Açúcar ou adoçante? Frequentemente a resposta das pessoas é quase unânime: adoçante. Com tantas opções no mercado atualmente, fica bem difícil a escolha. Concordo, mas é importantíssimo que você, leitor, sempre fique informado sobre o que está ingerindo de fato, não irá trazer nenhum tipo de problemas em relação à sua saúde.
É imprescindível saber que nenhum adoçante “emagrece”. Ele pode sim fazer parte de uma dieta restritiva a açúcares, para diabéticos ou em tratamentos para emagrecimento. Mas não se engane. De nada adianta se limitar a açúcares, se você cair de boca em massas, pães ou outros tipos de carboidratos. Ele se transforma em açúcar no seu sangue de qualquer maneira, então todo sacrifício será em vão.
Atualmente, podemos classificar os adoçantes em naturais e artificiais. Encontramos com mais frequência os Artificiais: Ciclamato de Sódio e Sacarina Sódica, Aspartame, Sucralose e Acessulfame K, enquanto temos a Estévia, que é um adoçante natural. Irei falar um pouco sobre os mais conhecidos e utilizados.
- Ciclamato de Sódio: (geralmente associado a sacarina sódica), é o mais utilizado, e o que possui mais opções e adeptos no mercado. O fato de deixar um pouco de sabor residual na bebida, não o faz menos adepto já que também tem um preço bem acessível.
O grande problema do Ciclamato e da Sacarina sódica é que ambos além de artificiais, possuem grandes quantidades de sódio. E o sódio para Hipertensos por exemplo, pode-se dizer que é um grande veneno.
Os problemas não param por aí: estudos recentes relatam que essas substâncias invertem as funções dos neurotransmissores relacionados a saciedade e compulsão alimentar (Leptina e Neuropeptídeo Y sucessivamente). Ou seja: os grandes consumidores desse tipo de adoçante, tem normalmente uma tendência a comer mais compulsivamente, ter mais fome e sua saciedade diminuída. Lembrando: o Ciclamato de Sódio e a Sacarina já são substâncias proibidas no Canadá e Estados Unidos.
- Aspartame: também é um adoçante artificial. É composto de ácido aspártico, fenilalanina, dois aminoácidos naturalmente encontrado nos alimentos e agrada por ter o sabor bem semelhante ao açúcar, por possui poder adoçante 200 vezes mais doce. Porém há algumas desvantagens: segundo estudos, o consumo frequente do Aspartame podem levar a doenças que vão do mal de Alzeimer ao Câncer. É sempre melhor prevenir do que remediar...
Lembrando: TODOS os adoçantes artificiais são proibidos para gestantes e crianças (exceto a Sucralose)
- Sucralose: É um adoçante artificial, derivado da cana de açúcar, também tem o sabor bem parecido com o açúcar (até 600 vezes). Não há alteração em altas temperaturas e podem ser utilizados por diabéticos e gestantes.
Contra-indicações: pacientes com problemas de tireóide, pois como a sucralose possui três moléculas de cloro, o mesmo compete com o Iodo que é imprescindível para o perfeito funcionamento da tireóide.
- Stévia: o seu poder adoçante pode ser 300 vezes superior a sacarose, e não contém calorias. É um adoçante natural extraído das folhas de Stevia rebaudiana, que também pode ser utilizado por gestantes e principalmente diabéticos. Escolha sempre a Estévia pura, pois para melhorar o sabor, facilmente seus fabricantes associam a outros adoçantes artificiais. Comparado aos outros adoçantes, é o que deixa o sabor um pouco amargo, porém por ser uma planta, ela possui outras propriedades que vão além do poder adoçante: alguns estudos apontam a melhora a sensibilidade a insulina e poder diuréticopois mais sem dúvida, é o mais natural
- Acessulfame K: (acessulfame de Potássio) possui até 200 vezes mais poder adoçante. E o menos utilizado, por possuir semelhança com o sabor do açúcar, normalmente é misturado a outros adoçantes.
Agora que você sabe um pouco mais sobre a diferença entre os adoçantes, é ideal sempre fazer a escolha certa e sem riscos para sua saúde. Os alimentos ou adjuvantes a ele, precisam ser nosso aliado para manutenção saúde e prevenção de doenças, e não um inimigo, trazendo mais problemas do que solução. Cuide-se sempre!
Muita saúde a todos!
Dra. Sílvia Coelho é Nutricionista Clínica Funcional e Esportiva, Pós Graduanda em Nutrição com Visão Ortomolecular(FAPES), Membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, Membro da Associação Médica de Oxidologia (AMBO) e Colaboradora do livro – Nutrição Funcional.