sábado, 20 de dezembro de 2014

Sua falta de energia pode ser culpa do... PORTUGUÊS!

 

Não. Isso não é piada de português. Tô falando sério.

Sabe quando você percebe que, mesmo comendo carboidratos antes do treino, o entusiasmo falta?
Você acaba pensando:

- Pôxa... Eu comi alimentos "energéticos" e tô assim, de maresia... com vontade de parar o treino. O que será que aconteceu? Quem poderá me ajudar?

Não vai aparecer o Chapolim Colorado aqui. Pode se tranquilizar. A culpa é do Português. Não me refiro àquele seu amigo imigrante que bravamente mantém negócios e gera empregos no Brasil. Este ajuda muito mais do que atrapalha. Eu tô falando da Língua Portuguesa na sua forma coloquial. Na forma falada e praticada.

Olha o que eu achei quando procurei o termo energia no Michaelis:

Energia 
 Capacidade dos corpos para produzir um trabalho ou desenvolver uma força. 2 Modo como se exerce uma força; eficácia. 3 Qualidade do que é enérgico; resolução nos atos; firmeza. 4 Atividade diligente. 5 Força física. 6 Força moral. 7 Vigor. 8 Força em ação. Antôn (acepções 3, 5, 6 e 7):fraqueza. E. absorvida, Eletr: energia gasta por uma máquina ou mecanismo durante o seu funcionamento. E. a ponto zero: energia cinética remanescente numa substância sujeita à temperatura de zero absoluto. E. atômica, Fís:energia liberada por alterações no núcleo de um átomo (como, p ex, pela fissão de um núcleo pesado por um nêutron ou pela fusão de núcleos leves em mais pesados), acompanhada de perda de massa; também chamada energia nuclear. E. calórica: energia desenvolvida pela ação do calor; energia térmica.E. cinética, Fís: energia mecânica de um corpo em movimento. E. de choque, Fís: energia cinética de um projétil no instante do impacto. E. de escape, Astronáut: energia por unidade-massa que deve ser comunicada ao projétil a fim de lhe ser dada a velocidade de escape. E. de ligação, Fís: energia que mantém juntos os nêutrons e prótons de um núcleo atômico. E. disponível, Fís:parte da energia de corpos ou sistemas que existe em condições tais que teoricamente pode ser derivado trabalho dela. E. elétrica: energia proporcionada pela eletricidade. E. eólia: energia derivada dos ventos. E. específica: energia interna por unidade de massa de um corpo. E. estelar: a) energia interna de uma estrela; b) energia irradiada por uma estrela. E. fornecida, Eletr: energia fornecida por uma máquina ou sistema (a um acumulador, p ex). E. latente: o mesmo que energia potencial. E. livre, Fís:a) parte da energia de uma porção de matéria que pode ser alterada sem variação de volume; b) potencial termodinâmico interno; c) o mesmo queenergia disponível. E. luminosa, Fís: energia transferida por radiação visível ou na sua forma. E. mecânica, Fís: capacidade para produzir trabalho. E. megacíclica: energia elétrica de frequência muito elevada. E. nuclear: o mesmo que energia atômica. E. potencial, Fís: energia de um corpo que depende de sua posição em relação a outros corpos e das forças ativas em relação a um estado normal; também chamada energia latente. E. química:energia liberada ou formada em uma reação química. E. radiante: energia que se propaga em forma de ondas; especificamente, a energia de ondas eletromagnéticas (como as de rádio, raios infravermelhos, luz visível, raios ultravioleta, raios X e raios gama). 

Eu coloquei pequenininho pra ocupar menos espaço, mas não perca seu tempo. Eu já chequei. Em nenhum lugar deste texto energia se traduz em entusiasmo. Nem mais em nenhum outro lugar que eu tenha procurado. Sabe o porquê? Simples! É porque são coisas diferentes.
Quando falamos que os carboidratos, assim como as gorduras, são alimentos energéticos, estamos nos referindo a esta capacidade de servir como fonte de energia, como combustível para que nosso corpo possa exercer suas funções. Não estamos falando sobre entusiasmo.

Já viu como você fica depois de comer uma macarronada? Ou um bocado de pão com manteiga? Fica super eletrizado e com vontade de sair correndo ou se sente tremendamente satisfeito e relaxado, com vontade de fazer... mais nada?! Em geral, impera a segunda opção. Isso acontece porque, quando ingerimos alimentos de alto índice glicêmico, acabamos produzindo um bocadão de serotonina, o neurotransmissor responsável pela satisfação (e não felicidade, como muitos dizem por aí).

Neste momento você pode pensar:

- Mas isso não é bom, Adolfo? Sentir-se satisfeito é ótimo!

Seria mesmo... se durasse. Não dura. É efêmero. Pior ainda: passa logo e dá uma vontade doida de curtir esse barato de novo... e lá vai você atrás de mais carboidratos simples, no caminho de virar uma baleia se arrastando pelo chão e cheia de doenças metabólicas. Caminho para o fundo do poço.

Agora relaxe um pouco. É claro que eu estou falando em excessos e tipos de carboidratos específicos. Além disso, há um outro tanto de elementos envolvidos aqui, como a irritabilidade intestinal pelo glúten, dentre outros. Não estou falando mal de carboidratos, como alguns podem pensar, às vezes. Eu só quero alertar você pra uma coisa: comer açúcares não vai te dar ENTUSIASMO. No máximo, você vai ter um pulso rápido de euforia, seguido por uma sensação de que não precisa fazer mais nada e, depois, que precisa comer mais ainda estes alimentos.

Modere-se e procure ajuda profissional para organizar sua alimentação. Não fique tentando fazer sozinho! Estamos aqui pra isso.

Só mais um lembrete, para provocar um pouco. A fonte de energia primária e principal para os seres humanos, nos últimos 200.000 anos foi, e ainda é... a GORDURA ANIMAL.

EAT BUTTER!


Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557