O esquema acima fala por si: Demonstra sinteticamente quais hormônios (e como) vêm do colesterol que fabricamos (ou ingerimos) mas permitam-me alguns comentários...
- O COLESTEROL é fundamental para a composição da membrana de TODAS as células do corpo, a produção da vitamina D e a bile;
- TODOS os importantes hormônios acima DEPENDEM do colesterol para que possam ser sintetizados, já que, simplesmente, VÊM DELE:
o Pregnenolona, “hormônio-mãe”, neuroprotetor e importante promotor da boa memória
o Aldosterona, regulador da pressão sangüínea via promoção do equilíbrio entre Na e K
o Cortisol: o hormônio do “stress”, fundamental à vida
o Progesterona: Fundamental para a manutenção dos estágios iniciais da gravidez, ativa o gene anticâncer p53 e inibe a 5-alfa-redutase (enzima que converte testosterona em DHT – dihidrotestosterona)
o DHEA: hormônio com centenas de funções no organismo; uma das chaves para a longevidade com saúde
o Testosterona e estradiol: principais hormônios sexuais, sem os quais não há vida, reprodução ou diferenciação entre os sexos
- O problema NÃO é nem nunca foi o colesterol em si mas o verdadeiro excesso e “inflamação” deste (saiba mais em http://www.icaro.med.br/mito-colesterol/);
- A conversão do colesterol em pregnenolona e a produção do DHEA são exemplo de processos fisiológicos cuja ocorrência e eficácia diminui com a idade, já a partir dos 30-35 anos de idade;
Conclusão natural de tudo isto:
Reduzir o colesterol, portanto, diminui a produção de TODOS os hormônios citados, o que NÃO é interessante para ninguém e é tanto pior quanto mais “velho” for o organismo. Ou seja, vale a pena como fórmula geral para a população (como infelizmente é na atualidade)? É claro que NÃO.
Reflita e exercite seu juízo critico!
Um abraço
Dr. Ícaro Alves Alcântara