Para as mulheres grávidas e seus bebês, os benefícios da ingestão de peixes podem superar os riscos associados com o alimento.
Quando uma mulher grávida ingere peixe, ela expõe seu bebê à neurotoxina metil mercúrio.
Por outro lado, ela ingere compostos que estimulam o desenvolvimento cerebral do feto, essencialmente os ácidos graxos poli-insaturados, mais conhecidos como ômega-3.
A agência norte-americana FDA recomenda que as mulheres grávidas comam não mais do que duas porções de peixe por semana, e evitem a maioria dos peixes grandes, em razão do eventual maior acúmulo de metil mercúrio.
Segundo as duas entidades, a falta do consumo de peixe pode ter um forte impacto negativo no desenvolvimento cerebral do bebê.
Essas mensagens conflitantes deixam as mães sem saber o que fazer.
"Este estudo mostra que não há efeitos adversos da exposição pré-natal ao mercúrio dos peixes em crianças de 5 anos de idade em 10 indicadores de desenvolvimento, quando ajustados para os níveis maternos de ácidos graxos poli-insaturados. De fato, encontramos associações positivas entre esses nutrientes e o desenvolvimento da linguagem infantil," disse o Dr. Phil Davidson, líder do estudo.
O estudo foi feito na República das Seychelles, no Oceano Índico, onde as mulheres consomem em média 10 vezes mais peixes do que as mulheres ocidentais - lá, os peixes têm os mesmos níveis de metil mercúrio do que os vendidos nos supermercados dos EUA.
Quanto maior é o nível dos ácidos graxos ômega-3 nas mães - derivados da ingestão de peixes - melhor é o desenvolvimento da fala de seus filhos.
Fonte: Diário da Saúde