Resultado da pesquisa brasileira
contradiz norma atual, que recomenda prática de atividade física moderada a
cardiopatas
Publicado em: 16 de Abril de 2015
Um estudo brasileiro mostrou que
fazer treinamento intervalado de alta intensidade pode melhorar a eficiência
cardiovascular e respiratória em pacientes com problemas cardíacos. Os
resultados foram apresentados nesta quarta-feira, durante o 32.º Congresso de
Cardiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj).
Participaram do estudo 71
pacientes com doença arterial coronariana que foram divididos em três grupos:
aqueles que realizaram exercício moderado durante 16 semanas, um grupo que não
realizou exercício físico no mesmo período e um terceiro, que praticou
atividade física de alta intensidade.
A pesquisa foi realizada pelo
Programa Total Care da Amil Rio de Janeiro, em parceria com a Universidade do
Estado do Rio de Janeiro.
Os benefícios da corrida e da
caminhada
1. Andar mais ao longo do dia
protege contra o diabetes tipo 2
Nem sempre os benefícios da
caminhada ocorrem quando ela é adotada no dia a dia como uma atividade física
regular e com horários definidos. Procurar andar mais durante o dia —
estacionando o carro mais longe do que o habitual, descendo do ônibus em algum
ponto antes do habitual e levantando da cadeira, no trabalho, de tempos em
tempos para dar uma volta, por exemplo — também pode ser positivo à saúde.
Segundo um estudo da Universidade de Washington publicado em 2012, o hábito
pode reduzir em até 30% o risco de diabetes tipo 2. O ideal, de acordo com a
pesquisa, é dar ao menos 10.000 passos todos os dias, o equivalente a andar
cerca de oito quilômetros.
2. Caminhar atenua a dor nas
costas
A atividade não só ajuda a
melhorar esse tipo de dor como pode ser tão eficaz quanto sessões de
fisioterapia para isso. Em um estudo publicado este ano, pesquisadores
israelenses selecionaram cerca de 50 pessoas que sofriam de dores nas costas e
as submeteram a um entre dois tipos de programa de tratamento. Metade dos
participantes foi submetida a um programa de fortalecimento muscular em uma
clínica especializada com uma frequência de duas a três sessões de fisioterapia
por semana durante seis semanas. O restante dos voluntários passou essas seis
semanas em uma rotina de 20 a 40 minutos de caminhada por dois a três dias por
semana. No final das sessões, ambos os grupos apresentaram uma melhora
significativa em todas as áreas de avaliação, incluindo o fortalecimento dos
músculos abdominais e das costas.
3. Caminhada rápida ou corrida
previne síndrome metabólica
Um estudo dinamarquês publicado
em 2012, que acompanhou mais de 100.000 adultos durante uma década, concluiu
que pessoas que têm o hábito de realizar alguma atividade aeróbica moderada,
como caminhada rápida ou corrida leve, podem chegar a diminuir pela metade o
risco de ter síndrome metabólica. Essa condição reúne alguns dos principais
fatores de risco para doenças cardiovasculares — portanto, eliminar esse
problema de saúde é uma forma eficaz de evitar o surgimento de eventos como
ataque cardíaco e derrame cerebral. A pesquisa, feita na Universidade de
Copenhague, não encontrou esse mesmo benefício com a prática de exercícios
menos intensos, como caminhadas leves.
4. Corrida em ritmo moderado
aumenta a expectativa de vida
A corrida pode ser um dos
segredos da longevidade. Um estudo apresentado no encontro anual da Sociedade
Europeia de Cardiologia de 2012 concluiu que a prática regular do exercício é
capaz de aumentar em até seis anos a expectativa de vida de uma pessoa em
comparação com um indivíduo sedentário. E o melhor: para que o efeito positivo
seja conquistado, não é preciso correr em ritmo intenso. Segundo a pesquisa,
correr lenta ou moderadamente durante 2,5 horas por semana reduz as chances de
morte em até 44% em homens em mulheres, além de aumentar em 6,2 e 5,6 anos a
expectativa de vida dos sexos masculino e feminino, respectivamente.
5. Caminhada rápida aumenta a
longevidade
Não é só a corrida — a caminhada
em ritmo mais acelerado também pode garantir alguns anos a mais na vida de uma
pessoa, inclusive na dos idosos. Uma pesquisa feita em 2011 na Universidade de
Pittsburgh, nos Estados Unidos, observou o impacto dessa atividade física sobre
a saúde de mais de 30.000 pessoas com 65 anos ou mais. Segundo os resultados,
os voluntários que caminhavam mais rapidamente do que 3,5 quilômetros por hora
– a média do grupo — viviam, em média, mais do que o restante dos
participantes.
Fonte: Veja