terça-feira, 31 de março de 2015

Enxaguantes bucais podem substituir a escovação?


Enxaguantes bucais são  importantes na higiene bucal, principalmente em alguns casos específicos, mas não substituem a escovação. O uso dos mesmos sem orientação pode provocar irritações na boca, manchas nos dentes e, em casos mais graves, a perda temporária da gustação. Dependendo da composição, alguns enxaguantes só devem ser usados com indicação do dentista. Escolher um enxaguante bucal não é uma tarefa simples, pois existem nas prateleiras das farmácias e supermercados inúmeras opções. Por isso é importante consultar um profissional para orientar sobre o melhor produto.

O enxaguante bucal funciona como um agente auxiliar, complementando a higiene bucal e não a substituindo.  Em alguns casos, em que a pessoa está impossibilitada de realizar a higiene bucal corretamente, podem-se indicar enxaguantes bucais a base de gluconato de clorexidina, mas apenas por um curto período. São casos de pessoas hospitalizadas, que passaram por cirurgia em alguma região da boca, com dificuldade motora,  ou seja, em casos específicos e sempre com a orientação de um dentista.

O enxaguante combate a formação da placa bacteriana, a principal responsável pelas doenças bucais como a cárie e gengivite. Os principais princípios ativos podem ser divididos em três tipos: Gluconato de clorexidina, óleos essenciais, e cloreto de cetilpiridínio. Na prática, a maior parte das pessoas compra o produto sem saber se é o tipo certo para o seu caso e desconhecendo os riscos.

De acordo com pesquisadores, há evidências de que enxaguantes bucais com álcool contribuem para aumentar a taxa de câncer oral. O enxaguante com álcool, quando utilizado diariamente, contribui para o aumento das taxas de câncer bucal de forma similar às bebidas alcoólicas. Sabe-se que o álcool é o segundo fator agravante para o câncer bucal, depois do tabagismo. Grande parte dos produtos comercializados no Brasil contém álcool e, portanto devem ser evitados.


É recomendado o uso de enxaguantes a base de gluconato de clorexidina somente após cirurgias, raspagem de dente, casos de alta incidência de cárie, doenças da gengiva e para pessoas que não tem coordenação motora para realizar uma boa escovação. Seu uso deve ser controlado e monitorado por profissionais para evitar efeitos colaterais, como manchamento dos dentes, ulcerações de língua e alteração de paladar. Os produtos a base de óleos essências ou cloreto de cetilpiridinio podem ser indicados para o uso diário, desde que não contenham álcool. É importante frisar que os enxaguantes são produtos auxiliares no combate à placa bacteriana. Eles não substituem o uso da escova de dente e nem do fio dental.



Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF 4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
Periodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares
Site: www.dual.odo.br Facebook: dual.topdentbrasilia (curta nossa página)