Um estudo de investigadores espanhóis indica que algumas das lesões
cerebrais associadas à doença de Alzheimer poderão ser reversíveis, recorrendo
a métodos tão simples como a prática de exercício físico. O estudo foi
publicado esta semana na revista Molecular Psychiatry.
Embora ainda se desconheça se são uma causa ou uma consequência da doença de
Alzheimer, a verdade é que esta enfermidade está associada, entre outros
fatores, a danos nos neurónios granulares do hipocampo, uma zona do cérebro
relacionada à aquisição de novas memórias.
A investigação liderada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas
(CSIC), uma instituição de saúde pública espanhola, vem sugerir que os danos
nos neurónios granulares são reversíveis.
O estudo realizado em ratinhos mostra que a combinação de exercício físico,
estimulação cognitiva e interação social pode reverter a deterioração destes
neurónios, voltando estes à sua estrutura original, explicam os
investigadores do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC)
em comunicado de imprensa.
Durante a investigação os ratos recuperaram a estrutura e conectividade dos
seus neurónios granulares, depois de terem sido submetidos a uma prática mais
intensa de exercício físico e de interação com outros ratos.
O estudo demonstrou "a reversibilidade das alterações celulares associadas
à doença de Alzheimer naqueles neurónios", diz Maria
Llorens-Martín, do Centro de Biologia Molecular (centro misto do CSIC e da
Universidade Autónoma de Madrid), no comunicado.
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