Proteger o Coração
Cada
vez mais se encontram evidências de que as bactérias que se proliferam sem
controle entre os dentes e a gengiva representam perigo a distância. É que a
gengivite e sobretudo seu estágio mais avançado, a periodontite, complicam o
estado dos vasos sanguíneos, incluindo aqueles que irrigam o músculo cardíaco.
Daí o papel protetor do fio dental.
“A doença periodontal, assim como as demais
infecções, é caracterizada por um processo inflamatório que contribui para a
ruptura das placas nas artérias e um consequente infarto”, explica o
cardiologista Luiz Antonio Cesar, do Instituto do Coração (InCor), em São
Paulo.
Preservar os Pulmões
A
cavidade bucal mantém comunicação direta com o sistema respiratório. Quem se
aproveita disso são as bactérias que moram ali. Ao avançar para a corrente
sanguínea (e até pelo ar inalado!), elas podem causar estragos nos pulmões.
Em
geral, as bactérias só bombardeiam os pulmões se as defesas estão em baixa.
“Indivíduos internados costumam ter o sistema imune fragilizado e ficam mais expostos
à migração desses microorganismos”, esclarece o otorrinolaringologista Arnaldo
Guilherme, da Universidade Federal de São Paulo.
Prevenir o Câncer
Quando
o fio é esquecido e as bactérias ampliam seu domínio sobre a boca, esse outro
vilão pode ser convidado a entrar em cena. A dentista Mine Tezal, professora da
Universidade do Estado de Nova York, nos Estados Unidos, revela que “ os microorganismos e o processo
inflamatório criam um ambiente favorável ao surgimento de células defeituosas”.
Mine vai além: “A inflamação crônica na boca altera sua mucosa, facilitando a
entrada de outros agentes cancerígenos, como tabaco, álcool e vírus”. Em
revisão recente, a expert encontrou indícios de que o HPV se aproveita desse
cenário para semear um câncer na boca ou na garganta.
Evitar o Parto Prematuro
O
futuro mais imediato do bebê também depende de que a mãe seja uma adepta do
fio, da escova e das visitas ao dentista. As alterações hormonais da gravidez
já deixam a gengiva mais vulnerável; se a doença periodontal conquista seu
espaço, a repercussão está longe de ficar restrita ao sorriso da gestante. O
bebê pode nascer prematuro e abaixo do peso – o que é capaz de acarretar
problemas de curto e médio prazo em seu pleno desenvolvimento.
A inflamação crônica e algumas toxinas liberadas
pelas bactérias bucais viajam pelo sangue e abalam a placenta. Para não
prejudicar a saúde do bebê, o corpo da grávida entende que é melhor antecipar a
saída dele. Esse dado só vem reforçar a importância e incluir o dentista no
pré-natal. E o fio dental sempre.
Controlar o Diabetes
Os
diabéticos que penam para controlar a glicemia precisam redobrar a atenção com
a gengiva, já que ela é mais suscetível aos assaltos microbianos. Se o açúcar
no sangue permanece nas alturas, a reparação das agressões a esse tecido não
acontece direito. Numa via de mão dupla, a doença periodontal desgoverna o
ajuste da glicose. Nos diabéticos do tipo 2, a inflamação desencadeada pelo problema
bucal aumenta a resistência à insulina, ou seja, o excesso de moléculas
inflamatórias trafegando pelo organismo faz com que a insulina não consiga
abrir as portas das células para receber a glicose. Se ela sobra no sangue, por
sua vez, a gengiva não se recupera…
Sim, é
um círculo vicioso. Estudos feitos no Brasil mostram inclusive que o tratamento
da doença periodontal em diabéticos rende um melhor domínio sobre a glicemia.
Fonte:
Dra Taluana Cezar Modesto França – CRO DF
4681
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial/ Ortopedia
Funcional dos Maxilares
Especialista em Periodontia e Especializanda em
DTM e Dor Orofacial
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