A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, de origem
autoimune e etiologia desconhecida. Apesar de a doença acometer indivíduos de
todas as faixas etárias, as mulheres estão três a quatro vezes mais propensas a
serem acometidas pela AR do que os homens. Assim como na maior parte dos
problemas reumatológicos, a AR se caracteriza por uma série de eventos que se
combinam um com os outros, entre eles a rigidez articular, dor, inchaço,
deformidade articular, atrofia muscular, descondicionamento físico generalizado
e a diminuição da função. Grande parte dos pacientes com doença articular
inflamatória ou não inflamatória sofre com diminuição da força muscular e
atrofia em torno da articulação envolvida. Esta perda de força pode resultar da
inatividade e do próprio quadro inflamatório. Por exemplo, pacientes com AR
exibem atrofia das fibras musculares do tipo I e II, fato que pode estar
relacionado com alterações patológicas dentro do tecido ou ao desuso.
O paciente com AR necessita de tratamento fisioterápico e farmacológico,
mas fortes evidências apontam, também, benefícios no uso de exercícios físicos
na sua terapêutica. Apesar de ainda não existir um consenso quanto ao melhor
tipo, intensidade, frequência e duração do exercício, evidências apontam que a
prática regular de atividade física exerce papel fundamental no tratamento da
doença. Por este motivo, exercícios físicos regulares podem e devem ser
incluídos na rotina da vida diária do paciente o que, em conjunto com a terapia
farmacológica, pode proporcionar maior independência e qualidade de vida aos
portadores de AR, sem contar que oexercício também pode auxiliar a reduzir a
dor articular. Foi durante as duas últimas décadas que os pesquisadores
intensificaram os estudos sobre a eficácia dos exercícios de força e aeróbicos
no paciente da artrite. Os dados resultantes destas pesquisas mostram
claramente que o exercício maximizaa amplitude de movimento, além de melhorar a
força muscular, resistência, alinhamento adequado das articulações, função e a
densidade óssea.Após a liberação do médico para esta prática esportiva, o
profissional que acompanhar o portador de AR durante seu programa de exercícios
deve considerar a extensão e o estágio do comprometimento articular, bem como
os fatores que podem afetar a motivação e a obediência do paciente, pois é
natural que a pessoa com quadro de inflamação articular tenha receio de
praticar exercícios resistidos. Os parâmetros para o tipo e a quantidade de
exercícios a serem prescritos serão determinados pelo grau de sinovite do
paciente, levando em consideração se há ou não destruição e deformidade
articular, bem como deverá ser avaliada a tolerância do paciente à dor.Quando o
portador de doença crônica não é cuidadoso e apresenta um quadro agudo, o mesmo
deverá ser incentivado a fazer exercícios de fortalecimento estático, além de
exercícios suaves de amplitude de movimento. Os protetores articulares podem
ser úteis para evitar traumas às articulações inflamadas.A intensidade do
programa de exercícios deve ser determinada pelo próprio paciente, para que não
seja feito esforço articular além da conta. Alguns detalhes devem ser
atentamente observados, por exemplo, a dor aguda durante o exercício indica a
necessidade de modificar o programa; a dor vaga difusa, que se resolve em menos
de duas horas, não indica a necessidade de modificação do programa. Quanto aos
tipos de programas de exercícios mais indicados, os de fortalecimentoaumentam a
força muscular e a contratilidade, melhorando a capacidade do paciente de realizar
suas atividades diárias. Evidências indicam que os pacientes com AR são mais
fracos do que pessoas saudáveis e que aqueles com AR grave chegam a ter de
33-55% menos força nesta mesma comparação. A amplitude do exercício deve ser
realizada fora da faixa de dor do paciente, ou seja, seve ser realizado dentro
do limite, sem que a articulação seja demasiadamente forçada. No entanto, com a
melhora do quadro doloroso, as amplitudes articulares podem ser suavemente
forçadas, para que haja ganho de amplitude respeitando o processo patológico
primário.
Os programas de fortalecimento muscular para o portador de AR podem ser tanto estáticos, quanto dinâmicos, ou até mesmo uma combinação de ambos. Nos exercícios estáticos, mais conhecidos por isométricos, o indivíduo gera tensão muscular sem que tenha que alterar o comprimento do músculo e mover a linha articular. Este tipo de exercício é muito recomendado, pois é muito bem tolerado mesmo durante os períodos de inflamação articular aguda, ajuda a prevenir a atrofia muscular, produz menos inflamação e com menor alteração na pressão intra-articular. No entanto, em determinados pacientes com quadros exacerbados, os exercícios estáticos são contraindicados, pois exercem uma grande demanda sobre a função cardíaca.Outra opção são os exercícios dinâmicos, que tem a característica de alongar e encurtar a fibra muscular durante sua execução, o que permite que a articulação se movimente por meio de amplitude completa ou limitada e produza força. Este tipo de exercício é recomendado em períodos em que a inflamação articular se encontra controlada.Sendo assim o paciente com AR pode se beneficiar de ambos os tipos de treinamento, sendo um mais apropriado para os momentos de inflamação articular e o outro para os momentos fora da crise. Tanto um quanto o outro programa de treinamento levam à hipertrofia muscular e podem melhorar a força e as funções motoras do paciente. Após inúmeras pesquisas envolvendo pacientes com AR e exercícios resistidos, pode-se afirmar que o exercício é um método comprovado de melhorar a função, a resistência e o humor de pacientes com artrite reumatoide. Os programas de curta duração de exercícios estáticos e dinâmicos mostraram melhora na força muscular que variou entre 27 a 57% para mais, com pouco efeito sobre a dor e derrames articulares. Acredita-se que a prática de exercícios é capaz até de reduzir a sinovite articular, mas para tanto é necessário que o médico Reumatologista avalie o quadro do paciente para verificar se não há nenhuma contraindicação.
Os programas de fortalecimento muscular para o portador de AR podem ser tanto estáticos, quanto dinâmicos, ou até mesmo uma combinação de ambos. Nos exercícios estáticos, mais conhecidos por isométricos, o indivíduo gera tensão muscular sem que tenha que alterar o comprimento do músculo e mover a linha articular. Este tipo de exercício é muito recomendado, pois é muito bem tolerado mesmo durante os períodos de inflamação articular aguda, ajuda a prevenir a atrofia muscular, produz menos inflamação e com menor alteração na pressão intra-articular. No entanto, em determinados pacientes com quadros exacerbados, os exercícios estáticos são contraindicados, pois exercem uma grande demanda sobre a função cardíaca.Outra opção são os exercícios dinâmicos, que tem a característica de alongar e encurtar a fibra muscular durante sua execução, o que permite que a articulação se movimente por meio de amplitude completa ou limitada e produza força. Este tipo de exercício é recomendado em períodos em que a inflamação articular se encontra controlada.Sendo assim o paciente com AR pode se beneficiar de ambos os tipos de treinamento, sendo um mais apropriado para os momentos de inflamação articular e o outro para os momentos fora da crise. Tanto um quanto o outro programa de treinamento levam à hipertrofia muscular e podem melhorar a força e as funções motoras do paciente. Após inúmeras pesquisas envolvendo pacientes com AR e exercícios resistidos, pode-se afirmar que o exercício é um método comprovado de melhorar a função, a resistência e o humor de pacientes com artrite reumatoide. Os programas de curta duração de exercícios estáticos e dinâmicos mostraram melhora na força muscular que variou entre 27 a 57% para mais, com pouco efeito sobre a dor e derrames articulares. Acredita-se que a prática de exercícios é capaz até de reduzir a sinovite articular, mas para tanto é necessário que o médico Reumatologista avalie o quadro do paciente para verificar se não há nenhuma contraindicação.