sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Caminhada rápida ou corrida reduzem pela metade o risco de síndrome metabólica...



Um novo estudo feito na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostrou que a prática de duas horas semanais de atividades físicas como corrida de carga moderada ou caminhada rápida pode chegar a diminuir pela metade o risco de síndrome metabólica. Essa condição reúne alguns dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares — portanto, eliminar esse problema de saúde é uma forma eficaz de evitar o surgimento de eventos como ataque cardíaco e derrame cerebral.
No entanto, os autores alertam que a fonte do benefício está na intensidade da atividade, e não no tempo de duração. Ou seja, ao contrário do que diversos trabalhos já mostraram, o mesmo efeito não vale para uma caminhada leve, por exemplo. As conclusões foram publicadas nesta segunda-feira no periódico BMJ Open.
Para que uma pessoa seja diagnosticada com síndrome metabólica, ela deve se enquadrar em três ou mais das seguintes características: hipertensão, índice de açúcar elevado no sangue, excesso de gordura abdominal, baixo nível de bom colesterol e índices elevados de ácidos graxos. Esses problemas predispõem o paciente a doenças cardiovasculares, ao diabetes e — quando as doenças ocorrem associadamente — à morte prematura.
Participaram da pesquisa mais de 10.000 pessoas de 21 a 98 anos. Elas foram avaliadas e acompanhadas ao longo de dez anos, período durante o qual responderam a questionários sobre frequência e intensidade de prática de atividade física. No início do estudo, 20% das mulheres e 27% dos homens tinham síndrome metabólica, e a prevalência da condição estava fortemente associada aos níveis de atividade física — quanto mais sedentário, maior a prevalência do distúrbio. 
Quando a pesquisa terminou, essa relação continuou a mesma — com desvantagem para quem caminhava menos. Enquanto cerca de dois em cada dez indivíduos sedentários tinha a síndrome, somente uma em cada dez pessoas fisicamente ativas que participaram do estudo — ou seja, metade — apresentava o problema.
Esses resultados valeram para a prática de duas horas semanais de atividades com intensidade moderada, como corrida e caminhada rápida. Não houve diferença, no entanto, entre as pessoas sedentárias e as que praticaram caminhadas leves, mesmo se praticadas durante uma hora todos os dias. "Nossos resultados confirmam o papel da atividade física na redução do risco de síndrome metabólica e sugerem que a intensidade, e não a quantidade do exercício, é o que deve ser levado em consideração."
Fonte: Revista Veja