Cláudio, 22 anos, chegou a
fazer o pré-operatório da redução de estômago.
No entanto, estudante decidiu perder peso com mudanças no estilo de vida.
Cláudio
perdeu 60 kg e saiu do manequim 64 para
o 42 (Foto: Arquivo pessoal/Cláudio Matheus Lemes
da Silveira Florêncio Delfino)
Para sair dos 150 kg, o estudante Cláudio Matheus
Lemes da Silveira Florêncio Delfino, de 22 anos, chegou a realizar o
pré-operatório da cirurgia de redução do estômago.
Porém, o jovem, na época com 18 anos, desistiu da
operação e antes de ir adiante, decidiu que tentaria perder peso com mudanças
na alimentação e atividade física. “Minha mãe fez cirurgia, mas engordou de
novo. Então vendo essa e outras situações, resolvi que não queria aquilo para
mim”, conta o rapaz, que é de Goiânia.
Cláudio lembra que sempre teve problemas com excesso
de peso, principalmente por causa da ansiedade. “Sempre descontava na comida.
Além disso, sou filho único e sempre fui mimado, a recompensa sempre foi
comer”, diz o jovem. Os quilinhos a mais atrapalharam também a adolescência do
jovem, que teve que mudar de escola por causa das piadas dos colegas. “Saí de
um colégio militar por causa de bullying, não fui aceito”, conta.
Decidido então a perder peso, ele procurou um
endocrinologista e uma nutricionista. “Cheguei no médico e disse que não
aguentava mais, que precisava mudar”, lembra Cláudio. Por causa da ansiedade, o
endocrinologista receitou um remédio e também orientou que ele mudasse os
hábitos. “O medicamento dava muito efeito colateral, então tomei só por 2 meses
e parei porque percebi que não precisava mais dele, que conseguia emagrecer por
conta própria”, conta.
Só que as mudanças que ele tinha que fazer não eram
tão simples assim – acostumado a comer fast food todos os dias, pizza,
doces, refrigerantes e massas, Cláudio teve que aprender a comer em menores
quantidades e em intervalos menores. “Não tomava café da manhã e substituía
refeições por fast food. Além disso, quando meus pais saíam de casa, eu
pedia uma pizza, comia sozinho e jogava a caixa no lixo do apartamento do
vizinho”, lembra o estudante.
Depois da decisão, ele trocou os alimentos refinados
por integrais, começou a preferir carnes magras, mas as frutas e verduras
continuaram sendo um obstáculo. “Meu avô me forçava a comer, então tenho um
pouco de trauma. Não é a base das minhas refeições, mas tento acrescentar,
mesmo que em pouca quantidade”, diz.
Paralelamente à nova alimentação, Cláudio trocou
também o sofá e a TV pela academia, mas teve que superar a impaciência, a
preguiça e todas as dificuldades do começo. “Era complicado, achava que não ia
dar conta e queria ver resultado rápido, mas fui mantendo a regularidade e me
animando aos poucos”, lembra. Com aulas de spinning e jump, circuito funcional
e musculação 4 vezes por semana, o goiano perdeu 30 kg e se animou para
continuar. “Hoje eu vou de segunda-feira a sábado e no domingo, ainda caminho e
corro no parque”, conta.
Fiquei
preocupado com a flacidez, mas não tive nada disso. Claro que não tenho o corpo
de um atleta, e sim de um ex-obeso, mas acostumei com isso"
Cerca de 4 anos depois, Cláudio comemora os 60 kg a
menos na balança e todos os benefícios que o novo peso lhe trouxe. “Meu
relacionamento com as pessoas mudou, me sinto bem em qualquer ambiente. Minha
vida social é outra também, saio bastante e sou mais confiante para conversar
com as mulheres”, celebra.
Agora com 90 kg, o jovem saiu do número 64 de calça
para o 42 e festeja a mudança também na autoestima. “Fiquei preocupado com a
flacidez, mas não tive nada disso. Claro que não tenho o corpo de um atleta, e
sim de um ex-obeso, mas acostumei com isso”, diz.
Depois que aprendeu a controlar a ansiedade não mais
com comida, mas sim com atividade física, Cláudio diz que a preocupação em não
voltar mais ao antigo estilo de vida é diária e agora seu objetivo é a
definição muscular. “Estou muito feliz com a conquista, mas não parei. Só sei
que já tenho esses hábitos bem definidos para mim e não me aceito mais como eu
era”, conclui o jovem.
"Estou
feliz com a conquista, mas não parei", diz o jovem com 60 kg a menos
(Foto: Arquivo pessoal/Cláudio Matheus Lemes da Silveira Florêncio Delfino)