Existe um grupo específico de estudos na IASP
(International Association for the Study of Pain) para verificar as diferenças
entre gêneros na manifestação da dor. Pode se observar que as diferenças
envolvendo homens e mulheres são mais relevantes em pesquisas clínicas que os
resultados de estudos de laboratório. Os estudos realizados até o momento
indicam que as variáveis psicológicas e sociais podem influenciar fortemente a
percepção de dor e muitas vezes podem explicar mais da variância associada à
dor do que as variáveis biológicas (na maioria das culturas os homens são
criados para tolerar dor, sendo esta tolerância um sinal de força e
superioridade).
De um modo geral, as mulheres apresentam uma maior
quantidade de síndromes dolorosas crônicas em relação ao homem (como migrânea
crônica, síndrome do intestino irritável, fibromialgia, entre outras). Elas
também tendem a apresentam maior incapacidade quando comparando síndrome
dolorosas semelhantes. Fatores hormonais podem estar envolvidos com estes
achados (o estrógeno modula vias serotoninérgicas, dopaminérgicas e sensibiliza
receptores NMDA). Além disso, as mulheres também apresentam mais sintomas
depressivos e ansiosos, os quais estão diretamente ligados à dor crônica. De
toda forma, ainda não há um consenso universal sobre este tema e novos estudos
ainda estão acontecendo para esclarecer assunto tão polêmico.
Fonte:
Site: viversemdor.com
Studying sex and gender differences in
pain and analgesia: A consensus report”. Pain 132 (2007): S26 – S45. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2823483/
Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF
4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial/ Ortopedia
Funcional dos Maxilares
Especialista em Periodontia
Especializanda em DTM e Dor Oral Facial