segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Testosterona! Será que seus níveis estão adequados?

Um estudo publicado na revista "Journal of Sexual Medicine", apresentou que baixos níveis de testosterona parecem estar associados a uma maior probabilidade de depressão nos homens. Enquanto as taxas de depressão na população geral variavam de 6 a 23 por cento, as taxas entre os sujeitos foram significativamente mais altas. Depressão diagnosticada e/ou sintomas depressivos estavam presentes em 56 por cento dos sujeitos. Fica o alerta para muitas pessoas que podem estar sendo tratadas apenas com antidepressivos, quando na verdade, deveriam estar corrigindo seu eixo hormonal. 
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Níveis adequados de testosterona são importantes não apenas para um bom desempenho sexual ou desenvolvimento muscular, mas também desempenham papéis importantes na manutenção da saúde, como prevenção de diabetes, doenças cardiovasculares e fundamental no controle de um adequado estado mental. Os níveis de testosterona normalmente começam a decair após os 30 anos, cerca de 1% por ano, aumentando para cerca de 2% após os 40 anos. No entanto, com a vida moderna, observa-se um declínio nos níveis de testosterona muito maiores. Um dos principais fatores, sem dúvida é o acúmulo de gordura corporal. Quanto mais gordura corporal, maior a produção de aromatase (enzima que atua na conversão de testosterona em estrógeno). Níveis elevados de stress, sono inadequado e consumo de álcool, também causam um impacto negativo nos níveis de testosterona. Uma atenção especial também deve ser dada para o consumo de vitamina D. Pessoas que passam o dia dentro de um escritório por exemplo, acabam não tendo exposição ao sol suficiente para que ocorra uma síntese adequada de vitamina D. Nesses casos, a suplementação é muito bem vinda, visto que baixos níveis de vitamina D, também interferem diretamente nos níveis de testosterona. Manter uma ingestão adequada de zinco, ômega 3, não fumar e treinar com pesos são outras medidas fundamentais para garantir níveis adequados de testosterona. Um erro comum em pessoas que desejam melhorar a composição corporal, é restringir demasiadamente a ingestão de gorduras. Quando menos de 15% das calorias totais da dieta são provenientes de lipídios, ocorre uma queda considerável nos níveis de testosterona. Recomenda-se sempre uma ingestão entre 25 e 30% para uma ótima síntese hormonal. Quando o objetivo é ganho de massa muscular, mesmo com um ótimo treinamento e uma excelente dieta, se os níveis de testosterona estiverem baixos, dificilmente ser observará um bom resultado. 
Fiquem atentos! 

sábado, 29 de agosto de 2015

E o suco de laranja hein?

Muita gente me pergunta um monte de coisas sobre o suco de laranja. O que eu quero, neste post, é expressar minhas opiniões sobre o tema para que nossos pacientes possam refletir sobre tudo isso e tirar suas próprias conclusões.

Vamos começar pelo seguinte: a laranja é uma fruta de índice glicêmico moderado, com valor de 62.

"Mas o que é este tal de Índice Glicêmico (IG)?!"

É uma classificação de alimentos que os diferencia pela velocidade com que induzem elevação da glicemia (dosagem de glicose) no sangue depois de ingeridos. Quanto maior o IG, mais rápido a ingestão do alimento levará a um aumento da glicemia. Quando isto ocorre de forma muito rápida, não há tempo hábil para que o organismo consuma esta glicose, que se torna excedente e é transformada em gordura pelo fígado. O pão branco, por exemplo, tem IG igual a 100. Esta elevação rápida da glicose leva a uma elevação, também rápida, da insulina, o que gera uma queda desta glicemia pouco tempo depois. Desta forma, cerca de 1 hora e meia após o consumo de um alimento com índice glicêmico elevado, sentimos fome de novo, pela queda da glicemia acarretada pelo pico de insulina.

"Mas você não disse que o IG da laranja é moderado?!"

Pois é. Mas o fato é que, quando transformamos a laranja em suco, isso muda. A desagregação da fruta expõe mais os açúcares contidos nela, fazendo com que sua absorção se torne ainda mais rápida. O IG do suco de laranja é 74. Na classificação de IG, até 55 é considerado baixo, de 56 a 70 é moderado e de 71 pra cima é alto. No caso, o do suco já é alto. Por causa disso, não há como um suco de laranja gerar saciedade sozinho, já que vai haver uma elevação de insulina, com posterior queda da glicemia.

Sobre a vitamina C, não percamos muito tempo. Além da laranja não ser exatamente campeã nisso, as laranjas cultivadas em larga escala, sem respeitar as estações do ano e sem as plenas correções do solo, que é o que costumamos encontrar, não são exatamente ricas nesta vitamina. Além disso, quaisquer lesões na casca aumentam a velocidade de perda da vitamina na laranja ainda íntegra. Pra piorar, quando transformamos a fruta em suco, há uma perda ainda maior da vitamina C. A maioria dos flavonóides positivos da laranja, também, estão na casca e no bagaço, que não vão no suco.

Vamos parando por aqui. A idéia é consumir as frutas inteiras, preferencialmente aquelas com IG mais baixo, como ameixa fresca, damasco seco, cereja, maçã, pêra e morango. Evite transformar as frutas em suco, pois isso não é vantajoso.

Se tiver sede... beba água.
 
Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O que você come afeta diretamente a saúde do seu cérebro

Saúde do seu cérebro
Você sabia que o que você come pode estar afetando diretamente a saúde do seu cérebro?
Se você é uma pessoa que come muito açúcar ou alimentos ricos em açúcares e gorduras, você certamente estará prejudicando suas funções cerebrais.

domingo, 23 de agosto de 2015

Hidratação: Antes? Durante? Depois do exercício?

Cerca de 60% de nosso organismo é constituído por água, mais da metade do peso corporal, e só na composição muscular 75%  é de água. Sendo assim podemos dizer que a hidratação é imprescindível, não só para atividade física, como no dia a dia de qualquer uma pessoa que preserve sua saúde.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cabelos e o que importa para eles

Você acha que sua cabeça serve só pra usar cabelo?!

Sei que não, mas serve pra isso também.

Os cabelos fazem parte da sua imagem, da sua composição estética geral, e têm grande importância quando se quer ter uma aparência bonita e saudável.

Falo saudável por um motivo muito importante: cabelo de boa qualidade reflete um organismo com saúde equivalente e equilíbrio otimizado. Isso mesmo. O cabelo reflete sua saúde, principalmente a quantas anda sua nutrição.

E vejam que eu não estou falando sobre os tipos de cabelo. É um troço ultra-pessoal! Liso, crespo, reto, ondulado, cacheado, preto, loiro, branco ou o que for. Tô falando da qualidade mesmo. De como cada fio se apresenta diante do mundo. De como cada folículo (onde o fio nasce) está estruturando o fio. Tudo isso são funções biológicas, orgânicas, que dependem muito de como está o organismo por dentro.


Sua alimentação define a qualidade dos seus fios de cabelo e, se isso não estiver bom, nem o mais habilidoso cabeleireiro com a mais nova escova de placenta de canguru albino manco vão dar conta de resolver nada.

A estrutura do cabelo depende, mais especificamente, do aminoácido L-cisteína e de vitaminas como B5, B2, C e A e de minerais como zinco, manganês, cobre, silício, entre outras coisas. Tudo isso vem antes dos cuidados externos e você deve procurar seu médico ou nutricionista para te orientar sobre como introduzir, de forma racional e eficiente, estes nutrientes em sua alimentação ou, melhor ainda, na forma de suplementação. Esta micronutrição, bem aplicada, vai fazer maravilhas por seu cabelo e, além disso, melhorar pele e unhas também. Isto tudo feito, chegou o momento do seu cabeleireiro aplicar suas técnicas na parte externa, ou seja, diretamente nos fios, para fechar este ciclo e gerar o resultado final que te agrada.



Há também toda uma gama de questões hormonais, envolvendo tireóide, gônadas, supra-renais e outras coisinhas que só seu médico tem como avaliar e tratar.

Respeitando essas etapas, vai ficar tudo bem.

Então observe.


Se você fez alguma maluquice no cabelo ou passou pela mão de um profissional irresponsável que transformou sua cabeça em telhado de cabana de índio, segure a onda. Antes de ir a outro salão falar mal dele e pedir milagre, deixe um médico habituado a cuidar disso dar uma olhada no estrago e definir um roteiro para você cuidar do problema. Ele não vai substituir, de forma alguma, seu cabeleireiro, mas vai preparar o terreno para que ele possa cultivar direitinho seus preciosos fios.



Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

ACELERE SEU METABOLISMO E TENHA RESULTADOS DEFINITIVOS!



Olá pessoal, mais uma vez venho escrever sobre a importância de acelerar o metabolismo, visto que a saúde e a estética são MUITO beneficiados e isso é o que todos buscam, ou deveriam buscar. Meus alunos, amigos, seguidores etc. estão "carecas" de me ouvirem (falando ou escrevendo) que A MELHOR FORMA DE EMAGRECER É ACELERANDO O METABOLISMO DE REPOUSO que é chamado na literatura de TMB = Taxa Metabólica Basal. Esta taxa é responsável por 50-70% do nosso gasto calórico diário. O restante é pela atividade física e efeito termogênico dos alimentos (calorias que gastamos para digestão e "utilização" dos alimentos pelo nosso corpo).

Por isso, quem desejar emagrecer, será muito importante ter uma ROTINA, tanto para exercícios físicos como para uma alimentação saudável e elaborada de acordo com as necessidades.

EXERCÍCIO FÍSICO

O exercícios aeróbios contínuos como caminhar ou mesmo correr numa mesma velocidade, pedalar, nadar NÃO TORNAM O METABOLISMO DE REPOUSO (TMB) ACELERADO. Mas os INTERVALADOS SIM! Por exemplo: 10 tiros de corrida de 20 segundos com 40 segundos de recuperação. Os exercícios com  peso também aceleram. Ambos quando são INTENSOS aceleram por até 2 dias!!!!

ALIMENTAÇÃO

As PROTEÍNAS são os nutrientes que mais geram GASTO CALÓRICO para a digestão em relação aos carboidratos e gorduras. Além da proteína, outros alimentos otimizam a perda de gordura como canela, açafrão, curry, pimenta, café e chá verde. Não podemos esquecer das gorduras “boas” para otimizar este processo tais como azeite de oliva extra-virgem, abacate, côco, cacau, açaí (sem açúcar e sem xarope de guaraná), amendoim, nozes, e amêndoas, castanhas e peixes gordurosos.

E então? Viram como não é tão difícil assim emagrecer? Que tal acelerar o metabolismo e atingir o seu objetivo? A saúde vai agradecer!!!

Comece buscando orientação de qualidade em vez de seguir dietas da internet ou tentar soluções momentâneas! Tenha soluções e resultados definitivos!

Dúvidas – personalpaulafortes.wix.com/treinoesaude

Abraços

Profa. Esp. Paula Fortes CREF 014132/G-RJ
Esp. em Personal Trainer e Musculação
Esp. em Nutrição: Obesidade e Emagrecimento


sábado, 15 de agosto de 2015

Quais são os focos da sua vida? E resultados que eles trazem?


Hoje o POST vai ser mais livre, menos técnico.

Atendi uma paciente que me veio com uma afirmação que eu ouço com muito mais frequência do que eu gostaria: "eu não tenho força de vontade."

Toda vez que eu ouço isso, eu penso: "quem foi o desgraçado que inventou essa idéia?"

Não sei quem foi o infeliz que inventou de determinar se as pessoas têm ou não essa tal de "força de vontade", mesmo porque eu não consigo definir direito esse troço. Encontro um monte de explicações por todo lado, mas fica parecendo uma entidade fantasmagórica ou mágica que as pessoas "de sucesso" têm de sobra e as "fracassadas" não têm. Isso atrapalha todo tipo de tratamento, pois todos tendem a se julgar como tendo ou não o tal "super-poder".

Agora, falando sério, eu até encontrei umas definições interessantes sobre isso, mas tudo me parece uma mistura de alguns gramas de resiliência com umas colheradas de resignação, adicionado o molho composto por condições favoráveis. É multifatorial pra caramba e vago pra cacete!

O que costumo encontrar, na prática, são pessoas muito boas e focadas em algumas coisas e nem tanto em outras. Todas têm MUITOS motivos pra ser assim, considerando a resultante de absolutamente todas as suas vivências... de toda a sua VIDA! Não acredito que ninguém seja fundamentalmente fraco ou forte, mas sim no fato de que a neuroquímica de cada um é diferente e responde, de forma individual, a toda a carga de experiências que cada pessoa traz.

A paciente que citei, por exemplo, é uma profissional, cuida de 2 filhos, o marido (que quase sempre é como mais um filho, tenho que admitir), está estudando para realizar uma prova de concurso público super-disputada e quer me dizer que não tem a tal da força de vontade porque tem dificuldade para seguir a dieta que eu propus pra ela!!!!! (?!?!?!?!?!) Será que uma pessoa que dá conta de tudo isso tem, realmente, falta de força de vontade, ou será que ela está simplesmente sem mais energia disponível pra tanta coisa?! Será que não é uma simples associação de circunstâncias desfavoráveis? Não pode ser apenas cansaço e desgaste? Garanto pra você que ela é, na verdade, uma pessoa super capaz, que se supera todos os dias, em um monte de coisas, não sobrando tanta energia, talvez, pra mais uma "obrigação".

Acredite. Você cansa! Eu canso! Todos cansamos e temos limites. Qualquer pessoa é mais capaz com as circunstâncias favoráveis e menos capaz com desfavoráveis. É óbvio que vamos ver, a todo tempo, pessoas superando limites. Isso é ótimo mas, além disso, é a resultante de um tantão de forças que a impulsionaram neste sentido.

O que quero dizer é o seguinte: aquela "super-pessoa" que você viu alçando vôos maravilhosos e rompendo as "maiores barreiras do Universo" é uma felizarda simplesmente por ter conseguido agregar as condições adequadas no momento necessário. Merece crédito, sem dúvida, mas não é um "ser iluminado e diferenciado" de você. VOCÊ também é capaz de realizar grandes feitos, desde que agregue as condições necessárias. VOCÊ também pode romper barreiras aparentemente intransponíveis, desde que se disponha a isso. Se a tal "força de vontade" for a disposição para realizar, aliada a condições adequadas, então qualquer um a tem, sacou?

Force sua cuca e force os circunstâncias no sentido que te favoreça. Dê uma lida neste post e veja mais sobre isso, relacionado com dietas.

Conquiste a tal força de vontade. Ela é de todos!
Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Otimize sua SAUDE


Otimize sua ‪#‎SAUDE‬
Ouça e COMPARTILHE (agradeço por isto e assim ajudaremos bem mais pessoas).
Se você perdeu a entrevista ao vivo, está ela aí COMPLETA e ‪#‎GRATUITA‬ para você começar a melhorar sua ‪#‎Qualidade‬ de ‪#‎Vida‬ com dicas simples e práticas.

Um abraço e espero que ajude!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Dicas nutricionais para otimizar o uso de gordura como fonte de energia na atividade aeróbica


Vejo muitas pessoas confundindo a suplementação na atividade aeróbica quando esta tem por objetivo performance e quando o objetivo é otimizar o uso de gordura como fonte de energia! Sem dúvida, é fundamental uma adequada ingestão de carboidratos antes e durante a atividade aeróbica quando o objetivo é melhora da performance. E ainda, quando a atividade é prolongada, faz-se necessária a introdução de BCAAS e eletrólitos além do composto à base de carboidratos (maltodextrina, waxy maize ou palatinose). Mas se o objetivo for usar gordura como fonte de energia, a história é totalmente diferente! Por isso tanta confusão, que faz muitas vezes levar a pessoa com sobrepeso realizar sua atividade aeróbica tomando uma saborosa bebida isotônica repleta de açúcares durante o exercício, achando que está fazendo o correto.

O metabolismo lipídico é regulado pela sua habilidade em quebrar gordura do tecido adiposo e transportá-la para o tecido muscular. Feito isso, a gordura é levada para as mitocôndrias para ser usada como fonte de energia. Esse transporte é realizado pela carnitina palmitoyltransferase-1 (CPT-1). Esse transportador é inibido quando os níveis de insulina e os estoques de carboidratos nos músculos (glicogênio muscular) estão elevados.  Daí vem a lógica do aeróbico em jejum! Mas não necessariamente apenas em jejum teríamos essa condição. Caso o aeróbico em jejum não se adapte para sua rotina, uma sugestão é não ingerir alimentos fonte de carboidratos antes da sua atividade aeróbica quando ela tem o objetivo de otimizar a "queima" de gordura. Lembrando que entre a atividade aeróbica em jejum e o treinamento com pesos, deve existir entre 2 e 3 refeições. Nunca fazer atividade aeróbica em jejum, realizar apenas uma refeição e treinar com pesos na sequência! 

Aí vem a questão: 
Se eu não ingerir carboidratos antes do exercício aeróbico, eu não terei energia suficiente para fazê-lo com a devida intensidade!

Realmente! Por isso, vamos buscar energia de outra fonte! Uma sugestão seria usar os triglicerídeos de cadeia média (TCM). Esse tipo de gordura fornece ao nosso organismo uma fonte imediata de energia, sem alterar os níveis plasmáticos de insulina. Além disso, ainda se discute a capacidade dos TCMs de sinalizar moléculas que podem aumentar o número de mitocôndrias, auxiliando ainda mais na potencialização do uso de gordura como fonte energética. A fonte mais popular de TCM é o óleo de coco. O uso de cafeína antes dessa atividade também é interessante, pois além de aumentar a capacidade para o exercício devido ao estímulo no Sistema Nervoso Central (SNC), a cafeína ajuda a quebrar a gordura do tecido adiposo para ser metabolizada. Caso exista preocupação com a perda de massa muscular (casos de dieta restrita; ou quando existe a necessidade da realização de atividade aeróbica em maiores quantidades; ou ainda em indivíduos que ainda não apresentam grande maturidade muscular), a suplementação com BCAAS antes e/ou durante a atividade pode ser interessante! Caso o indivíduo não se enquadre nessas condições assinaladas, não se torna necessário a suplementação com BCAAS, principalmente se a atividade aeróbica for de curta duração. Lembrando que a leucina contida nos BCAAS possui efeito insulinotrópico. Portanto, deve-se avaliar o que é mais importante para cada um! Se é otimizar o uso de gordura como fonte de energia ou se é proteger a massa muscular. Procure um profissional de educação física e um 
nutricionista! Individualidade biológica sempre! 

Fonte: www.rodolfoperes.com.br

sábado, 8 de agosto de 2015

Hormônios e sua segurança - Por Dr. Adolfo Duarte


Vamos falar de hormônios hoje. Sabe por quê? Porque precisamos falar muito sobre isso, esclarecer dúvidas e quebrar velhor tabus. Precisamos começar a compreender, de fato, pelo menos o pouco que realmente sabemos sobre eles para parar de pensar besteira, falar bobagem e fazer asneiras.

Antes de tudo, vamos compreender o que são hormônios.

Estas intrigantes e fantásticas substâncias, produzidas por nossas glândulas endócrinas e alguns neurônios especializados. Têm inúmeras funções no nosso organismo, servindo como um tipo de comunicação entre tecidos diferentes e distantes. Por exemplo, a hipófise produz TSH (Hormônio Tireo Estimulante) que chega na tireóide e a estimula a produzir seus hormônios, fundamentais para a regulação metabólica de todo o nosso corpo. Estes mesmos hormônios, produzidos pela tireóide, quando chegam à hipófise, através da corrente sanguínea, "informam" que a produção está ocorrendo e a liberação de TSH diminui. Interessante, né?

O que quero te mostrar é que estas substâncias chegam a outros tecidos e os incitam a "tomar atitudes", regulando suas ações e suas relações com outros tecidos, mantendo a harmonia entre os órgãos e tecidos. É isso que hormônios fazem: harmonizam o organismo... quando tudo está funcionando direitinho.

Quando não funciona a desarmonia impera. Pense em um pâncreas que, por algum motivo, não produza insulina adequadamente. A insulina é o principal hormônio de regulação dos níveis de açúcar no nosso sangue. Se o pâncreas não consegue produzi-la direito, estamos falando da instalação de um quadro de diabetes! Quer mais desarmonia do que isso?

Este balé hormonal se manifesta, de forma muito ilustrada, no crescimento humano, no período da puberdade. Quando a criança começa a se tornar um adulto, os hormônios são responsáveis por ordenar, a diversos tecidos, que "mudem de atitude" e desenvolvam as características sexuais secundárias, começando a preparar a pessoa para a vida adulta e suas funções reprodutivas. São inúmeras alterações estruturais e de regulação entre tecidos que precisam "se comunicar" para que tudo possa ocorrer (novamente) em harmonia.

Então é isso. Já temos uma idéia de que os hormônios são sinalizadores entre tecidos e órgãos, servindo como reguladores fundamentais das funções normais do organismo e de seu desenvolvimento. São importantíssimos e eu posso te garantir, com 100% de certeza, que nenhum deles tem a "função de gerar câncer". Parece lógico, não?

Vamos agora partir para um outro raciocínio. Ao longo da infância e adolescência, falando em hormônios sexuais agora, há uma elevação paulatina dos seus níveis no sangue, notadamente a partir da adolescência. Esta elevação vai atingir seu pico entre 19 e 22 anos de idade (este período varia) e, a partir dos 25, vai alcançar um platô e... começar a cair. É isso mesmo. A partir daí, os valores vão começar a diminuir e a disponibilidade destas maravilhosas substâncias reguladoras e estimulantes do desenvolvimento do organismo vai se tornando cada vez menor. As "pausas" começam aí, apesar de só ficarem óbvias muitos anos depois.

Tome como exemplo a menopausa. Entre os 46 e 56 anos de idade, mais ou menos, as mulheres costumam "entrar na menopausa". Isto é definido como a partir do momento em que a menstruação já estiver sem acontecer há 12 meses. Pode (e deve) ser checado nos exames de sangue também. É um acontecimento bem marcante e ilustrado pela ausência do sangramento e dos sintomas que costumavam vir com ele, mas tem um detalhe importante. Esta "menopausa" não acontece neste momento, exatamente. Ela já "vem acontecendo" há muito tempo, desde quando os níveis hormonais começaram a declinar, lá na juventude dos 26 anos, culminando na ausência de menstruação agora. É o resultado de muitos anos de queda hormonal até alcançar um limiar onde os ciclos ovarianos cessam.

Sabe o que tem de mais interessante nisso? Muitos anos de queda hormonal significa muitos anos de redução da presença destes fatores químicos de harmonização entre os tecidos. Significa que, ao longo do tempo, os tecidos que dependem dos hormônios em questão para se manter regulados, foram ficando cada vez menos regulados. Menos harmônicos com o todo que é o organismo. Uma tradução disso é o próprio envelhecimento, a perda de capacidades físicas e mentais, a queda da libido e muitas mudanças comportamentais.

Agora vamos avançar este raciocínio mais um pouquinho. Se estes tecidos passam 20 a 30 anos com cada vez menos hormônios regulando suas funções, você imagina quantos problemas podem surgir ao longo de todo este tempo? Pense em uma equipe de trabalho que vai, aos poucos recebendo cada vez menos orientações de seus chefes, chegando ao ponto de nem ter mais a presença franca desta chefia. Não vão ser cometidos erros que podem levar ao fracasso do trabalho?

Por tudo isso que expliquei, trago a pergunta: será que a presença de hormônios pode trazer problemas ou, na verdade, sua falta crônica é que traz verdadeiramente soenças e distúrbios ao organismo? Você já viu pessoas jovens, cheias de hormônios naturalmente, apresentarem cânceres dependentes de hormônios ou você vê isso em pessoas com mais idade e, consequentemente, que já vivem há muitos anos em falta de níveis hormonais adequados?

Eu te digo: uma reposição hormonal bem executada, respeitando as características de cada paciente, só pode trazer muitos benefícios. Se for iniciada mais cedo, com o intuito de diminuir cada vez mais a falta destas fantásticas substâncias no nosso organismo, considerando os limites fisiológicos, melhor ainda.

Procure um profissional qualificado, que tire suas dúvidas com explicações que vão além de conceitos antigos e sem fundamento e que tenha responsabilidade em suas prescrições. Ele será seu maior aliado.



Dr Adolfo Duarte - CRM-BA 15.557 www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

DTM em crianças e adolescentes


Criança também pode ter DTM (Disfunção Temporomandibular?
Sim. Crianças e adolescentes também podem apresentar sinais e sintomas de DTM/DOF, apesar de ser uma condição mais rara nessa faixa etária. No entanto, uma pesquisa epidemiológica recente sugere que uma porcentagem significativa de crianças (cerca de 35%) possui pelo menos um sinal de DTM/DOF. Os sinais e sintomas de DTM principalmente em pacientes na fase de crescimento e desenvolvimento são transitórios (vem e voltam), flutuantes (tem fase que piora e fase que melhora) e auto limitantes (podem desaparecer sem que haja tratamento), mas mesmo assim podem apresentar efeitos negativos sobre a qualidade de vida.
Um outro aspecto importante a ser considerado é a presença de outras doenças ao mesmo tempo (comorbidades) que podem confundir e dificultar um diagnóstico definitivo. É necessário ressaltar que algumas outras doenças podem se apresentar com quadros clínicos parecidos com as DTM (Quadro 1). Consequentemente, o primeiro passo no tratamento efetivo da DTM é um diagnóstico preciso.
Quadro 1 – Doenças que podem confundir o diagnóstico da DTM/DOF
Neuralgias
Dores de origem dental
Sinusites
Dor de ouvido
Tumores
Doenças vasculares
Dores no pescoço
Síndrome de Eagle

O que causa DTM/DOF em crianças e adolescentes?
A causa ainda é um aspecto bastante discutido, mas hoje em dia é aceito que várias condições estejam presentes para que a criança desenvolva DTM/DOF, o que é chamada de “etiologia multifatorial”.
Fatores psicológicos e mesmo sociais desempenham um papel importante neste contexto. Os movimentos da mandíbula que não tem função de sobrevivência para o indivíduo são chamados de “parafunção”, e são muito comuns em crianças. São consideradas parafunções: o bruxismo (ranger e /ou apertar dos dentes), roer as unhas, morder objetos, chupar dedo e chupeta, mascar chiclete, etc. Estas atitudes podem ser consideradas fatores contribuintes para a manifestação das DTM/DOF.
O trauma mecânico na região orofacial, tão comum nesta faixa etária, decorrente de quedas e batidas em brincadeiras ou na prática de esportes, também é considerado um fator que pode causar DTM. Ele pode trazer consequências para o desenvolvimento desta região e, portanto, deve ser adequadamente avaliado e tratado.

Dentes fora de posição (dentes “tortos”) podem causar DTM? É preciso por aparelho ortodôntico ou ortopédico para evitar ou tratar DTM?
Não. Apesar deste conceito ter sido ensinado a muitos dentistas e até hoje muitos deles ainda pensarem assim, dentes fora de posição não provocam quadros de DTM/DOF. Isso foi concluído depois que pesquisas mais organizadas e rígidas foram desenvolvidas e percebeu-se que o tipo de oclusão (“mordida”) não influenciava no aparecimento da DTM/DOF.

Como a mãe pode perceber que seu filho está com DTM/DOF?
Na maioria das vezes é percebido primeiro pela criança que relata para a mãe. Os sinais mais comuns da DTM/DOF são: estalos nas ATM durante o movimento da mandíbula, dificuldades de abrir ou de fechar a boca, dor de cabeça, dor nas bochechas, na região da orelha e cansaço durante a mastigação. A dificuldade da criança para falar sobre a localização exata e sobre como é o tipo de dor (pulsátil, queimação, aperto) na face e na cabeça aumenta a importância da avaliação clínica por parte do profissional especialista em DTM/DOF.
Como saber se a dor de cabeça da criança é DTM?
O cuidador não saberá diferenciar de outras dores de cabeça. O primeiro passo para o sucesso no tratamento da DTM/DOF é um preciso diagnóstico, e para isto a criança deve ser examinada por profissional capacitado, com formação na área de DTM/DOF. Além disso, a criança pode ter mais de um tipo de dor de cabeça ao mesmo tempo.
O meu filho range dentes quando dorme. O que é isso?
Isso é chamado de bruxismo. O bruxismo é um distúrbio do movimento caracterizada pelo ranger e/ou o apertar dos dentes, que pode ocorrer quando a criança está acordada ou durante o sono. O barulho que a criança faz quando range os dentes durante o sono é típico e é pelo relato dele que os profissionais sabem que a criança tem bruxismo. Normalmente é relatado pelos pais ou pessoas que dormem na mesma casa ou quarto que a criança. Entretanto, é importante dizer que nem todos os episódios de bruxismo do sono são acompanhados de sons.
Crianças com obstrução de vias aéreas superiores tendem a ter mais bruxismo, bem como crianças com síndrome da apnéia e hipoapnéia do sono (SAHOS). O estresse também aparece associado, assim como existem indícios de sua transmissibilidade genética. Mas não podemos afirmar com segurança que a criança tem bruxismo por ser nervosa ou ansiosa, mesmo porque um estudo recente mostra o estresse mais associado com o apertar dos dentes quando o indivíduo está acordado do que com o ranger durante o sono.
O bruxismo é altamente prevalente e representa um problema de saúde pública de relevância epidemiológica. Os dentistas são responsáveis pela prevenção das suas possíveis consequências negativas para a saúde oral de seus pacientes, principalmente na população pediátrica.
Quem tem bruxismo tem DTM/DOF? Bruxismo e DTM/DOF são a mesma coisa?
Não. Bruxismo e DTM não são a mesma coisa. Apesar de muita gente fazer essa confusão, são coisas bem diferentes. Uma coisa é o movimento da mandíbula e outra coisa é DTM, que é o nome dado à uma condição clínica (doença).
O bruxismo muitas vezes é visto como um importante fator iniciante e predisponente nos casos de DTM/DOF, embora não se possa afirmar com certeza que isso acontece. Nem toda criança que tem bruxismo apresenta DTM/DOF e nem toda criança com DTM/DOF tem bruxismo associado.

O que fazer com a criança que apresenta bruxismo?
O cuidador deve procurar um profissional capacitado em Odontopediatria ou em DTM/DOF para que sejam investigados os possíveis fatores associados e também para que seja colocado um aparelho que evite o desgaste dos dentes. No entanto, essa indicação nem sempre é feita para todas as idades. O aparelho para proteger os dentes do desgaste tem indicação limitada em crianças muito pequenas, que apresentem apenas os dentes de leite na boca. Nem todas as crianças precisam usar o aparelho e isso é decidido pelo profissional capacitado.
Meu filho tem DTM/DOF. Qual o melhor tratamento para ele?
O tratamento das DTM/DOF pode ser dividido em modalidades reversíveis e irreversíveis. As reversíveis não modificam permanentemente nenhuma estrutura do indivíduo e assim que o tratamento é concluído a pessoa volta à sua situação anterior. Nos procedimentos irreversíveis, os pacientes são submetidos a tratamentos que modificam permanentemente estruturas.
As diretrizes atuais indicam os procedimentos conservadores e reversíveis para o tratamento das DTM/DOF. Pela falta de evidências sobre sua eficiência, os procedimentos irreversíveis, devem ser evitados. Para crianças e adolescentes que apresentem sinais e sintomas de DTM as terapias reversíveis devem ser sempre a primeira opção de tratamento a ser considerada.
Se você suspeita que é portador de DTM ou outra condição de Dor Orofacial, procure um Cirurgião Dentista especialista em DTM e Dor Orofacial, que é a especialidade odontológica que cuida destas e de outras dores da face.
Fonte: SBDOF


Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF 4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial/ Ortopedia Funcional dos Maxilares
Especialista em Periodontia e Especializanda em DTM e Dor Orofacial
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