A castanha de cotia, fruto encontrado na região Norte do país, possui as mesmas propriedades nutricionais de outros frutos mais conhecidos, como a castanha-do-pará e a noz comum, mas também apresenta maiores quantidades de certos nutrientes benéficos à saúde, como o ácido graxo ômega-9 e a vitamina E, que têm ação antioxidante. A descoberta faz parte de uma pesquisa feita pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) que, pela primeira vez, estudou as propriedades nutricionais dessa castanha, que ainda não é facilmente encontrada nas regiões Sul e Sudeste do país. A castanha de cotia também pode ser considerada um alimento funcional, tendo capacidade de prevenir doenças como as cardiovasculares, as neurodegenerativas e as inflamatórias — e passa a ser candidata a se tornar a nova queridinha das dietas antienvelhecimento.
A autora do estudo, Tainara Costa Singh, mestre em Engenharia e Ciência de Alimentos pela Unesp, explica que os benefícios da castanha de cotia somente podem ser obtidos se o alimento, ou o óleo extraído dele, forem ingeridos in natura. “Quando torrada, forma comum de consumo na região Norte, a castanha perde propriedades nutricionais”.
No entanto, como explica a autora, esse estudo não olhou para a possível presença de substância tóxica na castanha de cotia e nem para os efeitos adversos que podem ser apresentados pelo seu consumo excessivo. A castanha-do-pará, por exemplo, é considerada saudável, já que tem grande quantidade de selênio, mineral benéfico aos neurônios. Quando consumida em excesso, entretanto, ela pode ser tóxica e provocar sintomas como dores de cabeça.
Fonte: Revista Veja