segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nove em cada 10 obesos podem ser gordos por genética, diz estudo ....



Cientistas acreditam que uma mutação genética é responsável por aumentar o apetite e diminuir a energia, resultando no quadro de obesidade.
 
​Gastar horas na academia para se manter magro pode não significar nada se você tem os genes errados, diz um novo estudo. Cientistas acreditam que até nove em cada 10 obesos podem estar nesta condição por culpa dos seus genes. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
 
Analisando apenas uma família, os pesquisadores puderam identificar o gene defeituoso – conhecido como CEP19. O time da Icahn School of Medicine, dos Estados Unidos, notou que ao “desligar” o gene em camundongos, eles se tornaram obesos mórbidos, pois sentiam mais fome e queimavam menos calorias.
 
Eles acreditam que o gene desempenha um papel vital, determinando o apetite e os níveis de energia. Isto significa que, em seu estado normal, ele ajuda a manter as pessoas magras. No entanto, quando sofre mutação, ele pode aumentar o apetite e derrubar os níveis de energia, aumentando assim o risco de obesidade.
 
John Martignetti, geneticista envolvido na pesquisa, acredita que o estudo dá bons indícios sobre o gene que determina o estado nutricional de uma pessoa. “Este gene parece estar presente não só em seres humanos e ratos, mas também nos animais mais simples com uma única célula. A natureza considera este gene tão importante que tem preservado a sua estrutura por mais de 700 milhões de anos”, afirma. 
 
Estudo mostrou que até nove em cada dez pessoas obesas podem ter esta alteração.
 
Um centro médico em Israel descobriu a mutação genética em uma família, com pessoas que moravam na mesma região. Os cientistas analisaram o DNA de amostras de sangue de 13 obesos e 31 não-obesos.
 
Os indivíduos afetados apresentaram um índice de massa corporal de 48.7, muito acima do limiar de 30 de obesidade que os colocaria na categoria de "obesidade mórbida". A faixa de IMC da familiares de obesos variou entre 36.7 e 61.
 
As análises revelaram ainda que a mutação do gene também pode conduzir doenças que afetam os rins, o fígado, o pâncreas e os ossos.
 
Martignetti afirma que a descoberta fornece ferramentas importantes para o entendimento da biologia básica. “A obesidade está crescendo no mundo inteiro. Se quisermos combater esta doença, temos que compreender sua base médica”.
 

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