Crianças correndo e brincando: exercício tem que ser uma atividade
lúdica (Foto: Agência Getty Images)
Especialista Nabil Ghorayeb destaca que a busca pela
qualidade de vida tem que começar cedo e passa primeiro pela atividade física sem pressão.
A boa vida continua! Quem,
como, o que e com o que iniciaremos a atividade física? Como diz o amigo e
parceiro de muitas jornadas, o fisiologista Turíbio Barros, que também faz
parte do Eu Atleta, incentivar a atividade física talvez seja o mais importante
ato de saúde neste momento. Assim, eu quero acrescentar, e se bem prevenidos
para não correr riscos, completaremos os bons hábitos de vida de muitos. Desde
criança devemos incutir, sem cobranças dos pais por vitórias, o gosto pela
atividade física e esportiva.
Até a chamada
pré-adolescência, o recomendado pela Medicina do Esporte e do Exercício é
deixar a criança conhecer e experimentar a maior diversidade de esportes. A
partir dos sete anos, apesar da pressão de treinadores de toda ordem, evitar
competições desnecessárias nessa faixa de idade, que mais desgastam o gosto
pelo esporte e podem levar essa criança à desistir de ser um futuro atleta e
mesmo simples esportista, depois de alguma derrota.
O crescimento biológico não
queima etapas e, ao vermos atletas de origem asiática vencendo provas olímpicas
precocemente, lamentamos por elas, a perda da infância lúdica e a absurda
cobrança de responsabilidades fora de tempo e fora de idade para isso. Serão
adultos infelizes na sua maioria. Estimular a criança de esportes individuais a
praticar os coletivos é básico para aprender a ganhar e perder em grupo,
dividir os resultados e ser mais sociável na sua vida em sociedade.
As mulheres já foram
contempladas com um artigo nosso em março de 2012 e recentemente em outra
coluna do Turíbio. Não me custa lembrar que o excesso de exercícios para
ficarem levemente musculosas ou tremendamente musculosas como destaques do
carnaval, além dos problemas ortopédicos que certamente virão, o uso não médico
dos hormônios de crescimento (GH) e do DHEA, um precursor do hormônio
masculino, foram terríveis desencadeadores de doenças de toda ordem.
O Conselho Federal de
Medicina (CFM) proibiu a pratica da tal medicina (m minúsculo) anti-aging ou do
antienvelhecimento, que usava diversos hormônios, por não serem comprovados
seus benefícios para a saúde ou para rejuvenescimento, além de trazerem alto
risco de cancer. Mesmo a medicina ortomolecular, não está permitida como
pratica médica livre, não podendo ser cobrada o seu uso médico, segundo nova
resolução de 2013 do CFM.
Adultos devem tomar mais
cuidados
Os adultos de qualquer
gênero devem se submeter a avaliações médicas antes de iniciar suas atividades
esportivas e de intensidade, como as lutas, spinning e outros exercícios.
Agora, ao menos uma consulta e eletrocardiograma faz parte do bom senso, que
serão acrescidos de outros exames, pelo seu médico, de acordo com a escolha da
modalidade esportiva ou física. Lógico, se for apenas caminhar, não precisaria
de uma bateria de exames, por isso sempre que puder, consulte seu médico no que
seria necessário.
Recentemente, dois casos em
academias foram emblemáticos. Durante o teste físico, uma jovem teve
taquicardia com pulsação atingindo 200/min e um outro caso, de fevereiro 2013,
teve uma importante subida da pressão arterial nesse teste físico. Então, faça
a avaliação médica antes do teste físico, só escolha treinadores diplomados e
registrados no Conselho Regional de Educação Física. Essa história de um amigo
corredor me deu as dicas da preparação não deve nunca ser utilizada, amigo é
para um bom papo, correr junto ou coisas do tipo.
Por fim, o nosso veterano
com idade acima dos ...enta já aprendeu em artigo nosso anterior, não pare
nunca (salvo proibições de saúde) de correr, comer alimentos saudáveis e
saborosos, tomar bebidas saudáveis, dançar, namorar (veja lá, com qualidade!).
A medicina pode lhe dar soluções dos problemas sem milagres mas a atividade
física regular é a cereja do bolo da qualidade de vida.
* As informações e opiniões
emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não
correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.