grama de creatina diariamente, quando consumimos carnes (todos os tipos), seguido do bacalhau, linguado, salmão, atum. É encontrada também em outros alimentos, porém em quantidades muito pequenas. Mas somente a alimentação é suficiente para que esses resultados sejam atingidos?
Essa pergunta precisa ser respondida por uma Nutricionista ou Médico habilitado no assunto, para avaliar a real necessidade do paciente. Pois ao contrário, o produto poderá ser eliminado, caso seu organismo não precise dela (o organismo possui um ponto de saturação, ou seja, há uma quantidade “x”  para ser absorvido). Há também a possibilidade de sobrecarga em algum órgão podendo trazer sérios prejuízos, além de inchaços (principalmente em mulheres) ou ainda sintomas como náuseas ou diarréias.  Com o consumo inadequado, vem a má notícia: ao invés de ter aquele corpo desejado, de quebra você poderá adquirir aquela gordurinha excedente para contabilizar na balança. Esse é o motivo principal que o trio: atividade física x suplementação x alimentação equilibrada com todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas, minerais), precisam sempre estar em dia. De nada adianta consumir mega doses de creatina, se sua alimentação não estiver adequada. Ou o que era sonho, pode virar pesadelo. Acredito que não vale apena arriscar, ok?
Outra dica: cuidado com a embalagem. Claro que todo e qualquer rótulo é necessário chamar (e muito!) a atenção do consumidor, com fotos de corpos esculturais e atléticos. Havendo indicação do profissional, sempre procure por marcas ou farmácias confiáveis, para garantir resultados satisfatórios e efetivos.
Muita saúde!
SÍLVIA COELHO

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Souza Junior, Tácito Pessoa de and Pereira, Benedito Creatina: auxílio ergogênico com potencial antioxidante?. Rev. Nutr., Jun 2008, vol.21, no.3, p.349-353.
PERALTA, José and AMANCIO, Olga Maria Silverio A creatina como suplemento ergogênico para atletas. Rev. Nutr., Jan 2002, vol.15, no.1, p.83-93.
Souza, Renato Aparecido et al. Influência da suplementação aguda e crônica de creatina sobre as concentrações sanguíneas de glicose e lactato de ratos Wistar. Rev Bras Med Esporte, Dez 2006, vol.12, no.6, p.361-365
BIESEK et al. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. Barueri, SP. Manole, 2005, P288-292