A partir dos 30 anos de idade as pessoas perdem em
média 1 por cento de sua massa magra por ano. Esse processo pode ser revertido
ou retardado com a prática de exercícios que estimulam o ganho de massa
muscular e melhoram a autonomia e a qualidade de vida durante o processo de
envelhecimento.
As atividades mais recomendadas são o treinamento
resistido ou musculação, mas vale ressaltar que mesmo com o ganho de massa
magra é importante que haja também atividades que estimulem a integração da
força com outras capacidades físicas tais como, agilidade, velocidade,
potência, mobilidade, estabilidade e resistência.
A prescrição de atividades físicas para idosos deve
levar em consideração o histórico com relação à prática de outras atividades no
passado, patologias, déficits motores e aspectos psicológicos. Para isso, uma
anamnese completa aliada a uma avaliação física que vai além de aspectos
antropométricos e composição corporal, é aconselhada antes que se inicie
qualquer programa de treinamento.
As recomendações tradicionais de treino para os
idosos são, de maneira geral, insuficientes para promover melhoras
significativas sobre a força e todas as outras capacidades físicas listadas
acima. Por exemplo, atividades como caminhadas e hidroginástica - que são
frequentemente recomendadas oferece muito pouco ou quase nenhum benefício para
hipertrofia muscular e aumento da densidade mineral óssea. A primeira porque é
praticada em um ambiente livre das ações da gravidade e a segunda porque
simplesmente simula aquilo que grande parte dos idosos já faz - que é caminhar
- e por isso não são estímulos grandes o suficiente para gerar adaptações
morfológicas significativas.
Para um programa de treino ser considerado eficiente,
este deve sempre endereçar aspectos que, através de uma avaliação, observamos
como sendo o elo mais fraco do aluno, ou seja, suas principais deficiências. No
idoso o raciocínio não deve ser diferente. Portanto, em nada adianta prescrever
uma atividade considerada segura e cômoda se essa não é suficiente para corrigir
e aprimorar suas deficiências.
Sabemos que indivíduos idosos não são indivíduos
doentes, assim os treinos devem ser adaptados à terceira idade da mesma maneira
que são adaptados para atletas, jovens e crianças. Respeitando as
diferenças enquanto mantém o caráter desafiador.
Prof. Wladimir Luna
Especialista em Treinamento
Funcional
Professor Treinamento Funcional, na
rede de Academias Runway DF
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