O Mal de Alzheimer ou Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia degenerativa que acomete o cérebro. Usualmente é de natureza crônica e progressiva, comprometendo funções corticais superiores como a memória, o pensamento, a linguagem e o julgamento crítico.As características da doença foram descritas pela primeira vez no início do século XX pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer.
A DA em 1 a 2% dos casos é exclusivamente de fundo genético, ou seja, ocorre em determinadas famílias e geralmente é de início precoce, por volta dos 65 anos. Os outros 98% dos casos é de início tardio e multifatorial, a citar: predominância no sexo feminino; idade avançada; baixo nível educacional; tabagismo; colesterol alto; homocisteína alta; hipertensão arterial, diabete mellitus;hábitos de vida ruins( alimentação com baixo valor nutricional, falta de atividade física), etc.
A doença já atinge cerca de 15 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que este número pode triplicar até o ano de 2050, principalmente devido ao aumento da expectativa de vida.
O tratamento medicamentoso preconiza o uso dos inibidores da acetilcolinesterase (Rivastigmina e galantamina), ou seja, àquelas drogas que reduzem a degradação da acetilcolina (neurotransmissor envolvido na DA), otimizando assim a memória. Mas o uso da medicação não impede a evolução da doença, pois não atua nas causas.
As causas da DA ainda não estão bem estabelecidas. Porém determinados pontos são importantes e cruciais para melhoria do quadro, a citar: o estresse oxidativo (aumento dos radicais livres; que lesam as células cerebrais); sedentarismo; PCR aumentada (significa aumento da inflamação no organismo);carências nutricionais, entre outros.
O objetivo do presente texto é o de mostrar que além das medicações alopáticas disponíveis (que uso, diga-se de passagem), existem possibilidades complementares que podem ser úteis em vários casos.
Sabendo que a Doença de Alzheimer pode ter diversas causas, o paciente deve ser visto de forma globalizada:
- Doenças associadas, como hipertensão, colesterol, homocisteinemia e diabetes devem estar sob controle;
- Rever os hábitos alimentares deste idoso, melhorando a qualidade nutricional destes pacientes;
- Estimular atividade física, sempre que possível; além do estímulo à memória (hábito de leitura, por exemplo)
- Combater a inflamação e o estresse oxidativo com suplementação**:
- Uso de antioxidantes, particularmente a vitamina E ajuda na redução do estresse oxidativo. A redução do dano causado pelos radiais livres às células cerebrais pode desacelerar a progressão da doença*;
- O colesterol elevado, particularmente de uma proteína que o transporta para o cérebro, conhecida como ApoE4 aumenta muito as chances de desenvolver a doença. O uso de ômega 3 reduz em 60% a progressão da doença*, particularmente o uso do DHA, que seria a versão “cerebral” do ômega.
- Uso de vitaminas B12, B6 e folato(B9) para àqueles com homocisteína elevada;
- Há indícios de um “defeito” nas mitocôndrias nos locais afetados pela doença. As mitocôndrias são como nossa usina energética. No paciente com Alzheimer a produção desta energia está comprometida. O uso de nutrientes que estimulam as mitocôndrias, tem demonstrado resultados animadores*(ex.Riboflavina, nicotidamida, CoQ10, carnitina, magnésio, ácido alfa-lipóico entre outros)
- Finalmente. Ingredientes essenciais no tratamento do portador de DA: Carinho, paciência e atenção. ***
*Referências bibliográficas à disposição do leitor.
**O uso de qualquer suplementação deve ser feita por profissional habilitado. A auto-medicação não deve ser realizada.
***Grifo meu: experiência de 15 anos no trato diário com pacientes portadores desta enfermidade.