Enxaguantes bucais são
importantes na higiene bucal, principalmente em alguns casos
específicos, mas não substituem a
escovação. O uso dos mesmos sem orientação pode provocar
irritações na boca, manchas nos dentes e, em casos mais graves, a perda
temporária da gustação. Dependendo da composição, alguns enxaguantes só devem
ser usados com indicação do dentista. Escolher um enxaguante bucal não é uma
tarefa simples, pois existem nas prateleiras das farmácias e supermercados
inúmeras opções. Por isso é importante consultar um profissional para orientar
sobre o melhor produto.
O enxaguante bucal funciona como um agente auxiliar, complementando a
higiene bucal e não a substituindo. Em alguns casos, em que a pessoa está
impossibilitada de realizar a higiene bucal corretamente, podem-se indicar
enxaguantes bucais a base de gluconato de clorexidina, mas apenas por um curto
período. São casos de pessoas hospitalizadas, que passaram por cirurgia em
alguma região da boca, com dificuldade motora, ou seja, em casos
específicos e sempre com a orientação de um dentista.
O enxaguante combate a formação da placa bacteriana, a principal
responsável pelas doenças bucais como a cárie e gengivite. Os principais
princípios ativos podem ser divididos em três tipos: Gluconato de clorexidina,
óleos essenciais, e cloreto de cetilpiridínio. Na prática, a maior parte das
pessoas compra o produto sem saber se é o tipo certo para o seu caso e
desconhecendo os riscos.
De acordo com pesquisadores, há evidências de que enxaguantes bucais com
álcool contribuem para aumentar a taxa de câncer oral. O enxaguante com álcool,
quando utilizado diariamente, contribui para o aumento das taxas de câncer
bucal de forma similar às bebidas alcoólicas. Sabe-se que o álcool é o segundo
fator agravante para o câncer bucal, depois do tabagismo. Grande parte dos
produtos comercializados no Brasil contém álcool e, portanto devem ser
evitados.
É recomendado o uso de enxaguantes a base de gluconato de clorexidina
somente após cirurgias, raspagem de dente, casos de alta incidência de cárie,
doenças da gengiva e para pessoas que não tem coordenação motora para realizar
uma boa escovação. Seu uso deve ser controlado e monitorado por profissionais
para evitar efeitos colaterais, como manchamento dos dentes, ulcerações de
língua e alteração de paladar. Os produtos a base de óleos essências ou cloreto
de cetilpiridinio podem ser indicados para o uso diário, desde que não
contenham álcool. É importante frisar que os enxaguantes são produtos
auxiliares no combate à placa bacteriana. Eles não substituem o uso da escova
de dente e nem do fio dental.
Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF
4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
Periodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares