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Suplementos são realmente necessários? Esta é uma questão
que vem sendo discutida quase que semanalmente nos meios de comunicação. Diria
que “felizmente”, devido ao fato de que o tema é realmente essencial para nós
que vivemos no século XXI. Por outro
lado, digo “infelizmente”, já que 99% dos profissionais levados à imprensa para
debater e informar sobre o tema tem um profundo desconhecimento a respeito
deste assunto. Diria até que a maioria das matérias que li e assisti, serviram
como meio de desinformação.
E para iniciarmos, acho importante que vocês tomem
conhecimento do resultado de três estudos realizados, recentemente, nos Estados
Unidos e as conclusões falam por si e servirão de estaca inicial deste artigo.
1- Estudo comprova que já no terceiro ano de faculdade, o
aluno de medicina nas universidades americanas se encontra estatisticamente com
cerca de 50% de seu conhecimento obsoleto.
2- Estudo publicado
em 2011 conclui que a partir do momento em que um novo conhecimento, uma nova
descoberta está absolutamente comprovada e, publicada em estudos científicos,
por consequência, o mesmo estando pronto para ser utilizado, leva-se em média
17 anos para que entre de fato na prática médica.
3- Estima-se que todo conhecimento médico adquirido até
hoje, destes mais de 2000 anos de Medicina “moderna”, será DUPLICADO nos
próximos 2 a 3 anos.
Bem, entretanto, ambas as conclusões que mencionei acima
devem ter parênteses importantes. Vivemos no Brasil e, como vocês bem sabem,
universidades brasileiras estão infinitamente aquém em termos de tecnologia e
incentivo financeiro, do que as Norte-Americanas. Sendo assim, será que nossos
estudantes não estariam em situação pior ainda do que a relatada no estudo?
Quanto aos 17 anos de “janela” entre a descoberta e a
prática, temos uma situação mais interessante ainda:
Em meados de 1595 o mundo vivia um problema com os
tripulantes de embarcações. Marinheiros estavam morrendo de uma doença
silenciosa e, a princípio, sem causa conhecida.
Em 1601 o Capitão James Lancaster deu uma colher de chá de
limão por dia para metade de sua tripulação. O resultado naqueles que tomaram o
limão: ninguém morreu!
Na outra metade que não tomou, a mortalidade foi de 40%
durante a viagem. O Capitão James Lancaster divulgou isto, mas…
Em 1753, James Lind, um médico de navio, publicou um estudo
comparando seis abordagens diferentes para prevenção e tratamento da doença,
ESCORBUTO, atualmente conhecida, mas…
Só em 1865, a prática de prevenção de escorbuto foi
finalmente implementada: ingestão de vitamina C, que independe de remédios e
pode ser alcançada com um simples limão!
Agora reparem o tamanho do absurdo, pois levou 261 anos para
que as pessoas aceitassem que escorbuto, doença que ocorre por deficiência de
Vitamina C, e leva a morte, pode ser prevenida e tratada naturalmente com um
simples limão!
Pois é queridos, limão é barato e vitamina C não pode ser
patenteada. Agora imaginem vocês se o tratamento do Escorbuto fosse através de
alguma droga ou vacina, quão rápida seria sua aprovação?
Só para que vocês tenham um parâmetro concreto de
comparação, gostaria de refrescar a memória de todos a respeito de uma droga
desenvolvida pela indústria farmacêutica há cerca de 12 anos, chamada Vioxx.
Pois bem, este medicamento chegou ao mercado com promessa de ‘mágica’, sendo o
anti-inflamatório perfeito que poderia ser utilizado sem restrições.
Porem este mesmo medicamento, que a princípio deveria ter
sido testado e muito bem estudado antes de chegar ao uso em humanos, começou a
gerar problemas em seus usuários, ao ponto de causar a morte em mais de 120 mil
pessoas. E o que aconteceu? Sorrateiramente da maneira mais simples foi
retirado do mercado, sem alardes por parte de ninguém e sem responsabilizações.
Tudo o que é natural e alimentar e por tanto, tudo que não
puder ser patenteado porque não foi inventado, é sempre combatido com toda
força pela indústria da doença!Agora, lhes pergunto: em quanto tempo este
“conhecimento” foi utilizado e praticado pelos profissionais de saúde? Ora, em
menos de um mês obviamente. Através de seus representantes e seus patrocínios a
congressos, a indústria farmacêutica tem o poder de inse
rir o que quiser no mercado rapidamente, ou seja; a média só
é de 17 anos, pois drogas “puxam” esta média para baixo.
Então vocês já podem observar, somente por este início, que
os suplementos foram já historicamente combatidos, desde a história da Vitamina
C.
Mas o mundo evoluiu, as condições socioeconômicas mudaram e
a tecnologia avançou de tal modo, que a vida moderna se tornou absolutamente
maléfica para a saúde. Estamos indo contra tudo o que nosso corpo esperava
sendo praticamente obrigados a:
1- Viver sentados,
em frente a máquinas que emitem enorme carga eletromagnética (que por sua vez é
capaz de influenciar nosso DNA);
2- Ingerir
“alimentos” prontos industrializados e
entupidos de substâncias químicas tóxicas, cancerígenas, com calorias vazias,
sem nutrientes;
3- Não ter
exposição solar, nossa única fonte efetiva de Vitamina D (comprovadamente
agente que previne câncer de mamas, próstata, ovários, útero, intestino, além
de prevenir doenças cardiovasculares, auto-imunes e degenerativas);
4- Viver em
constante estresse emocional e físico;
5- Respirar um ar
altamente poluído, se banhar em mares poluídos;
6- Ingerir
alimentos que eram para ser naturais, mas que hoje estão modificados, como é o
caso do Salmão, que era rico em Ômega 3 das algas de águas profundas e gélidas,
e que no entanto hoje é fonte do pior tipo de Ômega 6, por star sendo criado em
cativeiros sob ração do “veneno” soja e, como se não bastasse, ainda, tendo
adição de corantes para que sua coloração se diferencie.
Enfim, vamos parar por aqui, pois basta pensarmos um pouco,
colocarmos nossos neurônios a se comunicarem que perceberemos que de natural em
nosso mundo restaram poucas coisas apenas. Nossa vida é toda artificial e o
resgate da busca pelo que é mais natural vem acontecendo, graças à percepção
por parte de algumas pessoas, de que o equilíbrio é essencial. Podemos conviver
com o futuro e o avanço, aproveitando da naturalidade do “passado”.
E é aí que devemos ponderar e dar espaço para uma discussão
a respeito da facilidade dos suplementos. A princípio pensaremos apenas na
facilitação de nossas vidas.
Sabemos que devemos nos alimentar equilibradamente, com boas
fontes proteicas, de gordura e carboidratos a cada cerca de 3 a 4 horas,
dependendo da velocidade e qualidade metabólica de cada indivíduo.
Sim, mas e como conseguimos tempo para boas refeições, por
exemplo, no meio da manhã e meio da tarde? Esta é uma pergunta frequente, que
só recebe aquele profissional de saúde que se preocupa em estudar e ensinar
seus pacientes a se alimentarem corretamente.
Pois bem, é de fato difícil ou quase impossível para muitos,
levar algum tipo de proteína, principalmente, para ser ingerida nestes
momentos. Mesmo sabendo que o produto de composição de proteínas, que são os
aminoácidos, são essenciais na síntese óssea, muscular, hormonal e de todo e
qualquer tecido do corpo. Isto significa, que se não me alimentar corretamente
e ter um cuidado rigoroso com a ingesta proteica, estarei predispondo meu corpo
a um processo de catabolismo e desanimação proteica, ou seja, perco meus
tecidos em detrimento da necessidade de aminoácidos para alguma função vital.
Nestes momentos que entram os suplementos em formas de
shakes e “barrinhas” (de proteínas), por exemplo. Simples de compreender, não é
mesmo? Não. Nem todas as marcas são boas, e sempre há os pros e contras.
Entretanto, são infinitamente melhores do que a não ingestão de alimentos, bem
como melhores do que grande parte dos sanduíches, biscoitos, pães de queijo,
pasteis e salgados comumente acessíveis para tais momentos. E vou mais além,
são também mais saudáveis do que sanduíches que muitas pessoas ingerem a noite,
em busca de uma vida “light”!
E se você não entendeu, leia novamente ou eu resumo: melhor
um shake suplemento proteico de qualidade, do que sanduíches com pães
(recheados de glúten e de carga glicêmica altíssima), queijos (recheados de
lactose e caseína,), carnes defumadas (extremamente tóxicas e com compostos
nitrogenados cancerígenos). Isto quando não se adiciona ainda os molhos prontos
(repletos de Glutamato Monossódico e outros químicos, todos cancerígenos e
danosos ao sistema nervoso central)!
A realidade mudou, o conhecimento médico-nutrigenético
evoluiu e é preciso se adaptar. Uma coisa é alimento, outra coisa é lanche! Uma
coisa é carboidrato de base (frutas, vegetais em geral e alguns grãos), outra
coisa é carboidrato artificial que não serve para absolutamente nada em nosso
corpo (pães, massas, biscoitos, barrinhas de cereais em geral, sucos
industrializados, etc.).
Então, nestes casos, os prós transcendem os contras sem
sombra de dúvidas, não há o que se questionar quanto a isto e pronto, simples
para quem vive em um mundo moderno e não terá tempo para ter alimentos
saudáveis nos momentos fundamentais.
Outro momento crucial é aquele logo após a prática de
exercícios físicos, quando nossos músculos são estimulados e utilizados durante
períodos variados. Nestes casos é importante que lembremos que nós somos
animais feitos e programados fisicamente para o movimento. Não fomos
definitivamente criados para o sedentarismo e estamos pagando um preço muito
alto por esta mudança no estilo de vida do homem moderno.
E quem consegue arranjar uma horinha de seu dia para a
prática de atividades físicas regulares, o que é estatisticamente a média do
que a maioria dos praticantes consegue, está concentrando praticamente toda
atividade muscular, mobilização e trabalho metabólico aeróbio/anaeróbio em um
só momento de seu dia. Ótimo, melhor do que nada e o máximo que se consegue na
maioria dos casos de trabalhadores no século XXI.
Entretanto pesemos o quão “natural” é esta rotina e
chegaremos a simples conclusão que nos “enfiarmos” dentro de uma academia, como
ratos em laboratório, para praticarmos todo exercício do dia em uma única hora,
não tem absolutamente nada de natural! Mas é a realidade, não é mesmo? Devemos
viver da melhor forma possível e fazer tudo o que for ao nosso alcance.
Provoquei esta linha de raciocínio para que quebremos de vez
com o paradigma dos Shakes Proteicos (apelidados genericamente como Wheys
Proteins). Estes foram desenvolvidos para sanar a necessidade do período
pós-exercícios-físicos musculares anaeróbios e são formas muito boas SIM de
suplementação a toda e qualquer pessoa que pratica tais atividades.
Acontece que logo após o uso prolongado (inclui-se aí mesmo
aqueles 30 minutos de musculação em diante) de grupos musculares, surge uma
necessidade metabólica de se disponibilizar aminoácidos para que eles possam
ser reparados e “alimentados”. Já que os aminoácidos são a matéria prima das
proteínas, deveríamos então ter uma boa fonte proteica e de rápida absorção.
Agora imagine a pessoa que pratica musculação em horário
distante de uma refeição com aporte de proteínas? E digo mais, mesmo tendo alimento
proteico após a atividade, quanto tempo levará para que seja digerido e os
aminoácidos sejam disponibilizados para o reparo e anabolismo (construção)
muscular?
Por isto e por muitas outras razões bioquímicas complexas, o
ideal é que tenhamos proteínas de rápida absorção, boa biodisponibilidade e
digestibilidade nos primeiros 30 minutos após exercícios musculares. Neste
momento entram invariavelmente, independente da idade do indivíduo, a
necessidade de um bom suplemento, adequado a sua característica fisiológica.
Ficou simples, não é mesmo? Não há dúvidas de que
suplementos de boa qualidade, principalmente quando indicados especificamente
para cada pessoa, conforme avaliação profissional, são boas e confiáveis formas
de nutrição. Obviamente estamos aqui falando de profissionais que entendam de
fato destas questões, e não por aqueles que simplesmente negam tudo que
desconhecem e se atualizam por notícias fantasiosas de meios de comunicação.
Suplementos SIM, mas com moderação, conhecimento e indicação!
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