sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Como a QUALIDADE dos hormônios que você usa afeta sua saúde



Reflitam comigo

Você tem um Mercedes-último-tipo. Novo. Caro. Excelente carro.
Você cuida bem dele, certo? Aposto que sim:
- Revisões? Só na própria Mercedes, pelo menos até o fim da garantia e depois só no melhor mecânico-de-confiança que você consiga;
- Se precisasse de reparos, de peças, você gostaria das melhores disponíveis no mercado e, se possível, originais-de-fábrica da própria Mercedes, não é? Afinal, encaixam/funcionam melhor e têm garantia!

Pois é mas...

Seu carro quebra por um acidente onde você não teve culpa (por exemplo um buraco não visto na pista ou alguém que bateu nele, no trânsito) e agora precisa de peças; seu bom mecânico te dá as opções:
- OU você compra as peças originais, da Mercedes, um pouco mais caras que as “similares”
- OU você compra “similares” de outros fornecedores por aí, mais baratas mas cuja garantia de encaixe/funcionamento é somente a que eles te dão; assim, “vai na confiança” e muitas vezes sob stress as peças acabam falhando ou nem encaixam/funcionam direito

Pois com seu organismo também é assim: quando ele precisa de reposição hormonal, só pode ter bons resultados MESMO com doses adequadas de hormônios “idênticos” aos que ele produz regularmente, os chamados BIOIDÊNTICOS. Até porque quando o hormônio é bioidêntico ele tem encaixe perfeito no receptor por ter molecularmente a mesma estrutura do SEU hormônio natural e por isso o organismo não interpreta-o como uma substância estranha que deva ser combatida e mesmo neutralizada pelo fígado (sobrecarregando-o com o uso constante) – em outras palavras, a aceitação pelo organismo, metabolismo e efeitos dos bioidênticos são incontestavelmente melhores!

Entendido?

Abaixo post meu de alguns meses atrás que ajuda na melhor compreensão do assunto:
Como sempre digo, modulação/reposição hormonal é “questão de bom senso”:

1 - Por que o nome "modulação"
Porque muitas vezes corrigir hormônios pressupõe repor MAS outras vezes trata-se de reduzir a quantidade de um ou outro no organismo OU mesmo de dar condições/substâncias para que o próprio organismo produza/corrija-os. Ou seja: quem trabalha bem com hormônios não visa só repor MAS SIM muitas vezes estimular o próprio organismo a produzi-los direito!

2 - Receptores:
Você pode estar inundado de hormônios: se não tem receptores onde estes possam encaixar-se e assim, atuar, pode ter efeitos inferiores ou nem tê-los!

3 - Equilíbrio hormonal
Bons níveis de um ou outro hormônio NÃO garantem saúde para ninguém. Nem estética ou qualquer bom resultado, saudável; hormônios interagem, entre si e com seu organismo como um todo e é o equilíbrio de todos eles o que traz saúde e resultados. Quem só avalia e trata um ou outro quando há carências de vários outros pode até prejudicar o paciente.

4 - Se níveis hormonais altos causassem câncer, infarto, derrame e cia (outras doenças graves), entre 20 e 30 anos de idade a maioria de nós apresentaria estes, já que nesta fase nossos hormônios usualmente atingem picos de produção-secreção. Mais uma vez a chave-de-segurança não é o medo de modular hormônios mas sim de uma modulação incorretamente conduzida.

5 - Você não é só uma "tireóide ambulante"! Concorda?
Com freqüência atendo pacientes em consultório com inúmeras queixas que "ninguém resolveu" e quando investigo descubro que o paciente, às vezes em décadas de "acompanhamentos em saúde", no quesito hormônios, só teve avaliados direito os da tireóide!

Boa semana!

Dr. Ícaro Alves Alcântara