quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Por que não emagreço (Checklist rápido)?


Por que não emagreço?
(Checklist rápido)

Se você quer emagrecer de forma saudável, efetiva e com resultados duradouros, melhore seus hábitos de vida (http://www.icaro.med.br/a-base-de-tudo/); simples assim. Se não fizer isto e “for emagrecido” só às custas de algum tratamento ou medicamento, possivelmente ficará dependente deste, ou seja, sempre que parar tem grandes chances de recuperar o peso perdido (sobretudo sob a forma de gordura e retenção de líquidos)... E quem quer ser escravo de algo? Sobre emagrecimento, recomendo estes 2 links para você estudar mais (afinal, ninguém derrota um inimigo sem conhecê-lo bem, como já dizia Sun-Tzu):

Mas... E quando os hábitos de vida estão os mais saudáveis possíveis e mesmo assim você não EMAGRECE (com eficácia e saúde), o que fazer?

1 -  Você REALMENTE tem hábitos de vida BASICAMENTE adequados?
Seu organismo precisa de 4 combustíveis básicos para funcionar: o ar proveniente da sua respiração, a água que você bebe, sua alimentação (e digestão/assimilação/distribuição/transformações/uso dos nutrientes ingeridos) e boa circulação sangüínea; se UM destes faltar, seu cérebro “manda” reduzir seu metabolismo e acumular todos os 4, só por precaução... O resultado disto é que toda carência de combustíveis para o organismo perturba a circulação, e faz você ficar lento, retendo líquidos e GORDO.

2 – Se você já tem mesmo hábitos de vida mais saudáveis (lembrando que o que você “destruiu” em anos pode levar muitos meses para ser corrigido), reflita: será que já não atingiu a melhor composição corporal que seus hábitos e perfil genético atualmente permitem? Pergunto isto porque são freqüentes as situações onde as pessoas desejam mais que possam alcançar pelas suas condições atuais... E são raras as pessoas capazes de adotar hábitos 100% ok, única situação que permitiria corpo “perfeito”.
Mas se não é este o caso e você realmente permanece acima do peso ideal, vá para o passo 3;

3 - Já foram corrigidas as carências de nutrientes, excessos (intoxicações) e BOM combate ao stress oxidativo?
As situações acima inflamam e estressam seu organismo (por obrigá-lo a funcionar em situações “extremas”) e ambas as condições fazem-no assumir vias metabólicas “alternativas” que cronicamente têm entre suas conseqüências reduzir o metabolismo, poupar água (em locais pouco oportunos) e produzir gordura.

4 - Já foram moduladas as quantidades/qualidades/funções dos seus hormônios e neurotransmissores?
Hormônios e neurotransmissores nada mais são que “mensageiros”, permitindo a comunicação entre os neurônios e demais células/órgãos: de forma mais simples, possibilitam tanto os “pensamentos” quanto as ordens do cérebro e das glândulas. Um organismo com deficiência deles é como uma cidade sem correio, telefones ou motoboys (e afins): pode até ter tudo para funcionar direito mas sem comunicação, simplesmente não funciona. No caso do organismo, a falta de transmissão adequada de informações gera stress e inflamação que, como bem sabemos, levam a danos ao metabolismo, retenção de líquidos e produção de gordura
* O termo modular significa equilibrar, elevando os níveis do que está baixo e reduzindo os excessos

5 – Estaria você usando substâncias que possam estar afetando negativamente meu metabolismo?
Muitas vezes algum remédio, suplemento, alimento ou mesmo chá é usado erradamente e por isso prejudica o metabolismo (e lembra o que ocorre quando seu metabolismo sofre? Todo o seu organismo estressa, inflama e sofre junto!)

5 - Já foram corrigidas alterações detectáveis em exames?
Alterações em exames sempre devem merecer correlação com os demais exames e quadro clínico do paciente e motivar as medidas cabíveis para sua correção: afinal, quem acha possível ter uma saúde excelente mas com exames meramente razoáveis ou “aceitáveis”?

6 - Patologias/sintomas diversos descompensados apesar de ter seguido direito TODOS os passos acima?
Mesmo que os exames estejam “ok”, a presença de sintomas indica que algo não vai bem no organismo, merecendo investigação e conduta pois pode ser a causa ou fator de agravação do excesso de peso.


É claro que este texto não tem a pretensão de esgotar o assunto, que por si só é bastante extenso, cheio de variantes que interferem e interagem mutuamente: a idéia aqui é apenas ajudar a organizar um pouco mais a abordagem do tema para que torne-se mais efetiva! Mas como vocês viram, a Base de Tudo continua sendo ter e manter Hábitos Saudáveis de Vida, que podem corrigir/melhorar/adequar TODOS os "passos" acima… E em grande parte, dependem só de você para tornarem-se REALIDADE!


Abraço e boa semana!

Dr. Ícaro Alves Alcântara
www.icaro.med.br

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Conheça as dietas mais estranhas da história...



Há uma longa história de "dietas milagrosas", que a historiadora Louise Foxcroft descreve em seu livro "Calorias e Espartilhos: Uma História da Dieta através de 2 mil anos", ainda sem versão em português.
"A prática da dieta na Antiguidade era vista como uma forma de melhorar a saúde física e mental. As pessoas realmente pegaram um gosto por essas dietas ditas milagrosas no século 19. Foi durante esse tempo que começou a haver uma preocupação excessiva com a estética e, assim, a indústria do regime explodiu", explica Foxcroft.
Outra marca registrada dessas chamadas dietas milagrosas é que elas sempre estiveram associadas com as celebridades.
O boom da indústria da dieta também foi facilitado pelo crescimento no número de celebridades, dos meios de comunicação e dos novos medicamentos, acrescenta Foxcroft.
Portanto, quais são as dietas milagrosas mais estranhas e prejudiciais à saúde da história?
Mastigue e salive bastante
Na virada do século 20, o norte-americano Horace Fletcher popularizou a ideia de que uma das maneiras mais efetivas de perder peso era mastigar e cuspir bastante.
O fletcherismo, como foi chamado seu processo de emagrecimento, dizia que as pessoas deveriam mastigar a comida até todas as calorias fossem "extraídas" e depois cuspir o material fibroso que restou.
Fletcher detalhava minuciosamente quantas mastigadas a pessoa tinha de dar para cada tipo de comida. Segundo ele, um determinado tipo de alho, por exemplo, teria de ser mastigado em torno de 700 vezes.
Por mais estranha que pudesse parecer, a dieta tornou-se bastante popular e atraiu vários seguidores famosos, como os escritores Henry James e Franz Kafka.
Segundo Foxcroft, o regime chegava ao ponto de cronometrar os jantares de modo que as pessoas mastigassem a comida.
"A dieta também previa que seu seguidor defecaria apenas uma vez a cada duas semanas e que seu cocô não teria odor. Pelo contrário, as fezes teriam um odor similar a 'biscoitos recém-tirados do forno'", diz.
"Fletcher carregava uma amostra de suas próprias fezes com ele para ilustrar o feito de sua dieta", acrescenta.
Dieta dos vermes
Também no início do século passado, uma dieta inusitada fez enorme sucesso. O regime previa a ingestão de tênias (ou solitárias) para emagrecer.
A cantora de ópera Maria Callas teria sido uma das celebridades daquela época a ter comido parasitas para perder peso.
As pessoas que seguiam essa dieta deveriam ingerir ovos dos parasitas, frequentemente em forma de pílulas. A teoria baseava-se na ideia de que tão logo as tênias atingissem a maturidade no intestino dos pacientes, absorveriam a comida, dando início ao processo de emagrecimento, por vezes, acompanhado de diarreia e vômito.
Uma vez que o usuário atingisse o peso desejado, tomaria uma pílula para matar os parasitas que, no melhor dos casos, morreriam.
A pessoa teria, então, de excretá-los, o que poderia causar complicações no abdômen e no reto.
O regime era arriscado em vários sentidos. Não apenas o parasita poderia crescer em até 9 metros de comprimento dentro do corpo do seguidor da dieta, como também poderia provocar inúmeras doenças, como dores de cabeça, problemas oftalmológicos, meningite, epilepsia e demência.
"Durante o século 19, a dieta tornou-se um grande negócio", diz a historiadora Annie Gray, especializada em nutrição. "A publicidade ficou cada vez mais sofisticada, com mais e mais produtos dietéticos sendo colocados à venda."
Arsênico
Remédios, pílulas de emagrecimento e "poções mágicas" tornaram-se um grande negócio no século 19. Mas tais medicamentos normalmente continham ingredientes perigosos, incluindo arsênico e estricnina.
"Eles foram alardeados como aceleradores do metabolismo, tal qual as anfetaminas," diz Foxcroft.
Apesar de a quantidade de arsênico nas pílulas ser pequena, era também muito perigosa.
Não eram raras as vezes em que os seguidores dessa dieta tomavam uma dosagem acima da recomendada para perder peso mais rápido, morrendo por envenenamento.
Além disso, o arsênico nem sempre aparecia na bula como um dos ingredientes do remédio, o que fazia com que as pessoas desconhecessem o que estavam tomando.
"Não havia muito controle sobre a venda de tais venenos naquela época e qualquer um podia obtê-los para todos os fins", diz Foxcroft.
"Isso propiciou o surgimento de falsos médicos, que se diziam especialistas em dietas para promover e vender tais produtos. Muitas pessoas caíam nesse 'milagre de cura'," acrescenta a historiadora.
Vinagre
As dietas de celebridades são mais antigas do se pensa. Lord Byron foi um dos primeiros ícones desse tipo de regime e ajudou a dar o pontapé na obsessão pública sobre como os famosos perdem peso.
Como as celebridades de hoje em dia, o poeta britânico trabalhava duro para manter a cintura. No início de 1800, ele popularizou um tipo de dieta que consistia majoritariamente na ingestão de vinagre.
A proposta desse regime era de que, para limpar o organismo das impurezas, a pessoa precisaria beber vinagre diariamente e comer batatas embebidas no líquido. Os efeitos colaterais incluíam vômito e diarreia.
Por causa da imensa influência cultural de Byron, havia muita preocupação sobre o efeito da dieta na juventude daquela época.
Isso porque muitos escritores acabaram restringindo-se à alimentação composta por vinagre e arroz para tentar chegar ao estilo e à palidez de Byron.
"Muitas de nossas meninas estão vivendo sua adolescência em semi-jejum," escreveu um crítico daquela época.
No início do século 19, os padrões de alimentação também se tornaram mais prescritivos, como a maneira de sentar-se à mesa ou promover um jantar, diz Gray.
"Isso fez com que as pessoas começassem a se preocupar com o seu físico. A Rainha Vitória, da Inglaterra, por exemplo, vivia aterrorizada com seu peso."
Borracha
Em meados de 1800, o norte-americano Charles Goodyear descobriu como melhorar a borracha além de seu estado natural por meio de um processo conhecido como 'vulcanização'.
Com a Revolução Industrial e a produção em massa, o uso da borracha foi, de repente, expandido maciçamente.
A partir daí, foram fabricantes aos milhares ceroulas e espartilhos feitos do material.
A ideia era de que a borracha disfarçaria o excesso de peso, mas, mais importante, esquentaria o usuário, fazendo-o suar e, eventualmente, perder peso.
Tais peças de roupa eram usadas tanto por homens quanto por mulheres, diz Foxcroft.
"Naquela época, todo o tipo de roupa e tratamento era anunciado como uma maneira de perder peso", completa Gray.
A dieta durou até a Segunda Guerra Mundial, quando a borracha passou a ser empregada exclusivamente no confronto.
Fonte: Diário da Saúde


*** O texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Exercício físico aeróbico combate insuficiência cardíaca...



A prática de exercícios físicos aeróbicos interrompe o processo degenerativo observado na insuficiência cardíaca.
A insuficiência cardíaca é uma condição caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente.
A descoberta foi feita por Juliane Cruz Campos, na Universidade de São Paulo (USP), e foi publicado na revista científica PLoS One.
O trabalho é a continuação de uma pesquisa anterior, quando a equipe do professor Júlio César Batista Ferreira descobriu que o coração insuficiente não bate bem por causa de um defeito no sistema de controle de qualidade das células cardíacas - responsável por destruir proteínas danificadas.
Sem esse mecanismo de limpeza, proteínas altamente reativas se acumulam no citoplasma, interagem com outras estruturas e acabam causando a morte da célula cardíaca, agravando ainda mais o quadro.
No estudo anterior, os cientistas testaram em ratos uma molécula, a βIIV5-3, que foi capaz de normalizar o controle de qualidade e reverter o processo degenerativo.
Agora, os pesquisadores descobriram que o treinamento aeróbico é tão eficaz quanto o tratamento farmacológico para a reativação do "sistema de limpeza" celular.
Embora o infarto seja a principal causa de insuficiência cardíaca, explicou o pesquisador, esse processo degenerativo é o resultado final comum de diferentes doenças crônicas não tratadas, entre elas a hipertensão, o diabetes e a obesidade. O mal leva à morte 70% dos pacientes afetados nos primeiros cinco anos.
"Após o dano primário, as células restantes têm de trabalhar em dobro para compensar a lesão crônica. Como não estão preparadas para isso, acabam entrando em colapso ao longo do tempo," disse.
Para avaliar o impacto do exercício físico aeróbico em um coração nessas condições, foi feito um experimento com 27 ratos divididos em três grupos.
No primeiro, composto por dez animais, os pesquisadores induziram o infarto e os animais permaneceram sedentários. No segundo, o infarto foi induzido em oito roedores, posteriormente submetidos a um programa de corrida na esteira de uma hora diária, cinco vezes por semana, durante dois meses. O terceiro grupo, considerado o controle, não teve o infarto induzido nem praticou atividade física.
No grupo dos ratos corredores, a função cardíaca - que é a capacidade do coração em bombear sangue para as artérias - melhorou em torno de 70% quando comparado aos animais infartados e sedentários.
A tolerância ao esforço, que corresponde à distância que os animais conseguem correr na esteira, aumentou de 280 metros para 760 metros.
Já o consumo máximo de oxigênio, antes reduzido em 20%, atingiu valores equivalentes aos do grupo controle, ou seja, normalizou.
"O exercício físico normalizou a atividade do proteassoma no coração dos ratos e, com isso, restaurou o controle de qualidade", contou Ferreira.
Análises moleculares feitas nos corações dos animais e com cultura de células cardíacas mostraram que, de fato, a mitocôndria deixa de funcionar bem na insuficiência cardíaca.
"Ela passa a consumir menos oxigênio, a produzir menos ATP (adenosina trifosfato, molécula que armazena a energia) e a gerar espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio em excesso", contou Ferreira.
Esses radicais livres podem reagir com diferentes moléculas na célula e causar um colapso, afirmou o pesquisador.
"O exercício físico foi capaz de restaurar o metabolismo da mitocôndria e, consequentemente, reduzir a liberação de radicais livres e seus subprodutos no coração dos animais com insuficiência cardíaca", explicou o pesquisador.
Fonte: Diário da Saúde

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Prática de esportes ajuda a aumentar concentração no dia a dia...



Teste da Unicamp mostra que depois de um mês de treinos físicos maioria dos participantes consegue melhores notas em exames de raciocínio.

Se você ainda está procurando um bom motivo para começar a se exercitar, a coluna Você Não Sabia, Mas Já Existe, vai te dar um: exercício faz bem para o cérebro.

Que o esporte faz bem para a saúde, todo mundo sabe. Mas o que você vai descobrir na reportagem é que esses benefícios podem ir muito além da parte física, de deixar o corpo mais bonito.

O que normalmente a gente aprende é que, quanto mais cedo a gente começa um esporte e quanto mais a gente treina , melhor fica. Pois a ciência agora quer mostrar mais claramente que o exercício feito ao longo da vida traz benefícios não apenas a parte física, mas também a mental.

No interior de São Paulo, pesquisadores querem fazer suar para pensarmos mais e melhor. Foi há cerca de um ano que a Faculdade de Educação Física da Unicamp começou a desenvolver uma pesquisa sobre o cérebro humano. E se isso já surpreende você - uma faculdade de Educação Física pesquisar o cérebro da gente - vai se surpreender ainda mais com o esporte que foi escolhido pra fazer essa pesquisa: o badminton.
Ele exige rapidez, reflexo, estratégia. E não é fácil. Foram escolhidos 12 alunos sedentários, sequer conheciam badminton. Primeiro, passaram por testes de raciocínio e concentração. Depois, treinaram por um mês, jogadas do esporte. E repetiram os testes. O resultado: dos 12, 11 obtiveram melhores notas.

Rosária de Digangi, aluna de doutorado, foi uma delas. “Pode-se comparar o meu cérebro sem o exercício e após um tempo fazendo o exercício. Antes eu era nota 6, depois 8,5. Tudo graças ao badminton, eu acredito”, conta.

“Se ela melhora a atenção e concentração no jogo, consequentemente ela vai melhorar a atenção e concentração. Quando ela estiver dirigindo, executando qualquer atividade outra, fazendo um problema, qualquer tipo de situação essa atenção e concentração também é melhorada”, explica Paula Teixeira Fernandes, professora de Educação física da Unicamp.

O que pode estar por trás desses resultados é o estímulo aos neurônios. Na grande estrutura cerebral, eles são responsáveis por transmitir informações para o corpo todo. Para que essa comunicação flua melhor, é preciso estimular o cérebro com diferentes trabalhos. A leitura, a música, palavras cruzadas - isso é bem conhecido. Com o exercício físico, acontece algo semelhante. O esporte seria uma forma de também melhorar as conexões entre os neurônios.

No laboratório de Neuroimagem da Unicamp é possível enxergar como o cérebro é influenciado, como o cérebro é ativado, durante um exercício físico. Pela primeira vez - e o pessoal da Unicamp foi pioneiro nisso - colocou-se em uma máquina de ressonância magnética um equipamento que permita um exercício, um esforço físico.

O Bom Dia Brasil fez o teste, acompanhado da equipe do professor Li Li Min. Com metade do corpo dentro de uma máquina de ressonância magnética, a medida que o repórter mexe as mãos ou as pernas, como se estivesse pedalando uma bicicleta, é possível enxergar o cérebro. E ver como o exercício físico está fazendo o cérebro reagir.

O exame revela imagens que mostram as áreas do cérebro que vão sendo ativadas. Com uma carga leve de exercícios e uma mais pesada: quanto o maior o esforço, maior a concentração em uma área específica do cérebro.

Para o professor Li Li Min, essa ginástica cerebral deve começar desde cedo. “Se a criança começa a investir na sua saúde corporal como um todo, mas que também tem hoje repercussão no cérebro, ele vai ter uma reserva, uma poupança cerebral, muito mais alta do que aquela pessoa que começa mais tarde”, explica.

Pequenos judocas são treinados pelo medalhista Flávio Canto. Sempre que pode, Flávio participa das aulas e mostra que a força física não é a única que precisa ser trabalhada.

“O judô é um esporte individual, você entra sozinho em uma luta. Você tem que se programar para vencer. E você lá dentro está o tempo inteiro precisando improvisar. E isso te obriga a estar toda hora pensando. É um xadrez do corpo”, diz.

Para o esporte fazer bem para o cérebro, é preciso ter rotina e sempre buscar um melhor desempenho. A remadora Fabiana Beltrame, medalhista de ouro, conta o que passa pela cabeça dela na hora de uma competição: “Eu estou sempre concentrada em fazer o barco andar mais. Então, concentrada na técnica, olhando também como eu estou em relação aos meus adversários, vendo como estão as condições da lagoa, da raia em que eu estou competindo”.

Ela garante que o esforço e a concentração também ajudam fora do esporte. “Sou muito mais focado no que estou fazendo. Não importa se eu estou lendo um livro, na internet ou vendo um filme. Eu estou muito mais focada, mais concentrada, em tudo o que eu estou fazendo”, diz.

Fonte: globo.com









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sábado, 26 de janeiro de 2013

É saudável comer peixe durante a gravidez?



Para as mulheres grávidas e seus bebês, os benefícios da ingestão de peixes podem superar os riscos associados com o alimento.
Quando uma mulher grávida ingere peixe, ela expõe seu bebê à neurotoxina metil mercúrio.
Por outro lado, ela ingere compostos que estimulam o desenvolvimento cerebral do feto, essencialmente os ácidos graxos poli-insaturados, mais conhecidos como ômega-3.
A agência norte-americana FDA recomenda que as mulheres grávidas comam não mais do que duas porções de peixe por semana, e evitem a maioria dos peixes grandes, em razão do eventual maior acúmulo de metil mercúrio.
Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde e a Organização para Alimentação e Agricultura lançaram recentemente um comunicado conjunto enfatizando os benefícios da ingestão de peixe pelas mulheres grávidas e mães que estão amamentando.
Segundo as duas entidades, a falta do consumo de peixe pode ter um forte impacto negativo no desenvolvimento cerebral do bebê.
Essas mensagens conflitantes deixam as mães sem saber o que fazer.
Para tentar dirimir as dúvidas, cientistas da Universidade de Rochester (EUA) fizeram avaliações nutricionais detalhadas em 225 mulheres grávidas, e depois monitoraram o desenvolvimento da fala e da inteligência de seus filhos durante vários anos.
"Este estudo mostra que não há efeitos adversos da exposição pré-natal ao mercúrio dos peixes em crianças de 5 anos de idade em 10 indicadores de desenvolvimento, quando ajustados para os níveis maternos de ácidos graxos poli-insaturados. De fato, encontramos associações positivas entre esses nutrientes e o desenvolvimento da linguagem infantil," disse o Dr. Phil Davidson, líder do estudo.
O estudo foi feito na República das Seychelles, no Oceano Índico, onde as mulheres consomem em média 10 vezes mais peixes do que as mulheres ocidentais - lá, os peixes têm os mesmos níveis de metil mercúrio do que os vendidos nos supermercados dos EUA.
Quanto maior é o nível dos ácidos graxos ômega-3 nas mães - derivados da ingestão de peixes - melhor é o desenvolvimento da fala de seus filhos.
"Com base em nossos resultados, podemos afirmar que os efeitos benéficos do consumo de peixes durante a gravidez mais do que compensam quaisquer efeitos adversos do metil mercúrio," disse o Dr. Sean Strain, idealizador do estudo.
Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Substância usada no plástico pode favorecer câncer de próstata...



A exposição a uma substância usada para a fabricação de produtos plásticos - como PVC, filmes para a conservação de alimentos ou mesmo alguns tipos de cosméticos - pode favorecer o desenvolvimento de câncer de próstata.
André Rebelo Peixoto, pesquisador da Unesp, estudou a incidência de tumores da próstata em animais de laboratório expostos à substância Di-N-Butil-Ftalato (DBP), que é usada como agente plastificante.
O material pode ser encontrado em produtos plásticos de alta maleabilidade, aerossóis, em alguns produtos cosméticos, como esmaltes.
André analisou os impactos que a substância DBP descartada no meio ambiente e a susceptibilidade dos animais expostos durante o período gestacional desenvolverem doenças prostáticas na idade adulta.
A exposição ao DBP entre o final da gestação e até uma semana após o nascimento (perinatal) aumentou a ocorrência de lesões de diversos níveis na próstata de ratos adultos.
"A degradação dos materiais plásticos é uma problemática mundial e sua dispersão no meio ambiente tem sido constante. Através desse panorama, a substância em questão favoreceu alterações nas células da próstata dos animais expostos", frisou André.
O trabalho teve a orientação do professor Wellerson Scarano e a colaboração de Talita de Mello Santos, além de outros pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Unesp de São José do Rio Preto.
O professor Scarano ressalta que estudos visando a elucidação dos mecanismos de ação desse composto na próstata devem trazer grande contribuição à literatura científica, que é carente neste aspecto.
"É importante salientar que esses estudos foram realizados em ratos e que os resultados obtidos não podem, a princípio, ser extrapolados para outras espécies," alertou ele.
Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Remédio X Suplemento - Qual é a diferença?



Pense comigo, de forma bem simplista

Se você usa um bloqueador/redutor de acidez estomacal (omeprazol, ranitidina e similares) seu organismo vê que não foi ele (seu organismo) quem "mandou" reduzir a acidez (que deve ter uma causa não tratada ainda) e por isso "luta contra" o remédio... E aí sabem o que acontece? DEPENDÊNCIA do remédio já que:

- O organismo tenta combater o remédio, substância "estranha" que está agindo sem sua "permissão", programando elevação da acidez, ao mesmo tempo que

- A causa-base da elevação de acidez ainda não foi tratada

Aí quanto mais tempo você usa a substância mais sente desconforto quando tenta ficar sem ela, o que se repete de forma similar para muitos medicamentos...

Ficou claro?


Se não,
você sabe a diferença entre um SUPLEMENTO e um REMÉDIO? Porque há diferenças importantes! Aqui o  Dr. @Lair_Ribeiro_ explica: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=o0qdIQdB_a4


Resumindo: Toda vez que você coloca para dentro do seu organismo uma substância que ele conhece, você está "suplementando" e seu organismo sabe o que fazer com ela (é claro que o efeito depende de uma série de fatores como adequação, dose, posologia, forma de administração, interação com outras substâncias, intoxicações, hábitos de vida, absorção, etc). Quando você ingere um remédio, seu organismo sofre o efeito dele que depende da presença deste MAS "luta" (e tende a tentar anular ou mesmo antagonizar) contra este efeito que, como já dito, somente ocorre enquanto esta substância (o remédio) estiver no organismo, o que abre portas para a ocorrência dos chamados efeito-rebote, dependência química, efeitos colaterais, etc; é como se o corpo simplesmente procurasse "defender-se" de algo que reconhecidamente ele não provocou! E muitas vezes seu organismo apenas precisava de condições e nutrientes/suplementos para ele mesmo desencadear os efeitos desejados em si e não de remédios...

Pense nisso.


Um abraço


www.icaro.med.br

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cinco dietas da moda, para não serem seguidas...


Com a aproximação das festas de fim de ano e do verão, cresce a tentação em sucumbir a dietas radicais para perder peso.
Mas muitas das dietas "da moda", ainda que endossadas e praticadas por celebridades, são pouco recomendadas por especialistas.
A Associação Dietética Britânica (BDA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira sua lista anual das cinco mais "suspeitas" em voga, dietas a serem evitadas.
A dieta do livro 6 Semanas para "Oh Meu Deus"
O título do livro de Venice A, Fulton pode ser traduzido como Seis semanas para que você diga "Oh meu Deus".
O subtítulo promete: "Fique mais magro que todos os seus amigos" - a possibilidade de que todos os seus amigos também comprem o livro aparentemente é descartada.
A dieta sugere exercícios físicos pela manhã bem cedo (depois de uma dose de café), seguidos de um banho frio para estimular o corpo a queimar gordura acumulada. O café da manhã mesmo, com alimentos, só mais tarde, às 10h.
O autor argumenta que "algumas frutas bloqueiam a perda de gordura", rejeita pequenas refeições ao longo do dia e defende as proteínas.
A BDA critica o livro por "selecionar pesquisas em vez de (oferecer) uma visão equilibrada", mas também parte para críticas menos precisas, como sobre a falta de tempo que as pessoas teriam para se dedicar à dieta.
A organização também defende a inclusão de um "café da manhã" saudável e se opõe ao caráter "competitivo" da dieta, alegando que ele estimula o "comportamento extremo".
Dieta da "Alcorexia"
É apontada como uma dieta comumente praticada por modelos e celebridades, por consistir em ingerir pouquíssimas calorias durante o dia para "guardar" espaço para ingerir grandes quantidades de álcool.
A dieta é chamada de "loucura" pela BDA, por não fornecer as quantidades adequadas de calorias, vitaminas e nutrientes necessários para "sobreviver e funcionar".
"Você se sentirá cansado, fraco, sem energia e facilmente irritável", adverte a associação. "Evitar comida para dar lugar ao álcool é absolutamente estúpido e pode facilmente resultar em coma alcoólico ou mesmo em morte."
Dieta intravenosa, ou "Party Girl IV Drip"
Bolsas de soro são usadas em hospitais para alimentar e medicar pacientes em hospitais. Mas esse método é usado em uma dieta em que paga-se caro para receber, de forma intravenosa, uma solução que costuma incluir vitaminas, magnésio e cálcio.
Os efeitos colaterais podem incluir tontura, infecções, inflamação de veias e, em último caso, choque anafilático.
Se é para ingerir nutrientes, a organização sugere que isso ocorra pela via "tradicional": pela ingestão de alimentos e bebidas saudáveis.
Dieta Congênita de Nutrição Enteral (KEN)
Também apontada como uma "dieta de celebridades", a dieta KEN consiste em não comer nada.
"Em vez disso, durante dez dias de um ciclo, uma fórmula líquida é liberada diretamente no estômago, por meio de um tubo de plástico que chega até o nariz do paciente", explica a associação.
A BDA diz, porém, que tubos nasogástricos foram criados para pessoas com doenças crônicas e critica seu uso para emagrecimento.
E ressalta um efeito colateral sério: os seguidores dessa dieta provavelmente terão que tomar laxantes, já que não estarão ingerindo fibras.
Dieta Dukan
Esta dieta é baseada no consumo de proteínas e divide-se em quatro fases - a primeira prometendo "resultados imediatos" e as seguintes reforçando e consolidando a perda de peso.
Segundo a BDA, "ela funciona com a restrição de alimentos, calorias e controle de porções. Cortar grupos alimentares não é aconselhável. A dieta é tão confusa, rígida e consome tanto tempo que, em nossa opinião, é muito difícil de ser sustentada".
A associação agrega que o próprio autor da dieta, Pierre Dukan, "adverte sobre problemas colaterais como falta de energia, constipação e mau hálito".
Crítica da crítica
O trabalho da BDA é importante e vem no sentido de proteger a saúde da população contra modismos e esforços em busca de objetivos inalcançáveis.
Contudo, a instituição também incorre em muitas imprecisões e deixa a desejar quanto à apresentação de argumentos científicos que embasem suas críticas.
Por exemplo, há vários argumentos do tipo "há poucas provas de que isto funcione" - o que é diferente de "há provas de que isto não funciona".
Várias dietas também são criticadas porque "as pessoas não teriam tempo para seguir esse regime".
Uma consideração como essa menospreza a capacidade das pessoas em se dedicar com afinco a uma meta que pode ter grande impacto sobre sua própria saúde: perder o excesso de peso. Caberia a uma instituição preocupada com o bem-estar da população incentivar as pessoas a adotarem práticas saudáveis, por mais difíceis que pareçam ser.
Talvez a BDA fizesse um melhor serviço se invertesse o raciocínio, apresentando dietas que comprovadamente funcionem, com base em testes com grupos representativos da população como um todo, também preocupando-se menos com o que andam fazendo as celebridades.
Fonte: Diário da Saúde
*** O texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo........




Pesquisa aponta que uma em cada dez mortes por doenças do coração, diabetes e câncer de mama ou cólon é causada por falta de atividade física.

Falta de atividade física causa 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A pesquisa, publicada na revista médica "Lancet", estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou colorretal, diz o estudo. Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma "pandemia".

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores de vários países, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (RS).

"Com as Olimpíadas, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas, apesar de o mundo assistir à competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários", diz ele.

"O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças."

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas. Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, a quantidade de fumantes é bem menor que a de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.

Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou colorretal. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.

Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. E a nação com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer colorretal.

No Brasil, o sedentarismo é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A médica I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e região fosse fisicamente mais ativa.

Ela diz que, na região das Américas, poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer colorretal.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos por semana de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A professora Lindsey Davies, presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar usá-lo", disse.


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domingo, 20 de janeiro de 2013

Ômega-3 também melhora a memória dos mais jovens...



Um novo estudo americano aponta que o ômega-3, nutriente comumente encontrado em peixes, linhaça, castanha e azeite, pode melhorar a memória das pessoas que tem entre 18 e 25 anos de idade. Embora diversas pesquisas anteriores já tenham apontado para a relação positiva entre o composto e a saúde mental, nenhuma havia estudado esse efeito sobre pessoas mais jovens. Além disso, pouco se sabe sobre o que pode melhorar ainda mais a memória nessa faixa etária, já que a idade representa "o pico do desempenho cognitivo que temos em uma vida", de acordo com os autores do trabalho.


O estudo, feito na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou que ingerir mais ômega-3 melhora especialmente a memória de trabalho, ou de curto prazo, que é relacionada ao armazenamento temporário e à manipulação de informações. Essa memória faz com que uma pessoa seja capaz de lembrar que o forno está ligado enquanto assiste televisão, por exemplo.
A pesquisa, publicada na edição deste mês do periódico PLoS One, se baseou nos dados de 15 pessoas saudáveis entre 18 e 25 anos de idade. Os participantes ingeriram diariamente um suplemento contendo dois gramas de ômega-3 durante seis meses — quantidade do nutriente que equivale, por exemplo, a 100 gramas de sardinha ou a 150 gramas de salmão. Durante o estudo, esses indivíduos foram entrevistados frequentemente pelo telefone e submetidos a exames laboratoriais (urina e sangue) periodicamente. Eles também realizaram testes que avaliaram a memória de trabalho de cada um.
No final da pesquisa, os resultados desses testes foram "significativamente melhores" do que os resultados apresentados seis meses antes. "Grande parte dos estudos anteriores foram feitos com idosos ou pessoas que já tinham algum problema de saúde, deixando essa população de adultos sem resposta sobre os possíveis benefícios do ômega-3", diz Matthew Muldoon, um dos autores da pesquisa. "Descobrimos que podemos ajudar o nosso cérebro a atingir o seu maior potencial por meio de comportamentos saudáveis no início da vida adulta."
O estudo, porém, não conseguiu decifrar de que modo o ômega-3 age no cérebro, mas pesquisas com roedores já estão sendo desenvolvidos na própria Universidade de Pittsburgh para que essa resposta seja obtida.
Fonte: Revista VEJA