Sessenta minutos de
exercícios diários, de moderados a intensos. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, é o mínimo que as crianças (de 5 a 17 anos) precisam para
melhorar a capacidade cardiorrespiratória, fortalecer ossos e músculos e
combater a obesidade. A ênfase é nos exercícios
aeróbicos, que vão desde brincadeiras e jogos à prática esportiva. Uma pesquisa
realizada nos Estados Unidos pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos
mostra que menos da metade dos jovens daquele país segue a orientação. No Brasil,
não há estatísticas. Mas a maioria das escolas oferece apenas duas aulas de
educação física por semana e as crianças já não brincam mais nas ruas por
questões de segurança.
Uma
alternativa, nesse contexto, são as aulas extracurriculares que envolvem
movimento. “Para um ser humano em pleno desenvolvimento do sistema neuromotor,
a estimulação é determinante”, acredita o professor de educação física Rafael
Kanitz Braga, mestre em Ciências do Movimento Humano e docente da PUC-PR. Ele
destaca que é importante incorporar as atividades físicas desde a educação
infantil, sejam espontâneas ou direcionadas, para que elas se tornem rotina na
vida adulta.
E
se ele não quiser ir mais à aula?
Na
infância, as aulas, tanto na escola quanto as extracurriculares, têm de ser
lúdicas – as regras são incorporadas para valer somente após o 3º ano, em
geral. “São uma iniciação ao esporte e não treino”, alerta Pâmela Santi,
professora de educação física do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo. Por isso, o
ideal é que a criança escolha o que mais lhe atrai. Opções não faltam!
Atualmente, os tradicionais futebol, judô, balé e natação estão perdendo espaço
para outras atividades como circo, capoeira, yoga, entre outros. Os pais podem
fazer sugestões, obviamente, só não vale insistir para o filho praticar um
esporte que vá satisfazer apenas a eles: a atividade tem de ser prazerosa e
motivadora para a criança.
Além
das aulas regulares de educação física na escola, dedicar duas horas por semana
da agenda à prática esportiva já basta. Afinal, seu filho também precisa ter
tempo para se exercitar, brincando de outras coisas. Se ele, entretanto, chora
para ir à aula, pede para mudar de curso com frequência ou até finge que está
doente no dia, é um sinal de que algo não vai bem. De acordo com Pâmela, antes
de brigar ou, pior, obrigar a criança a ir à aula, melhor descobrir a razão.
“Pode ser que ele tenha se desentendido com um amigo ou que a escola esteja
forçando demais”, diz. Vale a pena respeitar a vontade do seu filho caso ele
queira desistir, oferecendo outras opções de exercícios. Pode ser que ele até
peça para voltar, dali a um tempo. Insistir demais, entretanto, aumenta as
chances de frustração--sem falar naquele trauma de ser o último a ser
escolhido, sabe?-- e, assim, de ele fugir dos esportes no futuro.
Prof.
Wladimir Luna CREF 9533G-DF
Personal Trainer
Especialista em Treinamento
Funcional CORE 360°
Professor Treinamento
Funcional, na rede de Academias Runway DF
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