terça-feira, 26 de maio de 2015

Motivos para usar o fio dental


Proteger o Coração
Cada vez mais se encontram evidências de que as bactérias que se proliferam sem controle entre os dentes e a gengiva representam perigo a distância. É que a gengivite e sobretudo seu estágio mais avançado, a periodontite, complicam o estado dos vasos sanguíneos, incluindo aqueles que irrigam o músculo cardíaco. Daí o papel protetor do fio dental.
 “A doença periodontal, assim como as demais infecções, é caracterizada por um processo inflamatório que contribui para a ruptura das placas nas artérias e um consequente infarto”, explica o cardiologista Luiz Antonio Cesar, do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.
Preservar os Pulmões
A cavidade bucal mantém comunicação direta com o sistema respiratório. Quem se aproveita disso são as bactérias que moram ali. Ao avançar para a corrente sanguínea (e até pelo ar inalado!), elas podem causar estragos nos pulmões.
Em geral, as bactérias só bombardeiam os pulmões se as defesas estão em baixa. “Indivíduos internados costumam ter o sistema imune fragilizado e ficam mais expostos à migração desses microorganismos”, esclarece o otorrinolaringologista Arnaldo Guilherme, da Universidade Federal de São Paulo.
Prevenir o Câncer
Quando o fio é esquecido e as bactérias ampliam seu domínio sobre a boca, esse outro vilão pode ser convidado a entrar em cena. A dentista Mine Tezal, professora da Universidade do Estado de Nova York, nos Estados Unidos, revela que  “ os microorganismos e o processo inflamatório criam um ambiente favorável ao surgimento de células defeituosas”. Mine vai além: “A inflamação crônica na boca altera sua mucosa, facilitando a entrada de outros agentes cancerígenos, como tabaco, álcool e vírus”. Em revisão recente, a expert encontrou indícios de que o HPV se aproveita desse cenário para semear um câncer na boca ou na garganta.
Evitar o Parto Prematuro
O futuro mais imediato do bebê também depende de que a mãe seja uma adepta do fio, da escova e das visitas ao dentista. As alterações hormonais da gravidez já deixam a gengiva mais vulnerável; se a doença periodontal conquista seu espaço, a repercussão está longe de ficar restrita ao sorriso da gestante. O bebê pode nascer prematuro e abaixo do peso – o que é capaz de acarretar problemas de curto e médio prazo em seu pleno desenvolvimento.
A  inflamação crônica e algumas toxinas liberadas pelas bactérias bucais viajam pelo sangue e abalam a placenta. Para não prejudicar a saúde do bebê, o corpo da grávida entende que é melhor antecipar a saída dele. Esse dado só vem reforçar a importância e incluir o dentista no pré-natal. E o fio dental sempre.
Controlar o Diabetes
Os diabéticos que penam para controlar a glicemia precisam redobrar a atenção com a gengiva, já que ela é mais suscetível aos assaltos microbianos. Se o açúcar no sangue permanece nas alturas, a reparação das agressões a esse tecido não acontece direito. Numa via de mão dupla, a doença periodontal desgoverna o ajuste da glicose. Nos diabéticos do tipo 2, a inflamação desencadeada pelo problema bucal aumenta a resistência à insulina, ou seja, o excesso de moléculas inflamatórias trafegando pelo organismo faz com que a insulina não consiga abrir as portas das células para receber a glicose. Se ela sobra no sangue, por sua vez, a gengiva não se recupera…
Sim, é um círculo vicioso. Estudos feitos no Brasil mostram inclusive que o tratamento da doença periodontal em diabéticos rende um melhor domínio sobre a glicemia.
Fonte:




Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF 4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial/ Ortopedia Funcional dos Maxilares
Especialista em Periodontia e Especializanda em DTM e Dor Orofacial
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