A Agência para a Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura anunciou o lançamento comercial do primeiro biochip de diagnóstico molecular capaz de identificar 13 doenças tropicais diferentes a partir de uma única amostra de sangue.
Com um alto nível de automação, o kit de diagnóstico poderá mudar completamente a qualidade e a eficiência dos exames para identificar doenças infecciosas tropicais, incluindo a dengue, malária,chikungunya e várias outras.
"As doenças tropicais muitas vezes apresentam sintomas comuns, como febre, o que dificulta o diagnóstico correto pelos médicos nas primeiras consultas. Este kit de exame portátil é um método rápido e confiável para identificar com precisão múltiplos alvos patogênicos a partir de apenas uma amostra de sangue, em questão de horas," disse a professora Lisa Ng, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do biochip.
O aparelho funciona com base em kits para identificar cada uma das doenças.
No lançamento do aparelho está incluso o primeiro kit disponível comercialmente no mundo para identificar a gripe aviária causada pelo vírus H5N1.
O biochip já é capaz de detectar a gripe aviária H5N1, a malária e a dengue. Outras 10 doenças deverão ter seus kits de identificação colocados no mercado nos próximos meses. [Imagem: Veredus Laboratories] |
Exame da gripe aviária
O kit de diagnóstico da gripe aviária H5N1, segundo os pesquisadores, é altamente sensível, capaz de detectar um gene específico para a cepa H5N1 em menos de quatro horas.
O kit foi testado em amostras de aves no Vietnã e na Malásia, com excelentes resultados, não apresentando nenhuma reação cruzada com outros patógenos. Durante os testes de campo, o kit foi capaz de detectar todas as amostras positivas para H5N1 derivadas de ovos e órgãos das aves.
Os outros dois kits de diagnóstico incluídos no lançamento do aparelho são o kit de identificação da malária e o kit de diagnóstico da dengue.
Os outros 10 kits projetados para o aparelho serão colocados no mercado ao longo dos próximos meses. O biochip será comercializado pela empresa Veredus.
Fonte: Diário da Saúde