segunda-feira, 20 de maio de 2013

A polêmica dos atestados médicos para academias...



Recentemente foi resgatada a polêmica dos atestados médicos para frequentadores de academias. No ano passado uma nova legislação passou a exigir atestados médicos semestrais para alunos de academias gerando grande discussão e em muitos casos até uma certa revolta.

Menos de um ano após, uma nova lei municipal aboliu o atestado médico obrigatório nas academias na cidade de São Paulo e passou a recomendar a aplicação de um questionário internacionalmente validado denominado PAR-Q o qual faz uma breve investigação dos antecedentes clínicos e familiares do indivíduo, além da assinatura de um termo de responsabilidade.

Nova polêmica e novas manifestações de revolta, dessa vez de profissionais da área médica, com a alegação de que fazer atividade física em academias sem um atestado médico coloca a saúde do praticante em risco.

Trata-se de um assunto realmente polêmico e de difícil consenso. Deixando interesses corporativos a parte, devemos analisar a questão à luz de algumas considerações críticas.

Em primeiro lugar é importante que se diga que a prática de exercícios em academias não pode ser considerada uma atividade de alto risco para a saúde. O próprio Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) considera exercício em academias atividade de risco moderado. Certamente as atividades competitivas mesmo que recreacionais são muito mais perigosas.

Além disso, não podemos criar uma situação de temor para quem vai fazer exercícios, lembrando que exercício não mata ninguém, o que pode causar um episódio fatal é a manifestação de uma doença até então desconhecida. Essa manifestação pode ocorrer na academia, na quadra, no trabalho ou até em casa.

Devemos exigir que um indivíduo que pretende fazer exercícios em academia consulte um médico para obter um atestado de saúde? O bom senso diria que sim, se este atestado for realmente elaborado a partir de uma consulta médica profissional e criteriosa e não obtido de forma irregular como muitas vezes pode ocorrer.

Entretanto, se recomendamos que quem vai fazer exercício consulte um médico, devemos também recomendar ainda com mais ênfase que quem não vai fazer exercício também consulte o médico, pois este que levará vida sedentária terá muito maior risco para sua saúde !



 
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