sábado, 6 de agosto de 2011

Selênio...


O tão famoso mineral presente na castanha, é essencial a muitos processos corporais e importante na prevenção de muitas doenças. No organismo ele esta presente em quase todas as células, favorecendo nosso sistema imunológico e protegendo também o sistema nervoso. Tem papel importante também na síntese de hormônios da tireóide e na capacidade de eliminar metais pesados e ainda exerce papel inestimável na prevenção do câncer, como vem sendo demostrado por inúmeros estudos onde relaciona-se o menor consumo do mineral com o aumento dos casos de óbito por câncer. Isso por que, o selênio é um componente que aciona a glutationa peroxidase uma enzima que atua no interior das células convertendo os compostos tóxicos em atóxicos protegendo o organismo dos radicais livres e do câncer.

Ou seja, uma menor concentração de selênio leva uma redução destas enzimas e consequentemente a uma maior circulação de radicais livres.

Portanto, a função básica do selênio na prevenção do câncer é a de proteger o DNA contra a ação dos radicais livres e contra a agressão que as células normais sofrem com a quimioterapia nos tratamentos específicos para o câncer.

Se usado concomitantemente com a vitamina E reduz a exigência da vitamina sendo, portanto, auxiliar na prevenção da catarata e doenças cardíacas.

Esse oligoelemento é necessário para manter a função do tecido pancreático e da elasticidade da pele.

A ingestão adequada de selênio depende de inúmeros fatores que vão desde a sua forma química no inicio da cadeia alimentar até os meios de ingestão e absorção. O teor deste mineral no solo também exerce grande influência em sua quantidade nos alimentos. Como já foi demonstrada em estudos realizados em regiões agrícolas do país a existência de deficiência de selênio em alguns lugares.

Doenças, sintomas e sinais clínicos que podem estar associados à deficiência de selênio:

• Acne;
• Doenças da próstata;
• Envelhecimento precoce;
• Infecções urinárias e crônicas;
• Perda da elasticidade da pele;
• Queda de cabelos;
• Tendência de alergias a alimentos e a toxinas;
• Catarata;
• Depressão;
• Infertilidade;
• Doenças cardíacas.
• Exaustão,
• Alteração no crescimento,
• Hipercolesterolemia,
• Infecções.

A deficiência pode ocorrer em decorrência de diversos fatores, como doenças crônicas não transmissíveis, doenças do trato intestinal nos fumantes, nos idosos, nas gestantes, nas lactantes, no organismo com excesso de metais pesados (cádmio, mercúrio, prata, platina, chumbo, cobre), as plantações com solo pobre em selênio e águas contaminadas por mercúrio.

A RDA preconiza uma ingestão de 55 a 70mcg/dia deste mineral. Entre os alimentos com maiores concentrações de selênio estão:

• Banana
• Carne bovina (cozida); Peixe (cozido); Porco (carne cozida);
• Abóbora, alface, aipo, brócolis, batata, batata-doce, cenoura, couve, pepino, rabanete, cogumelo (cozido);
• Alimentos industrializados enriquecidos com selênio, arroz, alho, cebola, farinha de mandioca, feijões, grãos integrais, trigo (farinha). Açúcar, café.
• Castanha do Brasil.

O leite materno é uma ótima fonte de selênio para os bebês, desde que a lactante consuma alimentos com boa disponibilidade e selênio.

Porém, a melhor forma de alcançar a recomendação é por meio de suplementação. Preconiza-se a dose de 100 a 300mcg de selênio por dia em forma de suplementos.

Ressalta-se que o seu excesso pode ocasionar o amolecimento dos dentes, o gosto metálico na boca, o suor com odor de alho, fadiga muscular, congestão vascular interna, queda de cabelo, dermatite, alteração do esmalte dos dentes, vômito, artrite, alterações nas unhas, alterações gastrintestinais, queda de cabelo, irritabilidade e sabor metálico na boca, palidez e pele amarelada.

Por isso, é essencial que antes de iniciar uma suplementação é necessário um acompanhamento com médicos e/ou nutricionistas.

Referências:
FAVIERE, Maria, I.G. Nutrição na visão da prática ortomolecular. São Paulo: Icone, 2009.
OLSZEWER, Efrain. Clinica Ortomeolecular. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2088.