segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cafeína e seus efeitos: melhora da tolerância ao exercício prolongado...



O efeito demonstrado foi o de aumentar a mobilização de gordura durante 
a atividade física, preservando assim os estoques de glicogênio muscular


Os efeitos fisiológicos da cafeína, não se restringem ao mecanismo estimulante do sistema nervoso. A cafeína tem outros efeitos, e no coração, aumenta os batimentos cardíacos. Em doses muito elevadas pode inclusive causar arritmia cardíaca.

A cafeína é considerada como uma substância com efeito ergogênico, ou seja, ela pode melhorar o desempenho físico. Este efeito sempre foi atribuído às suas propriedades estimulantes, acreditando-se que os benefícios fossem todos relacionados ao maior nível de atenção e alerta.

Recentemente, alguns estudos mostraram efeitos da cafeína na melhora da tolerância ao exercício prolongado. Neste caso, o mecanismo de ação proposto é outro. O efeito demonstrado foi o de aumentar a mobilização de gordura durante o exercício, preservando os estoques de glicogênio muscular.

A cafeína tem sido monitorada pelas entidades de controle antidoping. Até alguns anos atrás quando seu consumo ultrapassava um valor crítico, comprovado pelos seus metabólitos dosados na urina, o usuário era considerado dopado. Atualmente, o uso da cafeína é liberado.

O fato é que hoje ela é muito utilizada por atletas, mas existe preocupação com o abuso do seu consumo. Os trabalhos científicos que investigaram seus efeitos ergogênicos, relatam efetividade de doses em torno de 300 miligramas, entretanto existem relatos de utilização de doses de até 450 a 600 miligramas.

Para se ter uma ideia da quantidade de cafeína em algumas bebidas, sabemos que um café forte pode ter entre 70 e 100 miligramas. Uma lata de energético contém 80 miligramas de cafeína. A realidade é que a cafeína hoje é classificada pela ANVISA como suplemento nutricional, porém seu consumo deve ser controlado. Existe sempre o receio de exagero de dosagem, como também seu uso por indivíduos com contraindicação como cardiopatas e hipertensos.

A recomendação é sempre só utilizar com orientação profissional.

Por: Dr. Turibio Barros


 
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